The Best Thing Thats Ever Been Mine escrita por manupotter


Capítulo 18
After the hurricane comes the rainbow...


Notas iniciais do capítulo

antes de tudo quero super agradecer a recomendação deixada pela fofa da Bibii Weasley *-* e quando você me disse por review que a recomendação ficou um c* minha vontade foi te achar e te assassinar menina HAHAHAHAHAH porque eu simplesmente ameeei sua recomendação, sério ♥ muito obrigada, de coração!
eeeenfim né, queria dizer à todas que me mandaram recomendações e até hoje me alegram com reviews, que o apoio de vocês faz toda a diferença, obrigada mesmo! (L)
AVISO: capítulo hot, menores de 16 já sabem o que fazer né. HAHAHAHAH
então, ai vai mais um capítulo! espero que gostem e até o próximo, beijinhos :*



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...But in my case sometimes it's the contrary


Hermione POV

Até chegarmos na casa do Cedrico tentei não pensar muito em meus pais porque se não iria arruinar a noite, esvaziei minha mente enquanto olhava a rua pela janela do carro. Paramos em frente a uma moradia bem bonita onde outros três carros já estavam estacionados, desci e aguardei Rony que ligava o alarme.


– Mais calminha? –O ruivo perguntou, entrelaçando os dedos da minha mão com a sua.

– Estou. Hoje só quero me divertir. –Nós dois sorrimos e entramos no portão, nem precisou apertar a campainha que os três casais animados já apareceram berrando cumprimentos.

– Que bom que vieram lindos. –Cho me puxou para um abraço e quando percebi estava sendo esmagada por três meninas ao mesmo tempo.

– Que carinha é essa, Mi? –McLaggen perguntou, vindo me abraçar.

– Deu uns problemas lá em casa, mas não quero falar agora. Só quero curtir a festa.

– Quem está com ela nessa? –Diggory questionou e os sete levantaram as mãos. – Então beleza, que a festa comece! –Gritamos feito loucos e ele foi ligar o som no volume máximo, só músicas que realmente davam vontade de dançar.

Os meninos partiram para os videogames e nós meninas não íamos ficar entocadas em um canto sem fazer nada, e por isso resolvemos competir contra os nossos namorados. O divertido foi que ganhamos deles várias vezes nos jogos de corrida.


– Nós somos cavalheiros, deixamos vocês ganharem. –Cedrico disse, o que arrancou risadas nossas.

– Não, vocês são frangos que não sabem jogar. Pronto, falei. –Gina piscou para o Diggory, que deu de ombros para ela.

– Então tá, revanche agora. –Ele trocou o jogo por um de luta. – Amorzinho, vem jogar comigo. –Cho sorriu e pegou o controle, escolhendo uma mulher japonesa para ser sua personagem, grande coincidência. Cedrico escolheu um fortão loiro. Bastou dois segundos de jogo para que ele acertasse com soco na cara da personagem da Cho, que caiu no chão. A japa não deixou barato e foi bater no seu namorado de verdade, eu estava quase morrendo de rir enquanto ela socava o coitado que tentava se defender e explicar que era só um jogo.


– Viu o que dá não ser cavalheiro? –Diggory acariciava os braços machucados pelos socos de Cho.

Depois de quase morrermos jogando jogos de dança, fomos pegar algo para beber. Os meninos simplesmente esqueceram da gente e meteram a cara na tv, isso estava me irritando profundamente.


– Amorzinho, tem pizza na bancada... Pega lá. –Cedrico pediu.

– Não somos sua empregada. –Cho deu de língua. - Vamos comer a pizza toda e deixar esses babacas aqui, meninas. –Fomos arrastadas por uma menina realmente brava com seu namorado até na cozinha, e lá na uma pizza quentinha de calabresa estava posicionada ao nosso olhar.

– Hey japa, relaxa. Deixe os meninos se divertirem do jeito deles, que nos divertimos do nosso. –Gina deu um sorriso travesso.

– De que jeito? –Luna perguntou.

– Fofocando, é óbvio. –A ruiva rolou os olhos e nós três rimos. – Que tal uma competição de piadas de pedreiro?

– Como assim? –Fiz uma expressão confusa.

– Assim ó... Hermione, você tem doce de leite na sua barriga? Porque você é um sonho. –Nós quatro gargalhamos alto.

– Nossa, que horror Gi.

– Mas é para ser um horror mesmo, quem entra na brincadeira? –Todas levantaram as mãos. – Beleza. Cho, começa.

– Gata, eu queria ser vesgo só pra te ver dobrado. –A japonesa fez uma voz grossa que nos fez rir sem parar.

– Ótima, agora Luninha.

– Aaahn, deixe eu pensar... Ah, tem uma que o irmão do Cedrico já fez em uma mulher na rua: Tem pessoas que valem a pena, mas você vale a galinha inteira. –Três cantadas e eu já estava chorando de tanto rir.

– Espera ai, o Diggory tem irmão? –Perguntei secando minhas lágrimas enquanto as outras se recompunham.

– Tem. O Matheus, um pirralho nojento de onze anos que nasceu para infernizar minha vida. –Cho deu um longo suspiro e eu comecei a rir novamente.

– Agora que a Mi já foi informada sobre a peste, é sua vez de fazer a cantada. –Fiquei pensando durante alguns segundos em uma cantada realmente boa, porque não queria passar vexame.

– Gata, você é tão quente que derreteu o elástico da minha cueca. –As três que resolveram colocar um gole de refrigerante na boca bem na hora errada cuspiram tudo na bancada e quase caíram dos bancos de tanto rir.

– Calma ai, eu tenho outra! –A japinha tentava puxar o ar para poder dizer alguma coisa. – Gata, você é tão linda que quando você nasceu sua mãe não te deu a luz, te deu a companhia de energia inteira.

– Me chama de papel higiênico e vamos ter um rolo. –A segunda cantada foi Luna que fez, eu implorei para elas pararem que eu estava quase morrendo de tanto rir e os meninos ficavam perguntando se tinha algum tipo de droga na pizza, devia ter.

Ficamos rindo sem parar enquanto fofocávamos e comíamos besteira, até chantilly puro a gente comeu quando os morangos acabaram. E os meninos nada de darem atenção para a gente.


– Se meu namorado não me der atenção daqui a um minuto, eu juro que enfio aqueles jogos no...

– Calma japinha! –Luna a interrompeu e nós começamos a rir.

– Tive uma ideia. Sabem o Parker, né? –As três assentiram para Gina e só eu fiquei com uma cara de desinformada. – É a tarântula de estimação do Matheus. Todos os meninos odeiam o pobre Parker...

– É não é para tanto, bichinho mais asqueroso. –Cho estremeceu.

– Então, vamos pegá-lo e colocar ali na sala, que tal?

– Gente, o Rony tem fobia de aranhas, ele vai morrer do coração. –Avisei e elas riram.

– Tanto faz. Eles deviam saber que tem suas conseqüências nos deixar sozinhas aqui. –Concordamos e fomos até o quarto do irmão do Cedrico, onde uma espécie de aquário estava em cima da escrivaninha. E lá dentro havia um bicho peludo de oito pernas, argh, odeio aranhas.

– Oi Parker. –A loirinha sorriu para a aranha e enfiou a mão no aquário, pegando o aracnídeo na mão. Meu corpo todo tremeu só de imaginar a sensação que dava quando suas patinhas tocavam a pele.

Descemos a escada sorrateiramente enquanto Luna carregava a aranha, chegamos na sala e os meninos nem perceberam de tão entretidos que estavam em um jogo de faroeste, e bastou soltarmos o “Parker” no chão e ele ir caminhando até próximo ao aparelho do videogame que os meninos pularam do sofá assustados e correram para a cozinha. Eu e as outras quase enfartamos de tanto rir.


– Foram vocês que soltaram o Parker? –Cedrico perguntou com a mão no coração, Mc Laggen e Harry arfavam, Rony era o pior de todos, chegava a estar pálido.

– Isso foi uma vingança por nos abandonarem! –Cho bateu os pés do chão com força. Luna correu e pegou a aranha de volta, que já planejava fugir para outro canto da casa.

– O que vocês querem para não nos matarem de susto novamente? –Harry questionou enquanto acalmava os nervos, eu ainda não tinha parado de rir.

– Atenção, talvez. –Gina bufou e a loirinha desceu as escadas correndo após guardar o bichinho em seu devido lugar.

– Ah é, vocês querem atenção? –Diggory se aproximou de Cho e a agarrou em um beijo super violento, a japonesa grudou no menino de uma maneira que até me assustou.

– Santa mãe de Deus, quem diria que essa menina ainda é virgem? –Gina gargalhou.

– O pai dela deve ter posto um cinto de castidade com senha e alarme. –Luna supôs, nos fazendo cair em gargalhadas. Os outros meninos se aproximaram da gente também, Rony estava mais calmo e em seu tom de pele normal.

– Sério, precisava nos matar para mostrar que queriam atenção? Parecem até adolescentes. –Comecei a rir e o ruivo me abraçou.

– Amor, por acaso o X BOX é melhor que a gente? –Fiz beiçinho enquanto brincava com seus fios ruivos.

– Não chega nem aos pés de vocês. –Com um sorriso malicioso ele deslizou as mãos pela minha cintura e me beijou. Espiei em volta e todos os casais já haviam feito as pazes.

– Sei de uma coisinha que pode animar vocês... –A loira acertou o braços de McLaggen com um tapa. – AI LUNINHA! Não é culpa minha se você é maliciosa. –Gargalhamos.

– Qual é a sua proposta, McLaggen? –Gina perguntou enquanto ria.

– Deixa que eu falo. –Cedrico limpou a garganta antes de começar a falar. – Strip Poker.

– O quê? –Harry arregalou os olhos.

– Calminha gente, sem alvoroços. Só que tipo, ninguém quer ver a namorada ou namorado de outra pessoa sem roupas, não é? Então e se a regra mudar e ficarmos de roupas de baixo?

– Muito melhor. –A ruiva falou sarcasticamente.

– Ei ruiva, não reclama. Se nós meninos vissemos vocês de biquíni não iriamos achar estranho, mas por que estando de roupas de baixo é tão estranho assim? Aaah, e também temos uma apresentaçãozinha para vocês meninas. –Com um sorriso malicioso, Diggory saiu carregando a pequena Cho no colo. – O jogo vai ser lá na beira da piscina. Quem quiser jogar, me acompanhe.

– Oh droga, no que isso vai virar. –Bufei e Ron riu.

– Vamos amor, vai ser divertido. E é entre amigos. –Um pouco contrariada, acompanhei o ruivo até o lado de trás da casa aonde se situava a piscina. Gina e Harry carregavam as bebidas, algumas levemente batizadas para os meninos e refrigerante para nós meninas.

Como eu sou super burra e não sabia jogar poker, tive que saber todas as regras primeiro antes de poder jogar. E é claro, comecei perdendo, tendo que me livrar dos meus sapatos. Bastou mais umas cinco rodadas para que as garotas estivessem com as roupas debaixo, malditos meninos que sabem jogar bem.

Antes que alguém tivesse que tirar as roupas que sobravam, os meninos avisaram que a apresentação deles iria ocorrer. Eu estava com um puta medo de saber o que os cabeças ocas iriam fazer. Cedrico correu até estar dentro de casa e ligou “Sexy and I Know It” bem alto para que pudesse ouvir até em quilômetros dali.


(Música: http://www.youtube.com/watch?v=WKxx5QC0ewc&feature=player_embedded)


– Por favor, me digam que eles não vão dançar essa música só de cueca. –Gina falou em um tom choroso. E o que a gente mais evitava aconteceu, nós quatro estávamos surtando de tanto rir com os meninos dançando na nossa frente, não era sexy e era isso que me deixava mais atordoada ainda. Quando a parte do Wiggle começou, eu estava prestes a furar meus olhos com qualquer coisa perfurante que eu encontrasse.

– É demais para mim. –Tampei meus olhos tentando puxar o ar para meus pulmões, mas cada vez que eu tentava isso, mais eu ria. Era impossível parar de rir. Quando a música acabou, tivemos uma pausa para nos recuperar.

– Me sinto ridicularizado. –Rony sentou-se ao meu lado fazendo cara de choro.

– E não era para tanto. –Comecei a rir novamente e abracei o ruivo sensível.

– Nós também temos uma apresentaçãozinha, meninos. –Cho deu um sorriso travesso para os garotos que nos olhavam com curiosidade.

– Temos? –Perguntei totalmente confusa. A japonesa revirou os olhos e sussurrou no ouvido de cada uma. E finalmente entendi a ideia da japonesa, ela queria que dançássemos Buttons, das Pussycat Dolls, que era a música que tocava nos nossos treinos de cheerleading. E até que não era uma má ideia, mas antes eu precisava colocar meu vestido, e era urgente.

Depois de combinarmos o que fazer, pegamos algumas cadeiras e levamos até o quintal. Foi meio descoordenada a coreografia, mas não foi vergonhosa feito a dos meninos. Eles não riram durante nossa apresentação, simplesmente babaram. A festa estava melhor do que encomenda.


(Música: http://www.youtube.com/watch?v=VCLxJd1d84s&ob=av2e)


– Isso...

– Foi...

– Absurdamente...

– Incrível. –Foi tão adorável vê-los completando a frase juntinhos. Primeiro foi Cedrico, depois McLaggen, Harry e em seguida Rony. A boca de cada um estava escancarada, pelo jeito não conheciam a namorada que tinham.

– Olha, sem querer dizer nada seus babões, mas quero arranjar algo pra fazer. –Cho rolou os olhos na órbita e Cedrico se levantou com um sorriso maroto no rosto.

– Que tal isso? –Sem aviso ele pegou a japa no colo e jogou na piscina.

– SEU CABEÇA DE BAGRE! Parece que não pensa! –Ela deu uma bufada raivosa tão alta que me assustou. Enquanto eu, Gina e Luna riamos distraidamente, os nossos namorados com titica na cabeça nos jogaram na piscina também, mas não perdi a chance de agarrar Rony pelo pescoço e puxá-lo para dentro da água, a ruiva e a loira copiaram meus movimentos e bastou alguns segundos para os oito estarem dentro da piscina rindo feito retardados.

– Bom, não era isso que eu estava planejando, mas mesmo assim foi divertido. –Concordamos com a japonesa, já mais calminha após o ataque dos namorados. – E Cedrico Diggory, só um aviso, se eu pegar gripe você está inteiramente ferrado.

– Então acho que é bom tomarmos um banho quente, não é? –Era incrível como ele morria de medo da namorada. Aliás, até eu morria de medo dela.
Nós meninas fomos as primeiras a tomar banho, vestimos as roupas molhadas mesmo, fazer o que. A ducha quente foi só para aquecer o corpo. Enquanto os meninos se aprontavam, ficamos na cozinha preparando pipoca porque nosso próximo passo seria ver um filme.

E para a minha total tristeza, o primeiro filme foi de terror, eu odeio filme de terror. Os garotos disseram que esses tipos de filme serviam para as meninas se agarrarem nos namorados quando sentiam medo, eles sempre tinham segundas intenções. Depois de Cho ameaçar Cedrico de estripá-lo como o cara do filme estava fazendo com o moçinho, ficamos até as quatro horas da manhã rindo e conversando.


E bastou só alguns energéticos com um pouco de bebida alcoólica que os meninos ficaram alegrinhos. Eu estava sentada na bancada da cozinha e Rony entre minhas pernas me beijando sem se dar conta que estava passando dos limites.


– Amor, acho que é bom a gente ir dormir. –Parei o beijo, mas o ruivo insistente não ligou e continuou avançando na minha boca.

– Não quero dormir... –Ele resmungou feito uma criança birrenta e beijou meu pescoço.

– Olha o que você está fazendo na frente de todo mundo.

– Eles não ligam, estão se agarrando também. –Olhei em volta e percebi que era verdade. Harry e Gina estavam na sala com o sofá todo para os dois, Luna e McLaggen em um cantinho mais reservado, Cho e Diggory estavam no quintal.

– Quer ir para o quarto? A gente pode continuar isso lá... –Ron nem respondeu, apenas me pegou no colo e subiu escadas acima. Chantagem, sempre funciona com crianças. É mágico. Chegando no quarto de hóspedes, me joguei do colo do ruivo e o puxei pelo coz da calça até jogá-lo na cama.

– Quer tomar banho?

– Só se você for comigo. –Gargalhei. – E a sua promessa de que íamos continuar? –Ele se levantou e caminhou até estar próximo a mim.

– Não foi uma promessa, eu disse que a gente podia continuar, não disse que íamos continuar. –Ron rolou os olhos e continuou se aproximando, recuei até que senti a superfície da porta fechada nas minhas costas, não tinha mais como fugir.

– Eu sei que você quer... –Ele me prensou contra a parede e agarrou minha cintura com um pouco de força, fazendo um gemido baixo escapar da minha boca. Seus lábios foram parar no meu pescoço e recebi uma pequena mordida ali, que fez meu corpo tremer involuntariamente.

– C-como você tem tanta certeza disso? –Droga, eu não podia ter gaguejado.

– O jeito que você reage aos meus toques já diz tudo. Sua boca pode falar que não quer, mas seu corpo é contrário a você, não é? –Não consegui responder quando suas mãos agarraram minhas coxas e uma corrente elétrica circulou por mim.


I try to slow the beating, but you're so hot

Eu tento diminuir a batida, mas você é tão quente


– Você não está consciente o bastante para fazer isso dar certo. –E eu continuava tentando rebater, mesmo com meu corpo me contradizendo. Tudo que eu dizia saía como um grande suspiro da minha boca, como se eu não tivesse mais forças para falar.

– Isso é um desafio? –Uma das suas mãos foi na fechadura e eu escutei o barulho da chave sendo girada para trancar a porta.

– Não...

– Não mesmo? –Seus lábios voltaram a atacar meu pescoço, subindo para minha orelha, descendo para meu busto... E enquanto isso suas mãos fortes me seguravam no lugar.


The tremors keep repeating and I tell myself keep breathing

Os tremores continuam repetindo e digo a mim mesma “continue respirando”


– Ah, que se foda. –Pulei em seu colo e ele agarrou minhas pernas entrelaçadas em sua cintura, minha boca foi atacada com violência em um beijo de arrancar o fôlego de qualquer uma em segundos. Eu sabia que bastaria cinco minutos de um beijo assim para meus lábios ficarem machucados de tanta força exercida, mas eu não ligava.

– Viu? Você não resiste. –Agarrei seus cabelos com uma mão enquanto passava minhas unhas de leve por suas costas despidas, quando minha mão foi para frente e arranhei seu peitoral sem força, um gemido rouco escapou da sua boca.


Your lips conduct electric flow, your kiss vibrates me head to toe, your touch is glowing in the dark, those neon eyes send me ablaze.

Seus lábios conduzem corrente elétrica, seu beijo me faz vibrar da cabeça aos pés, seu toque brilha no escuro, esses olhos neon me põem em chamas.


(N/A: esses trechos são da música After Shock, da diva Demi Lovato :3)


– Gosta de ser arranhado? –Perguntei com um sorriso malicioso.

– Por uma gata dessas, todo mundo gosta. –Ele retribuiu meu sorriso e voltou a me beijar. Entre minhas pernas eu já sentia um pacote bem animado, ele realmente precisava aliviar toda a tensão ali.

Passamos um bom tempo só nas preliminares, ele disse que iria se vingar pela provocação no refeitório e eu não gemia, eu berrava. Pensei que esse negócio de vingança não era tão sério assim. Mas eu não deixei barato, também iria “brincar” com ele, se é que me entende. Seu amiguinho ficou super feliz com as minhas carícias, e Rony ficou louco, berrava coisas incompreensíveis e implorava para que eu parasse com isso e deixasse que seu ápice chegasse depois. Resolvi ser boazinha e obedeci aos seus pedidos, antes de irmos aos finalmentes escutei uma voz distante na minha cabeça me lembrando de usar proteção, por isso peguei a embalagem no bolso da calça do Ron, sempre preparadinho esse menino. O ruivo estava totalmente incansável, não nos mantivemos no tradicional “papai e mamãe”. Variamos, e bastante. Tanto que uma hora fomos parar no tapete do quarto e encostados na parede novamente. Suas estocadas eram firmes, rápidas e fortes, me faziam revirar os olhos.

Cheguei ao meu clímax umas quatro vezes, pelo menos. Eu estava cansada, mas Ron não parecia querer parar tão cedo. Nem ligamos se o povo do lado de fora ouviam nossos berros de prazer, aquele momento ali era só nós dois e era só isso que importava. Depois de o ruivo cair na cama após seu terceiro clímax, nós dois estávamos sem fôlego e o lençol estava totalmente molhado do nosso suor.


– Acho... Que a gente... Necessita de um banho... –Falei com pausas porque não agüentava falar mais de quatro palavras de uma vez só. Rony que estava ao meu lado, apenas assentiu de olhos fechados controlando sua respiração. – E sem safadezas.

– AAAAH, por que sem? –Ele fez um bico adorável que me fez gargalhar.

– Ainda não cansou?

– Sinceramente? Ainda agüento mais algumas. –Com um sorriso malicioso ele fez uma trilha com seus dedos pelas minhas costas.

– Mas eu não. Vem, vamos para o banho. –Levantei e o puxei pela mão.


Durante o banho, era incrível o fato de Ron estar quase dormindo encostado no box e seu “amigo” pronto para outra novamente enquanto eu ensaboava o ruivo sem malicia alguma. Depois de ensinar ao meu namorado como se lavava meu cabelo e ter meu corpo ensaboado, nos enxaguamos e saímos para nos secar.

Tirei o lençol molhado da cama e deitamos por cima de uma coberta fina mesmo, Ron adormeceu de conchinha comigo com o rosto enfiado entre meus cabelos enquanto sussurrava coisas fofas para mim.


– Hey amor, obrigado por me aturar. –Ri baixinho.

– E obrigada a você por existir. –Acariciei suas mãos que repousavam na minha barriga e senti um beijo em meu pescoço.

– Eu te amo, mais do que você imagina.

– Eu também. –Sorri comigo mesma pensando que tudo aquilo era um sonho. Antes de fechar os olhos e cair em um sono profundo, com o corpo dormente de tão cansada, olhei no relógio e já se passavam das seis da manhã, comprovei isso olhando para a janela por onde uma pequena fonte de luz adentrava.


...

Eu poderia ter dormido até às seis da tarde já que a casa não era minha, mas bem por causa disso que levantei às nove da manhã, peguei minhas roupas íntimas e meu vestido que estavam jogados no chão e dei uma ultima olhada no ruivo que dormia serenamente abraçado no travesseiro que eu estava deitada antes, tão lindo.

Fui até o banheiro do corredor e percebi que ninguém havia acordado ainda. Quando olhei minha imagem no espelho dei um pulo para trás tamanho o susto que eu levei. EU estava cheia de marcas por todo o corpo, mordidas e chupões lotavam meu pescoço, busto, barriga e coxas. Droga, estou realmente ferrada. Vou ter que chegar em casa vestindo um moletom de gola alta e calça, em plena primavera.


– Ai que merda... –Eu visualizava melhor as marcas e percebi que por um gelo em cima de cada uma certamente não daria certo. Ontem eu estava tão entorpecida que nem percebi meu namorado fazendo todas essas marcas, ou eu percebi e estava tão safada que deixei. DROGA, DROGA, DROGA, DROGA!

Vesti minhas roupas excomungando até o sabonete paradinho em cima da pia, o que eu iria dizer para minha mãe? Que tal: Olha mãe, minha vida sexual é mais selvagem que a sua.

Que grande inferno. Resolvi tentar me acalmar e achar um jeito de esconder, mas as do pescoço eu só conseguiria se erguesse depois a gola da minha jaqueta de couro, e as mordidas na coxa eram na parte interior então ninguém iria ver, mas eu teria que ficar pelo menos duas semanas sem usar shorts para que ninguém percebesse. E o meu uniforme de cheerleader? Ele é curto! AAAAAI, que bela droga!

Bom, surtar não iria fazer as marcas desaparecerem. Respirei profundamente e desci as escadas, vi minha jaqueta dobrada em cima do sofá e meus sapatos perto da porta, pelo menos eles ficaram a salvos.

Fui até a cozinha e vi o que tinha dentro dos armários e dentro da geladeira, peguei alguns ingredientes e resolvi fazer alguns brownies de chocolate com manteiga de amendoim. Enquanto eu lembrava da receita e começava a fazer, vi as meninas descendo as escadas.


– Bom dia. –Falei sorrindo.

– Bom dia, o que faz aqui a essa hora? –Cho perguntou coçando os olhos.

– Fazendo o café da manhã.

– Pensei que iria dormir até amanhã porque ontem a festa foi grande lá no quarto com meu irmão, não é? –Ruiva infernal. Ruborizei na hora e abaixei minha cabeça para esconder meu rosto vermelho. As três gargalharam.

– Não fica assim Mi, não foi só você a safadenha de ontem. –Luna disse.

– Quem mais? –Ergui os olhos com curiosidade.

– Nós três, dã. –A japonesa me respondeu.

– Sério? –Gritei animada. – As três? No mesmo dia?

– Sim! –E lá estávamos nos quatro pulando feito retardadas mentais.

– E como foi, meninas?

– Perfeito. –Elas responderam em uníssono.

– Que bom meninas, fico contentíssima por vocês. –Dei meu melhor sorriso sincero.

Enquanto elas me ajudavam a fazer os brownies, detalhamos nossas madrugadas quentes. Era incrível o fato de não fazer nem um ano que conheço Luna e Cho, mas já confiava nelas como eu confio em Gina, que conheço desde bebê.


– Vamos comer tudo isso sozinhas ou chamar os dorminhocos? –A japonesa perguntou.

– Chamar os dorminhocos. –Respondi e subimos as escadas rindo. Cada uma foi para o quarto que passou a noite para acordar seu respectivo namorado, fui para o quarto de hóspedes e abri a porta devagar para não fazer barulho. Rony estava do mesmo jeito da última vez que eu havia o viso, ele continuava abraçado com o travesseiro, com as costas descobertas e dormindo feito um bebê. Deus, até com ele dormindo eu imagino coisas sujas sobre ele, quem mandou ele estar nu?

Caminhei até estar próxima a cama e minha mão safada foi parar em suas belas costas, fazendo um carinho suave. Me ajoelhei no colchão e abaixei meu corpo para poder sussurrar em seu ouvido.


– Amorzinho, acorde. –Falei baixo, ele apenas resmungou e abraçou o travesseiro com mais força, ri silenciosamente. – Vamos, acorde gatinho. –Deslizei minha mão pelas suas costas fazendo um caminho com os dedos suavemente, percebi seus pelos se arrepiando e com o toque, seus lindos olhos azuis se abriram.

Ele abriu um sorriso preguiçoso lindo e não pude conter meus lábios de retribuírem. O ruivo de espreguiçou adoravelmente e se virou de barriga para cima, coçando os olhos de um jeito fofo. Minha mão foi caminhando pelo seu peitoral e descendo para seu abdômen, que se contraiu ao meu toque.


– Que ótima forma de ser acordado. –Sorrimos e demos um selinho. – Sabe o que é bom pra fazer quando se acorda?

– O que? –Sentei na cama com uma expressão de dúvida.

– Amor matinal, melhor o humor. –Comecei a rir do seu sorriso safado.

– Você não está cansado de ontem?

– Óbvio que não, consigo te cansar muito mais ainda hoje. –Dei um tapa de leve em seu braço de repreensão quando sua mão foi parar na minha coxa, levantando a barra do meu vestido.

– Amor, o que é isso? –Ele passou o polegar nas mordidas do interior das minhas coxas. – Meu deus, eu fiz isso? –Gargalhei.

– Sim, foi você.

– Me desculpa amor, nem percebi que havia feito isso, eu não queria te machucar! Eu... –O calei pousando meu dedo indicador em seus lábios.

– Sem problemas. Eu te marquei também. –Ele me encarou confuso.

– Como assim? –Não respondi. Apenas puxei-o pela mão fazendo o ruivo se levantar da cama, o posicionei de frente para o espelho do armário do quarto, ele ficou chocado com o que viu. Não era só eu que possuía mordidas e chupões no pescoço, só que no caso dele, ele tinha também arranhões no peitoral, belas marcas de dentes no abdômen e suas costas estavam inteiramente arranhadas.

– Amor, me desculpa? –Fiz bico, eu estava me sentindo uma monstra.
– Sem problemas. Isso é terrivelmente sexy, e me deixa excitado em saber que você marcou território pela primeira vez. –Ele me lançou um olhar safado e eu ri.

– Então você gosta de ser marcado? –O olhei interessada e ele sorriu.

– Gosto. Olhar depois as marcas e me lembrar como as arranjei, vai me deixar louquinho. –Seu braço envolveu minha cintura e eu me afastei, lembrando que tinha outros objetivos depois de acordá-lo, e não seria ir para cama com ele novamente.

– Vamos descer se não os brownies que eu fiz com as meninas vão ser exterminados por seus amigos. –Ele riu.

– Você fez brownies? Ah, estou morrendo de fome.

– Novidade você faminto, Weasley.

– É que você abriu meu apetite, Granger. –Cerrei meus olhos e ele riu.

– Não adianta vir galantear para cima de mim que eu não vou render aos seus encantos. Arrume-se, te espero lá embaixo. –Quando estava pronta para sair do quarto, ele me puxou pelo braço.

– Ontem a noite você demonstrou que se rende bem fácil aos meus encantos. –Ron falou com a voz levemente rouca no meu ouvido, fazendo um arrepio percorrer minha espinha.

– Foi uma exceção, Weasley.

– Você sempre me chama pelo sobrenome quando quer me vencer em uma discussão, não é? –Sua voz soou divertida e eu bufei, logo após comecei a rir empurrando-o para longe. – Se me chamasse pelo nome completo pareceria minha mãe, e eu te obedeceria.

– Ah, mesmo? Então Ronald Bilius Weasley, se você não for vestir suas roupas e descer para o café agora, vou te por de castigo.

– Estou indo. –Gargalhei alto quando ele revirou os olhos nas órbitas. Sai do quarto e desci a escada saltitando, os outros já estavam na mesa e não haviam se servido ainda, de certo estavam esperando meu namorado pervertido e sua namorada sem controle.

– O Rony deve ser bem animado de manhã, não é? Para fazer a Mionezinha demorar tanto. –Bufei raivosa enquanto minhas bochechas ficavam rubras com o comentário de Cedrico.

– Acho que ele nem vai querer os brownies, já que o café da manhã foi a pobre Granger. –McLaggen falou, ganhando um tapa de Luna e fazendo todos gargalharem, apenas eu revirei os olhos.

– Ok, agora o assunto da manhã toda vai ser “a demora de Hermione Granger”? –Sentei-me a mesa, ao lado de Gina que chorava de rir.

– É brincadeira, Mi. Mas cadê o Weasley? Foi aliviar as suas tensões sozinho?

– Estou bem aqui, Potter. –Rony disse em um tom de deboche, descendo as escadas correndo. Tomamos o café da manhã rindo sem parar das conversas aleatórias que surgiam, os meninos elogiaram nossos brownies e consumiram com tudo em minutos, pareciam monstros se alimentando.

– Gente, não querem ficar até de noite? Poxa, meus pais viajaram, bora aproveitar! –Diggory disse depois de termos arrumado a casa em conjunto, deixando-a em ordem novamente.

– Se minha mãe não souber noticias minhas até o almoço, ela chama a polícia para vir me buscar, sério. –Todo mundo riu após eu ter falado isso. – Mas obrigada pelo convite! –Sorri e me despedi de todos, agradecendo de coração a festa que realmente me animou. Porém agora eu iria para casa voltar ao meu inferninho particular. Minha nova missão seria acabar com a amizade do Malfoy com minha mãe, e iria botar isso em prática hoje.


Fui conversando alegremente com Ron o trajeto todo até em casa, para ver se eu acalmava meus nervos de antecipação. Quem eu poderia encontrar lá dentro agora? Uma prostituta dizendo que iria casar com meu pai?

Antes de sair do carro, o ruivo pediu para que independentemente do que ocorresse, eu soubesse conversar para não me estressar e estressar meus pais. Para ele que tem uma família enorme nos eixos, é fácil falar.


– Tchau amor, se cuida. Qualquer coisa já sabe né?

– Sim, eu te ligo. –Ele sorriu e me beijou calmamente.

– Certo. Te amo. –Sorri.

– Eu também. –Dei um ultimo selinho nele antes de sair do automóvel e entrar em casa. Estava tudo silencioso, só Sophia assistia desenhos na sala e Dona Carmelita via programas de culinária na cozinha. Estranho.

Fui até meu quarto para tomar um banho rápido e buscar roupas que escondessem meus “hematomas”, e todas exibiam pelo menos uma marca. Droga. Coloquei uma calça jeans mais fresquinha, uma t-shirt que cobrisse toda a minha barriga e um casaquinho fino de gola alta por cima. Sorte que hoje não estava muito quente.


Fiquei conversando com minha irmã e assistindo tv com ela a maior parte da manhã, e eu não havia visto meus pais ainda.


– Dona Carmelita, cadê meus pais? –Perguntei já impaciente.

– Saíram cedo.

– Para onde?

– Não sei, só me avisaram que chegariam para o almoço. –Suspirei profundamente, tentando manter minha atenção nos desenhos que passavam na tv.

Quando escutei um barulho de motor de carro sendo desligado, corri para fora para ver se eram eles. Minha mãe saiu de um carro vermelho que eu particularmente não conhecia, ela ria para o motorista e eu tentei enxergar quem era. Quando um homem loiro saiu do carro, rindo também, meu sangue borbulhou nas veias. Meus punhos se fecharam com brutalidade para que eu não berrasse de raiva e fosse lá espancar Malfoy com todas as minhas forças.

Minha mãe me viu parada na porta, percebendo minha cara de raiva seu sorriso se desfez. Ela correu, abrindo o portão e indo até a mim.


– Filha!

– Não me toque. –Me esquivei de suas mãos.

– Ele veio almoçar aqui, Mi. Controle-se, por favor, por mim. –Gargalhei debochadamente.

– Por você ou por vocês? –Ela sabia onde eu iria chegar, e por isso me repreendeu.

– Quieta, já disse para não se meter. Depois conversamos. –Vi Lúcio se aproximando e corri para dentro de casa novamente, me escondendo no canto do sofá. Para minha tristeza, o idiota havia trazido um presentinho para minha irmã e por isso teve que ir a sala para entregar a ela.

– Sophia, trouxe uma coisa para você. –Argh, aquele sorriso falso.
Controle-se Hermione, não suje as mãos com merda.

– Sério? O que é? –Ela sorriu indo de encontro aos braços do otário, que a envolveu em um abraço apertado. Mais um toque na minha irmã e ele morre.

– Sua mãe me contou que você adora coisinhas para enfeitar seu cabelo, então trouxe isso. –Ele tirou da sacola um pacotinho cheio de prendedores de cabelo infantis.

– Ai que lindo, vai deixar meus cabelos um arraso. Obrigada Sr. Malfoy! –Sophia saltitou subindo as escadas com o presente na mão.

– E para a doce Hermione... –Cerrei meus olhos sem olhá-lo, continuei com a cara amarrada e os punhos cerrados. – Um laço de cabelo porque um passarinho me contou que você ama laços. –Quando o loiro seboso estendeu a sacola, eu continuei na mesma posição. – Pegue, eu não mordo.

– Mamãe me disse para nunca aceitar coisas de estranhos. Então pega essa sacola e enfia no lugar onde o sol não bate, Malfoy. –Levantei bufando furiosa e percebi que ele estava me seguindo.

– Eu estou até agora tentando te agradar para ver se eu consigo pelo menos conversar com você civilizadamente, mas colabore um pouco, Hermione! –Dei uma gargalhada falsa.

– Se depender de mim, nunca mais abro a boca para dirigir a palavra com você. Ah, e outra coisinha, nem me dando a lua de presente vou deixar você levar minha mãe para a cama. –Subi as escadas rapidamente sabendo que não demoraria muito para minha mãe vir brigar comigo por tratar seu amiguinho ranhento mal. Fui até meu quarto e me tranquei lá, por precaução. Eu só queria que meu pai chegasse o quanto antes.


Toc,toc,toc


Não disse? Mamãe veio rápido demais até. Não movi nem um dedo, ela que fosse embora.


– Hermione Jean Granger, abra essa porta, AGORA! –Revirei os olhos e destranquei a fechadura, uma mulher de cabelos escuros e olhos da mesma cor que os meus me encarou com uma expressão raivosa.

– O que eu te disse?

– Mas mãe eu...

– O QUE EU TE DISSE? –Tampei meus ouvidos com seu berro.

– Eu jamais vou ser amiga dele, mãe! Bota isso na sua cabeça! –Cruzei os braços em meu peito, cuidando para não alterar demais minha voz.

– Pelo menos o respeite!

– Como eu vou respeitar o cara que eu mais odeio no mundo? Você é obrigada a deixar de ser amiga dele, se não eu...

– Se não você o que?

– Eu sumo daqui. Mas Lúcio Malfoy jamais vai se tornar meu padrasto, e algum dia desses vou te dar belos motivos para você acreditar no que eu digo. Apenas aguarde.

– Vou aguardar. Mas até lá não vou deixar de tê-lo perto de mim! E outra coisa, você vai ver como Draco mudou, e pessoalmente. –Até que enfim ela saiu do meu quarto. Deitei na minha cama completamente exausta de tanta adrenalina correndo nas minhas veias durante a discussão e fiquei pensando no que minha mãe queria dizer com “Você vai ver como Draco mudou, e pessoalmente”. Ela sabe que eu não iria cruzar com ele nem que me pagassem. Aguardei até Dona Carmelita me chamar para comer do mesmo jeito, deitada no colchão de olhos fechados e imóvel.


Durante o almoço não falei uma palavra sequer. Ficar muda, esse era meu protesto. Ajudei Dona Carmelita a limpar a casa para ver se meus ânimos acalmavam e percebi ela era realmente querida, quando não estava me xingando em espanhol porque joguei cloro nas roupas coloridas, é claro.

Como limpar a casa me ocupou bastante, tirei o resto da tarde para limpar meu piano que estava tão solitário em um quarto vazio. Também enfeitei minha mais nova sala de piano para deixá-la mais a minha cara porque antes ela se resumia em um cubículo de paredes cinzas, uma janela, porta e chão de madeira bem lustrada.


– MEU DEUS, os gêmeos! –Foi o que eu exclamei em voz alta quando me lembrei que era aniversário deles, e já se passavam das oito da noite. Peguei meu celular correndo e disquei o número de Fred, que atendeu depois de duas vezes chamando.

Pensei que tinha se esquecido, Mi. –Seu tom de voz era triste.

– Óbvio que não, bobinho. Só não tive tempo de ligar, problemas aqui em casa encheram minha cabeça. –Ah, não foi bem uma mentira, tinha suas partes verdadeiras. – Mas enfim, o Jorge está ai?

Sim, aqui do meu lado fazendo cara de cachorrinho abandonado porque Hermione Jean Granger se esqueceu do nosso aniversário. –Bufei e escutei as risadas dos dois.

– Coloca no viva-voz. –Um bip me alertou que Fred havia me obedecido. – Parabéns meus dois ruivos lindos e maravilhosos! Desejo tudo de melhor que há no mundo para vocês nesse dia incrível. Que os sonhos de vocês dois se tornem realidade e que tenham muitos anos de vida para infernizar meus dias! –Falei em um tom animado e mais uma vez os dois gargalharam.

Obrigado coisinha fofa do Fred, com certeza estaremos aqui ainda cutucando sua costela e bagunçando seus cabelos brancos quando você for velhinha. –Comecei a rir.

É, muito obrigado cachinhos dourados do Jorge.

Se estiverem falando com a Mione, saibam que ela é minha, clones traidores. Favor galantear meninas solteiras. –Escutei a voz distante de Rony e gargalhei alto.

– Diz pro Ron não se preocupar, que vocês estão em um lugarzinho especial no meu coração diferente do que ele está. Ele é meu namorado, eu o amo de uma forma diferente que amo vocês dois.

Ele ouviu e fez uma cara de viado... Quero dizer, apaixonado! –Gargalhei quando escutei um barulho de tapa e Fred reclamando de dor.

– É um mais bobo que o outro. –Escutei Dona Carmelita me chamando para o jantar. –Enfim, tenho que ir jantar. Amo vocês dois meus gêmeos lindos.

Também amamos você, Mionezinha. Eu e o gêmeo mais feio. –Eu não conseguia parar de rir, era incrível. Mandei beijos e desliguei.

Durante a janta meu pai chegou em casa, soube que ele havia saído para trabalhar em uma pesquisa odontológica, diferente de algumas pessoas que trazem para almoçar o cara que eu mais tenho nojo na face dessa terra. Fiquei mais feliz com sua presença, mas mantive meu monólogo.


– Filha, você está doente? –Ele perguntou quando me levantei da mesa após finalizar o jantar.

– Eu? Não, por quê?

– Está com roupas compridas demais para uma noite quente de primavera. –Meu coração parou por alguns segundos e voltou a bombear sangue quando eu descongelei. Droga, me encurralei bonito agora. Como eu iria explicar? Pensei que estivesse a salvo quando minha mãe não percebeu minha mudança súbita de roupas.

– Ah pai, deve ser TPM, me deixa com umas mudanças de temperatura corporal drásticas. –Minha mãe lançou um olhar desconfiado, congelei no lugar novamente.

– Mesmo? –Assenti, o veneno da mentira saltando dos meus poros. – Ah bom, quer que eu te compre chocolate para aliviar os sintomas?

– Qualquer coisa amanhã a tarde faço brigadeiro, obrigada mesmo assim, papai. Vou dormir, boa noite. –Beijei sua bochecha e dei um breve aceno de cabeça para minha mãe porque meu pai me repreendeu por não desejar uma boa noite para ela também.

Tomei um banho quente e fui olhar como minhas marcas estavam. Os chupões e mordidas que antes estavam vermelhos, agora criavam tons roxos e esverdeados, além de estarem bem sensíveis. Merda.
Fui dormir com um pouco de dificuldade por tantos pensamentos passarem pela minha cabeça, mas quando Bichento resolveu parar de dormir na cama da minha irmã e se deitou no meu colchão, fazendo seu ronronado delicioso, dormi tranquilamente.

...

Acordei com meu celular despertando e com o barulho irritante, meu gatinho ruivo pulou da cama e miou desesperadamente.
– Calma ai cachorro vestido de gato, eu estou bem aqui. –Quando seus lindos olhos azuis me encontram, seus miados cessaram.

Levantei para fazer minha higiene matinal e tomar um breve banho, para depois poder passar alguma coisa que escondesse minhas marcas. Peguei base em bastão, base líquida e pó para tentar esconder. Surgiu um bom efeito no meu pescoço, mas não ótimo.

Coloquei meu uniforme de cheerleader curto que exibia as marcas de dentes nas minhas coxas e surtei com isso. Peguei um shorts azul de algodão no meu closet, ele era justinho e escondia perfeitamente as mordidas. Ótimo.

Como minha barriga e meu busto não eram descobertos, relaxei e vi que estava tudo em seu controle. Porém, eu teria que retocar a maquiagem em meu pescoço. Coloquei um Chuck Taylor preto, bem simples, mas o meu preferido. Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo, me maquiei levemente, passei perfume, juntei minha mochila e desci para o café.


Algumas torradas com patê e um copo de suco de abacaxi depois, escovei meus dentes e Rony chegou. Me despedi de Dona Carmelita e Sophia, fui para fora e encontrei o ruivo.


– Escondeu as marcas que eu deixei? –Assenti exibindo meu pescoço maquiado e meu shorts.

– E você?

– Bom, minha mãe viu a do pescoço e toda a minha família ficou sabendo. –Ele riu, mas eu arregalei os olhos.

– Calma Mi, eles não vão contar para seus pais.

– Os gêmeos vai me zoar pela eternidade! –Reclamei, fazendo uma expressão de choro.

– Se eles vissem os arranhões, com certeza iriam. Mas eles só sabem do chupão, amor. –O ruivo riu novamente, me puxando para um abraço.


Respirei fundo aliviada com a situação e ri também, dando um beijo rápido nele. Entrei no carro e o caminho até a escola fui contando os dramas que ocorreram lá em casa e Rony me contou o escândalo que Molly fez quando pensou que o chupão no pescoço do filho foi dado por outra menina, e não pela santa Hermione Granger.


Chegando na escola os casais nos aguardavam no estacionamento, como sempre. Ficamos andando juntos pelo corredor rindo e conversando sobre diversas coisas. Desde a última noite que passamos juntos, até o quanto a professora Umbridge estava horrorosa vestindo uma saia longa verde limão, uma regata branca apertada que mostrava seus pneuzinhos de trator e uma sandália goiaba.


– Fiquei sabendo que chegou um aluno novo da nossa sala que já está se atracando com a vadia loira pelos cantos. –Cho comentou.

– Esses alunos novos são tão necessitados. Tem que pegar logo a aberração da natureza oxigenada. –Gina suspirou, nos fazendo gargalhar.

– Hey, o aluno novo não é aquele ali atrás? –Luna sussurrou.

– Sou eu mesmo. –Eu e Rony congelamos no lugar, rezando para que a voz que ouvimos fosse no máximo idêntica a de uma pessoa, mas que não fosse ela. – Hermione, não vai dar oi para seu irmão, maninha? –Meu namorado apertou minha mão com mais força, ele havia reconhecido o tom de voz nojento também. Prendi a respiração, controlando minha vontade de berrar, tamanha a fúria que me corroia por dentro.

Não podia ser, simplesmente não podia. Por favor, me diga que Draco Malfoy não vai estudar comigo.


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Notas finais do capítulo

eu e meus suspenses nos finais dos capítulos né. HAHAHAHAHAHAH e ai gente, o que acham que vai acontecer? será que o Malfoy vai aprontar? podem chutaaar :B
e a parte hot? gostaram? :P eu por exemplo tive que chamar os bombeiros, hein HAHAHAHAH
Elogios, críticas, sugestões, o que estiverem dispostas a mandar, fiquem à vontade!
beeeeijos da manu e até o próximo, lindas :*
PS: O Matheus, mano do Cedrico, eu inventei, ok? Talvez ele apareça em outros capítulos, talvez não... Mas o importante é só lembrar que ele é criação minha :3



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