The Best Thing Thats Ever Been Mine escrita por manupotter


Capítulo 1
Great place for bad people


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem (:



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Eu estava lá, em pleno fevereiro, sentada em um dos bancos cinza próximos a secretaria do Campbell Hall, um colégio particular situado em Los Angeles, Califórnia. Estava fazendo frio naquela manhã, mas acho que estava tremendo mesmo de nervosismo porque eu estava quente e confortável, mesmo com a brisa congelante que passava por entre as árvores.


(Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=43134570&.locale=pt-br)


Estava distraída lendo um folheto sobre a escola, em que dizia coisas como “Campbell Hall abraça a filosofia que os alunos confiados aos seus cuidados são pessoas de ambas as fé e razão” e “O programa acadêmico, a partir de classes primárias através dos cursos mais avançados no ensino médio, é estruturado e desafiador.”

Desafiador? Perfeito pra mim.


– Hermione Jean Granger. -Oh meu deus, esse é meu nome não é? Levantei-me quase como um movimento involuntário.

– Sou eu! –Olhei para frente e vi que me chamara, um homem bem mais velho que eu me encarava.

– Rev. Canon Julian P. Bull, prazer em conhecê-la senhorita Granger.

Um sorriso bobo escapou dos meus lábios, eu estava extremamente feliz por conseguir estar lá. Ele estendeu sua mão e eu a apertei, eu estava tremendo e estava visível isso.

– Bom, vamos à minha sala assim discutiremos melhor sobre sua bolsa de estudos.

Falamos sobre tudo. A matrícula que eu não iria pagar graças à bolsa, porque era muito cara, mais detalhadamente 27.220 dólares, assustador não? Detalhamos a volta às aulas, as matérias, os materiais necessários, as regras, tudo o que seria necessário para uma caloura como eu.


– Até dia 13, senhorita Granger.

– Foi ótimo conhecer o senhor, até. –E mais um sorriso bobo de orelha em orelha. Apertei a mão dele novamente e fui em direção a porta.

Agora eu era oficialmente aluna de um colégio que realmente me merecia lá, já não ia agüentar mais um ano naquele colégio de idiotas em que eu estudava. Não que eu não tivesse feito amigos lá, mas o ensino não valia a pena para mim, sempre pensei no futuro e estudar no Campell Hall iria me ajudar muito.

Ignorei o frio típico do inverno e fui em direção ao carro do meu pai que me aguardava lá na frente da portaria.
Sentei no banco da frente do carro e ele me olhava curioso, esperando que eu dissesse algo.


– Papai, daqui a 13 dias sua filha será a mais nova aluna do colégio Campbell Hall. -Eu falava como uma criança que conta aos amiguinhos que ganhou um ingresso para a Disney.

– Sério? Meus parabéns bebê, eu sabia que você um dia chegaria lá. –Robert, meu pai, sabia exatamente o que eu queria e botava fé em mim.

– É, eu sei. –O sorriso não queria desgrudar do meu rosto.


Cheguei em casa e minha mãe me recebeu com abraços e beijos.


– Parabéns minha linda, parabéns, parabéns! Você merecia. –Pulava animada pela minha conquista.

– Obrigada, mãe. –Dei um sorriso super sincero e ela retribuiu.

– Vou fazer um almoço de comemoração.

– Mãe, não precisa... Estou sem fome.

– Sem me contrariar, gatinha.

– Ok. –revirei os olhos teatralmente e ri. – Cadê a So? –Sophia era minha irmã caçula, faz 6 anos em abril, a anjinha da família.

– Está lá em cima.


Subi as escadas e dei de cara com Sophia, ela estava vestindo uma saia de pregas azul marinho e uma camiseta com a estampa da Hello Kitty. Encarei suas bochechinhas rosas e sorri.


– Não está com frio, não? –Me aproximei dela e passei meus dedos entre seus cabelos castanhos e lisos, mais parecidos com o cabelo da minha mãe.

– Não, mas eu quero por uma calça, a mamãe disse que eu tenho que sentar de pernas fechadas quando eu estou de saia. –Comecei a rir do bico que ela fez.

– Vem com a mana, eu coloco uma calça em você. –Geralmente eu mantinha uma leve distância de tarefas maternais com ela, mas hoje eu estava tão feliz que pediria até a guarda dela.


Sophia ergueu os braços, e eu a peguei no colo, levei-a no quarto dela, um quarto rosa cheio de bichinhos de pelúcia, parecia um quarto de princesa. Peguei uma calça jeans e vesti-a.


– Ah, e não vai me agradecer? –Reclamei injustiçada.

– Obrigada. –Vi que quando saiu do quarto ela revirou os olhos, ela odiava respeitar as palavrinhas mágicas.


Fui para o meu quarto e peguei meu celular. Disquei os números do celular da minha ruivinha preferida, Gina Weasley, e deu como celular desligado. É sério, pra quer ter celular se deixa desligado? Bufei mas fui obrigada a ligar para o telefone residencial dela.


Deitei de bruços sobre o edredom fofo da minha cama de casal até após alguns segundos chamando o telefone foi atendido.


Alô. –Era uma voz masculina, mas só tinha Gina e a mãe super simpática dela de mulheres na casa.

– Ahn, oi, é da casa dos Weasleys? –Tinha que me certificar, não é?

Sim.

– Poderia falar com Gina?

Claro, e quem gostaria?

– Hermione.

Hmmm, olá Hermione. Há quanto tempo. –Finalmente eu reconheci a voz e aquele tom divertido que ele usava quando falava. Eu estava falando com Ronald, o pior dos Weasleys.

– Ronald, caso você não esteja ouvindo bem eu quero falar com sua irmã. –Falei grossamente.

Calma Herrmioni-ni, ela estava no banho e saiu agora.


Ai que vontade de mandar ele tomar bem no lugar aonde o sol não bate. Aquele otário estava imitando Vítor Krum, um búlgaro com quem eu tive um breve romance aos 14 anos, a idade em que eu passei a odiar aquele ruivo babaca.


Oi Mione! –Uma voz distante no telefone, que eu reconheceria em qualquer ocasião. Era Harry Potter, além de meu melhor amigo era namorado de Gina.

– Hey ferrugem, deixa eu falar com o Harry. –Rosnei.

Você está no telefone pra falar com a Gina, esquilinha. –Ele sabia perfeitamente como me irritar e estava jogando o meu jogo, eu não ia deixá-lo ganhar.

– Para a sua informação eu não tenho mais dentes da frente um pouco grandes seu... –Quando eu ia começar a falar todos os palavrões cabíveis no meu vocabulário ouvi uma voz feminina berrando com Ronald.

Amiga desculpa pelo idiota do meu irmão. O que houve?

– Fora que ele é um estúpido? Bom, eu fui aprovada na Campbell Hall! –Ouvi gritos histéricos do outro lado do telefone, eu esperava apenas um parabéns entusiasmado, mas os gritinhos me deixaram contente também.

Amiga, EU estudo no Campbell Hall!

– Sério? OMG! –Mais gritinhos, dessa vez dos dois lados do telefone. Eu nem fazia idéia que era desse ‘Campbell’ que ela tanto me falava.

– Mas espera aí. –Meus gritinhos cessaram. Eu negava um fato na minha cabeça, mas perguntei. - Isso inclui seus irmãos?

Sim, os gêmeos já se formaram então somente o Ron. Em que turno você vai?

– O... o da manhã. –Repousei minha testa na palma da minha mão, desejando internamente que ele NÃO estudasse de manhã.

SÉRIO? Então vamos nos encontrar lá. –Gritinhos novamente, da parte dela somente. Ronald tinha a minha idade, 17 anos incompletos, e então ele estudaria COMIGO? Ah não, impossível. Joguei minha cabeça no meio dos travesseiros e fiquei alguns segundos quieta absorvendo a informação.

Mione?

– Ah, oi Gina. Er... Vou almoçar, diz que eu mandei um beijo para o Harry, ta? E para sua mãe e seu pai também, mais tarde nos falamos. Beijos, amo você. –Estava na cara que eu estava mentindo pelo meu tom de voz desapontado, mas ela entendia que eu não tinha mais a amizade dele que eu pensei ser verdadeira um dia.

– Ahn, então ta. Eu amo você também linda.


Desliguei e fiquei em silêncio perplexa. Por anos evitei o contato com Ronald, pode ser até um pouco de exagero, mas ele traiu a minha confiança. Por quê? Ah, eu explico o porquê.


Flashback ON


“Era apenas mais um dia de aula em que eu mentia para os meus DOIS melhores amigos que eu iria à biblioteca daquela escola, mas na verdade eu ia encontrar o meu namoradinho búlgaro. Eles acreditavam, pois eu sempre fui totalmente focada nos estudos, mesmo assim eu me sentia mal por mentir a eles.


Eu tinha apenas 14 anos, meu “namoro” eram só beijos. Posso ouvir até hoje o sotaque engraçado dele tentando aprender a falar o meu nome corretamente.

Eu estava lá atrás do ginásio do colégio, namorando com Vítor. Ele era tão bonitinho e cobiçado, eu tinha realmente sorte. Durante uma pausa, vi que Rony tinha nos pegado no flagra. Harry o puxava pelo uniforme e falava algo como ‘Vamos, deixe-os em paz’. A expressão de Ronald era indecifrável. Algo como raiva ou nojo inundava a face sardenta dele. Pedi para Vítor aguardar e fui em direção dos meninos, eu já me preparava para pedir desculpas por ter escondido aquilo por tanto tempo deles, mas Rony correu e Harry o seguiu. Achei estranho, mas chamei Vítor e fui para a aula.


A diretora me chamou para uma conversa e eu já estava nervosa. Eu NUNCA tinha sido chamada para a sala dela. Ela começou falando que qualquer atitude relacionada à namoricos eram proibidos na escola, eu sabia daquilo mas não pensei que era tão sério assim. Quando eu vi meus pais chegarem à sala estreita da diretora eu paralisei. Minha mãe entrou em pânico e dizia que ia tirar de qualquer maneira Vítor daquela escola, e ficou dizendo que namoros iriam atrapalhar meus estudos, mas eu o defendi dizendo que nem dos EUA ele era, então ele deveria ficar naquela escola. Meu pai foi quem decidiu que EU iria para bem longe do meu “namorado”. Eu nunca tive irmão mais velho, e por isso meu pai fazia o papel de 1.000 irmãos mais velhos ciumentos.


Sai chorando da sala e pelo jeito Harry sabia que Ronald tinha ido me dedurar. Ele veio me amparar e começou a dizer “Eu tentei pará-lo”. Eu não conseguia dizer nada, eu era obrigada a abandonar minha escola e deixar meus amigos para trás, isso era injusto. Harry começou a gritar com Ronald e ele fingia nem ouvir, apenas me encarava com aquele sorriso sarcástico esbanjando vitória no rosto. Eu simplesmente não entendia o porquê que ele havia feito isso, se fosse eu que tivesse flagrado Harry ou Ronald agarrando alguma menina eu não faria nada, a vida é deles, se a diretora flagrasse aquilo ai o problema era deles, mas Ronald tinha que me dedurar?”


Flashback OFF


Minha mãe logo berrou que o almoço estava pronto. Eu desci as escadas e respirei fundo, o cheiro da comida e o ambiente quentinho era muito acolhedor. Olhei para a mesa e vi batata recheada com frango desfiado, requeijão e batata palha, muita salada e sorvete de morango de sobremesa. Minha mãe é um ANJO.


– Mãe, eu te amo. –Fui me servindo e ela deu uma gargalhada.

– É o mínimo que eu posso fazer por você.


Sorri para ela e vi uma criaturinha pequena se enfiando debaixo da mesa e reaparecendo sentada em uma das cadeiras. Minha irmã comia o dobro do peso dela, era assustador. Após o almoço abençoado da minha mãe me ofereci para lavar a louça, mas a dona Carmelita, a nossa empregada me tirou a tapas (literalmente) da cozinha.


– Você não vai lavar a louça, chica. –O inglês dela era hilário, ela tinha um sotaque espanhol muito adorável que me fazia dar risadas quando ela brigava comigo, que era quase sempre na verdade. Mas ela gostava de me xingar em espanhol para que eu não entendesse nada, não que eu me intimidasse com o jeitinho explosivo dela mas enquanto ela não soltasse a minha faca eu é que não iria enfrentar aquela baixinha raivosa.


– Hoje eu não tenho tempo de levar sua irmã para o parquinho, então você vai levar. –Fiz uma cara de extrema injustiça e ela não pareceu se intimidar.

– E não reclame. –Comecei a imitar ela falando ‘E não reclame’ com o seu olharzinho mau e seu sotaque engraçado, ela não ficou nada feliz com o meu deboche e me deu mais tapas me tirando da cozinha, baixinha fofa.


Ótimo, além de bancar a mamãe da minha irmã eu tinha que levá-la ao parquinho. Totalmente contrariada subi as escadas e fui colocar uma roupa de frio na minha irmã, era inverno nos Estados Unidos e eu não queria ser a culpada de causar uma hipotermia nela.


– Eu não quero por essa roupa, eu vou na areia.

– Você vai por essa roupa e não vai na areia. –Eu tentava colocar um vestido branco com bolinhas pretas de manga comprida na minha irmã, mas ela tinha tirado o dia pra me contrariar. Ela tentava me empurrar e dobrava os braços para eu não conseguir enfiar a merda das mangas nos braços dela. – SOPHIA, PÁRA AGORA, SE NÃO VOCÊ NÃO VAI MAIS AO PARQUINHO! –Chantagem, sempre funciona.

A pequena diabinha finalmente calou a boca e me deixou vesti-la. Calcei botas galocha nela porque na noite passada havia chovido. Coloquei um casaco de pelagem falsa nela, ela argumentou que era muito quente, mas minha mãe iria brigar comigo por eu não ter agasalhado ela bem.


Minha mãe é meio paranóica e exagerada, uma vez que eu queria ir na casa de Gina tomar banho de piscina, ela alegou que eu tinha que levar a minha irmã e depois ela disse que o sol estava muito forte e eu teria que passar o protetor solar infantil fator 60 com cheirinho de morango nela. Após eu me atrasar 30 minutos para esperar o protetor solar ser absorvido pela linda pele branquinha feita de porcelana dela eu finalmente pude ir.


(Roupa da Sophia: http://cdn.buzznet.com/media-cdn/jj1/headlines/2011/02/suri-cruise-hot-cocoa-cowgirl.jpg)


– Beijos mãe, estou indo levar uma peste para se divertir. –Desci as escadas segurando uma das mãos de Sophia.

– Beijos, e sua irmã não é uma peste. –Ok, peste era elogio. Parti para o parque a uma quadra da minha casa, sempre segurando a mão de Sophia, pois se ela se enfiasse na frente de um carro a culpa iria ser toda minha, sendo que ela tem 5 anos e meio e tem consciência do que faz.


Chegamos ao parque do bairro, era bem bonito, mas na primavera a beleza dobrava, as flores floresciam e a grama esverdeava ainda mais. Era um lugar perfeito para um piquenique com a família, o playground era grande e bem colorido, era que nem aquelas plantas carnívoras cheirosas e bonitas que chamam insetos, mas nesse caso chamavam crianças adoráveis que esperavam sua vez no escorregador e também crianças más que empurram os coleguinhas do escorregador. Não sei em qual categoria se encaixava minha irmã, iria ver isso hoje.

Soltei da mão dela e me sentei em um banco próximo ao playground, eu parecia a mãe dela, mas fazer o que. Vi ela correr para a escada que dava acesso ao escorregador e então coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e continuei observando Sophia.


De repente senti duas mãos repousarem sobre os meus olhos, assustada me virei e vi quem era, era Córmaco McLaggen, amigo da minha escola antiga. Ele tinha uma queda por mim desde que eu pisei lá, nós nos beijamos uma vez, mas eu não sentia nada por ele então ficamos apenas como amigos.


(McLaggen: http://images2.fanpop.com/images/photos/7200000/Freddie-Stroma-Cormac-McLaggen-harry-potter-7205066-428-600.jpg)


– Há quanto tempo, gatinha. –Sorri para ele e me levantei do banco.


– É, o que você está fazendo aqui? –Ele não respondeu, apenas apontou para um menino loirinho que aparentava ter a idade da minha irmã. – Seu irmão? –Assentiu com a cabeça. – Ele é muito fofo.


– Sua irmã também, e parece que os dois já fizeram amizade. –Olhei para a direção que minha irmã se situava e vi o menino conversando com ela.

– Que fofinhos. –Sorri e então me sentei no banco novamente. McLaggen se sentou do meu lado e durante alguns minutos ficamos em silêncio vendo nossos irmãos interagindo.

– Então, vai continuar na mesma escola nesse último ano?

– Não, vou para o Campbell Hall. Consegui uma bolsa. –Aquele tom de uma criança que acabou de ganhar um ingresso para a Disney voltou na minha voz.

– É? Meus parabéns, tomara que você fique bem por lá. –Sorriu, mas o sorriso dele não me convenceu, ele pareceu meio incomodado.


Uma buzininha irritante cortou o nosso silêncio, era o tio que vendia algodão doce.

– Mana, mana, mana. Eu quero! –Sophia correu na minha direção e apontou para o moço.

– Humm, ok. –Tirei algumas moedas do meu bolso que minha mãe havia me dado para comprar o que minha irmã quisesse, então comprei um algodão doce rosa para ela.

– Também quer, Pedro? Me dá dois azuis, por favor. –Olhei para o lado e vi McLaggen com uma das mãos em cima do pequeno ombro do menino loiro do seu lado. Após pagarmos, eu e ele nos sentamos no banco novamente e nossos respectivos irmãos também.


– Pega. –McLaggen havia tirado um pedaço enorme de algodão doce para mim, comecei a rir e peguei da mão dele. Algodão doce é a coisa mais sem graça que eu já vi, mas sentia falta desse gostinho de infância.


Após mais 30 minutos no parque, decidi que já era hora de ir embora. Minha irmã e o pequeno Pedro fizeram amizade e combinaram de irem juntos todos os dias no parque.


– Daí vem junto com a sua irmã, Mione.

– Ahn, eu acho que não. Já estava meio contra de ir com ela hoje e se eu for mais alguns dias será uma tortura. –Fiz uma cara de desgosto e ele começou a rir.

– Então ta, tchau. –Retribui o abraço que ele havia me dado e peguei na mão da minha irmã e parti para casa.

– Ele é seu namorado? –A peste perguntou.

– Não, bem que ele queria, mas não é. –Por mais que McLaggen fosse um bom garoto eu nunca me vi como namorada dele, só como uma melhor amiga então, sem chance.


Chegamos em casa bem, fora o fato que um segundo que eu soltei a mão de Sophia para ajeitar meu calçado, ela se distraiu com um pombo e quase foi atropelada. Eu estou dizendo, essa menina é louca.


Chegamos em casa e eu fiquei TV praticamente o resto da tarde toda, porque minha mãe disse que Sophia iria ficar no computador jogando jogos educativos. Minha mãe queria praticamente criar um Einstein na família, bizarro.


Só perto das 17h00min que um cheiro de fritura e logo após, de canela encheu a sala corri para ver o que a Dona Rachel havia aprontado na cozinha. Vários bolinhos de chuva quentes estavam sendo passados no açúcar e na canela, salivei no mesmo momento que vi aquelas delícias.


– Nem pense em comer agora, espera esfriar e chama sua irmã. –Engoli a saliva com uma expressão completamente contrariada e subi as escadas.

Cheguei no meu quarto e vi a pequena Granger sentada na frente do computador concentradíssima em joguinhos de coordenação motora, minha mãe estava criando uma monstra.


– Hey, a mãe fez bolinhos de chuva... –Eu esperava que ela nem ligasse para o que eu estivesse dizendo, mas ela saltou da cadeira e saiu correndo, ela devia odiar essas atividades inúteis. Desci as escadas pulando alguns degraus até que a porta se abriu e meu pai entrou.

– PAPAI! –Corri e pulei no colo dele. Coloquei meu nariz em seu jaleco de dentista e respirei profundamente. – Eca, cheiro de cárie, placa dental e mau hálito.

Meu pai gargalhou e me soltou no chão.

– Oi pra você também, pequena.

– PAPI! –Vi a pequena Einstein correndo até meu pai com a boca toda suja de doce de leite.

– Calminha ai, princesinha. Não vai sujar o jaleco do papai. –Ele afastou Sophia com as mãos, mas a ela insistia como se fosse vencer a força do meu pai, só me assustei quando ela começou a rosnar e numa mudança brusca, a chorar.

– Mas hein? –Fiquei com uma expressão confusa no rosto.

– Não chora meu amor. –Robert tirou seu jaleco, pegou minha irmã no colo e ela se enfiou no pescoço dele, logo percebi que aquilo tudo foi apenas um teatro porque ela estava com ciúmes de mim, não ser a caçula da família é um problema.


Revirei os olhos e fui até o balcão da cozinha, recheei alguns bolinhos de chuva com doce de leite, peguei um copo de suco de laranja e me mandei para a sala. Tudo bem que eu poderia me arrepender de me empanturrar dessa bomba calórica, mas no momento o único sentimento que eu sentia era muita fome.


Escutei uns gritos histéricos da minha irmã dizendo que se meu pai não colocasse suco na mamadeira dela, ela iria não iria mais falar com ele. Bem no fim meu pai ganhou, é claro. Meus pais eram muito mãos de ferro, apesar de ela ter só 5 anos ela não era só tratada apenas como a caçula querida.


Após terminar de comer, Dona Carmelita se apressou em levar meu prato e meu copo para a cozinha, a maníaca por limpeza mais fofa da terra. Deitei minha cabeça no sofá e mudei de canal, estava passando Glee e deixei por lá mesmo.

Minutos depois o telefone toca.


Não estou ouvindo, virei surda. E se alguém me mandar atender, estou dormindo.


Minha mãe se manifestou e foi atender. Depois de uma longa conversa no telefone perguntei quem era.


– A Molly. –A propósito, é a mãe da Gina – Dia 6 é o aniversário do Arthur, então ela quer comemorar com um almoço. –A propósito novamente, Arthur é o pai da família.

– Aaaah ta. E nós vamos?

– Não tenha dúvidas disso, é claro que vamos. –Eu amava a companhia dos Weasleys, mas isso incluiria Ronald, já estava até pensando em desistir de ir, porém Arthur gostava muito de mim, e a família não iria aceitar que eu não fosse à comemoração.


Minha irmã praticamente surtou com a notícia, e ficou repetindo que iria levar uma Barbie e o Ken para a casa dos Weasleys, para brincar com Ronald. Os dois juntos pareciam dois irmãozinhos felizes, estava até pensando em trocá-la de família. Quando Sophia desistiu de insistir para que eu mudasse de canal, adormeci no sofá.


Daqui à 6 dias eu iria me reencontrar com Ronald, após quase 3 anos sem vê-lo.


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Notas finais do capítulo

E agora? Como será que vai ser esse belo reencontro, hein? Vamos esperar o próximo capítulo, HAHAHA
Eu adoraria que comentassem, juro que não cai o dedo e vai me deixar bem feliz (: Beijinhos, até o próximo capítulo!



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