Real or not real? escrita por letter


Capítulo 27
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

OLÁ TRIBUTOS, finalmente o epílogo, bom, não vou falar muito aqui, mas me aguardem lá embaixo, ok? Para melhor aproveitamento do capitulo eu sugiro que ouçam de acompanhamento: http://www.kboing.com.br/enya/1-300090/ BOA LEITURA. ((é para lerem as notas finais))



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Who can say where the road goes,

Quem pode dizer para onde vai à estrada?
Where the day flows?

Para onde o dia flui?
Only time

Só o tempo


A pequena Hanna chorava ao colo de sua mãe Johanna, pois seu irmão Noel não a deixara brincar consigo, nem com Axel, seu irmão gêmeo e nem com Teddy, o filho caçula dos Mellark que herdou o nome do avô paterno. Primrue, a filha mais velha dos Mellark, que herdara as habilidades de caça da mãe escalara a árvore mais alta e com copa mais vasta que havia ali por perto, para poder olhar as escondidas e a vontade o jovem Finnick Odair Junior seminu ensinar seu primo mais velho Neil Abernathy a nadar no raso lago que havia ali.

Katniss Everdeen Mellark vinha entrando as gargalhadas na clareira da floresta onde estavam todos reunidos, ao lado Gale Hawthorne seu velho amigo de infância, Gale trazia as costas a carcaça de um veado abatido, enquanto Katniss segurava as mãos um par de esquilos abatidos com o arco e as flechas que vinham as suas costas.

Beetee travava uma intensa batalha com a enorme fogueira planejada por ele para durar daquela tarde até o amanhecer do outro dia, Annie trazia lenha ao lado de Effie Abernathy que fazia uma careta a cada paço sobre a relva úmida da floresta e via seu salto afundar.

Haymitch fitava toda a cena, sentado ao lado de Peeta, vez ou outro observando-o.

A imagem não fazia sentido para Peeta. Ao mesmo tempo que parecia tudo certo e no lugar, parecia tudo errado e desconcertado. Não fazia sentido ver Gale jogar o veado morto na direção de Beetee que tomava conta da fogueira e correr para o lado de Johanna, cumprimentado-a com um saudoso beijo nos lábios e pegando sua filha Hanna ao colo e depois vê-lo danar com os gêmeos.

Não fazia sentido ver Katniss ralhando com Primrue para que essa descesse da árvore e fosse entreter Hanna. Não fazia sentido ver um desconhecido com anel de noivado correr para o lado de Annie, colocar a mão sobre sua barriga, dizer qualquer coisa e pegar as lenhas que essa carregava.

Nada fazia sentido.

E o que menos fazia sentido era que todos os presentes ali, que Peeta conhecia e os que desconhecia, chegarem nele e dizer “bem vindo de volta Peeta, ficamos feliz que esteja bem e se recuperando”.

Aquela era a comemoração de Peeta, por ele estar vivo.









– Já se lembrou de algo, Peeta? – perguntou Dondarion, um jovem curandeiro ruivo, que Peeta descobriu ser parente distante de Darius.

– Ás vezes acho que sim – murmurou Peeta sem olhar diretamente para o doutor – Ás vezes acho que as lembranças são novos sonhos, dos quais eu não irei acordar, e quando acordo, eu não sei se estou realmente acordado ou sonhando.

– É normal essa confusão, mas aos poucos seu cérebro irá novamente saber discernir ou real do não real, paciência Peeta.

– Mas... – Peeta balançou a cabeça frustrado – Foi tão real, tudo o que eu vi. A ida para a Capital, a nova rebelião, a explosão final... Tão real... E todos estavam lá... Você estava lá... Mas...

– Não era real – interrompeu Dondarion sabendo que se deixasse Peeta empolgar ele poderia ter um lapso.

– Como pode ser tão real?

– Bom Peeta, você sofreu um atentado, chegou muito perto do limite do antigo Distrito 13, que hoje é um país independente de Panem, e foi baleado. A bala se alojou em uma parte especifica do seu cérebro, que em tempos antigos teria o levado a óbito no instante, mas com a tecnologia vinda da Capital e com seu rápido socorro foi possivel operar, porem você chegou muito perto de não resistir, e não havia remédio que poderia lhe curar, o único medicamento era seu próprio corpo saber como se auto curar. Enquanto o processo ocorria dentro de si, suas lembranças foram afetadas, você não as perdeu, você as reviveu de forma misturada. Juntando o presente, com o passado. Você encaixou todas as pessoas que conhece agora em um contexto passado, quando a rebelião ocorria, e de alguma forma, essa foi sua cura.

Peeta soltou um pesado suspiro.

Sua cabeça latejava quando se forçava pensar de mais no assunto.

Levou tanto tempo para se curar do telesequestro, tanto dor e tanto sofrimento, e agora Peeta sentia que estava passando por tudo isso novamente.

– E como eu sei que isso é real? Essa conversa? Como eu sei que não são meus sonhos que realmente são reais?

– Peeta, isso é algo que você apenas sabe, não há explicação.









Peeta não perdera a memória, apenas estava com ela embaralhada de mais para dizer o que realmente era real e o que não era. A noite acordava assustado, depois de um sonho ou pesadelo e chacoalhava Katniss até ela acordar para que ela pudesse lhe garantir que o sonho não era real.

Mas quando amanhecia Peeta tinha certeza de que era real, não havia explicação, como dissera o Doutor, mas ver Teddy lhe implorar para poder ir trabalhar com Peeta, ou Primrue suplicar para poder brincar com as flechas da mãe, era o que dizia a Peeta que tudo era real, nem em seus melhores e mais criativos sonhos sua mente teria capacidade de criar algo tão perfeito.

Peeta também sabia que tudo era real quando Katniss sussurrava um “eu te amo” antes de sair e quando chegava.

E enquanto o tempo passava, Peeta se recuperava.

Se recuperou uma vez, e agora se recuperava de novo, e se recuperaria quantas vezes fosse preciso. Sendo real ou não, Peeta lutaria com si e com o mundo para ser o Peeta que Katniss conheceu e se apaixonara muitos anos antes, lutaria contra tudo e todos, e contra sua memória para ser o orgulho de seus filhos.

E de alguma forma ou outra, Peeta sempre seria um homem a ser admirado, por vencer a pior batalha que se pode travar, a nossa batalha interna.



And who can say when the day sleeps,

E quem pode dizer quando o dia termina
If the night keeps all your heart?

Se a noite guarda todo o seu coração?
Night keeps all your heart

Noite guarda todo o seu coração...






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Notas finais do capítulo

Não foi dos melhores o final, mas... Eu queria acabar de uma forma a mostrar que tudo ficou bem, entendem? Me desculpem por qualquer coisa, e muito obrigada a todos que leram a história, aos que chegaram no comecinho, aos que vieram mais pro final, em suma obrigado a todos que viajaram novamente para Panem junto comigo. Obrigada por cada review e recomendação, nunca imaginei que chegaria a marca de 200 leitores e 100 favoritos, é realmente uma honra enorme, e eu só devo ela a vocês, obrigada a cada leitor, por cada contribuição, por me permitirem me aventurar nessa fic, e por me presentearem com uma das fics mais comentadas do gênero. Espero muito que tenham gostado de ler a fic, e gostado do final, tanto quanto eu gostei de escrever cada capitulo. E eu admito que a fic não teria sido o que foi se não fosse por minha twin buttercup, e minha msmellark, um obrigado especial a elas ♥ Por favor, digam o que acharam do final, e me despeço aqui de vocês tributos, até a próxima. MELLARKISSES FOR ALL OF YOU ♥