Im Sorry escrita por helloimrs


Capítulo 3
Capítulo 3




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— Eu não te entendo — disse eu enquanto íamos para o parque —. Você fez birra porque não queria me levar para casa, mas hoje, quando alguém se oferece para ir no seu lugar, você mesmo diz que vai comigo.

— Não é pra você entender — respondeu ele —. Vamos logo.

— Você é assim sempre? — perguntei — Achei que você fosse... diferente.

— As pessoas mudam — disse ele.

— Eu sei disse melhor do que ninguém — respondi baixo. As lembranças de meus amigos no Brasil vieram a minha mente. Provavelmente ninguém devia lembrar minha existência.

Vi pela minha visão periférica que ele olhou para mim, tentou falar algo, mas fechou a boca. Acabamos indo para o parque em silêncio.

Fui ao “achados e perdidos” novamente, mas ninguém havia encontrado meus pertences. Eu realmente não sabia o que fazer agora.

— Aquilo é tão importante assim? — perguntou ele.

— Sim. Lá está toda minha vida desde o colegial — respondi.

Andei até o banco em que sempre sentava. Ele me acompanhou e nos sentamos.

— São esses? — perguntou ele após se agachar e pegar do chão algo. Meus cadernos.

— Sim! — exclamei — Onde estavam? Não estavam ai até ontem.

— Eles estavam aqui. Alguém deve tê-los encontrado e deixado aqui — disse ele, indicando o lugar de onde os pegou.

Comecei a folhear e percebi que o desenho do Yoseob não estava lá. Alguém deve ter gostado e arrancado, mas não importava mais. Ele não era o que achei que fosse.

— Eu queria pedir desculpas pelas coisas rudes que disse. Eu não estava em mim. Eu realmente não sou assim — disse ele.

— Bom saber disso — disse eu —. Aliás, como você soube que sou uma arquiteta?

— Ontem, depois que nos trombamos, você viu que era eu. Ficou com uma cara de espanto, mas não gritou escandalosa como algumas fãs fazem. Você até retrucou minha grosseria e saiu de lá sem olhar para mim. Fiquei curioso sobre você e fui atrás, até que vi você desenhando e fui falar com você. Quando vi seu desenho de perto, tive a certeza, então liguei pro Doojoon — explicou ele.

— É, mas depois continuou grosso, totalmente diferente do Yoseob que eu imaginava — respondi.

— Eu sei. Não sei por que fiz isso também — disse ele —. Quero recomeçar. Amigos? — ele estendeu a mão.

— Amigos — apertei a mão dele e nós sorrimos um para o outro.

Caminhamos pelo parque, conversamos sobre nossas vidas. Ele me contou como era sua vida desde pequeno até agora. Era divertido conversar com ele. Ele finalmente tinha liberado aquele Yoseob que eu “conhecia”. Alegre, divertido e engraçado. Conversamos sobre nossas carreiras e ele me contou todos os segredos do mundo dele, assim como os dele próprio. O que eu desconfiava desde sempre era verdade, ele realmente gostava da IU, mas conseguiu esquecer seu sentimento há algum tempo.

Ele comprou sorvete para nós e lambuzamos um ao outros. Para ele era mais complicado, já que tinha que tirar a máscara que usava para que ninguém o reconhecesse.

Quando escureceu, ele levou-me até minha casa e depois foi para a dele.

Passavam-se os dias e eu não deixava de vê-los um dia sequer. Encontrávamos-nos de segunda a sexta quando eu ia a casa deles para planejar as coisas depois do meu trabalho na empresa de arquitetura. Eles sempre me chamavam para suas apresentações, gravações e seções de foto e eu sempre ia quando dava. Aos finais de semana quando eles estavam livres, eles iam para minha casa e passávamos todos juntos o dia inteiro, conversando, jogando, nos divertindo. Com eles, o tédio e o cansaço nunca apareciam. Uma coisa que sempre fazíamos era tirar muitas fotos fazendo as mais diversas expressões, isso sempre gerava boas risadas.

Eles me viam como uma irmã mais nova, e era assim como eu me sentia em relação a eles. Eu chamava todos de oppa, com exceção de Yoseob. Não sei, mas nunca consegui chamá-lo de oppa e ele não parecia ligar para isso.

Eles conheciam minha casa de cima abaixo, os únicos lugares que não conheciam eram minha sala de dança. Até meu quarto eles conheciam. Sempre iam me acordar aos finais de semana. Como eles tinham a chave de minha casa, entravam e me acordavam da mais variadas formas. Cantando, batendo panelas, batucando nas minhas coisas, chegaram até a jogar água em mim em um dia de calor.

Resumindo, éramos todos como irmãos. Doojoon era como o mais velho e responsável por todos; Hyunseung era o mais sério, mas ainda assim era bobo e brincalhão como todos os outros; Junhyung e Dongwoon formavam uma dupla muito engraçada; Kikwang era como um melhor amigo; e Yoseob era o mais próximo de mim entre todos e também a pessoa que eu amava. Esse sentimento foi evoluindo durante esse tempo. Nós sempre estávamos juntos, ele era quem mais estava ao meu lado em qualquer momento. Não era surpresa que eu iria me apaixonar por ele, mas eu ainda não conseguia me acostumar com esse novo sentimento, era estranho.

E com tudo isso, quatro meses haviam se passado. Estávamos em setembro.


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