New Happiness escrita por Alice N Green


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Super, mega, ultra, atrasado e ruim, eu sei!
Vou melhorar, prometo!



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Obi-Wan havia me dito mais uma vez que não ia demorar. Mas dois meses se passaram e cá estou eu, mais uma noite na sacada, esperando para ver se não é sua nave que pousa na entrada para a sala.

A preocupação é inevitável. Sinto vontade de chorar, estou sozinha e a única pessoa que me compreende não está aqui pra me abraçar. Ele tem sido o amigo mais leal que eu já tive. Até mesmo comparei-o com Anakin.

Obi-Wan é tão doce e gentil, sempre sorri e me dá estímulos positivos, enquanto Ani era sempre estressado, falava mal de seu mestre e... É melhor nem me lembrar dessas coisas.

Coloquei a mão sobre a testa, quase me rendendo as lágrimas que se acumulavam em meus olhos. Mas uma luz me incomodou, fez com que eu os abrisse.

Deveria ser mais um de meus devaneios de que ele realmente havia chegado. E nem sei por que estava tão preocupada, ele era apenas um amigo e não era sua obrigação vir me ver assim que chegasse. Mas o barulho de sua nave era tão real, não podia ser uma alucinação.

Caminhei correndo até a outra sala, torcendo para ver a nave vermelha e seu piloto, como todas as tardes. O vento fez com que eu semicerrasse os olhos, tentando enxergar melhor.

O sorriso do homem pelo qual eu estava esperando espantou todos os pensamentos ruins que eu estava tendo. Mas me fez refletir que tinha escolhido o Jedi errado.

- Padmé! – Ele gritou enquanto saia da nave com R2.

- Obi-Wan... – Respondi enquanto o abraçava. – Você demorou tanto, o que aconteceu?!

- Eu tenho uma coisa para lhe contar... – Disse com a voz triste.

- O que houve?

- A Rainha Jamilla, ela... Ela morreu, Padmé.

- O que... Mas... – Eu olhei fundo em seus olhos. – Obi-Wan, o que vai ser do meu povo?!

- Naboo está muito vulnerável e a Rainha não tinha descendentes. O conselho acha que seria melhor... Você assumir o trono.

- Mas, Obi-Wan, já cumpri oito anos de mandato! Não seria justo... Onde está o marido de Jamilla?

- Os dois foram mortos no atentado. Por isso vim te avisar, o conselho quer falar conosco.

Meus olhos que já estavam cheios de lágrimas, transbordaram. Obi-Wan me abraçou ainda mais forte e falou palavras reconfortantes. Eu já tinha 27 anos. Se tivesse que assumir o trono, teria que me casar também. Provavelmente seria um casamento arranjado. Era tudo que eu menos desejava.

Ele nos levou rapidamente até a sede do conselho. Lá, estavam todos reunidos. Eu não sabia que Naboo tinha toda essa importância.

- Padmé, estamos realmente muito preocupados. Seu planeta está realmente ameaçado, a única coisa que tem ajudado é a aliança com os gungans.

- Entendo perfeitamente, Mestre. Mas não sei como posso ajudar. Já cumpri oito anos de mandato e não acho justo assumir novamente.

- O mesmo eu também penso. – Disse Mestre Yoda. – E Padmé vinte o sete anos já tem e casada não é.

- Por que o casamento é tão importante? – Perguntou Obi-Wan.

- A última Rainha era casada, então a próxima também deve ser. – Expliquei. – São regras antigas, não podem ser violadas.

- Mas se efetuarmos um casamento rápido, ninguém vai desconfiar. – Sugeriu. – Padmé, nós já sabemos de sua união com o Skywalker. Sentimos muito, mas sabe que foi errado.

Abaixei a minha cabeça.

- Um casamento arranjado? – Obi-Wan exclamou. – Mas a perda foi tão recente!

- E por isso pensamos que poderia ser alguém da Ordem. Se Mestre Kenobi não se importar, já fizemos esse tipo de ação e será faixada... O Povo de Naboo já o conhece e o tem em alta estima pelo episódio com a federação do comércio. Quando não há outra opção, é isso que devemos fazer.

- É pelo meu povo. – Falei mais feliz. Casar com Obi-Wan não seria de todo ruim.

- Claro. – Obi-Wan concordou.

- Vocês podem ir para Naboo agora mesmo. Fazer uma cerimônia discreta, apenas com a corte. Na manhã seguinte, já poderão assumir o trono.

- Poderão assumir? Não será só Padmé?

- Vocês irão se casar, e por tanto assumir um compromisso com o Planeta.

- Mas eu sou um Jedi, não seria certo!

- Às vezes devemos abrir exceções. Não terão que fazer nada, será de faixada. O sistema de Naboo é muito importante. É um dos poucos planetas que mesmo distantes ainda são aliados da república.

- Obi-Wan, por favor. – Disse, colocando a mão em seu braço.

Ele assentiu.

- Agora Padmé, gostaríamos de falar com Obi-Wan a sós.

- Claro...

Eu saí da sala ainda meio zonza com a reviravolta de acontecimentos, mas as vozes dos mestres lá presentes atraíram a minha atenção e comecei a ouvi-los escondida. A conversa parecia bem interessante.

- Obi-Wan, obrigada pela compreensão. Mas há outra coisa que nos preocupa neste momento.

- O que é, Mestre?

- Eu e Mestre Yoda sentimos, quase tão real quanto vemos você agora, a presença de Anakin. Como se ele ainda estivesse entre nós.

- Como pode ser? É... É impossível que ele tenha...

- Obi-Wan, proteja Padmé. Da última vez, a raiva dele era muito grande, e quase a perdemos. Não deixe que aconteça novamente.

- Se ele está realmente entre nós, Meste, - Obi-Wan disse firmemente. – Ele não vai encostar em fio de do cabelo dela, eu prometo.

- Que a Força esteja com você, Mestre Kenobi.

Fiquei chocada com o que tinha ouvido. Não consegui me mover, mesmo sabendo que Obi-Wan ia sair de lá e se deparar com a minha figura ainda no corredor. Anakin? Vivo?

Eu tinha más recordações dele. A última lembrança que tinha, era ele tentando me matar, me sufocando. Se Obi-Wan não tivesse se escondido em minha nave, eu estaria morta.

- Vamos? – A voz conhecida chamou atrás de mim.

Apenas assenti com a cabeça e o segui.

Cerca de uma hora mais tarde, já estávamos com tudo pronto. A Ordem concordou que fôssemos em minha nave, já que Obi-Wan estaria lá. Eu não sabia se ficava feliz ou triste, tinha acontecido muito rápido. Eu suspeitava de meus sentimentos por Obi-Wan e dos dele por mim também, mas ele era como um irmão, quase que como um pai para Anakin.

Já na nave, ele não me deixou pilotar. Mas o copiloto já bastava. O caminho para Naboo não era dos mais turbulentos e C3P-O e R2 estavam mais para dentro da nave. Era o momento perfeito para desabar a cachoeira de perguntas.

- Eu ouvi a conversa. – Disparei. – Anakin está vivo?

Obi-Wan suspirou.

- Ainda não sabemos ao certo. – Ele respondeu, a voz triste. – Mas não é bom arriscar.

- Se ele estiver vivo, Obi-Wan... E se ele quiser me matar? Se vier atrás de mim?! – Perguntei quase chorando. – Se lembra da última vez? Ele achou... Ele achou que nós...

- Eu não vou deixar ele chegar perto de você, Padmé. Jurei isso a Ordem, a mim mesmo e agora a você. Nada nem ninguém vai te machucar. Nunca, eu não vou permitir.

- Me perdoe. Eu não queria que você passasse por isso, desculpe.

- Isso o que? Esse é o meu dever, Padmé. E por mais que não fosse, eu jamais deixaria de te ajudar.

Apenas sorri. Durante o resto do caminho, não falamos mais do que o necessário. 


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Notas finais do capítulo

vou tentar postar mais ainda essa semana, recuperar o atraso...