Sociedade Dark escrita por Nynna Days


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

É muito bom ter todos vocês de volta para acompanhar essa emocionante continuação.



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Prólogo

Rose corria por entre os arbusto do jardim. Olhava para os lados, procurando-o. Aquele rapaz que a tinha convidado para dançar, depois dela ter jurado a si mesma que não poderia mais ficar em pé nos saltos. Seu pai lhe deu forças. Afinal era o seu aniversário de 18 anos. Mas ela precisava dançar com metade do reina Carmim? De acordo com seu pai, precisava sim.

Enquanto valsava com seu misterioso parceiro, se sentiu bem. Até feliz com seus pés doloridos. Queria poder ver o seu rosto, coberto por uma máscara preta. O rosto dela também estava coberto por uma máscara, só que branca. Pode ver os cabelos loiros desarrumados e jurou por um segundo que os olhos deles eram cinzas, mas era uma cor tão rara que pensou estar doida.

Queria que a música fosse eterna, mas terminou rápido demais. Pronta para apenas fazer uma mesura e se retirar, foi pega de surpresa quando ele se inclinou em sua direção e sussurrou que ela o encontrasse no jardim daqui a dez minutos. Durante a espera, Rose só fez andar de um lado para o outro, sem parar. Se pudesse, faria o tempo passar mais rápido.

Mas, finalmente se passaram os dez minutos e ali estava ela, correndo e procurando seu misterioso parceiro de dança. Queria ver se seus olhos eram tão bonitos quanto imaginava. Estava quase desistindo, quando sentiu uma mão envolvendo seu ante braço e a puxando para debaixo de uma lamparina.

Rose sorriu com a adrenalina. Sempre fora uma filha exemplar. Nunca desobedeceu os pais e sempre fazia o que eles queriam, mesmo que fosse contra a sua vontade. Sua festa, por exemplo. Seu pai achou que seria uma boa oportunidade para que ela conhecesse todas as pessoas importantes do reino Carmim enquanto sua mãe usou para realizar seu sonho pessoa de ter um baile de máscaras.

Ela sabia que dezoito era uma idade perigosa. Seus pais a fariam conhecer milhares de rapazes, para que um desses fosse seu marido e , assim, o futuro rei Carmim. Nenhum dos Carmim a chamava atenção. Era sempre a mesma coisa. Fora criada ali e tinha uma leve noção que seus pretendentes eram limitados. Seu pai poderia procurar alguém de fora. Um humano, talvez. Mas isso só em último caso.

Parada ali, em frente aquele homem, ela pode ter certeza que não precisava mais procurar pretendentes. Com pouco, ele tinha despertado uma parte rebelde dela que nem sabia que existia. Se aproximou, tocando seu rosto e recebendo um meio sorriso em resposta. Se arrepiou um pouco. Mesmo o toque daquele desconhecido sendo tão quente, seu sorriso era gelado.

Christian sabia que seu pai o mataria se soubesse que ele tinha fugido para a festa dos Carmim. Ainda mais a festa de aniversário da Princesa Rosemary. Mas ele precisava se mexer, caso contrário, piraria. Além disso, seria divertido ver o quão boa a segurança dos Carmim era. Ele se mostrou decepcionado quando passou com facilidade pelos guardas e se infiltrou na festa.

Quando seu olhos pousaram na jovem vestida de branco, teve a certeza de que teria que dançar com ela. Christian percebeu apenas depois que era a própria princesa Carmim. Na sua mente, ela era gorda e com a voz fina demais. Ele nunca ficou tão feliz em estar errado. Ao contrário da maioria das garotas presentes, ela estava com o cabelo solto. Eles eram tão escuros que era fácil confundí-los na escuridão. E seus olhos. Nunca tinha visto olhos tão escuros e tão bonitos em toda a vida.

“Quem é você?”, ela perguntou, o tirando dos pensamentos.

Christian tirou o sorriso do rosto, por estar dando muita bandeira de quem era. Seu pai disse uma vez que os Carmim os reconheciam pelo cheiro. Parecia que não era o caso. Mas, se a Princesa resolvesse usar seus poderes com ele, seria descoberto. Por isso tinha que manter uma distância.

“Não reconhece um convidado de sua festa, Princesa Rosemary?”, ele questionou.

Quando o rosto de Rose ficou em um tom de rosa, ele riu. Talvez seu pai tivesse convidado mais gente do que ela gostaria. E essa ideia de baile de máscaras? Por isso tinha sido tão fácil se camuflar por entre os Carmim e entrar na festa. Viu Rose assentindo consigo mesma e sorrir. Era tão fácil retribuir o sorriso.

“Tire a máscara, talvez assim eu te reconheça.”, ela disse dando um passo em sua direção. Ele recuou. Tinha consciência do que aconteceria quando fosse descoberto. Ela iria gritar e chamaria os guardas e ele seria preso. Seu pai começaria uma guerra e ... “Por Favor.”, ela sussurrou.

Encarou os olhos escuros através da máscara branca e suspirou. Não conseguia negar nada a ela, mesmo a tendo conhecido a poucos minutos. Era um risco, mas estava disposto a pagar. Por ela. Pôs a mãos na máscara e a levantou. Fechou os olhos com o arfar de Rose e esperou pelos gritos que nunca vieram.

Rose estava tão encantada com os olhos de seu misterioso pretendente que não percebeu que ele não era mais tão misterioso assim. Tocou em seu rosto com a ponta dos dedos, e ele abriu os olhos. Eram tão bonitos. E realmente eram cinzas. Um cinza pálido. Pareciam vidros. Mas ela conseguia ver uma luz no fundo deles. Talvez surpresa. Foi a vez de Rose rir.

“Christian Dark, na minha festa?”, ela se afastou e fez uma mesura. “Que honra.”, ela continuou com a ironia. Então, levantou uma sobrancelha. “Não sabia que meu pai tinha convidado pessoas tão especiais.”

Foi a vez de Christian ficar sem graça, o que fez Rose rir mais alto. Eles escutaram longe o som de passos de pessoas vindo na direção deles. Os olhos cinzas de Christian se arregalaram e ele começou a se afastar. Rosemary, vendo isso, se calou e segurou na mão de Christian, o impedindo de ir embora.

Apenas esse pequeno contato e um olhar. O coração de Rose disparou e o tempo poderia ter parado que ela nem ligaria. Christian se assustou com o misto de emoções que o atingiu. Nunca tinha sentindo algo tão forte por uma pessoa que deveria odiar. Ele respirou fundo e o temor sumiu. Rose também relaxou.

“Coloque a máscara.”, ela sussurrou.

Christian obedeceu e os guardas pararam a poucos metros deles, não os reconhecendo mascarados. E se beijando. Rose tinha sido pega com de surpresa, mas foi fácil relaxar nos braços de Christian e deixar que seus lábios pousassem delicados sobre os dela. Os guardas, percebendo que se tratava apenas de mais um casal apaixonado, se retiraram.

Demorou alguns segundos para que Christian se afastasse de Rose. Em sua mente, ele dizia que era apenas por precaução. Mas sabia que não era isso. Era algo mais. Quando viu o rosto corado de Rose, sorriu. Não o seu sorriso frio. Um novo sorriso. Dentro de seu peito, algo se estalou. Um sentimento. Rose tocou mais uma vez em seu rosto, só que dessa vez para ter certeza de que não era um sonho.

Ela tinha beijado um Dark e tinha gostado. Então, aquela crença de que os Darks eram ruins e os Carmim eram bons estava acabando. No momento que os olhos cinzas de Christian encontraram os seus, ela pode ver uma luz. Uma luz que ninguém nunca poderia ver em um Dark normal.

Amor.


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Notas finais do capítulo

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