O Vento e os Olhos Brancos escrita por Igorsambora


Capítulo 22
O vento que dissipa as brumas – parte II –


Notas iniciais do capítulo

bjs a todos e todas e quero lembrar que em breve começará a continuação da saga O vento...



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Hyuuga Hanabi não era uma menina que desistia fácil das coisas. Principalmente das pessoas que lhe eram caras.

Naquele dia, ela tinha muitas delas pra defender: sua irmã, seus companheiros de time e, principalmente, ela lutava pela honra de Konoha e da família Hyuuga. Hanabi queria se vingar daqueles ninjas que lhe roubaram o seu suserano. Por isso, ela se lançou ao encontro do inimigo e já havia lhe aplicado alguns golpes de jyuuken.

A espada de Nameda foi implacável para com a jovem e ela, mesmo com todos aqueles motivos para se superar, ainda era muito inferior ao chuunin. Hanabi já estava se conformando com seu destino cruel quando, ao tentar aplicar a última espadada na jovem, Nameda é surpreendido por um ninja da folha, aquele que é chamado filho dos anjos, lança uma kunai no braço da espada e grita o desafio:

- Deixe a menina em paz, seu covarde! Eu vou vingar cada gota de sangue que você tirou dela!

Azrael Lance podia ser um menino meio insensível como as pessoas comentavam, mas jamais deixaria um companheiro, nesse caso, uma kunoichi tão bonita quanto Hanabi à mercê do Inimigo. Partindo desse principio, Lance avançou decidido ao encontro de Nameda, quando no seu caminho se interpõe a jovem:

- Você bateu com a cabeça ou esqueceu a educação que sua mãe te ensinou? Eu to lutando com ele. Vai arrumar outro ninja pra amolar! – disse Hanabi com ódio no olhar, tentando se manter de pé mesmo com vários cortes nas pernas e braços.

- Posso te ajudar então, Hanabi-sama? – perguntou o menino, num tom debochado. Seu humor cáustico era conhecido desde a academia, quando eles ainda eram crianças e brigavam pra ver quem era o melhor, o mais forte, etc.

- Que lindo...morram os dois juntos! – disse Nameda, atacando os dois genins.

Lance puxou Hanabi para longe da lâmina dele e lhe deixou de presente várias bombas de fumaça para cobrir a sua fuga, carregando Hanabi, que ainda protestava contra a “covardia de Lance”.

Perto dali, Nanami mostrava a Ryuga o quão forte os Kaori poderiam ser, espancando a face do ninja tantas vezes e de formas tão variadas que Ryuga só se mantinha de pé graças ao seu jutsu de fortalecimento. Mesmo esse jutsu já não lhe dava capacidade de avançar contra a jovem, apenas força o bastante para defender parte dos seus golpes de taijutsu. O que, depois de algum tempo, deixou de ser possível, graças ao cansaço.

Então ele apenas desabou aos pés da jovem Kaori, que foi a procura de seus companheiros.

Não chegou a dar mais que alguns passos quando encontrou Lance, carregando Hanabi, vindo na sua direção, sendo perseguido por Nameda. Diante de tal fato, resolveu ajudar os genins e rapidamente atirou uma kunai na garganta do Ninja da Névoa, extinguindo a vida daquele ser humano.

Nanami se sentiu péssima ao salvar os meninos. Afinal, não era para isso que ela tinha se tornado médica. Ela amava a vida. A dela e a dos outros e por isso lhe custava tanto matar alguém. Tinha consciência de que fez aquilo apenas para salvar duas jovens vidas. Da mesma forma que era um consolo, era também uma responsabilidade.

Porém, ela não tinha tempo para filosofia. Havia vários feridos para curar e inimigos para derrubar. Ela era uma kunoichi. Uma kunoichi médica, mas primeiro uma ninja de Konoha.

Depois de curar os ferimentos de Hanabi, Nanami pediu a Lance para guiá-los até a caverna onde escondeu Takeshi. Enquanto corriam para chegar logo, encontraram Lee e Keitaro carregando Mai, que ainda estava inconsciente.

- Nanami, eu estou acostumado a lidar com venenos, já que na academia esses meninos vivem se acidentando e não é raro ter um ou outro envenenado. Mas eu nunca vi um que agisse tão rápido. Keitaro tentou baixar a temperatura da Mai para impedir a propagação do veneno.

- Fez bem, Keitaro! Vamos indo e vocês vão me ajudar a cuidar de todos. Lee, faz um favor para mim? Vá atrás de Kiba. Eu estou preocupada com ele.

Takeshi tinha uma bela costela quebrada e algumas escoriações, mas nada que preocupasse muito. Hanabi tinha cortes bem feios e teve que ser enfaixada em muitos lugares. Lance tinha somente um corte nas costas, que já estava infeccionando e demandou cuidado imediato. Mai realmente tinha sido envenenada pelas agulhas do inimigo, mas a idéia de Keitaro funcionara, pois impediu o veneno de se espalhar pelo belo corpo da kunoichi e, depois de identificado o veneno, foi fácil pra Nanami ministrar o antídoto.

Enquanto Mai dormia a sono solto. Keitaro estava cansado pelo uso abusivo de chakra, afora isso estava ótimo e foi ele quem ajudou Nanami a cuidar e vigiar seus amigos. Um tempo depois chegou Kiba, carregando um Akamaru bastante machucado.

- Nanami, o Akamaru tá muito mal! – realmente o estado do cão era deplorável.

-Kiba-kun, você está bem? – perguntou-lhe ela tentando suprimir o alivio de vê-lo são e salvo.

- Eu to ótimo! – respondeu ele rudemente – o Akamaru foi que apanhou mais!

- Você também está machucado. Deixa eu cuidar de você primeiro. – pediu ela com toda sua meiguice.

- MULHER, É O AKAMARU QUE ESTÁ MAL! – vociferou o Inuzuka ignorando o carinho da kunoichi.

- Eu não estudei para cuidar de cachorros. – respondeu ela baixinho enquanto verificava o que poderia fazer pelo animal.

- Mas o Akamaru é quase gente. – tentava consertar a burrada depois de gritar com a menina que após cuidar do cão, tratou de seu dono.

A parte do Grupo I naquela missão estava quase cumprida só faltava estabelecer um perímetro de segurança.

Tomoko usou de todas suas técnicas de gelo para apagar os telhados da vila enquanto os aldeãos se encarregavam de abafar o fogo nas paredes e móveis e tudo mais que estivesse em chamas. Aquela foi uma tarefa um tanto desgastante e, quando conseguiram conter o incêndio, Tomoko simplesmente desmaiou e foi levada junto de todos os feridos.

Sakura, depois de examiná-la, tranqüilizou seus companheiros, que ficaram ao seu lado.

A Haruno estava apreensiva com o fato de Naruto e Sasuke terem seguido sozinho. Por isso, mandou os meninos para verem se conseguiriam encontrar o grupo de Lee-sensei e avisar-lhes de que na aldeia todos ficariam mais seguros. Fora o fato que Nanami poderia ajudá-la com os feridos.

Uma meia hora depois, Seita e Mamoru voltavam com Nanami, Kiba e o time 9, que montaram ali na aldeia o perímetro de segurança. Deixando as kunoichi cuidando dos aldeãos e amparadas por Seita, Keitaro e Mamoru, que ficaram como “guardas” sob o comando de Kiba, Lee partiu para ajudar, da forma que pudesse, Naruto e Sasuke.

Na vila de Konoha...

Uma jovem loira saía do banho naquele momento e refletia sobre como a sua vida tinha mudado tanto desde que se tornara jounin. Ela tinha agora um trabalho-pesquisa sobre novos remédios e antídotos, que era umas coisas que adorava, pois era um saco ficar trabalhando dia e noite tratando de doentes no Hospital de Konoha.

A rotina, além de cansativa e desgastante, havia separado Ino da sua família. Então, quando a Godaime propôs a ela montar uma linha de pesquisa, pôde voltar a trabalhar mais em casa, tendo montado, com a ajuda de Sai, um pequeno laboratório nos fundos da estufa dos Yamanaka, onde Ino passava a maior parte do dia.

De vez em quando cuidava da floricultura só pra ver um pouco de gente e poder fofocar. Sempre havia alguém conhecido conversando lá.

Sai a convidara para uma exposição de seus quadros na academia. Depois, haveria um coquetel, um sarau e, com alguma sorte, um concurso de poesias. Nada muito badalado. Afinal, os companheiros de Sai estavam em missão e não poderiam ir ver sua exposição. Ino tampouco o vira naquele dia.

Com Sasuke em missão, Sai assumira toda responsabilidade pela ainda muito nova polícia de Konoha.

Colocou um vestido azul do tipo tubinho, que destacou suas curvas, e soltando seu longo cabelo, escovou-o, maquiou-se, colocou uma sandália de salto e, enquanto finalizava tudo com umas gotas de perfume, ouviu soar a campainha, avisando que homenageado da festa havia chegado.

Mal sabia que Sai também preparara uma surpresa para ela.

Voltando à floresta...

Naruto e Sasuke aproveitaram que os dois desconhecidos haviam aberto caminho à força e penetraram no forte. Ali deveria ter sido realmente um bom refúgio para os ninjas da Névoa, porém, ou os que ali habitavam tinham hábitos um tanto quanto destrutivos ou os estranhos realmente fizeram uma festa.

Onde ambos os ninjas estavam devia haver uma parede, mas agora tinha um buraco que caberia um portão. Eles continuaram seguindo o “rastro” dos invasores pelos corredores escavados na pedra até que ouviram vozes:

- Por que eu a entregaria a você? – perguntou um ninja de estatura baixa, que portava uma espada.

- Porque você sabe que eu posso lhe matar e tomá-la de você. Mas estou sendo cortês e pedindo que me ceda a sua refém - respondeu-lhe o desconhecido que, naquele instante, saía das sombras.

- Qual seu interesse na Hyuuga, Orochimaru-sama?


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Notas finais do capítulo

Tá ai o responsavel pela bagunça toda!

O meu vilão favorito, vindo direto do mundo dos mortos só pra assombrar mais um pouquinho!

Bye bye!



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