O Vento e os Olhos Brancos escrita por Igorsambora


Capítulo 20
Um caminho de aventuras


Notas iniciais do capítulo

Começa o resgate...



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Aquele era um dia de muito calor, o que tornava a floresta ainda mais abafada do que de costume. Os mais novos sentiam dificuldade de acompanhar a marcha forçada que os mais experientes imprimiram, até porque era uma questão de urgência resgatar o Time 4 e se livrar daquela célula da vila da névoa ali, no território de Konoha.

Não haviam percorrido mais que algumas milhas quando era chegada a hora de se dividirem: Lee-sensei e o time 9 seguiriam Kiba e Akamaru, que estavam no rastro de Lance e Takeshi, tendo como apoio a sempre animada Nanami.

Naruto, liderando o Time 5 e contando com o apoio de Sasuke e Sakura, se dirigia à base do inimigo, que se situava nas montanhas.

A experiência de rastreio e de terreno de Kiba proporcionou ao grupo um caminho relativamente tranqüilo, evitando os piores trechos da floresta e os animais que lá habitavam.

Naruto escolhera flanquear a base inimiga, subindo a montanha por sua face mais difícil: o dente do leão, uma subida muito inclinada que era dificultada pelas pedras soltas que rolavam sobre os ninjas e por suas pontas afiadas que dificultavam a escalada. Eles tiveram muitos problemas para atingir um pequeno platô, de onde tinham uma visão panorâmica da floresta.

Ao longe, viam o palácio do fogo, onde o Daimio governava seu país, viam o monte dos Hokages, mas não a sua face esculpida e sim o bosque onde Naruto e Hinata haviam se beijado pela primeira vez. A simples visão daquele lugar tão especial, deixou-o com vontade de invadir a base dos inimigos logo.

- O que é aquele brilho ali? – perguntou Seita, apontando para uma parte da floresta oposta a que Naruto olhava.

- Parece fogo, Seita-kun! – respondeu Mamoru.

- Será que eles estão colocando fogo na floresta? – perguntou Tomoko ao seu mestre.

- Dattebayo! Tem uma pequena aldeia ali! Nas minhas caminhadas, às vezes eu vinha para esses lados, quando estava morando na floresta.

- Não temos tempo para perder com isso – censurou Sasuke.

- Não vamos perder tempo. Só dar uma espiada. Por favor, Sasuke-kun. Eles podem estar precisando de ajuda. – pediu Sakura, toda dengosa.

- Vamos! Mas não nos envolveremos! – sentenciou o Uchiha.

A aldeia não era maior do que uma praça de Konoha. Era um aglomerado de pequenas casinhas que não chegavam ao numero de dez., mas alguém, muito maldosamente, realmente havia posto fogo nos telhados e os aldeãos estavam tendo dificuldades em combater o incêndio.

- Eu posso ajudar. Eu poderia tentar congelar esses telhados – disse a Kusanagi, se compadecendo do sofrimento daquelas pessoas.

- Vejam se há alguém ferido – pediu Sakura aos meninos.

- Não há tempo para isso, Sakura! – argumentou Sasuke, tentando fazê-la mudar de idéia.

- Há sempre tempo para salvar vidas! Sigam sem mim. Eu cuido dos meninos, Naruto. Vá e salve a Hinata! – ordenou Sakura, já se afastando com o chefe da aldeia.

Enquanto Tomoko apagava o fogo do telhado de uma casa com seu jutsu de gelo, Seita e Takeshi ajudavam a salvar as pessoas e os pertences que fosse possível salvar. Naruto e Sasuke, agora sem ter que diminuir o passo por causa dos genins, avançavam rapidamente em direção ao pequeno forte que servia de base para os ninjas da Névoa.

Akamaru estava na trilha de Lance e Takeshi havia alguns minutos e isso fez com que o grupo apressasse o passo, pois ninguém sabia qual era o estado dos dois genins. Foi mais ou menos a meia hora da trilha que Kiba parou de repente, farejou o ar e, espalhando o grupo, apareceram dois ninjas da névoa.

Eles eram tão parecidos um com o outro que pareciam um bushin. Eram loiros de cabelos na altura da bunda, presos num rabo de cavalo, de uma cor muito branca e seu corpo delgado já era um prenuncio da sua leveza e velocidade.

- Prazer, defuntos de Konoha! Meu nome é Omi Riei – disse um dos ninjas, com certa afetação na voz.

- E o meu é Omi Ryu. Nós somos os Dragões Gêmeos – disse o outro, quase como se fosse previamente combinado.

- Sigam a trilha a partir daqui. Eu me encarrego dessa dupla com o Akamaru – falou Kiba para os outros, se interpondo entre os gêmeos e seus companheiros de Konoha.

- Vamos! – ordenou Lee e, sem hesitar, deu as costas e levou o resto do grupo pela trilha que Kiba havia indicado.

- Mas...Inuzuka-san...sozinho... – tentava se fazer entender a doce Mai, enquanto corriam e deixavam Kiba para trás.

- Ele sabe se cuidar, Tonda-san – disse Nanami, como falaria com seu irmão mais novo.

Mesmo com o seu coração apertado por deixa-lo sozinho com aqueles ninjas ela sabia que era necessário seguir em frente já que haviam ainda outras vidas precisando da dela. E no fundo ela sabia que Kiba tinha se tornado um ninja muito forte.

- DEFENDAM-SE, NINJAS DA FOLHA! – esbravejou uma voz truculenta, enquanto arremessava várias kunais.

O ninja que anunciou o ataque, acompanhado por mais três, se identificou como Kasigi Kouba e era um ninja de compleição insana. Um franzino ninja acompanhava esse grupo da Névoa: ele tinha cabelos longos e presos à moda dos samurais e o corpo todo tatuado, o que lhe dava um ar sombrio.

Os outros dois ninjas eram os genins que dominaram o time 4, quando se sucedeu a captura.

Na vila de Konoha...

Ino estava arrumando as novas mudinhas na estufa dos Yamanaka, quando foi retirada de seus pensamentos por uma voz:

- Atrapalho?

- Ai, que susto! POR QUE VOCÊ SEMPRE CHEGA SEM FAZER BARULHO?!

- Pra não incomodar. Você parecia tão concentrada no que estava fazendo.

- GRRR! ESSA SUA CALMA ME IRRITA!!

- Isso quer dizer que eu deveria ser nervoso? Você disse para mim noutro dia que eu devia me manter calmo e buscar a paz dentro do meu coração – respondeu um realmente confuso Sai.

Já fazia algum tempo que esses dois se encontravam. Da parte do Sai, não se podia dizer que havia algum sentimento. Sem dúvida era notório que as visitas do rapaz a casa e a floricultura dos Yamanaka haviam se intensificado nas últimas semanas.

Para Ino, era encantador aquele jeitinho inocente do Sai, às vezes impertinente, além do fato da semelhança com sua antiga paixão, Sasuke, era legal estar do lado dele, que, com o seu jeito meio calado, era um ótimo ouvinte. Ele tinha um jeito calmo, que, apesar das reclamações da Ino, lhe transmitia muita tranqüilidade e uma sofreguidão em aprender sobre tudo que despertara na loira, um lado mais meigo que ela escondia dos outros, para se defender, mas que desabrochava exuberantemente quando estava com ele.

Ela nutria sérias esperanças quanto a quebrar o iceberg que era o coração do Sai. Mas com o quê? De que jeito? Será que daria certo? Essas perguntas nunca conseguiam ser respondidas.


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Notas finais do capítulo

Eu queria agradecer a todos que acompanham essa estória e em particular a duas meninas que me incentivam a continuar escrevendo, obviamente alem de vocês (meus leitores), Shunsuke Rina (minha namorada) que roubou o nome da minha personagem pro profile dela e a Motoko Li a melhor beta de toda internet que tem o maior carinho ao betar os meus alfarrabios!