This Aint A Fairytale escrita por Saaahz


Capítulo 9
Audiência


Notas iniciais do capítulo

Hey! Esse capitulo é grande mas quem leu Harry Potter e a Ordem da Fênix vai ver a semelhança absurda entre a cena da audiência, eu queria deixar o mais próximo do original dentro do possível! E eu tenho que agradecer pela Recomendação da cris2010, obrigado florzinha, e pelos reviews que me deixam emocionadas! E eu não odeio vocês, só gosto de criar suspense mesmo haha! Estou com esse capitulo pronto desde quarta-feira e não tive tempo de postar, sorry.



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Dumbledore, Percy e eu seguimos em direção ao tribunal dez onde ocorreria a audiência, o tribunal ficava nas masmorras do ministério da magia sendo assim o elevador (que é um pouco louco por causa de tantos departamentos no ministério). O curioso é quando entra alguém no elevador em que Dumbledore está elas ficam eufóricas ou com medo, muitos curiosos perguntam porque ele estava ali ou se ele iria chutar o ministro da magia do cargo (o que é hilariante pras pessoas que conhecem Dumbledore), eu e o Percy rimos de algumas figuras que entravam.

Faz um tempo que eu não amedronto o ministro, por ser “afilhada” da Deusa da magia o ministro tem um pouco de receio com a minha pessoa, já que eu tenho carta branca pra fazer o que eu quiser no mundo da magia, até tirar-lo do cargo. Lady Hecáte não tem filhas meio-sangues e ela meio que me adotou. Ela e Renee são as melhores mães do mundo!

Enfim! O elavador chegou ao departamento de mistérios, o andar mais perto do tribunal dez.

                _Professor Dumbledore, o senhor não disse que a audiência seria no escritório de Amélia Bones? – perguntei lembrando essa informação que ele tinha me dado por carta

                _Sim, sim! Mas ministro convocou a Suprema Corte para julgá-lo! – falou com simplicidade e eu arregalei os olhos

                _Como assim a suprema corte? É apenas uma audiência de mal uso de magia por menores! – falei espantada

                _O que é a Suprema Corte de Bruxos? – perguntou Percy voando um pouco na conversa

                _É como um tribunal de bruxos, geralmente eles fazem os julgamentos de criminosos perigosos, como comensais da morte seguidores de Voldemort. – falei – O que me espanta já que Harry não é um criminoso perigoso! Esse ministro é covarde mesmo!

                _Por que ele faria isso? Se esse Harry não é criminoso nem nada!- perguntou

                _Porque o ministro vê em Harry um ameaça ao seu cargo e esta tentando desestabilizar a imagem de Harry Potter no mundo bruxo, e mais algumas coisas! – dessa vez quem respondeu foi Dumbledore enquanto descíamos as ultimas escadas das masmorras e paramos em frente a uma porta um pouco sinistra de madeira com um ferrolho que em minha opinião, era macabro. Tinha um bruxo magro e franzino na porta um pouco estranho, acho que ele estava ali para impedir outras pessoas não autorizadas a entrar e em pé ao lado da porta estava o Senhor Weasley encostado na parede e nos olhava espantados

                _Pro Pro feessor Dumbledore? – falou o homem gaguejando – Desculpe é uma audiência fechada!

                _Mas eu sou a testemunha de defesa! – falou o Professor obviamente sem se abalar com o que o homem tinha dito

                _E eles? – perguntou apontando pra mim e Percy

                _Estão me acompanhando! – falou e claro, Alvo Dumbledore falou ele não contestou mais

                _Preciso anunciá-los antes de entrarem. Esperem um minuto, por favor! – falou antes de entrar no tribunal

                _Bom dia Arthur! – falou Dumbledore virando para o Senhor Weasley

                _Bom dia professor Dumbledore! Bella! – falou Arthur Weasley – Vocês vão entrar no julgamento?

                _Sim, Harry precisa de alguém que o defenda! – falei

                _Mas você vai entrar lá Bella? – falou espantado – É proibido!

                _Estou com o professor Dumbledore, é mais fácil de entrar! – falei, mas seu espanto não diminuiu

                _E o que nós vamos fazer lá? – perguntou Percy divertido

                _Intimidar o ministro! – falei dando de ombros

                _Testemunha de Defesa: Alvo Percival Wulfric Brian Dumbledore – falou o homem estranho dando passagem para Dumbledore entrar – E seus acompanhantes! – completou com uma entonação diferente. As faces e expressões dos bruxos presentes na audiência iam de nervosos a amedrontados e quando olhavam para mim e para o Percy ficavam carrancudos.

                _Desculpe, mas vocês não podem ficar no tribunal! – um bruxa de boa aparência com um monóculo e cabelos cinzas com uma expressão intimidadora que intimamente não me intimidou falou virada para mim e Percy. Ela sentava a esquerda de Fudge o ministro da magia, e a direita de Fudge estava sentada uma bruxa que por conta da sombra imposta pelo lugar em que estava sentada não se dava para ver os rosto

                _O não, não! A Princesa Swan pode ficar! – falou o ministro amedrontado logo após a bruxa ter se calado, todos presentes perceberam seu medo e estranharam, afinal aos olhos deles eu era apenas uma bruxa intrometida que não devia estar ali – Mas desculpe princesa o rapaz não pode ficar, são contra as regras do tribunal!

                _Antes de expulsa-lo caro ministro deixe-me apresentar esse rapaz! – falou Dumbledore com sua característica calma fazendo todos prestarem atenção – Creio que aqui só o senhor sabe quem é ele, ele é Percy Jackson! – o ministro ficou branco, azul, colorido,  arco-íris todo, e foi preciso Percy Weasley dar-lhe água para melhorar

                _Des.. des.. Desculpe senhor Jackson, não foi a minha intenção expulsar uma pessoa tão importante como o senhor desse lugar! – Fudge disse gaguejando o que fez com que eu e Percy fizéssemos um esforço enorme para não rir – Vejo que falta lugares para os senhores! Senhor Weasley ser....

                _Oh não senhor ministro não se preocupe! – falou Dumbledore conjurando uma cadeira para mim e pro Percy ao lado direito da cadeira do Harry e para si mesmo do lado esquerdo. Ele sentou-se assim como eu e meu protetor, mas Dumbledore é Dumbledore, ele sentou, uniu as pontas dos seus dedos longos e olhou para Fudge, um olhar calmo, mas como eu disse, ele era Dumbledore, seu olhar dava receio a quem o encarasse, por isso não faço isso com freqüência.

                _Sim - disse Fudge misturando suas anotações. - Bem, então, as acusações. Sim. - ele desenrolou um pedaço de pergaminho da pilha que estava à sua frente, respirou fundo e leu.

_ As acusações contra o acusado são as seguintes: que ele propositalmente, deliberadamente e de total consciência da ilegalidade de suas ações, tendo recebido avisos prévios por escrito do Ministério da Magia por uma acusação semelhante, produziu um Feitiço de Patrono numa área trouxa inabitada, na presença de um trouxa, no dia dois de Agosto às 9h23min, o que constitui uma crime sob o Parágrafo C do Decreto do Uso Lógico da Magia por Menores de Idade, 1875, e também sob seção Treze do Estatuto Internacional da Confederação de Segredo dos Bruxos. Você é Harry James Potter, da Rua dos Alfeneiros, número 4, Little Whinging, Surrey? - acrescentou, olhando Harry por cima do pergaminho, o que me irritou por que ele olhou de uma forma acusatória para o meu amigo

                _Sim! – falou meu amigo com uma coragem grifinória falsa estampada na palavra. Creio que ele tremia de medo de tudo que aquilo resultaria. O mundo da magia é o único lugar onde Harry pode ser Harry. Sorte dele, de uma maneira estranha e com tantos segredos, o único lugar que eu me sentia a verdadeira Bella, era ao lado dos Cullens, eu perdi o meu lugar, e vou fazer de tudo para Harry não perder o dele!

                _ Você recebeu um aviso oficial do Ministério por usar magia ilegalmente três anos atrás, não recebeu?

_ Sim mas... – falou Harry

_ E você ainda conjurou um patrono na noite de dois de Agosto? – disse Fudge interrompendo o que Harry falava

_ Sim, mas...

_ Sabendo que não é permitido a você usar magia fora da escola enquanto tiver idade menor que dezessete anos? – Fudge o interrompeu novamente

_Sim, mas...

_ Sabendo que estava em área cheia de trouxas? – de novo

_ Sim mas...

_ Completamente ciente de que estava perto de um trouxa naquela hora? – isso já está me irritando, e não queira Fudge que eu interrompa sua demonstração de poder

_ Sim – disse um Harry muito irritado - Mas eu só usei porque nós estávamos...

_ Você produziu um patrono por completo? – interrompeu a mesma bruxa que quis me por e por Percy pra fora quando entramos

_ Sim. Por quê? – respondeu com simplicidade. Harry ainda não percebeu que não é normal crianças produzirem patrono, me virei para Dumbledore e perguntei movimentando os lábios quem era a bruxa que estava perguntando coisas para Harry, e do mesmo jeito que eu ele respondeu que a bruxa é Madame Amélia Bones

_ Um patrono corpóreo? – perguntou Madame Bones para Harry

_ Um... O quê? – perguntou Harry com uma cara um pouco confusa

_ Seu patrono teve uma forma bem definida? O que quero dizer é, ele era mais que vapor ou fumaça? – continuou perguntando a bruxa

_ Sim - disse Harry impaciente e ligeiramente desesperado. - É um cervo, sempre foi um cervo.

_ Sempre? - perguntou ela - Você já havia produzido um patrono antes?

_ Sim, eu faço isso há mais de um ano. – Harry

_ E você tem quinze anos? – ela perguntou

_ Sim, e... - Harry

_ Você aprendeu isso na escola? – Madame Bones

_ Sim, o professor Lupin me ensinou no terceiro ano por causa do...

_ Impressionante - disse Madame Bones interrompendo-o  - Um patrono verdadeiro nessa idade. Muito impressionante mesmo! – completou. Alguns dos bruxos e bruxas ao redor dela estavam murmurando outra vez; alguns concordando com a cabeça e outros franzindo a testa e balançando a cabeça para um lado e para o outro.

_ Não é uma questão de quão impressionante foi a magia - disse Fudge impaciente. - De fato, quanto mais impressionante pior o caso, eu imaginaria, supondo que o garoto fez isso bem em frente a um trouxa! –hipocrita esse ministro

_Eu faria a mesma coisa cem vezes se estivesse em perigo! E pelo que me relataram o perigo que Harry passou não foi fraco! – falei e o ministro olhou-me nervoso – Então ministro, porque na frente de toda a suprema corte não pergunta ao Harry qual foi o perigo que o levou a fazer isso! Mas dessa vez deixe-o terminar uma frase, essas interrupções me irritam! – completei me exaltando da ultima parte

_Vejo que a princesa também foi enganada pelo Senhor Potter! Não se deixe levar pelo que esse garoto diz senhorita, ele só quer atenção! – falou desesperado vendo que perdia a minha aliança para com ele

_Cale-se Ministro! – falei irritado com sua atitude, o que falei deixou as pessoas espantadas, afinal eu ‘faltei com o respeito’ com uma pessoa como o ministro - Fale Harry! Porque você teve que se defender com um patrono!

_Respeite o ministro garota, ou saia daqui! – falou Percy Weasley e foi acompanhado de outras vozes que se recuperavam do espanto

_Está irritado? Saia você, nem o ministro tem o direito de reclamar do meu tratamento então se cale também Weasley! – falei estressada – Não me interrompam. E ministro, controle a boca dessas pessoas, sabe as conseqüências se eu me irritar demais! Então Harry, porque você teve que se defender? – fiz eu mesma a pergunta

_ Por causa dos dementadores – falou como se, se livrasse de uma bomba, e com essa afirmação, o local ficou silencioso

_ Dementadores? - perguntou Madame Bones depois de alguns segundos, com suas grossas sobrancelhas se levantando até que seu monóculo ameaçou cair do rosto. - O que você quer dizer com isso, garoto?

_ Eu quero dizer que havia dois dementadores lá em baixo, na cidade, e eles atacaram a mim e a meu primo! – Harry falou fazendo referencia a Duda Dusley

_ Ah! - disse Fudge outra vez, mostrando um desagradável sorriso enquanto olhava o Tribunal, como se os estivessem convidando para ouvir uma piada. - Sim. Sim, eu acho que ouvimos algo parecido com isso.

_ Dementadores na cidade? - disse Madame Bones surpresa. - Eu não compreendo...

_ Não compreende, Amélia? - disse Fudge, ainda sorrindo. - Deixe-me explicar. Ele estava pensando sobre isso e decidiu que dementadores dariam uma bela matéria para a primeira página do jornal, uma bela matéria mesmo. Trouxas não podem ver dementadores, podem, garoto? Muito conveniente, altamente conveniente... Então é sua palavra e nenhuma testemunha...

                _Diferente de você Cornelio, Harry tem um caráter excepcional! Creio eu que sair no jornal não faz diferença pra ele como faz para pessoas ambiciosamente fúteis como você! – falei fazendo retornar os murmúrios que preenchia a sala de vez em quando, o ministro estava com uma expressão irritada, mas não falou nada, e ele que não ouse falar por que se me contestar hoje mesmo o tirarei do cargo.

_ É eu não estou mentindo! - disse Harry em voz alta, sobre outra erupção de murmúrios da corte - Havia dois deles, vindo do outro lado da rua, ficou tudo escuro e frio e meu primo sentiu a presença deles e correu em direção a eles...

_ É o bastante, já chega! - disse Fudge com um olhar presunçoso em seu rosto interrompendo Harry. - Eu sinto muito interromper o que para mim parece ser uma história muito bem ensaiada...

_ Nós temos, de fato, uma testemunha da presença dos dementadores naquela rua - disse Dumbledore depois de limpar a gargantar e o todos se calarem - Além de Duda Dursley, é claro. - A cara gorducha de Fudge pareceu se esvaziar, como se alguém tivesse deixado sair todo o ar dentro dela.

_ Nós não tempos tempo para ouvir outras historinhas, sinto muito, Dumbledore. Eu quero resolver isso rápido... –falou arrogante

_ Eu posso estar errado - disse Dumbledore educadamente - mas eu tenho certeza de que, segundo A Carta de Direitos do Tribunal, o acusado tem o direito de apresentar testemunhas em seu caso. Não é a política do Departamento de Imposição da Lei Mágica, Bella? Madame Bones? – e continuou dirigindo-se a mim e para Amélia Bones

_ Isso é verdade - disse Madame Bones. - Perfeitamente certo.

                _São as leis não é? – falei dando de ombros e olhando para Fudge tentando prever uma reação

_ Oh, muito bem, muito bem! – disse Fudge a contra gosto - Onde está essa pessoa?

_ Mandei um amigo trazê-la bem cedo hoje, acredito que já devem estar ai! – falou Dumbledore - Posso pedir para ele mandar a testemunha entrar?

                _Não. Deixe o Weasley ir! Weasley vá! – falou Fudge

                _Oh não precisa, a pessoa que o trouxe deve escutar daqui mesmo! – falou Dumbledore. O que eu achei impossível para alguém escutar por traz dessas pedras sinistras com uma audição normal. Oh! Agora entendi tudo, uma audição normal! Eu entendi, as demais pessoas não – Carlisle peça para a testemunha entrar por favor meu caro!- Carlisle, um bruxo que pode aparatar, sabe dirigir carros, e daria segurança a testemunha

Um momento depois entrou uma senhora estranha, com chinelos de flanela e cabelos brancos. Dumbledore levantou-se de sua cadeira para a senhora sentar e conjurou outra ao lado de sua antiga cadeira agora ocupada.

_ Nome completo - disse Fudge em voz alta quando a senhora sentou

_ Arabella Doreen Figg - disse a Sra. Figg em uma voz trêmula.

_ O quem exatamente você é? - disse Fudge com uma voz entediada e arrogante.

_ Eu sou uma moradora da Rua dos Alfeneiros, próximo de onde Harry Potter mora. - respondeu

_ Nós não temos nenhum dado sobre bruxos ou bruxas vivendo nessa rua, nenhum outro além de Harry Potter - disse Madame Bones imediatamente. - A situação está sempre sendo monitorada de perto, devido... Devido aos eventos ocorridos.

_ Eu sou um aborto - disse a Sra. Figg. - Assim, você não poderia ter me registrado, poderia?

_ Um aborto, é? - disse Fudge, olhando-a de perto. - Nós vamos verificar isso. Você deve deixar detalhes de seus parentes com Weasley, meu assistente. Acidentalmente abortos poderiam ver dementadores? - disse, olhando da esquerda para a direita ao longo do banco.

_ Sim nós podemos - disse a Sra. Figg indignada.

_ Muito bem - disse ele indiferente. - Qual é a sua história?

_ Eu tinha saído para comprar ração para gato na loja da esquina, por volta das nove horas, na noite do dia dois de Agosto - disse a Sra. Figg rapidamente, como se tivesse decorado tudo aquilo que estava dizendo, e quem compra ração de gato às nove horas? - Quando eu escutei um barulho vindo da rua que fica entre a Magnólia e a Wisteria Walk. Ao chegar perto da rua eu vi os dementadores correndo...

_ Correndo? - disse Madame Bones com severidade. - Dementadores não correm, eles deslizam.

_ É o que eu quis dizer - disse a Sra. Figg rapidamente, com as bochechas ficando cor-de-rosa. - Deslizando ao longo da rua em direção ao que pareciam ser dois meninos.

_ Com o que eles se parecem? - disse Madame Bones, fechando seus olhos de modo que a ponta do monóculo desaparecesse coberto por sua pele.

_ Bem, um era muito gordo e o outro muito magro. – com essa eu ri

_ Não, não! - disse Madame Bones impaciente. - Os dementadores... Descreva-os.

_ Ah - disse a Sra. Figg corando - Eles eram grandes. Grandes e usavam um manto. – eu fechei os olhos,isso não era um boa descrição e percebi que Harry estava desconfortável

_Relaxa! Se eles quebrarem a sua varinha, eu arrumo outra, e quebro o pescoço do Fudge, o Percy ajuda! – sussurrei para ele e o vi ficar menos tenso

_ Grande e usando mantos - repetiu Madame Bones friamente, enquanto Fudge bufava menosprezando. - Eu sei. Mais alguma coisa?

_ Sim - disse a Sra. Figg. - Eu os senti. Ficou tudo muito frio e essa era uma noite de verão muito quente, vejam bem. E eu senti... Como se toda minha felicidade tivesse sido tirada do mundo... E eu me lembrei... De coisas terríveis... - Sua voz se comoveu e silenciou. Os olhos de Madame Bones se abriram levemente. Podia-se ver marcas vermelhas abaixo da sua sobrancelha onde o monóculo estava colocado.

_O que os dementadores fizeram? - perguntou Bones, e eu me senti cada vez melhor

_ Eles foram em direção aos meninos - disse a Sra. Figg, sua voz estava mais forte e mais confiante agora, e a cor-de-rosa de suas bochechas desapareceram. - Um deles tinha caído. O outro tinha se virado, tentando afastar o dementador. Esse era Harry. Ele tentou duas vezes e só conseguiu produzir um vapor prateado. Na terceira tentativa ele produziu um patrono, que atacou o primeiro dementador e então, com esse ato encorajador, expulsou o segundo para longe do seu primo. E foi isto o que aconteceu - concluiu a Sra. Figg. Madame Bones olhou a Sra. Figg em silêncio. Fudge não estava olhando para ela, estava inquieto com seus papéis. Finalmente ele levantou os olhos e disse, de forma agressiva.

_ Foi isso o que você viu?

_ Foi o que aconteceu - repetiu a Sra. Figg.

_ Muito bem, você pode ir.

A Sra. Figg olhou assustada de Fudge para Dumbledore, então se levantou e se retirou, e a porta abriu e fechou atrás dela, Penso que atrás dessa porta, além de Carlisle também pode estar Edward. Mas não posso pensar sobre isso!

_ Não é uma testemunha muito convincente - disse Fudge orgulhoso.

_ Pois eu acho uma perfeita descrição! E por que ela mentira? Caiam na real, ela é um aborto não saberia descrever com tamanha exatidão um ataque se não estivesse verdadeiramente presente! – falei desacreditando Fudge

_ Mas dementadores vagando num subúrbio trouxa e somente para encontrar um bruxo? – disse Fudge com seu tom arrogante. - As probabilidades de isso acontecer são muito, muito pequenas senhorita!

_Ah, eu não acho que algum de nós acredite que os dementadores estiveram por lá por pura coincidência - disse Dumbledore ligeiramente

_Concordo com Dumbledore! – falei convicta

A bruxa sentada à direita de Fudge, com o rosto na sombra, moveu-se levemente mas todos os outros continuaram em completo silêncio.

_ E o que vocês supõem que isso signifique - perguntou Fudge com frieza.

_ Significa que eu acho que eles foram enviados para lá - disse Dumbledore

_Isso pra mim é óbvio! Dementadores não são de confiança! Não foram criados para darem confiança, ou segurança! - falei

_ Eu acho que teríamos registros disso se alguém tivesse enviado um par de dementadores para passear pela cidade! - gritou Fudge.

_Pare de gritar, ninguém é surdo Fudge! Mostre-se educado! – falei irritada

_ Não se atualmente os dementadores estiverem recebendo ordens de alguém que não é do Ministério da Magia - disse Dumbledore calmamente. - Eu já lhe disse o que eu penso sobre essa situação, Cornélio. A Bella tem razão, não se exprime confiança em seres que não foram criados para serem confiados!

_ Sim, você me disse - disse Fudge mais calmo - mas eu não tenho nenhuma razão para acreditar que suas visões são mais do que apenas besteiras, Dumbledore. Os dementadores permanecem em Azkaban e estão fazendo tudo o que pedimos para eles fazerem.

_ Então - disse Dumbledore calmamente mas claramente - nós devemos nos perguntar por que alguém dentro do Ministério mandaria uma dupla de dementadores para a cidade, no dia dois de Agosto.

No completo silêncio em que recebeu essas palavras a bruxa que estava à direita de Fudge inclinou-se para frente de modo que se viu o seu rosto pela primeira vez. E ela parecia um enorme sapo carrancudo!

- A direção reconhece Dolores Jane Umbridge, Subsecretária Sênior do Ministro - disse Fudge.

- Eu tenho certeza que devo ter entendido você mal, professor Dumbledore - disse ela, com um sorriso que fez seus grandes olhos redondos parecerem mais frios do que nunca. - Que bobagem de minha parte. Mas isso pareceu por um momento como se você estivesse sugerindo que o Ministério da Magia tivesse ordenado o ataque a esse garoto! – disse numa voz muito feminina e esganiçada e deu uma gargalhada de arrepiar os cabelos

                _Nossa, achei que ela fosse coaxar! – sussurrou Percy para eu e Harry o que mesmo tensos nos fez segurar o riso

_ Se é verdade que os dementadores estão recebendo ordens apenas do Ministério da Magia e que também é verdade que dois deles atacaram Harry e seu primo uma semana atrás, então logicamente podemos concluir que alguém no Ministério deve ter ordenado o ataque – disse Dumbledore educadamente. - Certamente, esses dementadores em particular podem ter fugido ao controle do Ministério!

_ Não há dementadores fora do controle do Ministério! - gritou Fudge, que agora parecia um tijolo de tão vermelho.

                _Pare gritar! Desse jeito ficarei surda! – falei estarrecida

_ Então sem dúvida o Ministério fará um inquérito completo para saber por que dois dementadores estavam tão longe de Azkaban e por que fizeram um ataque sem autorização. – falou Dumbledore

_Você não decide o que o Ministério da Magia faz ou não faz, Dumbledore! - gritou Fudge e eu desisti de perdir para ele parar

_ O ministério vai fazer, ou eu mando um dos meus para fazerem pessoalmente Fudge! – falei e vi Fudge estremecer, eu só não entendi o que ele pensou quando eu disse um dos meus,nem eu sei

_ Eu queria lembrar a todos que o comportamento desses dementadores, se realmente eles não são apenas imaginação deste garoto, não é o assunto dessa audiência! - disse Fudge me encarando como se falasse a mim em particular. – Nós estamos aqui para examinar os crimes de Harry Potter sob o Decreto de Restrição do Uso Lógico da Magia por Menores de Idade!

_ Certamente estamos - disse Dumbledore -, mas a presença de dementadores naquela rua é altamente relevante. A Cláusula Sete do Decreto diz que magia pode ser utilizada à frente de trouxas em circunstâncias excepcionais, e essas circunstâncias excepcionais incluem situações que ameaçam a vida do bruxo ou bruxa, ou quaisquer bruxo, bruxa ou trouxa presente no momento do...

_ Nós estamos familiarizados com a Cláusula Sete, muito obrigado! - resmungou Fudge.

_ Certamente estão - disse Dumbledore com cortesia. - Então estamos de acordo que o uso do patrono de Harry cai precisamente nestas circunstâncias excepcionais que a Cláusula Sete descreve?

_ Se houvesse dementadores, o que eu duvido. – falou Fudge

_ Você ouviu sobre isso da testemunha ocular - interrompeu Dumbledore. - Se você duvida da honestidade dela, chame-a aqui novamente e a interrogue outra vez. Tenho certeza que ela não faria objeção.

_ Eu... Que... Mão... - esbravejou Fudge, mexendo nos papeis à sua frente. - Isto... Eu quero isso resolvido hoje, Dumbledore.

_ Mas naturalmente, você não se importaria de quantas vezes ouvir uma testemunha, se a alternativa fosse um abuso da lei.

_ Sério abuso, o meu chapéu! - disse Fudge no limite de sua voz. - Alguma vez você se ocupou em contar o número de histórias que todo mundo sabe que esse garoto inventou, Dumbledore, enquanto tenta encobrir o flagrante de uso indevido de magia fora da escola? Eu suponho que você tenha esquecido daquele feitiço de levitação que ele usou três anos atrás...

_ E que não fui eu, foi um elfo-doméstico! - disse Harry.

_ VOCÊS VEEM? - rugiu Fudge, gesticulando com extravagância em direção a Harry. - Um elfodoméstico. Em uma casa trouxa! Eu pergunto a vocês!

_ O elfo-doméstico em questão está atualmente trabalhando em Hogwarts - disse Dumbledore -  Eu posso trazê-lo aqui num instante para testemunhar se você quiser!

_ Eu... Não... Eu não tenho tempo para escutar elfos-domésticos! De qualquer modo, não é apenas isto. Ele inflou a tia, pelo amor de Deus! - disse Fudge gritando, batendo seu punho na banca do juiz e derramando um vidro de tinta.

_ E você muito bondoso não se queixou naquela ocasião, aceitando, eu presumo, que até os melhores bruxos nem sempre conseguem controlar suas emoções - disse Dumbledore calmamente, enquanto Fudge tentava limpar a tinta de suas anotações.

_ E eu nem comecei a citar as coisas que ele fez na escola. – Fudge

                _Como se você tivesse direito para isso Fudge! - falei

_ De fato o Ministério não tem autoridade para punir os estudantes de Hogwarts por mal comportamento na escola, o comportamento de Harry não é relevante nesta audiência – disse Dumbledore, mais educado do que nunca, mas agora com um ar de frieza em suas palavras.

_ Oho! - disse Fudge. - Não é de nossa conta o que acontece na escola, não é? Você acha que é assim?

_ O Ministério não tem autoridade para expulsar alunos de Hogwarts, Cornélio, como eu te avisei na noite de dois de Agosto. Nem tem o direito de confiscar suas varinhas até que as acusações sejam provadas e, novamente, como eu te avisei na noite de dois de Agosto, na sua pressa de se certificar que a lei fosse mantida, você se mostrou, descuidado, tenho certeza, de supervisionar algumas leis por si mesmo.

_ Leis podem ser mudadas - disse Fudge em tom selvagem.

                _Mas não é você que vai fazê-las que fique bem claro! Se houver que mudar, quem mudará serei eu! E o que me impressiona é o fato de que com poucos dias que Dumbledore foi expulso do Tribunal Bruxo um simples caso de uso indevido de magia por menores é um crime pior do tipo! E sobre a saída de Dumbledore, eu não gostei, iremos discutir isso depois quando eu estiver com vontade de passar algum tempo a mais olhando para sua face estressante!

Alguns dos bruxos acima deles se moveram incomodamente em seus assentos. Fudge ficou de uma cor quase castanha. A bruxa que se parecia com um sapo, à direita dele, entretanto, apenas me encarou, com seu rosto quase inexpressivo.

_ Isso mesmo Isabella! E até onde eu sei - continuou Dumbledore - ainda não há lei que diz que o trabalho desta corte é punir Harry por cada mágica que ele já fez. Ele tem sido acusado de uma transgressão específica e apresentou sua defesa. Tudo o que nós podermos fazer agora é esperar seu veredicto.

Dumbledore uniu as pontas dos dedos novamente e não disse mais nada. Fudge desviou o olhar de Dumbledore, procurando o meu, acho que para eu intervir a seu favor o que não aconteceu. Vi Harry se remexer inquieto e peguei sua mão para lhe dar conforto o que fez com que ele parasse. Harry é como um irmão pra mim, ele me acalma muitas vezes com esse jeito dele e eu o acalmo e o aconselho como uma irmã mais velha. Isso é um pouco irônico levandos em conta que meu pai matou os dele! Os juízes cochichavam o que me deixava apreensiva!

- Aqueles que são a favor de retirar as acusações? - disse a voz rouca de Madame Bones e mais da metade dos bruxos levantaram a mão

- E aqueles em favor da acusação? – disse e apenas Fudge levantou sua mão e mais ou menos meia dúzia de outros, incluindo a bruxa à sua direita,

Fudge olhou em volta para todos eles, como se houvesse alguma coisa entalada em sua garganta, então abaixou sua mão. Ele respirou profundamente duas vezes e disse, numa voz distorcida por uma fúria reprimida.

- Muito bem, muito bem... Todas as acusações estão retiradas.

- Excelente - disse Dumbledore rapidamente eu, Harry, Percy e Dumbledore nos levantamos , puxou sua varinha e fez as poltronas sumirem. - Bem, eu preciso ir. Tenham um bom dia todos vocês. E Bella irei lhe mandar uma carta! Antes disso, se hospede em algum hotel, eu irei encontrá-la! – e sem esperar respostas saiu me deixando com os dois garotos

                _Eae? Vamos não é? – perguntei depois de um breve observação no lugar me vi todos levantando-se para irem embora

                _Vamos! Bella cada vez você me deixa mais confuso com o que você faz! – falou Harry enquanto nos dirigíamos a saída

                _ Não pergunte! – falei, saímos de demos de cara com o Sr Weasley pálido ao lado de Carlisle

                _ Como foi? Dumbledore não me disse nada quando passou por aqui! – perguntou

                _Você não escutou Carlisle? – perguntei e ele assentiu

                _Escutei! Ele foi absorvido de todas as acusações Arthur! – falou Carlisle para Arthur

                _Oh! Que bom, temos que comemorar! – falou depois virou para Percy – E quem é seu amigo Bella?

                _Ah! Desculpem a minha falta de educação! Esse é Percy Jackson pessoal. Percy esse são Harry Potter, Arthur Weasley e Carlisle Cullen! – falei apresentando uns aos outros – Desculpem eu e o Percy temos que ir! Já ficamos muito tempo por aqui, isso pode causar problemas!

                _Ah! Entendo! – falou o senhor Weasley, tenho certeza que se ele soubesse que Percy sabe da Ordem ele teria insistido

                _Poderia vir aqui senhor Weasley, preciso lhe perguntar algo importante?! – perguntei e ele se afastou até um conto comigo na mesma hora em que Percy Weasley saiu do tribunal, e como se o filho não existisse o Arthur o ignorou – Quando é a próxima reunião senhor Weasley?

                _Amanhã a noite Bella! – falou e voltamos pra onde os outros estavam

                _Então, já vamos! –falei – Nós nos vemos depois! Vamos Percy, estou a fim de lhe levar para conhecer o Beco Diagonal, o que acha?

                _Onde fica isso? – perguntou deixando o senhor Weasley, Carlisle e Harry espantado, eu os entendo, afinal que bruxo não conhece o beco diagonal, mesmo bruxos estrangeiros, mas Percy não é bruxo, mas eles não sabem disso

                _Aiin Perseu por que você é assim? Já te falei milhões de vezes sobre o beco diagonal! – falei – Enfim, temos opções! Quer ir para algum hotel trouxa, ou para o caldeirão furado? E antes de você me perguntar o que é o caldeirão furado, eu respondo, é um lugar onde bruxos se hospedam. Fica aqui em Londres!

                _Vamos para um hotel trouxa! Fica mais difícil de nos encontrarem, esse caldeirão furado pode nos deixar vulneráveis a muitos perigos! – falou assumido um tom sério incomum assumindo uma postura de protetor

                _Que neurose Percy! O caldeirão furado é ótimo! – falei, eu realmente queria ir pro caldeirão furado por ser perto do beco diagonal

                _Não interessa se é ótimo ou não! Poderia ser melhor que o resort de Circe, ou o Lótus junto! – falou ainda sério. Parece que ele colocou fé nesse lance de me proteger. Os três expectadores nos olhavam curiosos, e provavelmente perceberam a mudança do tom animado para sério do Percy

                _Você esqueceu que hotel trouxa pode oferecer perigo em outro sentido! – falei fazendo referencia aos monstros

                _Não! Mas isso não é nada que não estejamos acostumados! – falou

                _Se vocês quiserem podem ir para a nossa casa aqui em Londres! Todos iriam ficar felizes em recebê-los e ainda colocaria fim nessa discussão estranha! – disse Carlisle se prontificando, mas ele só pode está querendo forçar a barra, eu e Edward e Rosalie na mesma casa no final não sobraria nem lugar pros Cullens ficarem

                _ Obrigado Carlisle! Mas nós vamos para o hotel trouxa mesmo! – falei e dei um sorriso faço – Mas o que vamos fazer em Londres quem decide sou eu entendeu Percy?

                _Tudo bem! Vamos logo, acordei muito cedo hoje preciso dormir! – falou Percy

                _Bella, eu só aceito a recusa se vocês forem na nossa casa, que fica nas redondezas de Londres passar a tarde amanhã, o que acha? – perguntou Carlisle. Ele está querendo forçar a barra – Acho que todos nós devemos desculpas pelo que a Rosalie fez, não foi uma conduta muito admirada!

                _Tudo bem Carlisle, sei que eu não conseguiria dizer não e se falasse eu tenho certeza que Alice me caçaria! Me escreva hoje a tarde e combinaremos tudo! – falei – Tchau Harry, Sr. Weasley. Carlisle! – falei me despedindo e sendo imitada por Percy.

Nós saímos do Ministério da Magia.


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Notas finais do capítulo

Comentem e ajudem meu ego hehe