No prédio da Irmandade...

- Chegamos! – fala Cassianna, quando o elevador parou no último andar.

- Sim... – Danny dá um muxoxo – Me sinto indo para o abate!

- Danny... – fala Cassy, docemente – Por que foi lá? Se outra pessoa estivesse com o Kakashi, você teria sido presa, sabia?

- Eu sei, Cassy-anee-chan... – murmura Danny, envergonhada – Eu sei que foi uma loucura o que eu fiz, mas você, mais do que qualquer outra pessoa, deveria me entender.

- Como assim eu, mais do que qualquer outra pessoa? – pergunta Cassy, com a sombrancelha arqueada.

- Papai e mamãe estão me escondendo algo, e você também. – acusa Danny – Vocês estão me excluindo de algo que eu sei que depois terei de aceitar sem reclamar. E isso não é muito justo, não concorda?! – pergunta Danny, sem dar tempo de Cassy falar qualquer coisa – Essa missão é como um agente da Akatsuki agiria, e isso me incomoda. Além do quê, sinto que o Kakashi ser presidente daquela agência tem algo a ver com essa mudança, principalmente porque me esconderam esse fato. Se o Kakashi veio logo depois da morte do Madara, eu deveria ter sido informada que você havia voltado, mas isso não aconteceu. E eu estou estressada com aquele exílio, tá? Sinto falta da cidade, de tudo. – finaliza Danny.

- Respira, mulher. – fala Cassy, divertida, vendo a irmã franzir o cenho – E agora? Você sabe o que papai vai fazer por ter desobedecido DE NOVO? Se você não está feliz com o exílio, acho que depois dessa reunião, vai gostar menos ainda. – comenta Cassy, ignorando todos os protestos da irmã.

- Você sabe o que vai acontecer, não é? – pergunta Danny, resignada.

- Tenho uma idéia do que irá acontecer. – responde Cassy, indo em direção à porta do presidente – Não contarei onde você foi, porque acho que esse encontro com o Uchiha foi necessário, mas não faça mais nenhuma loucura desse tipo, se não eu terei de falar. Se pra evitar uma tragédia, eu tiver que ser dedo-duro, acredite em mim, eu farei. Não irei deixar você ser presa por sua imprudência. Sinceramente, não estou te reconhecendo. Você nunca foi estúpida! – repreende Cassy.

- Tá legal. Já entendi! – sibila Danny – E como assim o encontro com o Uchiha foi necessário? Tá louca?

- Não estou. Você ainda é apaixonada por ele, e não negue. – fala Cassy, ao ver que a irmã iria protestar.

- Vamos entrar nessa sala logo – desconversa Danny, batendo na porta da sala do pai, fazendo a irmã sorrir de canto.

- Pode entrar! – fala uma voz grossa do outro lado da porta.

- Com licença, papai – pede Cassy, entrando na sala, seguida da irmã mais nova.

- Filha... – murmura Bianca, ao ver Danny entrar na sala.

- Bianca, Cassy... Deixe-nos a sós. – fala Giovanni, sem dirigir a palavra a Danny.

- Papai... – Cassy começa a protestar.

- ISSO É UMA ORDEM! – exalta-se, fazendo todas se encolherem de medo.

- Tudo bem... – murmuram Cassy e Bianca, a contragosto.

- Agora o assunto é entre nós dois, mocinha. – fala Giovanni, ao ver a esposa e a filha mais velha saírem do aposento. – Onde esteve?

- Andando pelo quarteirão. – responde Danny – Precisava andar um pouco.

- E por que saiu fugida daqui? – pergunta Giovanni, tentando se acalmar.

- Porque o senhor mandaria o Petruccio comigo. E sinceramente, já o aguento mais que o suficiente para uma vida.

- Você não tem jeito, Danny. – constata Giovanni, massageando as têmporas – Você tem alguma noção de que o que você fez merece uma punição à altura, não é? Eu não lhe dei punição alguma por você ter vindo a Londres, mas sair do prédio é demais!

- E o que pretende fazer, senhor Vespucci? – pergunta Danny, começando a ficar nervosa – Me exilar de novo? Nunca mais poder voltar a Londres? O QUÊ?

- Não grite comigo. Não sou nenhum dos seus capachos, e sabe bem. – sibila Giovanni, referindo-se a Petruccio – Sua punição por essa desobediência não será o exílio. Você voltará para Kalamata, sim, mas agora não terá autonomia pra tomar nenhuma decisão. Você vai seguir ordens do Petruccio.

- Quê? – pergunta Danny, com os olhos arregalados – Não! Isso não! Prefiro levar 1000 chicotadas a ter que obedecê-lo. Papai, qualquer coisa. Ficar sem ir pra missão, ser levada pra África, o que o senhor quiser, mas voltar a obedecê-lo, não. – pede Danny, implorando. – Eu sei que errei ao sair do prédio, mas não mereço isso. O senhor sabe o que ele quer de mim, não é possível que o senhor me jogue nos braços daquele imbecil assim.

- A decisão está tomada, Danny. Talvez assim você passe a se comportar. – murmura Giovanni. – E se ele pedir algo indecente, você tem minha permissão pra matá-lo. Já o informei disso. Além disso, ficará sem celular, sem internet, o telefone da casa só fará ligação local e receberá.

- Como queira, senhor... – murmura Danny, dando-se por vencida – Posso ir agora? O vôo sairá daqui a 1 hora, e gostaria de tomar um banho antes de sair. – pede autorização, recebendo um aceno positivo do pai.

Ao sair da sala, Danny depara-se com a irmã e a mãe conversando algo em tom de voz baixo, quando elas a viram, mudaram de assunto rapidamente, o que irritou a garota.

- Como foi? – pergunta Cassy, preocupada, vendo os olhos marejados da irmã – O que aconteceu?

- Estou nas mãos do Petruccio, DE NOVO! – fala Danny, deixando as lágrimas caírem, o que fez a mãe tentar se aproximar – Não, mãe. Preferia a morte a ter que obedecê-lo novamente.

- Filha, não é o fim do mundo. É por pouco tempo. – pondera Bianca, achando que essa punição é um absurdo e que teria uma longa conversa com o marido mais tarde.

- Pouco tempo nas mãos daquele estrupício é um momento de quase morte. Mas claro... Quem entenderia? – desabafa Danny – Vocês estão mentindo pra mim. Eu estou sendo excluída de tudo. A senhora cheia de segredinhos com a Cassy, e claro, me deixando de fora. – acusa a mãe – Quer saber de uma coisa, deixa pra lá! Vou me preparar pra voltar a Kalamata. Adeus! – fala Danny, indo em direção ao elevador, sem dar atenção aos protestos da mãe e da irmã.

- Papai exagerou. – murmura Cassy, olhando o elevador, por onde a irmã saiu – Ela tem razão, estamos mentindo pra ela e excluindo-a das decisões que irão afetá-la diretamente. Odeio quando ela tem razão de estar dando chilique. Onde a senhora está indo? – pergunta Cassy, ao ver a mãe ir em direção à sala da presidência, com uma cara nada boa.

- Estou indo ter uma conversa séria com o senhor Giovanni Vespucci – informa Bianca, irritada.

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Enquanto isso, na casa dos garotos...

- Como assim encontrou a Danny no escritório do Kakashi? – pergunta Sasuke, intrigado.

- Você viu as outras garotas? A Hina tá bem? – pergunta Naruto, alvoroçadamente.

- Calma aí... – pede Itachi, ao perceber que a notícia deixou todos inquietos – Vou explicar. E não, Naruto, só a Danny estava no escritório do chefe.

- Deixem-no explicar, problemáticos... – pede Shikamaru, segurando a ansiedade.

- Obrigado. – agradece Itachi, preparando-se para explicar o que tinha acontecido.

Após Itachi relatar tudo desde o começo, com riqueza de detalhes, Neji se pronuncia pela primeira vez.

- Quer dizer que elas foram embora porque teriam de nos matar? É isso? – pergunta Neji, com um sorriso no rosto.

- Pelo que a Danielle falou, é sim. – murmurou Itachi, demostrando estar esgotado tanto física quanto emocionalmente.

- Quer dizer que elas não nos esqueceram. – constata Gaara, feliz.

- Isso ela não falou. – pondera Itachi.

- Mas só isso justificaria todo esse tempo de exílio. – fala Shikamaru – Elas estão sendo obrigadas a ficar nesse lugar.

- Falando nisso... – pronuncia-se Naruto – Onde elas estão?

- Não perguntei. – fala Itachi, dando-se conta de que perdeu a chance de descobrir finalmente onde elas estavam.

- Não acredito nisso, aniki. – resmunga Sasuke – Você passou tanto tempo discutindo com a Danny-chan que se esqueceu de perguntar ao Kakashi onde elas estavam.

- Não me culpe por isso. – defende-se Itachi – Aquela garota me deixa louco, e eu acabei esquecendo o que tinha ido fazer no escritório.

- Então confessa que ainda sente algo por ela, hein? – provoca Gaara, recebendo um olhar mortal do moreno.

- Calado! – sibila Itachi – Só teve uma coisa que aconteceu, que agora que passou o calor do momento, eu notei.

- O quê? – pergunta Naruto.

- Ela disse que queria respostas, por isso, procurou o Hatake. Isso é estranho.

- Estranho mesmo. – murmura Shikamaru, tentando entender.

- Bem... Estranho por estranho, a Danny está louca por ter invadido o prédio. – comenta Neji – Se alguém a reconhecesse, talvez ela estivesse presa. Aí eu me pergunto... O que será que está acontecendo pra que ela agisse tão imprudentemente?

- Verdade. A Danny sempre foi muito racional. – comenta Gaara – Pra ela ter ido ao prédio na cara e na coragem, algo sério está acontecendo. E eu queria muito descobrir o que é.

- Você fala com muito conhecimento de causa, não é? – pergunta Sasuke, sarcástico – Então, gênio, onde ela está?

- Eu conheci a Danny antes do que todos vocês, então... Sim, eu tenho conhecimento de causa. – responde Gaara – Quanto a onde elas estão, isso eu não sei.

- Como eu não pensei nisso antes... – resmunga Shikamaru, depois de um tempo pensando – Fomos tão cegos!

- O que quer dizer, Shika? – pergunta Naruto.

- Gaara, VOCÊ tem como saber onde elas estão. – fala Shikamaru, categoricamente.

- Eu?! Se eu tivesse como saber, já teria ido lá. – resmunga Gaara.

- Gaara, qual o lugar que as garotas sempre quiseram conhecer? – pergunta Shikamaru, com um sorriso no rosto. – Você é irmão de uma problemática, namorado de outra e quem mais conhece as outras. Você já deve ter ouvido falar de algo.

- O único lugar que elas queriam muito conhecer era a Grécia, pelo menos foi o único lugar que elas falaram pra mim! – responde Gaara, um tanto incerto.

- Você acha que elas estão na Grécia? – pergunta Neji.

- Bem, é uma pista, não é? – pergunta Shikamaru, sorrindo.

- Como pode ter tanta certeza que elas estão lá? – pergunta Gaara, com a sombrancelha arqueada.

- Simples... Elas eram ótimas agentes. Cometeram o erro de se relacionar conosco, mas ainda sim, eram boas. A Irmandade as puniu, mas por seu crédito com os superiores, devem ter sido enviadas a um lugar distante, mas que fossem do agrado de todas. Além disso, se elas tivessem sido enviadas a um lugar que não queriam, as problemáticas reclamariam até mudarem o destino do exílio. – Shikamaru explica sua teoria.

- Você pode estar certo. – concorda Itachi.

- Então, vamos logo pra Grécia. – anima-se Naruto.

- Não seja tonto, dobe. – resmunga Sasuke – Em primeiro lugar, pra sairmos do país, precisamos da autorização do Kakashi. Em segundo lugar, a Grécia não é uma cidade, mas sim, um país com várias cidades. Em terceiro lugar, não podemos simplesmente ir de cidade em cidade procurando, é ridículo.

- Deixa de ser chato, teme. – murmura Naruto.

- O Sasuke tem razão, Naruto. – fala Neji – Temos que descobrir a cidade, ou pelo menos, a região.

- Que tal irmos falar com o Kakashi? Ele disse que nos diria onde elas estão se o Itachi falasse o motivo de tanto empenho. – fala Gaara.

- Tem outro jeito? – pergunta Itachi, resignado.

- Não. – responde Shikamaru.

- Então, tá. – concorda Itachi – Mas será que pode ser mais tarde? Estou com dor de cabeça. Não tive a melhor manhã de todas, como podem perceber.

- Tudo bem, aniki, mas à tarde, iremos! – fala Sasuke, sorrindo de lado, recebendo um aceno positivo do irmão.

Após Itachi ter subido para seu quarto, os garotos começaram a conversar.

- Será que o Kakashi vai falar onde elas estão, mesmo? – pergunta Naruto.

- Temos de acreditar que sim. – responde Shikamaru.

- O Itachi é um sortudo, sabia?! – resmunga Gaara.

- Como assim? – pergunta Sasuke.

- Ele viu a garota que ele gosta depois de todos esses meses. – responde Gaara, ficando deprimido.

- Queria também ter tido essa sorte. Queria ver a Tenten. – confessa Neji.

- Todos nós gostaríamos de ver as garotas, mas vamos nos concentrar em descobrir onde elas estão. – fala Sasuke, indo pegar um computador pra procurar o mapa da Grécia.

- Hai. – concordam todos.

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Era cerca de 1h da tarde, quando Sai, Petruccio, Tsunade e Danny chegaram em Kalamata.

- Danny, você está bem? – sussurra Tsunade, ao descer do avião – Você parece pálida, e passou a viagem toda calada.

- Estou, sim, Tsunade. – responde Danny, dando um sorriso amarelo – Só quero ir pra casa.

- Eu te levo pra casa. – fala Petruccio, metendo-se na conversa – Sai, você pode ir para o hotel? Eu só vou acompanhar a Danny, depois irei pra lá. – pede, recebendo um aceno positivo do moreno.

- Como queira. – murmura Danny, chamando atenção de Tsunade e Sai – Tchau, Tsunade! Tchau, branquelo! – despede-se.

Após andarem 1 quarteirão, Petruccio pronuncia-se.

- Poderíamos ir de táxi, sabia? Eu ainda estou com a perna machucada, lembra?!

- Eu queria caminhar um pouco, Petruccio. E você veio caminhando porque quis. Não pedi que me acompanhasse.

- Pelo visto, seu pai falou a sua punição, certo?! – pergunta, sorrindo divertido.

- Falou. – responde Danny, mal-humorada – Você deve estar radiante.

- Eu fiquei, sim. – fala, sinceramente – Ter você nas minhas mãos é o que eu mais desejo.

- Hunf...

- Porém, não quero você dessa maneira. – pondera, chamando atenção da garota pra si, que parou de andar para olhar no rosto dele – Eu quero que você faça o que eu digo porque confia em mim.

- Que conversa esquisita é essa, Petruccio? – pergunta Danny, arqueando as sombrancelhas.

- Você não precisará fazer o que seu pai mandou. – fala Petruccio, prático – Ele nunca irá saber por mim.

- E a troco de quê você está sendo tão legal? – pergunta Danny, desconfiada.

- A troco de nada. – responde, sinceramente – Eu amo você, Danny. – confessa, fazendo Danny se afastar – E eu quero que você me ame. – fala, aproximando-se da garota.

- Você está dizendo que posso agir normalmente contigo, que meu pai não será informado? E que está fazendo tudo isso porque quer que eu me apaixone por você? Porque você sabe que com essa punição, eu só te odiaria cada vez mais? É isso? – Danny bombardeia Petruccio de perguntas, ignorando sua declaração de amor.

- É exatamente isso, sim.

- Obrigada! – agradece Danny, sinceramente, abraçando o garoto, o que o surpreendeu – Agora não pense que eu vou me apaixonar por você. Isso não irá acontecer. Chegamos! – fala, ao avistar sua casa – Tchau, Petruccio.

- Só tem um porém, Danny. – fala, antes de partir – A outra parte da punição você terá de cumprir. Me dê seu celular. – pede, estendendo a mão pra garota. Após Danny entregá-lo, ele despede-se.

Ao ver o garoto virar a esquina, Danny dá um sorriso radiante e segue em direção à sua casa.

- Finalmente chegou! – exclama Hinata, ao ver a garota atravessar a soleira da porta.

- Oi, Hina. – cumprimenta Danny, sorrindo – Cadê as outras garotas? – pergunta, notando o silêncio da casa.

- Estão todas em seus respectivos quartos. – responde Hinata – O que aconteceu? Você parece diferente.

- Pareço? – pergunta Danny, indo olhar suas feições no espelho da sala.

- Eu vou chamar as outras, porque todas nós estávamos preocupadas com sua imprudência. Já volto! – informa Hinata, subindo as escadas.

- Será que encontrar o Itachi, depois de tanto tempo, me deixou diferente? – pergunta Danny pra si mesma, ainda olhando o espelho – Não! Nada a ver! Aquele Uchiha, maldito.

Após exatos 2 minutos, todas as garotas estavam na sala, sentadas e esperando que Danny começasse a falar.

- VOCÊ ENLOUQUECEU DE VEZ? – altera-se Temari, ao ver que a garota não ia falar nada.

- Tema... – fala Tenten – Tente se acalmar, por favor! Vamos, Danny, desembucha.

- Tudo bem. – concorda Danny – Como vocês sabem, eu fui pra Londres.

- Prossiga. – fala Sakura.

- Isso já sabemos. – pronuncia-se Ino.

- Eu fui pra Londres atrás de respostas por conta daquela missão. Vocês tem que concordar comigo que aquilo foi muito estranho. – prossegue, recebendo um aceno positivo de todas – Quando cheguei lá, meu pai e minha mãe quase tiveram um treco, só que eles acabaram não me punindo por ter ido a Londres.

- Não? – pergunta Temari, desconfiada.

- Não. Eu logo percebi que tinha algo de estranho. Meus pais e minha irmã estão escondendo algo de mim, e eu ODEIO quem faz isso. Além disso, antes de ir pra Londres, eu liguei pros garotos de novo.

- QUÊ?????? – perguntam todas.

- Me deixem falar, por favor. Não me interrompam! Quando eu terminar, responderei qualquer pergunta. Posso continuar? – pergunta, recebendo um aceno positivo de todas – Continuando, eu liguei pra falar com o Shikamaru, eu queria que ele investigasse o que tem sido feito da Akatsuki, porque achei a nossa missão muito parecida com as que eles normalmente recebem. Só que quem atendeu foi o Itachi, e ele acabou soltando que conheceu minha irmã. Quando perguntei quando foi isso, ele disse que ela tava num escritório da Akatsuki, com o marido. Aí, quando eu cheguei em Londres, fui tirar satisfações, mas todos desconversaram, e eu tive que tomar medidas drásticas.

- Que medidas? – interrompe Hinata, ao ver que a amiga parou de falar.

- Eu fui conversar com o meu cunhado... na sede da Akatsuki – responde, fazendo as garotas arregalarem os olhos – Quando eu cheguei lá, Itachi também estava lá, a gente discutiu, e eu acabei falando algo que eles nunca deveriam saber.

- O que você disse? – pergunta Temari, temendo pelo pior.

- Disse o porquê do nosso exílio! – confessa Danny, baixando a cabeça – Mas ele me provocou até não mais poder me segurar. Ficou nos chamando de covardes. E eu não aceito que ele ache isso da gente!

- Danny... – compadece-se Tenten – A gente compreende. Mas e agora?

- Isso não é tudo. – murmura Danny.

- Ainda tem mais? – pergunta Ino, com a sombrancelha arqueada.

- Quando voltei pra sede, aí sim, meu pai me puniu. Da forma mais cruel, pelo menos pra mim.

- O que ele fez? – pergunta Sakura.

- Disse que eu tinha que voltar a obedecer ao Petruccio. – responde, recebendo olhares alarmados de todas – Além disso, ficaria sem celular, sem internet e que este telefone de casa só ligaria local e receberia.

- OMG!!!! – exclama Ino – Sem internet!!!!!!!!!! – começa a choramingar, fazendo todas soltarem risinhos.

- Acalme-se, Ino. Somente eu ficarei sem internet. – fala Danny, divertida – Não precisa desse chilique.

- O que você pretende fazer em relação ao Petruccio? – pergunta Tenten.

- Nada. – responde Danny, categoricamente – Ele me disse que não precisarei obedecer essa ordem, que me ama e quer que eu o ame também, e blá blá blá.

- Ele te liberou? – pergunta Temari, arqueando a sombrancelha – A troco de quê?

- Resumindo, da minha gratidão. Ele quer que eu me apaixone por ele, e se eu tivesse de cumprir mesmo essa punição, eu só o odiaria cada vez mais.

- Eu acho que quando ele se faz de bonzinho, ele é mais perigoso. – comenta Sakura – Aquele cara não é normal do juízo.

- Concordo com a Sáh-chan. – comenta Hinata, preocupada – Danny, não baixe a guarda com ele.

- Eu sei. Não se preocupem. Já estou experiente em lidar com o estrupício. E se pra ter minha liberdade, eu tiver de fingir que estamos de bem, irei fingir.

- Louca... – comenta Ino.

- Agora, eu preciso dormir. Tive um dia complicado. Encontrar o Uchiha foi algo que eu  não esperava. Até mais tarde, garotas!

- Tchau, Danny – despedem-se.

Após Danny subir as escadas, Hinata se pronuncia.

- Será que a Danny falar o motivo de termos desaparecido é realmente um erro?

- O que quer dizer, Hina? – pergunta Tenten.

- Não sei. Apenas acho que os garotos mereciam uma explicação pra o nosso sumiço.

- Agora, só nos resta saber o que eles irão fazer com essa informação. – pondera Temari, sorrindo divertida.

- Vocês acham que eles ainda estão nos procurando? – pergunta Ino, esperançosa.

- Acredito que sim. – responde Sakura. – Mas eles procurando ou não, nossa vida continua e temos coisas a fazer, como por exemplo, estudar pras provas finais da faculdade. – pondera, recebendo um aceno positivo de todas.

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Eram 3h da tarde, em Londres, quando os garotos adentraram o prédio da Akatsuki, rebocando Itachi, um tanto relutante.

- Vamos, aniki – fala Sasuke – Você prometeu.

- Eu sei que prometi, mas não quero ir. – revela Itachi.

- Você não tem escolha, Itachi. – fala Gaara.

- Com licença. – pede Shikamaru, ao chegar na secretária de Kakashi – O chefe está sozinho na sala dele?

- Sim. Vou anunciá-los. – a secretária liga pra sala do chefe e recebe a confirmação de que os garotos poderiam entrar – Podem entrar!

                                                          

- Obrigado. – agradece Neji – Vamos logo, Itachi. – empurra o amigo em direção à porta.

- Estou surpreso em vê-los, você muito mais, Itachi, por ser a segunda vez no mesmo dia! – cumprimenta Kakashi – O que desejam?

- O Itachi veio cumprir a parte do trato, e daí você dirá onde elas estão. – fala Sasuke, sendo direto.

- Ele veio? – pergunta Kakashi, divertido – Me parece que veio arrastado, e não por livre e espontânea vontade.

- Que é isso, Kakashi?! – Naruto dá um sorriso amarelo – Ele só está tímido em confessar seus sentimentos na frente de tantas pesssoas. – finaliza, recebendo um aceno positivo dos outros e um olhar mortal de Itachi.

- Pois bem... – sugestiona Kakashi, esperando Itachi se pronunciar.

- Eu gosto da Danny, por isso estou procurando pelas garotas. – confessa, ruborizando – Satisfeitos? – pergunta, vendo um sorriso estampado no rosto de todos. – Agora, Kakashi, sua vez.

- Essa confissão realmente me pareceu um tanto quanto forçada, mas enfim, como prometido, vou revelar onde elas estão. Elas, nesse momento, se encontram em... – Kakashi estava a falar, quando a porta de sua sala é aberta bruscamente e uma pessoa entra suavemente.

- Oi amor, desculpa a invasão, mas preciso falar urgentemente contigo! – disse Cassy delicadamente fechando a porta atrás de si e reparando na presença dos meninos.

- Por acaso é mal de família as irmãs invadirem seu escritório, Kakashi? – ironiza Itachi, recebendo um olhar mortal de Kakashi.

- Fica na tua, Itachi! – ordena Kakashi, virando para sua esposa e lhe estendendo a mão, posicionando-a a seu lado  – Antes de dizer o que queres amor, deixa eu lhes apresentar. Garotos, essa é minha esposa, Cassianna Hatake, amor estes são Gaara, Shikamaru, Neji, Naruto, Sasuke e o Itachi, você já teve a infelicidade de conhecer! – observando os garotos comprimentarem Cassy com um aceno de cabeça conforme eram nomeados, e Itachi fazer careta com o comentário do chefe.

- É um prazer conhecê-los pessoalmente, garotos! – disse Cassianna, educamente e docemente – E fico contente que estejam aqui, afinal o recado que trazia à meu marido era endereçado a vocês!

- Como assim, irmã da Danny? – pergunta Naruto, curioso e agitado, dando um pequeno passo a frente.

- Vocês não devem procurar as meninas, pelo menos, não por enquanto!

- O QUÊ?? – surpreendem-se todos, com um olhar aflito para a mulher à sua frente.