Estava fazendo uma linda manhã de verão na cidade de Kalamata, localizada no Peloponeso no sul da Grécia, a brisa que vinha do mar trazia o cheiro da água salgada e o barulho dos navios chegando ao porto podia ser ouvido pelas pessoas que moram nas redondezas.

Perto dali, duas garotas faziam sua caminhada matinal, já eram conhecidas pelos comerciantes e pelos marinheiros que ali trabalhavam, não eram de muita conversa, mas sempre se apresentavam simpáticas e educadas. Algumas pessoas as achavam um pouco tristes, como se tivessem sofrido alguma desilusão, mas quando eram perguntadas, elas apenas sorriam e seguiam seu caminho. Fazia pouco mais de cinco meses que elas e mais quatro amigas haviam se mudado para uma casa no centro da cidade, perto da Praça Teloniou. Em frente à casa delas morava um rapaz meio arrogante juntamente com um outro rapaz um tanto quanto estranho, eram sempre vistos com as garotas, mas o comportamento amistoso não denunciava que tivessem mais nada fora um sentimento fraternal. Eram vistas também em constante campainha de duas senhoras, uma loira e outra morena, a loira de temperamento esquentado, possuía um corpo de fazer inveja em qualquer adolescente enquanto a morena tinha o comportamento mais educado e reservado. As garotas eram discretas, de certa forma todas eles o eram, a maioria delas freqüentava o Instituto Tecnológico Educacional de Kalamata, enquanto os outros que sobravam administravam um dos maiores hotéis da cidade.

As duas garotas eram Hinata Hyuuga e Sakura Haruno, e diariamente faziam caminhadas, percorriam sempre o mesmo caminho, sucessivamente conversando baixinho, às vezes rindo, sempre cumprimentando quem as saudava. Nesse dia em especial, Hinata se encontrava mais cabisbaixa do que o normal, e isso não deixou de ser percebido por sua amiga.

– Hina, está tudo bem contigo? – pergunta Sakura que caminhava do seu lado direito, percebendo o abatimento da amiga.

– ...

– Hina, estou falando contigo!! – insiste Sakura, elevando um pouco a voz, e colocando a mão sobre o ombro de Hinata.

– Hã?? – indaga Hinata meio assustada – Me desculpa Sáh, estou bem sim!

– Mas está tão cabisbaixa e calada, sei que está acontecendo algo, e ficarei te perturbando até que fales o que é!

– Acho que terei de falar o porquê de estar assim, antes que você cumpra a promessa!

– Exatamente. – brinca Sakura com um sorriso.

– Bem, é que foi nesse dia que o Naruto-kun me pediu em namoro, se nada daquilo tivesse acontecido, hoje faríamos seis meses de namoro! Não consigo parar de pensar em como ele está ou o que tem feito! Tem certas noites que sonho com ele e o sonho parece tão real que me decepciono ao acordar e descobrir que tudo não passou de sonhos! – disse Hinata ainda cabisbaixa.

– Nem me fale!! – comenta Sakura, ficando meio entristecida também – Não consigo esquecer o idiota do Sasuke, não importa o quanto eu tente!

– Fico feliz em saber que eu não sou a única! – confessa Hinata, dando um pequeno sorriso – Sei que a Ino e a Temari devem estar sofrendo bastante também, pois elas namoravam os meninos antes de nós, pra falar a verdade, acho que de todas nós, elas são as que mais estão sofrendo com a situação! Mas não posso deixar de pensar que o que eles fizeram foi errado!

– Tens razão Hina. – concorda Sakura ainda caminhando ao lado da amiga – Todas nós estamos sofrendo, nos apaixonamos muito rápido e foi tão intenso e inexplicável, que mergulhamos de cabeça mesmo conhecendo as conseqüências! E não se engane, apesar de querer parecer durona e não admitir nem sob tortura, a Danny também está sofrendo por causa do Itachi, isso está estampado na cara dela! Assim como a Tenten está sofrendo pelo Neji.

– Verdade! – fala Hinata com um ar divertido – Mas a Danny não pode admitir isso em voz alta. Se o Petruccio escuta, volta pra Inglaterra para matá-lo, não se esqueça que ele está fingindo ser um bom moço pra conquistar a Danny-chan, e não admitiria ter um oponente.

– Concordo! – disse Sakura, dando uma risadinha.

– Mas algumas perguntas ficam voltando a minha mente freqüentemente, e quando as tento ignorar, acabam ficando piores, do tipo será que eles estão bem? O que será que aconteceu com eles depois que fugimos da sede...

– Será que pensam em nós como pensamos neles ou ainda se estão à nossa procura! – completa Sakura, parando de andar e olhando para a amiga.

– Exato! – concorda Hinata, parando na frente de Sakura – Exatamente isso. Dentro de casa, não podemos tocar nos nomes dos meninos nem nada relacionado a eles, por ordem do Petruccio, mas sinceramente é bom poder conversar contigo sobre esse assunto. A tristeza que se abatia sobre mim se tornou um pouco menos densa agora!

– Digo o mesmo! Conversar sobre isso me aliviou um pouco, mas, por favor, Hina, em casa não tocaremos no assunto meninos, quando quisermos conversar sobre isso, conversaremos durante nossas caminhadas, pelo menos assim, aliviamos certas dores e podemos voltar a fingir que está tudo bem!

– Sem problemas, falando em casa, vamos voltar, que temos que nos arrumar pra ir pra universidade. – disse Hinata, revirando os olhos.

– Vamos, vocês está sabendo por que terá reunião hoje à noite?

– Desconfio que seja mais alguma missão, não se esqueça de que esta cidade é pior do que Londres na questão de criminosos!

– Pois é, vamos logo antes que cheguemos atrasadas, e a Tenten nos perturbe porque a fizemos perder a hora! – comentou Sakura e se pôs a andar, sendo seguida por Hinata; não demorou muito e logo as duas chegaram em casa, cada uma se encaminhou para o seu quarto e em pouco tempo, se encontravam limpas e prontas para ir à faculdade. Descendo as escadas, se encontraram com Temari que vinha da cozinha com uma xícara de chá nas mãos.

– Olá, bom dia! – desejou Temari assim que as viu.

– Bom dia! Onde estão Ino e Tenten? – indagou Hinata, deixando seu fichário sobre a mesa de centro.

– Estão terminando de se arrumar, eu acho! Elas chegaram um pouco antes de vocês, estavam na academia. – respondeu Temari, tomando um gole de seu chá.

– Ahhhh!!! Havia me esquecido que elas trocaram o período, e que agora estão se exercitando de manhã! – comenta Sakura, se dirigindo a cozinha, onde se serviu de chá, voltando pra sala no mesmo instante em que Ino e Tenten desciam as escadas.

– Bom dia! – desejam as duas.

– Bom dia! – respondem Sakura, Hinata e Temari.

– Então, vamos?? – pergunta Ino, passando a alça da bolsa por sobre o ombro direito e ajeitando os livros sob os braços.

– Pra que a pressa hein, Ino?? Por acaso marcou um encontro com alguém? – ironiza Temari, pegando as chaves do carro.

– Hahaha... Até parece, Tema, não tenho encontro nenhum nem nada disso, é que hoje tenho prova e queria chegar mais cedo pra poder revisar a matéria! – responde Ino, revirando os olhos.

– Eu também tenho! Então acho melhor todas irmos! – concorda Temari – Estão todas prontas? – vendo as amigas fazerem um aceno afirmativo, logo saindo em direção à garagem e em pouco tempo, já tomavam o caminho para a universidade.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Numa rua comercial, próximo do centro da cidade, havia um grande hotel, muito luxuoso e grandioso. Na recepção do mesmo, se encontrava uma jovem, que parecia cansada, mas mesmo assim, atendia um casal de idosos que desejavam se hospedar ali, pois estavam passando férias na cidade.

O senhor lhe parecia familiar, mas ela não conseguia se lembrar de onde o conhecia ou de onde o tinha visto. Assim que terminou de atendê-los, chamou um carregador para ajudá-los com as malas, e sentou em sua poltrona, dando um leve suspiro.

– Sim, é ele mesmo? – uma voz chega aos seus ouvidos assim que ocupa a poltrona.

– Do que está falando, Petruccio?

– Tenho certeza de que pensou que conhecia aquele senhor que acabou de subir para o quarto, Danny! – respondeu Petruccio se aproximando, ficando em frente a ela, encostando as costas no balcão e cruzando os braços.

– Sim, isso é verdade. Aquele senhor me pareceu familiar, por acaso o conhecemos? – perguntou Danny, levantando o olhar para Petruccio.

– Sim, se não estou enganado, esse senhor é nosso próximo alvo, ele está parecendo mais jovem, mas acredito se tratar da mesma pessoa! – fala Petruccio com um sorriso – Parece que a sorte está do nosso lado, o trazendo diretamente para nós!

– E você acha que vai matá-lo aqui no hotel?? – pergunta Danny com um sussurro, observando o rapaz afirmar com a cabeça – Estás maluco ou o quê? Imagina a confusão que uma morte aqui no hotel vai gerar, sem contar as investigações e possível interdição!

– Ninguém irá saber, sempre trabalhamos silenciosamente, se esqueceu?? – retrucou Petruccio, também sussurrando.

– Não, não me esqueci, mas acho que você se esqueceu de que uma hora ou outra, o corpo tem de aparecer, e outra, ele está acompanhado, pretende matar a esposa dele também?? – vendo o rapaz negar com um olhar indignado – Então, é melhor planejarmos direitinho, como sempre fazemos e não agir impulsivamente, só porque nosso alvo está hospedado aqui no hotel. Nossa reunião será hoje à noite junto com as meninas, conversaremos e planejaremos como sempre fazemos para que a missão não tenha falhas. – disse Danny, dando a conversa por encerrada, se levantando da poltrona.

– Como a que houve em Cambridge??

Danny parou de caminhar e virou-se lentamente para Petruccio.

– O que quer dizer com isso, Petruccio??

– Ahhhh, não se faça de desentendida, Danny, você sabe muito bem do que estou falando!! – anunciou Petruccio, desencostando do balcão e virando de frente para Danny ainda com os braços cruzados.

– Não foi nossa culpa o que aconteceu em Cambridge, já lhe dissemos isso umas mil vezes, Petruccio!! – respondeu Danny, começando a se irritar – Quantas vezes ficará nos dizendo que o que aconteceu lá foi nossa culpa?

– Nunca disse isso!

– Mas insinua, o que dá no mesmo!

– Me desculpa, mas mantenho minha opinião de vocês foram descuidadas ao se envolverem com o inimigo!

– Não sabíamos que os garotos eram da Akatsuki, já lhe dissemos isso!! – falou Danny entre dentes, visivelmente irritada pela acusação do garoto – E eu adoraria que você parasse com essas insinuações insignificantes, não me interessa se acredita em nós ou não, mas é da minha índole e das minhas amigas que está se referindo quando insinua que fracassamos na missão em Cambridge, e pra sua informação não fracassamos, nosso alvo era o Madara Uchiha e ele foi exterminado!

– Adoro ver-te irritada pela manhã!! – disse Petruccio, com umsorrisinho no canto do rosto – É excitante!!

– Vai à merda, Petruccio! – responde Danny, aumentando um pouco a voz e fazendo com que alguns funcionários os olhassem - Me desculpem – pede Danny aos funcionários, voltando a se acalmar.

– Como já lhe disse Danny, nunca falei que vocês fracassaram na missão de matar Madara Uchiha, fracassaram na missão de escolher melhor com quem se relacionam.

– Na verdade, nem você nem ninguém tem nada a ver com quem nos relacionamos ou deixamos de nos relacionar! E o fato de quebrarmos a cara ou não também é um fato que não lhe interessa!

– Isso é verdade, e mesmo não acreditando em mim, não quero me meter na vida de vocês! – disse Petruccio, começando a caminhar em direção a Danny – Acredite, eu mudei, não sou mais aquele cara que obrigaria você a se casar comigo, quero conquistá-la da maneira certa, pretendo fazer com que você se apaixone por mim!

– Ah sim, claro! – responde Danny, meio desdenhosa – Eu esqueci que você falou que seria um homem diferente aqui na Grécia, é por isso que fica fazendo gracinhas!

– Não, faço gracinhas porque gosto de te ver irritada! – retruca Petruccio, parando bem próximo a Danny – Mas por hora já basta, acho melhor você ir pra casa e descansar, à noite conversaremos sobre a missão.

– Você está certo! Cuide direitinho das coisas por aqui, e nada de fazer coisas sem pensar, caso faça qualquer coisa, Sai irá me informar! – informa Danny sorrindo, se virando e andando até seu escritório, deixando um Petruccio com cara de bobo.

– Odeio quando ela faz isso!

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Uma estranha e densa neblina cobria praticamente toda a cidade de Londres naquela manhã cinzenta de verão, as pessoas que levantavam muito cedo ou passavam a noite em claro trabalhando se surpreenderam com esse clima, pois estavam no verão e não fazia sentido aquele clima de outono.

Foi com esse clima e com o dia amanhecendo, que cinco sombras atravessaram a rua próxima ao Teatro Adelphi, por ainda estar um pouco escuro, não dava pra enxergar muito bem o que essas cinco figuras encapuzadas estavam fazendo, mas podia se ouvir o ruído de seus calçados quando pisados na calçada úmida.

Num movimento rápido, as cincos sombras dobraram uma esquina e logo sumiram de vista, entrando rápida e silenciosamente num carro esportivo estacionado na Rua Bedford, deixando velozmente o local.

Uns dez minutos depois, estavam estacionando o carro num sobrado rústico, não muito longe do local que haviam acabado de deixar. O local parecia deserto, quando as cinco figuras deixaram o carro e se dirigiam pra a entrada da residência. Logo adentraram a sala de estar, e um deles já estava subindo a escada, quando um abajur é aceso num canto da sala, próximo ao piano.

– E então? – perguntou a figura que havia acabado de acender a luz – Como foram?

– AHHHHHHHHH!!!

– Pára de gritar Naruto!!! – pede Itachi, se levantando da poltrona.

– Desculpa cara, mas você me deu um tremendo susto aparecendo assim de repente! – exclama Naruto, se recuperando do susto e se direcionando a sala.

– Você é um baka! Ainda não se acostumou com a forma sutil do aniki nos surpreender? – fala Sasuke, entrando na sala, retirando o casaco e o jogando em cima do braço do sofá – Ainda não cansou de brincar de esconde-esconde, irmãozinho?

– Enquanto vocês ainda levarem sustos, não me cansarei de fazer isso! – responde Itachi, dando de ombros – Ainda não me responderam, como foram?

– Uma bem e a outra mal! – disse Neji, se jogando no sofá – Foi muito fácil pegar Adolphus Berry e seu grupo, não tivemos problemas em prendê-los por tráfico de diamantes. Agora sobre o outro caso, não encontramos nada e sinceramente, estou começando a achar que elas realmente não querem ser encontradas.

– Ou talvez, e o que é mais provável, a organização delas não quer que nós descubramos para onde as mandaram. – afirma Shikamaru, sentando em outra poltrona próxima a lareira, encostando a cabeça no encosto da mesma.

– Ou talvez, vocês são só incompetentes! – debocha Itachi.

– Olha aqui Itachi, ao invés de debochar e ficar aí, fazendo brincadeiras sem graça, por que não nos ajuda a encontrá-las? – irrita-se Gaara, ainda de pé, encostado na porta da sala de estar.

– Juro que estou tentando, eu e o Shika já tentamos invadir o sistema deles para ver se descobríamos alguma coisa e nada! O software deles é extremamente seguro e praticamente inviolável. – disse Itachi, meio cansado, voltando a se sentar na poltrona.

– Exatamente, já lhes dissemos isso, enquanto vocês seguiam e observavam os funcionários mais suspeitos do hotel, nós tentávamos hackear o sistema deles, mas como o Itachi disse, foi inútil.

– Estamos nos redobrando com essa missão extra que nos infligimos, já estamos há seis meses nisso e não conseguimos encontrar praticamente nada, a única coisa que sabemos é que elas deixaram o país junto daquele tal de Petruccio e do esquisito do Sai. – indigna-se Sasuke, dando um leve chute na mesa de centro.

– Ficar com raiva não vai ajudar em nada, teme! – exclama tristemente Naruto, sentando com os braços apoiados nas pernas, ao lado de Neji - Precisamos continuar procurando até encontrá-las, eu sinto que isso não vai demorar muito!

– Estou contigo, Naruto! – apóia Gaara, erguendo o braço direito – As coisas na agência estão um pouco mais tranqüilas agora, principalmente depois que o novo chefe assumiu, vocês se lembram como no começo aquilo lá estava uma bagunça!

– Isso é verdade Gaara – concorda Neji – Desculpem falar, Itachi e Sasuke, mas o tio de vocês realmente transformou a Akatsuki numa satisfação de seus propósitos pessoais, e nos colocou numa tremenda enrascada, não somente profissional, quando o governo começou a investigar a agência, mas também pessoal quando nos fez perder as namoradas. Sinceramente, agora entendo o porquê do espanto e da rebeldia naquele dia, quando o Naruto afirmou que sabíamos de tudo!

– Realmente, agora toda aquela conversa faz sentido, e no final, não sabíamos de nada! – queixa-se Shikamaru, cobrindo os olhos com o braço – Isso tudo foi problemático, a coisa toda foi problemática! Descobrir que trabalhávamos pra um egocêntrico maluco, que procurávamos prender nossas próprias namoradas e quase sermos presos pelo governo por destruição de patrimônio público e obstrução de informações, foi um tanto quanto problemático!

– Você enumerando assim, fica até engraçado Shika! – fala Naruto, sorrindo diante das palavras do amigo.

– Engraçado ou não, nossas vidas viraram de cabeça para baixo com essa história toda! – retruca Itachi, cruzando os braços – E agora tornou-se crucial encontrá-las para podermos lhes explicar que somos inocentes, precisamos limpar nossa situação com as garotas para podermos seguir nossas vidas tranqüilamente!

– Até parece que é somente isso que você quer, Itachi!! – desafia Sasuke, erguendo a sobrancelha esquerda e olhando para seu irmão.

– É claro que é, irmãozinho! – afirma Itachi, dando um suspiro – O que quero é fazer um desencargo de consciência para poder viver tranqüilamente! Sem lembranças passadas, sem as garotas e, principalmente, sem Danielle Vespucci!

– Então vai repetindo isso para si mesmo umas mil vezes quem sabe você acredita!! – ironiza Gaara, vendo a careta que o amigo fazia – O quê? Quer que acreditemos que você só está à procura das meninas para desencargo de consciência?! Me desculpa, mas, pra mim, essa história não cola!

– Nem pra mim! – concorda Neji, recebendo um olhar reprovador de Itachi - Principalmente porque somos testemunhas do quanto você está se esforçando e redobrando esforços para encontrá-las, sabemos que, como nós, você também sente falta delas, principalmente da Danny.

– Querem saber... – contrapôs Itachi, demonstrando um pouco de raiva – Vocês são livres para pensar o que quiserem, eu tomo minhas decisões referentes àquilo que me faz bem, e sinceramente só tive dor de cabeça com a Danielle. E essa conversa já me cansou, é tarde, vou dormir porque amanhã terei uma reunião com o chefe, se vocês estão com a vida ganha, tudo bem, eu não estou, portanto, boa noite! – desejou, saindo da sala e subindo as escadas em direção ao seu quarto deixando para trás cinco garotos com pequenos sorrisos sarcásticos no rosto.

– Quem ele quer enganar?? – perguntou Shikamaru.

– Talvez a ele mesmo! – respondeu Sasuke, dando de ombros – Acho que, de todos nós, ele seja o que está sofrendo mais, mas conhecendo-o como o conheço e, principalmente, sendo um Uchiha, ele nunca vai admitir que sente falta da Danny.

– Não acredito nisso, teme! – rebate Naruto, levantando-se do sofá - Depois de um tempo sofrendo calado, você confessou que sentia falta da Sakura e que reviraria o mundo até encontrá-la, meio a contra gosto e comendo palavras, mas confessou, e tenho certeza que daqui a pouco, o Itachi pára de ser orgulhoso e confessará a falta que a Danny lhe faz.

– Exatamente! – aderem os outros.

– Bom pessoal... Acho que essa conversa já deu o que tinha que dar! – disse Neji, se levantando e indo em direção a escada – A noite foi cansativa e precisamos descansar um pouco, amanhã redigiremos o relatório da missão.

– Tudo bem! – concordaram todos, imitando o gesto de Neji e se direcionando a escada, já subindo aos seus respectivos quarto.

– Ei, eu tenho uma dúvida! – fala, de repente, Naruto quase no topo da escada – O Itachi disse que teria uma reunião com o chefe de manhã, será que precisamos ir com ele?

– Sinceramente, não sei Naruto! – responde Gaara, já na porta de seu quarto – Mas se tivermos de ir, ele irá nos acordar com aquele jeito gentil de sempre!

– Eu prefiro quando a problemática da Temari me acordava, soprando de leve meu ouvido, do que ser acordado pelo Itachi!! – disse Shikamaru, dando um bocejo – Bem, pela manhã, saberemos!!

– Certo! Boa noite! – desejou Sasuke, entrando em seu quarto, recebendo um boa noite dos amigos como resposta.

– Essa neblina está muito estranha, até parece que o tempo também está sofrendo conosco, espero que você esteja bem, espero e rezo para que não tenhas encontrado ninguém durante esse tempo, porque senão, serei obrigado a matá-lo! Durma bem meu amor, onde quer que você esteja!! – sussurrou Neji diante da janela de seu quarto, observando os primeiros raios de sol despontarem no horizonte, para em seguida se atirar na cama, e adormecer rapidamente pensando em sua amada.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*