Nemesis X: A Guerra Secreta escrita por Goldfield


Capítulo 8
Capítulo 7




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Capítulo 7

 

Descobertas.

 

Ark olha rapidamente ao redor. Há duas portas: uma cinza à direita e outra atrás de um balcão. Ambos os caminhos tinham um daqueles seres no caminho.

Rapidamente o então desmemoriado detetive optou pela segunda porta. Correndo até o balcão, parou a um metro do adversário e apontou a pistola.

         Você pode me ouvir?

A resposta foi apenas um gemido. Aqueles seres não raciocinavam, pareciam os mortos-vivos dos filmes. Antes que aquele em questão pudesse se aproximar mais, Thompson estourou parte de seu crânio com dois disparos. O zumbi veio ao chão de bruços, sangue jorrando da cabeça.

Mas o outro estava chegando perto, mancando. Nosso desesperado herói tratou de correr até a porta, mas teve grande surpresa ao tentar abri-la:

Está trancada!

O morto-vivo jogou-se sobre o balcão, tentando agarrar a jaqueta da vítima com um dos braços decompostos. Nesse momento o desmemoriado vê sua salvação ao lado de um balde de água suja.

Um pé-de-cabra!

Ele rapidamente agarra o artefato, enquanto a criatura rasteja sobre o balcão.

Num belo golpe, o piloto arrebenta a fechadura da porta, mas o zumbi agarra sua perna!

É o seu fim, filho da mãe!

O pé-de-cabra age novamente, agora contra o zumbi. O impacto é tão violento que a cabeça do que um dia foi um homem acaba desprendendo-se do corpo, deixando um rastro rubro no chão.

Meu Deus? Quem serei eu para saber matar desse jeito?

O Ark sem memória olha para frente. A porta está semi-aberta. Caminho livre.

Nosso herói, ao cruzar a porta, comprova que está num restaurante ao ver mesas e cadeiras logo em frente. Parecia um lugar seguro, até olhar para as janelas...

Droga!

Mais daqueles seres horripilantes estavam lá fora, esmurrando as janelas. Queriam entrar para COMER!

O desmemoriado ri da ironia da situação, enquanto vê que há mais dois seres decompostos dentro do recinto. Não podia ficar pior.

CRASH!

Um dos zumbis consegue quebrar a janela que esmurrava e entra cambaleando no restaurante, esbarrando numa cadeira. Era hora de entrar em ação.

Thompson mira no mais próximo dos três mortos-vivos que caminham em sua direção. Logo após puxar o gatilho ele cai imóvel, atingido no meio do rosto.

Nesse exato momento mais uma janela é quebrada, e mais um zumbi vem reforçar o grupo de mortos-vivos. O alvo das aberrações atira novamente, três disparos e mais um dos monstros vem ao chão.

Mas ainda havia dois deles, e o piloto do helicóptero caído minutos atrás não queria desperdiçar munição. Ele olha mais uma vez para os inimigos e corre na direção deles.

Sai da frente!

Os dois caem para trás dada a violência do impacto. Nosso herói vê uma porta de saída logo em frente, enquanto as criaturas se levantam famintas.

Ele não vê mais nada, apenas a saída no caminho... Precisava chegar até ela!

A porta estava trancada pelo lado de dentro do restaurante. O fugitivo gira rapidamente a chave na fechadura e quase quebra a maçaneta ao sair, deixando os dois zumbis para trás.

Ele ganha uma rua deserta e fria. Antes de averiguar onde está exatamente, checa as coisas que carrega: a Beretta, da qual troca rapidamente o pente de balas, o pé-de-cabra, munição suficiente...

Súbito, um ruído leve, como se algo caminhasse sobre o concreto. Não devia ser algo humano que se aproximava do nosso herói, e ele logo comprovou tal coisa.

O quê?

Viu dois cachorros, mas não eram bem cães. Estavam com as entranhas e órgãos expostos, além de cegos. Sangue escorria das bocas e focinhos dos apavorantes monstros que um dia foram dobermanns.

Um deles veio correndo na direção do Ark desmemoriado. Ele apenas mirou e disparou: o ser voou sobre o concreto, ainda vivo, deixando um rastro de sangue no chão.

Mas o outro também investiu, sendo logo aniquilado por um tiro de Beretta na cabeça. O segundo monstro, porém, já se levantara e corria novamente na direção da presa. Veio mais um tiro, e o cão recuou mais uma vez.

Após se levantar, o animal pareceu encarar o adversário por um instante, fitando-o com os olhos brancos. Logo que ele iniciou o novo ataque, um disparo da pistola fulminou-o de uma vez por todas. Estava morto.

Depois de livrar-se do perigo, o confuso sobrevivente da queda do helicóptero olha para os lados. À esquerda da porta pela qual viera, no final da rua, havia uma porta dupla. Não seria interessante tomar aquele caminho, pois seguia na mesma direção pela qual viera. Oposto à porta, no lado direito da rua, havia um portão, que separava a via da amedrontadora escuridão do outro lado. Um pouco à esquerda do portão havia uma escada de concreto, que levava para um pequeno pátio mais baixo que a rua. A melhor opção.

Nosso herói, após olhar apreensivo para o pátio, vê apenas alguns bancos e uma outra escada, que levava para outra rua mais à frente.

Não há o que temer... Não há nada de anormal lá embaixo, há?

 

         Ah!

Ark desperta assustado, tanto seu corpo quanto a roupa de cama ensopados de suor. Sem camisa, ele senta-se no colchão e acende o abajur. Tivera mais um daqueles malditos pesadelos com o incidente na Ilha Sheena, ocasião em que travara seu primeiro combate contra as aberrações da Umbrella e, acometido de temporária amnésia, pensara ser Vincent Goldman... O amigo de Leon sentia nojo só de lembrar que realmente achara ser o homem que agora ele e seus colegas do Departamento tanto caçavam...

Relaxando a respiração, Ark fechou os olhos. Sabia que em breve tudo estaria resolvido, e assim bons sonhos viriam...

 

Sherry Birkin fora jogada dentro de uma cela fria e monocromática, e ali vinha sendo mantida, o tom branco predominante em tudo ao redor quase a deixando louca. Sentia profundas saudades de Bryan, temia por seus amigos do Departamento de Perigo Biológico. Tinha de escapar das garras de Burke na primeira oportunidade.

Nisso, uma porta foi aberta e alguém ganhou o corredor, seus passos ecoando pelo local. Eram produzidos por botas negras, e logo a promotora percebeu que elas pertenciam a Hunk, braço direito de seu algoz. O quarto sobrevivente da tragédia de Raccoon City. Um homem que desafiava a própria morte. Usando sua inseparável máscara de gás, ele trazia uma bandeja metálica contendo uma tigela de mingau sem gosto e um copo de suco artificial. O sabor deste variava conforme o dia, e dessa vez era um de morango que mais parecia uva. O soldado depositou a refeição por uma abertura na parte de baixo das grades e, quando já se afastava, ouviu a prisioneira dizer:

         Se Burke soubesse sobre você, nem precisariam ter me seqüestrado!

         Do que está falando, Birkin? – o “Sr. Morte” voltou-se de súbito, irritado.

         Eu sei que temos em comum aquilo que corre em nossas veias e artérias, meu caro... A mim você não engana!

O misterioso combatente parou por alguns instantes e depois retomou seu caminho, a porta do corredor sendo fechada automaticamente atrás de si. Frustrada, Sherry começou a sacudir duas das barras que a prendiam com as mãos e por fim apoiou a cabeça junto a elas. Justiça seria feita, cedo ou tarde!

 

Algum lugar em Montana, EUA.

Billy Coen, agora Scott Richter. Um novo nome, uma nova vida.

Após ter revelado os planos de seu antigo conhecido Jack Krauser ao agente do FBI Ernest Adams meses antes, o ex-integrante dos Fuzileiros Navais entrara para o Programa de Proteção a Testemunhas para que ficasse livre de represálias. Habitava atualmente uma isolada cabana em meio à floresta nos arredores de uma pequena e pacata cidade de Montana. Trabalhando como lenhador, tudo aparentava correr bem...

Até aquela tarde, ao menos...

Saindo do emprego mais cedo, Billy, usando camiseta xadrez e calça jeans, trazendo às costas seu fiel machado, aproximou-se de sua morada assoviando uma melodia “country” sem quaisquer preocupações. Porém, seu sossego se esvaiu assim que notou a porta aberta e o cadáver de um homem de terno, praticamente partido ao meio, jogado junto a uma árvore, toda a terra ao redor banhada em sangue.

Trêmulo, Coen pôde reconhecer o morto àquela distância: tratava-se de Kells, o agente do FBI que vinha visitá-lo mensalmente para verificar se tudo estava OK. Aquele era dia de visita, e tudo indicava que o federal fora recepcionado de modo nada amistoso. Pensando em muitas coisas, inclusive a respeito de ser novamente incriminado por algo que não cometera, o ex-militar caminhou lentamente para dentro da cabana, um dos braços apoiados no beiral da porta...

Olhando para o interior, Billy teve a visão de um musculoso homem loiro, sem camisa, sentado sobre uma cadeira. Um de seus braços compunha uma asquerosa garra vermelha enquanto com o outro, aparentemente normal, levava à boca um copo de uísque. Krauser retornara, para o imenso infortúnio de Coen. Petrificado, o sobrevivente das montanhas Arklay em 1998 viu seu antigo colega sorrir, falando em tom zombeteiro:

         Achei que era hora de visitar um velho amigo!

 

Ada digitava incessantemente no teclado do laptop. Sentado ao seu lado diante da mesa, Carlos tomava uma caneca de café. O apartamento que haviam alugado provisoriamente como centro de operações em São Francisco era espaçoso e confortável. Wong devia receber grandes quantias de seus superiores para bancar algo assim.

         OK, a base militar de Burke estava localizada nos arredores de San Jose – a bela mulher apontou para um mapa gerado por satélite na tela do computador. – Segundo os arquivos de Adams, enquanto as instalações ainda se encontravam ativadas, foi registrado um grande movimento de helicópteros saindo da área, seguindo na direção nordeste.

         Nordeste? – Oliveira parou para pensar. – O que há na direção nordeste?

         O que havia no nordeste da Califórnia até 1998?

         Mas... Não pode ser!

A espiã deu um sorriso sagaz. Apenas confirmou suspeitas que já possuía há tempos.

         O verdadeiro quartel-general de Burke está localizado em Raccoon City, no que sobrou dela! – Ada concluiu.

         Impossível! Toda a região se transformou num cemitério radioativo! Na época da destruição os noticiários afirmaram que levaria décadas até alguém pudesse pisar novamente lá com segurança!

         Há várias maneiras de se evitar a contaminação radioativa. Além disso, desconfio que a base seja subterrânea, metros e metros abaixo das ruínas da cidade. Talvez uma antiga instalação da Umbrella que foi reaproveitada por um de seus herdeiros.

         Como faremos para encontrá-la? A área foi restringida pelo governo! Não sei como Burke consegue entrar e sair facilmente, porém creio que para nós não será assim tão simples!

         Confie em mim... Eu darei um jeito!

Então se aproximaram, seus rostos se encontraram e suas bocas se fundiram num ósculo carregado de libido. Enquanto beijava aquela verdadeira deusa morena, Carlos pensava a respeito de como aquilo terminaria. O relacionamento com Ada nascera repentinamente, seu futuro era incerto e, dada a fama que ela ganhara durante os tempos anti-Umbrella, o brasileiro temia ser abandonado pela parceira assim que deixasse de ser necessário. Seria sua segunda grande desilusão amorosa, considerando-se a grande decepção em relação a Jill... Ele ainda pensava muito nela.

Estavam envolvidos pelo beijo, corpos abraçados sobre as cadeiras, quando a porta do recinto foi aberta. Wong imediatamente soltou-se do companheiro e esticou um dos braços para apanhar sua pistola sobre a mesa, porém o recém-chegado foi mais veloz, apontando uma submetralhadora Uzi para o casal. Ada reconheceu de imediato aquele rosto cortado por uma cicatriz e o corpo demasiadamente musculoso. Mais uma figura do passado renascia das sombras...

         Krauser!

O loiro respondeu abrindo um sorriso e caminhando para dentro do apartamento, arma pronta para disparar. Era acompanhado de um sujeito tenso e inseguro, a camiseta sem mangas deixando à mostra uma grande tatuagem num dos braços... “Mother Love”. Apesar de nunca tê-lo visto pessoalmente, Wong conhecia aquele sujeito de fotos presentes em alguns documentos que obtivera anos antes: Billy Coen, um condenado inocente. Sobrevivente dos incidentes nas montanhas Arklay em julho de 1998.

         Há quanto tempo, antiga colega! – falou Jack, referindo-se ao período em que ele e Ada trabalharam para Albert Wesker.

         Foi tempo o bastante para eu achar que nunca mais veria de novo essa sua cara de suíno! – a espiã não era gentil nas palavras. – O que faz aqui? E por que Billy Coen está com você?

Carlos não entendia patavina. Krauser, Coen? Já ouvira falar do segundo, tinha algo a ver com Rebecca Chambers ou coisa similar, mas a aparição dele ali estava completamente fora de contexto. Sob a mira da Uzi, achou melhor ficar calado e imóvel, apenas ouvindo a conversa de Ada com seu conhecido.

         Eu sei que pode me levar até Burke! – exclamou Krauser. – Quero eliminá-lo tanto quanto você! O velho Billy aqui me deve alguns serviços, por isso está me ajudando!

         Como me encontrou? – indagou Wong, irredutível.

         Não foi difícil... Você pode ser cuidadosa, mas não é criativa. Ainda usa os mesmos métodos daquela época. Cheguei a me perguntar se você na verdade desejava ser encontrada...

Foi a vez da mulher sorrir. Em seguida perguntou:

         E por que você quer tanto eliminar Burke?

         Ele aniquilou meus camaradas... Levou a cabo um massacre no esconderijo da FPA! Farei com que pague caro por cada vida que tirou em outubro passado!

         Bem, eu posso sim encontrar Burke... Porém precisarei de um favor seu, pois quero participar disso até o último instante!

Carlos, que até então trocava olhares desconfiados com Coen, encostado a uma janela sem pronunciar palavra alguma, virou-se surpreso para Ada. Ela estaria mesmo disposta a cooperar com aquele brutamontes grosseiro? Não era bem esse tipo de aliado que o ex-mercenário ansiava conseguir!

         O que é? – Krauser quis saber.

         Você tem muitos contatos dentro das Forças Armadas... Pode providenciar que adentremos a área restrita da antiga Raccoon City com a proteção necessária e sem risco de problemas com o governo?

Oliveira viu Jack franzir levemente as sobrancelhas e concordar com a cabeça.

 

Ada Wong sabia mais do que aparentava saber...

 

Mais de dez anos antes.

O homem de jaleco trabalhava silenciosamente diante de sua escrivaninha. Desde que fora transferido para aquele laboratório, vinha escrevendo um diário, e aquilo lhe fazia bem. Não concordava com quase nenhuma das experiências cruéis e desumanas realizadas ali pela Umbrella, e ao menos nas páginas daquele livro podia desabafar sem correr o risco de perder seu emprego.

Os demais pesquisadores o rotulavam como um “maldito humanitário”, porém John Howe não se importava. Fora transferido da unidade de Chicago para o complexo nas montanhas Arklay apenas com a informação de que seria de auxílio nos testes com um novo vírus de capacidades regenerativas. Ele sentiu nojo ao descobrir sobre os fins militares, repulsa ao contemplar as cobaias...

Mas teria de permanecer ali. Pelo menos até seguramente reunir o maior número de provas possível para levar tudo à mídia. Poderia até ser morto, todavia lutaria para evitar que uma praga como o T-Virus um dia fizesse vítimas em qualquer lugar do mundo.

A porta do dormitório se abriu. John virou levemente a cabeça para espiar quem entrava. Era Ada Wong, sua linda namorada, usando também jaleco, uma saia curta e sapatos de salto. Ela se aproximou, os olhos do cientista mirando o belo busto da mulher, em seguida o crachá com o símbolo da Umbrella e finalmente subindo até seu astuto rosto de traços orientais.

         Muito trabalho? – ela perguntou, sentando-se com as pernas cruzadas sobre o móvel de lado para o rapaz.

         Na verdade este é meu período de descanso, alguém também precisa dormir por aqui! – sorriu Howe, retirando os óculos.

         Eu não agüento ficar aqui no subsolo por muito tempo... Este laboratório é tão pequeno, frio e apertado!

         Concordo com você. Pesquisas mais avançadas precisarão de instalações melhores, dotadas de mais recursos. Além daquele lugar onde Birkin está trabalhando, ouvi Martin comentando que a Umbrella está construindo um grande complexo laboratorial embaixo das ruas de Raccoon City. Soube até que a estrutura seria capaz de resistir a um ataque nuclear. Mas parece que ainda levará um tempo até ser ativado, eu diria anos, já que há várias seções ainda inacabadas...

         Isso é muito interessante...

A porta novamente foi aberta. Dessa vez um outro homem adentrou o recinto, vestindo jaleco igual aos demais e tendo os olhos cobertos por óculos escuros. Com um ar de superioridade, caminhou até o casal, e John fez as apresentações, já que sua amada era nova no laboratório:

         Ada, este é Albert Wesker, um dos melhores na nossa equipe. Infelizmente ele está prestes a nos deixar, pois pediu transferência para a divisão de segurança da Umbrella. Wesker, esta é minha namorada, Ada Wong.

         Muito prazer, senhorita – o pesquisador cumprimentou a mulher num frio aperto de mão.

         O prazer é meu... – Wong respondeu, um pouco evasiva.

A figura de Albert causou algum tipo de sutil consternação na mulher. Por um breve momento que durou tão pouco quanto um súbito arrepio na espinha, Ada realmente achou que o homem de óculos escuros conhecia todos os seus planos e segredos.

 

Sala de Estratégia do Departamento de Perigo Biológico.

Sentado diante de um terminal de computador, Leon acessava o vasto banco de dados de segurança ao qual possuía acesso. Sentindo uma atroz nostalgia, o ex-policial entrou no sistema de câmeras de vigilância em tempo real e selecionou os aparelhos que monitoravam dia e noite a área onde um dia existira Raccoon City.

Uma desoladora paisagem de ruínas e poeira ganhou o monitor. Com uma das mãos no queixo, Kennedy lembrou-se das horríveis horas que passara naquele lugar durante a epidemia do T-Virus. A busca por um meio de fuga, a luta pela sobrevivência... Mas algo estranho na imagem arrancou o agente governamental de seu arquivo de lembranças. No fundo do cenário, atrás das paredes caídas que outrora compunham uma loja de departamentos, Leon pôde reconhecer uma figura enegrecida que se aproximava lentamente do chão... A forma do objeto, a maneira como a poeira era levantada ao seu redor... Impossível confundir!

Aquilo era um helicóptero!

         Bruce! – chamou Kennedy, agitado.

O subordinado de Leon aproximou-se depressa. O comandante, com os olhos ainda fixos na tela do computador, ouviu o agente McGivern indagar:

         O que houve?

         Desde quando há pouso de helicópteros no “marco zero”? – perguntou Leon nervosamente, apontando para a imagem e utilizando a forma como o governo denominava Raccoon City desde sua destruição.

         Algumas equipes de limpeza visitam a área ocasionalmente... Esse helicóptero deve pertencer a uma delas!

         Equipes de limpeza? Isso não me cheira bem...

O marido de Claire levantou-se bruscamente da cadeira, caminhando próximo de Bruce com uma mão no rosto. Não podia ser! Será que após tanto tempo de busca, Burke estaria se escondendo bem debaixo do nariz do Departamento? Justo no lugar que eles menos relevaram, um cemitério radioativo cuja presença humana fora totalmente descartada?

         Prepare um jato para mim, irei até lá averiguar! – disse o secretário por fim, vestindo sua jaqueta.

         Precisamos antes avisar o resto da força-tarefa... – lembrou Bruce.

         Eu vou sozinho! Não precisamos arriscar os outros por enquanto! Se eu não me comunicar depois de vinte e quatro horas, aí sim os coloque em ação!

McGivern sabia que nada deteria Leon agora. Ele seria capaz de enfrentar mil Tyrants sozinho para salvar a vida da esposa. E, infelizmente, havia muito mais em jogo do que ela...

 

Continua...


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