A New Life 2.0 escrita por L Angels


Capítulo 1
Capítulo 01 - Grandes mudanças...


Notas iniciais do capítulo

Heey amores espero que gostem, me diverti muito reescrevendo essa fic :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/197430/chapter/1

** PDV Sophi

 

 

 

Meu nome é Sophia Albuquerque tenho 17 anos, 1,65 de altura, pele branca, olhos verdes, cabelo castanho claro meio ondulado nas pontas, moro em São Paulo.

Só isso mesmo... Não acontece nada fora do comum na minha vida, sou uma adolescente normal, com uma vida normal... Pra falar a verdade, bem que eu queria que fosse assim mesmo.

Não faz muito tempo que meus pais se divorciaram, alguns meses para ser mais específica. Minha mãe é uma maluca de pedra (Quero deixar isso bem claro desde já), agora então, ela não tem mais rumo! Vive viajando e cada dia está em uma cidade, estado ou pais diferente.

Por essa e outras razões a justiça acabou decidindo que o melhor seria deixar minha guarda com o meu pai! Dos males o menor não é mesmo? Não estou falando que meu pai não é um cara legal (Porque ele é sim), mas ele está sempre trabalhando, então é como se eu morasse sozinha.

Sem falar que nos tempos livres, onde um pai normal usaria para ficar com a sua filha querida, ele está por aí em uma busca incansável de achar o amor da sua vida. Eu não entendo porque algumas pessoas não podem ser felizes sozinhas, e bom, acho que o meu pai é uma dessas pessoas.

Mas eu tenho certeza que ele não vai achar o isso nas namoradas piriguetes que ele arruma. É praticamente uma por semana, todas muito mais nova que ele, sem falar nas roupas delas (Parecem que foram embaladas a vácuo de tão apertadas). 

Morar com o meu pai não é um mar de rosas, as vezes é difícil ter que sempre se virar sozinha e aturar todas essas futuras "madrastas" aqui em casa. Digamos que eu não sou uma flor de pessoa, ainda mais com quem eu não gosto, que já fique bem claro.

Então um belo dia... Cá estou eu chegando em casa e dou de cara com uma daquelas criaturas denominada por mim como “Piranha 20” deitada no meu sofá. Não 20 de 20 anos, pode até ser que ela tenha essa idade mesmo, mas essa deve ser a garota número 20 que meu pai já trouxe aqui desde a separação.

 

— Sério Pai? Mais uma? Ela é a número 20, e sim, eu estou contando. - Comecei a falar irritada encarando aquela criatura no meu sofá.

— Oi? – A Piranha disse assustada.

— EU JÁ DISSE QUE NÃO QUERO QUE VOCÊ TRAGA ESSAS VADIAS AQUI PARA CASA! – Gritei procurando o meu pai pela casa.

— Ei!! Quem é vadia aqui? – A garota perguntou se levantando.

— Você mesmo! Pode saindo da minha casa! ANDA SAI!!! – Falei a puxando pelo braço. 

— Me solta sua pirralha!! – Ela falou brava enquanto eu a arrastava.

— Se você não sair eu arranco o seu braço! Vai pagar pra ver? – Apertei o braço dela com força.

 

Ela me encarou como quem diz “Rá... Você, vai fazer algo? Olha o seu tamanho”, então eu olhei para uma espada de samurai que tem pendurada na parede da minha casa. Bom... Acho que ela entendeu o recado, porque dois minutos depois ela já tinha pego a bolsa dela e se mandado da minha casa.

Vamos esclarecer algumas coisas, eu não tenho problema nenhum em pagar de maluca. Nenhum problema mesmo.

 

— Sophia, eu não credito. Porque você expulsou a Gabriela... Monica... Tá, acho que essa era a Estela. - Meu pai finalmente apareceu. 

— Pelo amor de deus Pai! Você não sabe nem o nome dela, você só pode estar brincando. - Eu falei em quanto trancava a porta.

— Filha pega leve. Não é bem assim. – Ele sentou no sofá e me encarou.

— Eu não aguento mais essa palhaçada. Você quer me deixar maluca como a minha mãe? Porque eu vou acabar ficando maluca desse jeito! – Fiz aquele drama básico.

— Eu não fiz nada pra sua mãe ficar maluca, ela já nasceu daquele jeito, e não estou fazendo nada de errado agora. Você não tem o direito de... – Ele disse um pouco irritado.

— Me poupe das suas desculpas! Você é que não tem direito nem de terminar essa frase! – O Interrompi também irritada.

— VÊ COMO VOCÊ FALA COMIGO! EU SOU SEU PAI! - Ele começou a levantar a voz. 

— MEU PAI? SÉRIO? PORQUE NÃO PARECE! – Gritei de volta.

— ABAIXA O TOM PRA FALAR COMIGO MOÇINHA! – Ele se levantou.

— VOCÊ É RIDÍCULO! NÃO SÓ VOCÊ. MINHA MÃE TAMBÉM! VOCÊS PENSAM NEM POR UM SEGUNDO EM MIM, SÓ QUEREM SABER DE CUIDAR DO PRÓPRIO UMBIGO. SÃO DOIS DESNATURADOS. VOCÊ OU TA TRABALHANDO OU ESTA COM ESSAS SUAS VADIAS, E A OUTRA LÁ, AQUELA DESMIOLADA SÓ QUER SABER DE CURTIR A VIDA E RODAR PELO MUNDO. – Eu já estava quase chorando de tanta raiva.

— ME RESPEITA GAROTA, TA PENSANDO QUE EU SOU QUEM? ALGUM DOS SEUS AMIGUINHOS? - Ele disse irritado.

— CLARO QUE NÃO! ATÉ PORQUE ATÉ OS MEUS “AMIGUINHOS” CRIARIAM UMA FILHA MELHOR DO QUE VOCÊ! – Provoquei, mas ele ficou quieto.

— Quer saber de uma coisa? Eu daria tudo pra ser o Bernardo nessas horas. Ele está lá na Califórnia na casa dele, longe dessa confusão toda que se tornou essa família. – Disse depois de me acalmar um pouco.

— Seu irmão já é maior de idade e é dono do próprio nariz. – Ele disse com indiferença. 

— Grande coisa! Ano que vem eu faço 18 anos, ou você não sabe nem a idade da sua filha? – Bufei.

— Claro que não esqueci! Eu não sou nenhum monstro e você sabe disso. Essa separação está sendo difícil pra mim também. Mas o que você quer que eu faça? - Ele perguntou com uma voz mais calma. 

— Nada! Deixa pra lá... Vocês nunca fazem nada mesmo. - Me sentei no sofá. 

— Filha... – Ele sentou do meu lado.

— Que? – Perguntei sem olhar pra ele.

— E se você fosse morar com seu irmão? – Ele disse como quem acaba de ter uma ideia genial.

— Como que é?? – Olhei pra ele assustada.

— É... Morar com seu irmão, eu posso falar com ele. Tenho certeza que ele vai concordar. – Ele disse animado.

— Não sei não. – Fiquei meio tensa.

— Ei, calma. Eu não estou te expulsando, você que decide tudo bem? – Ele sorriu.

— Tudo bem. Vou pensar no caso. – Me afundei no sofá e meu pai se levantou.

 

 

[...]

 

 

Não preguei o olho a noite inteira pensando no que meu pai tinha me falado.

Faz quase um ano que não vejo meu irmão, tudo bem que nós sempre fomos muito próximos e nos falamos quase sempre pela internet, mas não sei se ele vai me querer morando com ele.

Ele tem uma vida lá, e eu não faço parte disso. Sem falar que as aulas já estão quase começando, será que alguma escola vai me aceitar? Eu nunca mudei de escola na minha vida. Como vou me virar lá sem conhecer ninguém? Eu não sou lá uma pessoa muito simpática e que faz amizade muito fácil.

Falar inglês não é o problema até porque minha mãe não é brasileira e eu fui alfabetizada nas duas línguas assim como o Bernardo, pra falar a verdade, eu morei na casa onde o meu irmão mora até os meus 8 anos.

Por volta das nove horas da manhã resolvi levantar, meu pai já tinha saído pra trabalhar e a casa estava extremamente silenciosa, eu precisava falar com alguém e só tinha uma pessoa que podia me ajudar no momento. Peguei meu celular e mandei uma mensagem pra ela.

 

 

*Mensagem on*

 

 

Sophia: Rafa preciso te ver, é urgente!

Rafaela: O que Houve?

Sophia: Só posso falar pessoalmente.

Rafaela: Na sua casa ou na minha?

Sophia: No parque pode ser? Preciso respirar ar fresco.

Rafaela: Espero que seja importante pra me fazer sair de casa essa hora. Te encontro lá em 20 minutos ok?

Sophia: Ok! Até já...

 

 

*Mensagem off*

 

 

A Rafa é minha amiga á dez anos, desde que eu voltei pro Brasil, pra mim é como se ela fosse minha irmã. Nós temos a mesma idade, estudamos juntas, dormimos uma na casa da outra e nossas famílias se amam.

Se tem uma pessoa que me conhece o bastante para me ajudar a tomar uma decisão como essas, essa pessoa é a Rafa!

Tomei um café da manhã rápido, me arrumei e fui caminhando sem a menor pressa até o parque. A Rafa ainda não tinha chegado então sentei em um banco e fiquei viajando nos meus pensamentos.

 

— Hey princess! - A voz da Rafa me tirou do transe.

— Ai Rafa já vai começar? – Fechei a cara.

— O que eu fiz? - Ela sentou do meu lado.

— Você sabe. - Eu ri.          

 

A Rafa é muito fã de uma banda que eu acho que só ela conhece, Allstar Weekend, algo assim! Eles são novinhos, devem ter a nossa idade, ela os conheceu no youtube e já virou uma daquelas fãs meio malucas, digamos que a Rafaela é do tipo 8 ou 80.

Ela me faz escutar as musicas deles o tempo todo (até que eles são bons), mas de tanto que ela fala neles acaba enchendo o saco e eu nem me esforço para gostar deles e saber coisas sobre eles, ela já faz isso pelas duas.

 

— Tudo bem... Já parei! O que aconteceu? – Ela perguntou séria.

— Rafa eu acho que vou pra Poway. - Disse olhando pro nada.

— SÉRIO? Que legal! Você não vai lá á uns dez anos... Vai visitar o Bernardo? Quando isso? Posso ir junto? Era esse o problema? Não vejo nenhum problema nisso! Você não sabe o que levar para vestir né? Lá faz calor, tem praia, vai ser fácil. - Ela começou a falar sem parar.

— Não Rafa você não está entendendo! Eu acho que vou MORAR em Poway. - Olhei pra ela.

— O que? Porque? – Ela perguntou assustada.

— As coisas lá em casa não estão muito bem você sabe! Qualquer dia eu vou pegar aquela espada e matar uma das piriguetes do meu pai! – Falei nervosa.

— Eu já disse pra vocês darem fim naquela coisa... – Ela falou baixinho.

— Você não está ajudando... – Resmunguei.

— Ai nega, eu sei que as coisas estão difíceis pra você. Poxa querendo ou não você praticamente já mora sozinha. Eu acho que vai ser bom para você passar um tempo com o seu irmão. Vai fazer bem para a sua sanidade mental também. – Ela disse me confortando.

— Mas o que eu vou fazer lá sem você?? – Disse segurando o choro.

— Você não vai se livrar de mim assim tão fácil, a internet ta aí pra isso, mesmo de longe você vai continuar sendo minha irmã, e eu vou te perturbar sempre que der! - Ela disse sorrindo.

— Você é de mais sabia? – Perguntei sorrindo.

— Claro que sou! E também queria te falar que os meninos de uma das minhas bandas favoritas também moram em Poway. Eu já se contei isso? Vai que você encontra eles? Pelo amor de deus fala que eles são muito bons. – Ela começou a viajar nos pensamentos.

— Pelo amor de deus Rafa, sério isso? Você sabe que eu não vou ficar caçando eles para você né? Eles nem são famosos. – Revirei os olhos.

— Nós temos sempre que sonhar alto! Vai que eles ficam muito famosos, e nós somos amigas deles? Para de ser assim menina, eu aposto que eles são legais. Quanta falta de amor nesse coração. Tomara que lá você encontre seu príncipe encantado lá nos EUA, imagina que tudo arranjar um boy gringo? - Ela disse toda boba.

— Rafaela... Isso aqui não é contos de fadas. Você está viajando de mais. Já pode parar! - Disse seca.

— Isso é o que nós vamos ver ! Agora chega mais... - Ela pegou o meu celular e me abraçou pra tirar uma foto.

— Mas é uma maluca mesmo! - Eu disse sorrindo para a foto.

— Disso eu sei! Agora vamos tirar umas fotos para que eu possa me lembrar dessa sua cara feia quando você for. - Ela começou a fazer caretas.

 

 

[...]

 

 

Depois de tirarmos várias fotos nós passeamos um pouco, e quando a fome apertou nós fomos para casa da Rafa comer algo. Passei o dia todo lá e quando voltei para casa à noite meu pai já estava em casa.

Conversamos um pouco e eu falei que tinha decidido ir morar com o meu irmão (se ele me aceitasse claro), então meu pai foi ligar para o Bernardo, que concordou com a ideia na hora (meu irmão é maravilhoso!).

Decidimos que eu ia para lá mês que vem, um dia antes das aulas começarem por lá, meu irmão falou que ia ajeitar tudo para mim e que eu não precisava me preocupar com nada, assim eu tinha um bom tempo para me despedir das pessoas por aqui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!