A Destination Funny - Segunda Temporada escrita por ItsCupcake


Capítulo 6
BETRAYAL


Notas iniciais do capítulo

Estou postando este capitulo rapidinho... Então não liguem se tiver muito erro.



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Não consegui dormir a noite. Ashley conversou comigo durante algum tempo, mas logo caiu no sono. Fiquei sentada na cama, abraçada com as minhas pernas, pensando no Justin. Peguei meu celular e dei graças a Deus por aqui ter sinal e entrei no twitter. Coloquei nos TT’s de Dallas e lá estava o show do Justin sendo o assunto mais comentado do momento. Fiquei lendo o que as fãs dele postavam enquanto viam o show. Todas colocavam algo como “Ele está muito lindo!!!” “Nossa, ele cantou olhando para mim!” “Já falei o quanto ele está bonito?” “Ele vai cantar a minha música favorita ahhhh *-*”.

Certo, não tinha nada que me agradasse. Entrei na internet e vi uma noticia que já esperava.

Justin se reencontra com a garota da ilha em aeroporto. Será uma amizade ou um novo amor? 

Então eu sou conhecida como a garota da ilha?

Dei uma clicada no link e abriu a matéria toda mostrando uma foto minha e do Justin, quando eu corri para abraçá-lo.

“Fontes afirmam de que os dois estavam muito íntimos no aeroporto de Dallas, Texas. Dizem que Melanie Walker foi se encontra com o nosso ídolo para passar um tempinho com ele.

Será que tem algo a mais ai?

Tempos depois de ter sido encontrado numa ilha, Justin Bieber divulgou o término do seu namoro com a cantora Selena Gomez. Será que o fim desse namoro foi por causa de Melanie?

Todos sabemos que os dois se perderam juntos no mar, mas como eles se perderam? Será que foi numa fuga romântica?”

Terminei de ler e fiquei surpresa. Justin me disse que se eles nos vissem juntos falariam tudo isso. E nossa, eles são rápidos. Pena que parte dessas suposições não estejam certas, porque eu e o Justin não fizemos nenhuma fuga romântica.

Fiquei vendo mais outras coisas que falavam sobre a chegada do Justin aqui em Dallas e então escutei um barulho estranho.  Pensei ter ouvido coisa a mais e então ignorei voltando a atenção para o meu celular. Só que mais uma vez eu escutei o mesmo barulho e vinha da janela. Levantei da cama e corri para abri-la. Lá em baixo avistei o Erik fazendo um gesto para que eu fosse encontrá-lo. Fechei a janela e coloquei um casaco. Desci as escadas tentando ao máximo não fazer barulho e avistei o Erik do lado de fora.

— O que faz acordado a essa hora? — Perguntei.

— Sua amiga me falou sobre o que aconteceu com o seu namorado. — Disse ele.

— E você veio aqui a essa hora só para me falar isso?

— Você não estava dormindo, estava?

— Não.

— Ótimo.

— Por que me chamou? — Insistir em perguntar.

— Quero te mostrar uma coisa. — Ele disse andando em direção as árvores e eu sabia para onde ele estava indo.

Ele acendeu a lanterna e então chegamos ao bosque . Andamos mais um pouco e ele parou em frente a um de seus quadros. Quase cai para trás quando vi o que ele iluminava com a lanterna.

— Nossa! É tão real. — Disse tocando com as pontas dos dedos. — Está realmente parecido.

— Você foi a primeira pessoa que pintei. — Erik disse ao meu lado.

Fiquei fitando o quadro e passei o dedo em cada detalhe. Estava perfeito, parecia uma foto. O quadro era eu sentada na sombra da arvore lendo. Estava perfeito, como se eu fosse fotogênica ou algo do tipo. A minha expressão estava séria, de um jeito elegante, e a árvore dava o toque final a pintura.

— Quanto tempo ficou me observando ler? — Perguntei ainda fitando o quadro.

— Tempo o suficiente para gravar essa cena em minha cabeça e pintá-la.

— Deve ter dado um trabalhão. — Falei comparando essa pintura com as outras. Todas as outras eram flores e partes da casa dele ou da vovó, mas nenhuma tinha uma pessoa nelas.

— Enquanto não trabalhava, me dediquei a essa pintura.

Olhei para o lado e percebi que ele estava bem próximo. A lanterna já não nos iluminava mais, e eu apenas sentia a sua respiração contra a minha. Então senti seus lábios roçarem nos meus.

— Não podemos fazer isso. — Disse.

— Por que somos primos? Não tem muita importância já que somos primos de segundo grau.

— Não, eu... — Antes que eu pudesse completar ele me calou com um beijo.

Eu não sabia se correspondia ou não. Parte de mim dizia que aquilo era errado e de que eu tenho um namorado mesmo tendo brigado com ele. Mas outra parte de mim dizia para eu corresponder, eu queria saber como era estar naqueles braços fortes e senti-lo mais perto de mim. A parte tentadora falou mais alto. E sem perceber ao certo, eu já estava correspondendo o beijo do Erik.

Passei minha mão pelo cabelo dele e senti seus braços me envolverem pela cintura, me fazendo arrepiar com o seu toque. A noite estava gelada por causa da geada, mas aquele beijo estava caloroso a ponto de me fazer esquecer do frio e de tudo mais. Só então eu parti o beijo quando me lembrei de um par de olhos cor de mel me encarando, de um sorriso perfeito quando me via, do cheiro maravilhoso que só ele tinha.

— Eu não podia ter feito isso, — Falei me soltando de seus braços e pegando a lanterna no chão.

— Ei, você diz isso como se tivesse cometido um crime. — Erik disse pegando carinhosamente em meu braço.

Coloquei a lanterna para iluminar nossos rostos. Eu queria que ele visse a minha cara de culpada.

— Eu cometi o pior crime de todos. A traição.

— Desculpa Mel, eu sinto muito. Eu esqueci que você, bom, tem namorado. Eu devia ter parado. Eu te pressionei. — Ele disse passando a mão no cabelo freneticamente.

Isso deve ser coisa de família, porque eu faço o mesmo quando estou nervosa, chateada ou impaciente.

— Você não me pressionou e essa é a pior parte. Eu quis beijar você. — Confessei olhando para o lado.

Ficamos alguns segundos em silencio. Então eu finalmente disse:

— Vamos esquecer que isso aconteceu.

— Tudo bem.

— Pode me levar de volta para a casa da minha avó? Ainda ta escuro e a lanterna é sua.

Ele sorriu e me abraçou de lado. Eu hesitei por um instante, mas ele sorriu para mim passando a mensagem de que aquilo era apenas um gesto de carinho. Então seguimos em direção a casa da minha avó.

Tentava esquecer o que tinha acabado de acontecer. Eu ainda não acreditava que eu tinha acabado de trair o Justin, mas foi como se eu sentisse que o que eu estava fazendo estava certo, como se matar uma curiosidade qualquer fosse normal. Eu senti algo, uma sensação que me fez ficar mais tranqüila, como se o Justin também já tivesse feito isso, mesmo eu sabendo que não, mas eu gosto de me iludir né?

.

.

Justin’s P.O.V.

Depois do show, tomei um banho demorado e tentei não pensar que amanhã, ou melhor, hoje, terei que acordar cedo. Vou pegar um jatinho para Nova York rumo a uma premiação e depois disse voltar para cá e fazer um ensaio de fotos amanhã e voltar para a fazenda dos Walker.

Melanie...

Por que ela disse aquilo?

Mas eu tenho olhos, eu posso olhar...

Aquilo me cortou por dentro, pois por mais que eu estivesse com raiva dela, eu sabia que só ficaria naquilo, a Mel jamais faria o que eu fiz, na verdade o que o Justin embriagado fez.

Olhei ao quarto ao meu redor e suspirei cansado. Agora não era hora para pensar no que eu tinha feito. Eu preciso dormir e esquecer um pouco das coisas, pelo menos enquanto eu ainda estiver trabalhando, porque as minhas fãs merecem o meu melhor e não um Justin com cara de frustrado e triste.

Só que as lembranças me vieram a tona, como se o Kenny estivesse ao meu lado falando sobre o quanto eu fui imbecil:

Todos estávamos comemorando depois do show, hoje boa parte da equipe iria aproveitar as férias e eu estava lá no meio comemorando. Alfredo estava ao meu lado contando coisas sobre o quanto o Brasil era o melhor lugar para aproveitar as férias. Já tinha virado uns cinco copos de tequila e espera que ninguém contasse a Sra Mallette sobre esse meu deslize.

— Chega JB, vou te levar até o seu quarto. — Kenny disse me ajudando a ficar em pé.

— Eu sei ir pro meu quarto sozinho. — Disse com a voz enrolada.

— Se conseguir falar paralelepípedo sem errar você vai sozinho para o seu quarto.

— Eu consigo. . Pararalepipedo. Pronto!

— Vamos logo antes que eu te carregue no colo. — Kenny disse puxando o meu braço.

Entreguei meu copo para o Alfredo quando passei por ele e acenei para o pessoal que ficou na rodinha comemorando.

No caminho, tudo que eu conseguia enxergar era a roupa preta do Kenny e as luzes do corredor. Kenny me levou até a porta do meu quarto no hotel e eu entrei cambaleando nele.

 Tirei minhas roupas jogando em um canto do quarto e me joguei de bruços na cama só de cueca box

Depois de algum tempo eu senti uma mão em minhas costas, acariciando de leve. Eu só podia estar sonhando com a Melanie. Eu sentia saudades do toque dela em minha pele, o jeito que ela me faz sentir uma sensação maravilhosa só por sorrir.

— Melanie. — Suspirei sorrindo.

E então me virei na cama e vi a sombra dela vir em minha direção e me beijar. Eu retribui e pela primeira vez tive um sonho erótico com a Mel.

...

Acordei sentindo uma dor de cabeça insuportável. Como se mil tijolos tivessem caído em minha cabeça. Me sentei na cama passando minha mão na testa para ver se melhorava. Então percebi que havia uma pessoa a mais no meu lençol. Olhei para o lado e vi a Selena dormindo.

Arregalei os olhos quando percebi que ambos estávamos nus.

Eu não podia acreditar no que tinha acabado de acontecer. Aquilo não foi um sonho com a Melanie, foi a realidade com a Selena.

Me levantei da cama num pulo e me vesti, depois acordei a Selena para pedir satisfações sobre como ela entrou no meu quarto.

-

Me virei na cama me sentindo a pessoa mais horrível desse mundo. Tentei dormir, mas só consegui horas depois, quando faltava apenas três horas para eu levantar, então quase não dormir e sabia que se continuasse assim, levaria uma bronca do Scooter por aparecer com olheiras a uma premiação ou a um ensaio fotográfico, mesmo que exista maquiagem para isso.


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