A Destination Funny - Segunda Temporada escrita por ItsCupcake


Capítulo 3
The Arrival Of Justin


Notas iniciais do capítulo

Amores, estou sentindo falta do reviews :( ... Estou me esforçando tanto para postar quase todos os dias ''/



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Depois do almoço, eu e Ashley ficamos com um tempo livre por termos conseguido fazer as tarefas pela manhã. Em grande parte porque fizemos em duas e também porque Erik fez as outras coisas mais pesadas.

Subi no quarto e peguei um livro da minha bolsa. Havia trazido uns cinco caso eu ficasse entediada, pois na maioria dos filmes, as pessoas levam livros quando vão para uma fazenda contra a sua vontade (pelo  menos é isso que eu acho).

Ashley estava conversando animadamente com a minha avó. Sabe, ela é a mãe do meu pai, e ele morreu há algum tempo, não gosto muito da minha avó por pensar que eu tinha que ser como ele, dedicada e sonhadora, ela sempre se queixa de que Nova York me estragou. Quer saber? Que se dane. Problema é meu se eu não gosto de trabalhar sob o sol, se não gosto de ouvir músicas country antigas, se não gosto de leite direto da vaca e toda essa baboseira.

Caminhei pelo grande gramado a procura de uma árvore descente, pois a maioria tinha abelhas e besouros voando em volta. Achei uma árvore perfeita, ela não tinha frutos e sim pequenas flores fechadas que não atraiam nenhum bicho por enquanto. Me sentei encostada em seu tronco e abri meu livro. O nome é “Coração Dividido” e ele em parte é um retrato do que estou passando. A personagem se muda para uma fazenda contra a vontade dela e deixa o namorado na cidade e acaba conhecendo outro garoto  na fazenda por quem se apaixona, ai o namorado da cidade vai fazer uma visita pra ela e tudo vira uma confusão. Sério? Só a parte da fazenda eu me identifico, porque eu jamais ficaria com um garoto aqui e deixaria o Justin. Até porque a personagem não amava o namorado da cidade.

— Você não parece ser o tipo que gosta de ler. — Reconheci a voz do Erik atrás da árvore.

Ele sorriu e se sentou ao meu lado.

— Por que todos acham que eu não sou inteligente?

— Não sei, você tem cara de parecer uma garota rebelde que não quer nada com nada.

— Eu não sou assim. — Disse fechando o livro depois de marcá-lo com o marcador de páginas.

Ele fitou as montanhas a nossa frente e pensou durante algum tempo e depois sorriu para mim.

— Quer ir a um lugar?

— É legal? — Perguntei em duvida.

 — É sim. — Ele disse se levantando e batendo as mãos na calça para tirar a sujeira.

Fiz a mesma coisa e o segui. Ele andou e entrei num caminho de árvores. Quase corri tentando acompanhar seus passos. Depois de um dez minutos andando no meio das árvores, que me fez lembrar da ilha, ele parou. Então olhei ao meu redor e não acreditei no que vi.

— Foi você que fez isso? — Perguntei.

— Sim. É o meu segredo.

Admirei o lugar maravilhada. Era um circulo cheio de flores de diversas cores, tamanhos e tipos. Eu achava quase que impossível ter um jardim tão colorido, mas o que mais me chamou atenção, foi os quadros num canto pendurado num troco enorme e grosso.

— Você que pintou? — Perguntei olhando para os quadros.

— Sim. Desde pequeno gosto de desenhar, você sabe, adorava desenhar sapos para te atormentar.

— É claro, eu me lembro disso. — Falei rindo.

Os quadros eram a maioria de flores. E eram tão realistas que pareciam fotos. Um quadro chamou minha atenção. Ele era todo preto e no meio tinha uma pequena mancha branca lembrando um focinho.

— Esse é o pônei selvagem? — Perguntei.

— Sim. Eu só o vi uma vez e não memorizei ao certo ele todo. Então desenhei apenas o que eu me lembrava dele. Sempre quis observá-lo melhor, ele parece um mistério.

— É, ele é.

...

Sabe quando você espera uma coisa e não consegue se agüentar de tanta ansiedade? Então, eu não consegui dormir de noite por saber que na manhã seguinte eu veria o Justin.

Passar duas semanas numa fazenda não é fácil, ainda mais quando você tinha que trabalhar nela. Eu já estava ficando boa nas tarefas, mesmo evitando de vez em quando as galinhas. Eu ainda tentava me aproximar do pônei, descobri que ele não tinha um nome ainda e eu todo dia de tarde ia até o estábulo para escovar os cavalos e principalmente: observar aquele animal misterioso.

Fiquei três dias insistindo para o Erik me levar até o aeroporto. O Justin chegaria as três e meia da manhã e isso significava que o Erik teria que acordar cedo. Ele aceitou depois de muitos “Vai, Por favor!”. Ashley ficou dormindo quando sai da casa da minha avó. Eu já tinha conversado com a vovó, ela disse que o Justin poderia ficar lá, mas no outro quarto de hospedes. Sabe como é né? Geralmente as casas nas fazendas não são tão caras como na cidade, então a casa da vovó é bem grande. Minha mãe estava no segundo quarto de hospedes e o Justin ficaria no terceiro.

— Vai mais rápido.  — Falei ao Erik que tinha acabado de bocejar.

— Calma, eu não posso levar uma multa no meu primeiro ano com o carro novo.

Revirei os olhos impaciente. E depois de uns vinte minutos de estradas, chegamos ao aeroporto de Dallas. Deu pra sacar que mesmo sendo três e vinte da manhã, o aeroporto estava lotado. O problema era que só tinha garotas ali, todos com grandes cartazes de “I ♥ JB” “Marry me Justin?” “Love me JB?”... Era tanta coisa que algumas nem quero comentar.

— Ashley tinha razão quando disse que aqui tem muitas fãs do Justin. Quem acorda três da manhã pra ver de longe seu ídolo? — Perguntei.

— Você não pode falar nada, você nem dormiu para acordar.

— Ta, só que eu sou a namorada dele.

Fiquei sentada em um dos bancos de espera, bem longe do desembarque que estava lotado, e com certeza eu não teria autorização para passar pelos seguranças. Teria que esperar o Justin vir até mim, se claro, os seguranças permitirem. Droga, por que o meu namorado tinha que ser famoso? Na verdade, por que eu tinha que me apaixonar por um famoso? Alguns tem razão quando dizer que não mandamos no coração.

Com um dos minutos de atraso (sei que só foram dois minutos, mas pra mim é atraso mesmo assim), o avião pousou e a gritaria começou.

— O avião caiu? — Perguntou Erik se levantando do banco de espera num pulo todo assustado.

Ele estava cochilando no meu ombro enquanto o avião não chegava.

— Não, é só o avião do Justin que pousou. — Falei sorrindo. — Nem acredito que vou vê-lo depois de todo esse tempo.

Erik voltou a se sentar no banco e fechou os olhos.

— Me acorde quando tivermos que ir embora. Isso é, se eu consegui cochilar com essa gritaria.

Passei minha mão sobre o cabelo loiro dele e o baguncei. Ele odiava quando eu fazia isso aos seis anos.

Me levantei do banco rindo do Erik reclamar da gritaria e do cabelo bagunçado.

Fiquei na ponta dos pés para ver se conseguia ver alguma coisa e nada. Fiquei em pé em um dos bancos de espera e vi que o Justin tinha acabado de desembarcar. Desci quando percebi que um dos seguranças me olhava com cara feia.

Eu teria que pensar em um jeito de chamar a atenção do Justin, para ele saber que estou aqui.

Bom, eu não precisei, ele me viu assim que pôs os pés no aeroporto. Era como mágica, sabe? Quando amamos alguém, não importa quão lotado o lugar esteja, você sempre vai saber onde a pessoa amada se encontra.

Ele sorriu para mim e conversou com um de seus seguranças. As garotas gritavam, choravam, cantavam, faziam tudo que tinham direito. Os seguranças estavam em cima do Justin como se ele fosse ouro. Vi Scooter passar também, ir em direção ao balcão. Vi os Justin vir em minha direção acompanhado de seus seguranças. Corri em sua direção e os seguranças abriram passagem  para mim. A primeira coisa que eu fiz quando o vi, foi pular em cima dele. Ele riu, com a sua doce risada rouca que eu tanto amo, e me segurou em seu colo. Eu o abracei com força  e sussurrei em seu ouvido:

— Estava com saudades.

— Eu também. — Ele disse me pondo no chão.

Me levantei para beijá-lo, mas ele sorriu colocando o dedo indicador nos meus lábios.

— Aqui não. Ainda não.

Tentei não parecer frustrada e dei um beijo em sua bochecha.

— Diz ao Scooter que você vai comigo e com o meu primo até a fazenda da minha avó.

— Ele já sabe, não lembra que você me ligou umas trezentas vezes me avisando?

— Ah, é mesmo. — Falei rindo.

— Ei, nem fala mais com os pobres né? — Ouvi um dos seguranças dizer.

— Kenny! — Disse correndo para abraçá-lo. Estava com saudades do abraço de urso que só ele sabe dar.

— E ai Mel, como anda as coisas?

— Bem e com você?

— Bem, tirando o fato do Justin ter... — Antes que ele pudesse continuar o Justin tampou a boca dele.

— Kenny! Eu já falei para não ficar contando essas coisas para a Melanie.

— Tem alguma coisa haver com mulheres?

— Não. — Respondeu Kenny depois de tirar a mão do Justin de sua boca. Ele se aproximou de mim e sussurrou: — Depois eu te conto.

— To de olho. — Disse o Justin sério e eu ri.

— Vamos logo, antes que o meu primo durma no banco de espera.

— O Kenny vai com a gente até a fazenda se sua avó, tudo bem? — Perguntou Justin.

— Tudo ótimo. — Falei sorrindo.

Kenny chamou alguns seguranças para nos ajudar a passar pelas garotas e eu acordei o Erik e o puxei seguindo os seguranças até o estacionamento.

— Não sei como eu não morri com você quase dormindo enquanto dirigia. — Falei para o Erik que bocejava.

— Eu já estou despertado. Não vou dormir mais.

— Assim espero, pois você tem mais dois passageiros.

— Dois? Não era só o seu namorado famoso?

— Ele e seu segurança, o Kenny. Mas ele só vai até a fazenda para garantir a segurança do Justin, coisa do Scooter empresário dele.

— Hum.

Seguimos até o estacionamento e tinha garotas correndo para tentar alcançar o Justin. Apontei o dedo em direção ao Fiat Uno vermelho do Erik e o Kenny guiou o Justin até lá. Erik destravou o carro e os dois entraram no banco traseiro. Erik correu me puxando como uma bala em direção ao seu carro e assim que entramos ele deu a partida super rápido.

— Está tudo bem? — Perguntei.

— Não, aquelas garotas podiam ter arranhado a pintura do meu carro.

Revirei os olhos e o Justin riu.

— Tinha que ser homem. — Falei.


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