A Destination Funny - Segunda Temporada escrita por ItsCupcake


Capítulo 28
The Truth


Notas iniciais do capítulo

Ahhhhhhhhhhhhhhhhh luluzinhadebieber, obrigada pela recomendação *---------* Capitulo dedicado a você e para todas as leitoras que me acompanham desde a primeira temporada... I♥U



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Melanie’s P.O.V.

Quando minha mãe chegou do mercado e me viu com um pano cheio de gelo no nariz do Erik, ela quase morreu de preocupação achando que ele tinha caído da escada. O Erik continuou com essa mentira da queda, mas eu não consegui aguentar.

— Não, ele não caiu. — Falei e ela olhou para mim.

Eu estava cheia. Cheia de mentiras. Cheia de das coisas certas. Cheia dos sentimentos. Cheia de tudo.

Não consegui aguentar nem o mínimo que pensava que conseguiria.

Sai automático, tudo. E quando eu digo tudo, foi tudo mesmo. Eu contei cada detalhe, tanto para a minha mãe quanto para o Erik. Eu não queria mais mentir, eu nunca fiz isso e eu senti o quanto aquilo tinha sido errado ao ver os dois rostos que me encaravam. Minha mãe me olhava incrédula, talvez estivesse com desgosto ou pensando em me expulsar de casa. O Erik estava aos prantos ao ponto de chorar, ele tremia enquanto me ouvia, talvez até tivesse com vontade de me bater como ele bateu no Justin. Os dois não ousaram me interromper, em nenhum momento. E por mais que isso facilitou, eu senti que foi pior do que ser interrompida, porque eu não sabia ao certo o que eles estavam pensando, eu apenas deduzia pelas suas faces. Me entreguei as lágrimas quando terminei de contar a visita surpresa do Justin e a briga dele com o Erik.

Durante um tempo, tudo que era ouvido na casa, era os meus soluços e o barulho do lado de fora. A vida continuava do outro lado da porta, mas aqui dentro, tudo tinha parado por quase cinco minutos, até a minha mãe se aproximar de mim e tirar minhas mãos que tampavam meu rosto enquanto eu chorava.

— Você vai atrás dele, vai contar tudo e resolver isso. — Disse ela firme.

Olhei para ela e senti que ela estava se controlando para não me atacar com palavras afiadas.

— Mas...

— Você vai atrás dele agora. E quando voltar, vamos terminar de resolver o resto. Você vai contar tudo que falou agora para ele e os dois vão decidi o que fazer.

— Eu vou su...

— MELANIE! — Gritou minha mãe autoritária. — Você vai sair agora dessa porta e vai até o maldito hotel. Vá!

Rapidamente me direcionei a porta, mas sem tirar o olhar da minha mãe que estava com as mãos tremendo. E a ultima imagem que vi, foi o Erik se levantando para abraçar ela antes que eu fechasse a porta.

Caminhei pelas ruas me sentindo um caco, as pessoas passavam por mim e viam o meu rosto cheio de lágrimas. Não sei quantas vezes passei a mão no cabelo, mas eu sei que ele devia estar todo despenteado. Então eu não sabia exatamente se as pessoas olhavam para mim por causa do cabelo bagunçando ou por causa do meu rosto molhado.

Decidi ir andando, nada de ônibus ou táxi ou o carro da minha mãe. Eu sabia em qual hotel ele estava, o mesmo em que esteve quando saímos de Baltimore e viemos para cá antes de seguir para Atalanta.

Parei em frente à recepção e a recepcionista me examinou da cabeça aos pés, com certeza se perguntando o que eu estava fazendo num hotel como aquele.

— Não temos vaga. — Disse ela antes que eu falasse alguma coisa.

— Não, eu vim ver uma pessoa. — Falei.

— Nome, por favor. — Disse ela.

— Drew... — Parei na hora. Drew Rebeib já foi, ele não usa os mesmos nomes sempre, ele varia com o tempo. Então qual seria o próximo?

Justin, eu sei que é você. Pode voltar para o modo Clarck Kent. É claro!

— Clarck Kent. — Disse confiante.

A moça me olhou durante um tempo, e então ela muito surpresa.

— Você é...

— Isso, a garota da ilha. — Falei entediada.

Ela ligou para o quarto e aguardou um pouco.

— Olá, é da recepção. Tem uma garota querendo falar com o senhor, Melanie Wlaker. — Nem precisei dizer o meu nome. — Pode subir? — Ela ouviu com atenção e então desligou o telefone. — Pode subir, quarto 49, décimo andar.

Entrei no elevador e nele eu pude ver o quão precário estava a minha situação. No espelho enorme daquele pequeno cômodo, eu pude ver o meus olhos inchados, o meu cabelo desgrenhado e a mancha de sangue do Justin na minha blusa. Eu não sabia o que era pior. Mas eu não tinha tempo para ficar apresentável.

O elevador parou e eu andei pelo corredor a procura do quarto 49. Não foi difícil. 45,46,47,48... 49!

Dei duas batidas na porta e ela se abriu rapidamente. Ele já me esperava e não disse nada, apenas abriu a porta e seguiu em direção a cama e se sentou. Entrei no quarto e fechei a porta. Olhei para ele e decidi me sentar, ficar em pé não era uma boa ideia.

— Veio ver se eu estou bem? — Perguntou ele irônico.

— Eu vou te contar uma coisa, mas é sério. Muito sério.

Ele olhou para e eu decidi começar com o mais importante.

— Eu estou gráv...

— O que ela está fazendo aqui? — Ouvi alguém perguntar e me arrependi intensamente quando me virei em direção a porta e vi a Selena me encarando.

— Selena... — Começou o Justin.

— Eu estou aqui para conversar com o Justin. — Disse interrompendo-o.

— Legal, também quero ouvir o que você tem a dizer. — Falou ela se sentando na cama ao lado do Justin.

— Qual parte do “conversar com o Justin” você não entendeu?  — Perguntei sínica e ela deu um sorriso irônico para mim.

— Eu fico aqui quando bem entender.

— Selena, por favor, nos dê licença. — Pediu Justin educadamente e ela o olhou incrédula.

— Não acredito que você...

— Por favor, Selena. — Repetiu o Justin sério e ela se levantou furiosa e saiu do quarto batendo a porta com força.

Assim que ela saiu, o Justin segurou minhas mãos em seu colo e olhou em meus olhos.

— Continue.

— Eu estou grávida. E o filho não é do Erik, ele é seu.

Eu não sei o que aconteceu a seguir. Só sei que eu não tive tempo de continuar falando o resto de toda história, pois meus lábios estavam ocupados. O Justin estava me beijando. E não era apenas um simples beijo na bochecha ou um selinho, era um beijo mesmo. Com direito a tudo. Era o suficiente para me fazer esquecer a confusão que estava na minha casa.

Eu pensei a todo tempo que ele fosse encarar aquilo como um bicho de sete cabeças, que fosse pior que a gravidez da Selena. Mas eu acho que o seu beijo me prova o contrário de tudo que eu estava pensando. Talvez não seja o fim do mundo como eu pensava. Talvez a verdade seria bem melhor agora se eu a tivesse escolhido desde o inicio. Aonde eu estava com a cabeça quando decidi mentir? E o pior de tudo... Mentir para mim mesma.

Enquanto eu retribuía aquele beijo caloroso, eu me senti completa. Isso era muito mais do que eu esperava dele agora. E me perguntei se a Selena estava nos vigiando pela fechadura.

Eu só sabia, que só existia nós dois naquele quarto. Na verdade... Nós três.


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