A Destination Funny - Segunda Temporada escrita por ItsCupcake
Melanie’s P.O.V.
Não consegui dormir direito. Fui para a escola parecendo um cão de tão feia que estava. Chad perguntou como eu estava e se eu tinha gostado do encontro. Eu apenas disse que a lagosta estava ótima, mas que eu não podia ficar com ele porque já estava comprometida. Não entrei em mais detalhes e ele não insistiu mais, pois eu era um Caso Perdido, e ele não ficava insistindo em uma garota que não conseguiu nem um beijo no primeiro encontro.
Quando cheguei em casa, minha mãe não estava. Ela foi buscar o Erik.
Eu estava contando os minutos para vê-lo. Eu adoro sua companhia e ele é o único que pode curar o meu estado ruim depois de ontem a noite.
Depois de uma hora assistindo uma maratona do Bob Esponja na Nick, ouvi um barulho lá em baixo. Deduzi que seria a minha mãe chegando com o Erik. Então desci as escadas correndo e mal ele entrou em casa eu pulei em cima dele, dando um super abraço de urso.
— Que bom que você veio. — Disse.
— Também estava morrendo de saudades. — Falou ele rindo enquanto me segurava em seus braços fortes.
— Melanie, será que você podia deixar o Erik entrar e levar as malas dele lá para cima? — Perguntou minha mãe.
— Claro. — Falei me separando dele e o deixando respirar melhor.
Eu estava desesperada por uma companhia, já que minha melhor amiga me abandonou. E o Erik é perfeito.
— Querido, pode levar suas malas para a primeira porta da direita. — Disse minha mãe.
— Espera... — Falei pensando. — Esse é o meu quarto.
— E espero não ter problemas com isso. — Minha mãe disse balançando a cabeça negativamente.
— Vem, eu te ajudo com as malas. — Falei tentando puxar uma das malas pelas escadas, enquanto o Erik conseguia erguer duas com a maior facilidade.
Quando consegui chegar lá em cima no corredor, abri a porta do meu quarto o coloquei a mala dele num canto.
— Estou muito contente que você esteja aqui. — Falei correndo para abraçá-lo novamente, mas dessa vez eu o beijei.
Depois de muito tempo, me senti confortável em seus braços. Erik sabia como confortar uma garota.
— Como anda o bebê? — Perguntou ele partindo o beijo.
— Bem. — Falei.
Então ele levantou minha blusa, e eu pensei que ele fosse tirá-la, mas ele apenas levantou metade dela, deixando minha barriga a mostra. E o gesto seguinte, me fez sentir a pessoa mais culpada desse mundo. Ele se abaixou e beijou minha barriga sorrindo. Eu não pude deixar de chorar, mas eu não sabia se era de alegria ou de culpa.
Erik percebeu que eu estava chorando, então se levantou e limpou meu rosto com cuidado. Até que alguém pigarreou na porta.
— Bom, eu só vim avisar que estou indo ao supermercado. — Disse minha mãe. — Desculpe interromper. — Percebi também que ela estava chorando, mas ao contrário de mim, eu sabia que ela com certeza chorava de alegria.
— Tudo bem. — Disse o Erik me abraçando de lado. — A Mel vai me ajudar com as malas.
Minha mãe sorriu e fechou a porta.
Então, Erik foi contando tudo que tinha acontecido lá no Texas, desde que eu fui embora. Minha avó parecia estar um pouco mais cansada, e a tia Tânia estava cuidando dela. Mesmo que ela nunca tenha gostado tanto de mim, eu desejo melhoras, afinal ela é a minha avó.
— E a tia... — Erik foi interrompido pelo barulho da campainha.
— Eu vejo quem é. — Disse correndo pelo corredor e descendo as escadas correndo.
Cheguei na sala e ajeitei o meu cabelo, então abri a porta.
— O que você está fazendo aqui? — Perguntei.
Ele nem ao menos pediu licença para entrar, apenas passou por baixo do meu braço e entrou na minha casa como se ele morasse lá há muito tempo.
— Quem era aquele garoto? Você não disse que estava com o Erik? Acho que você nem está grávida pra começar, só começou isso tudo pra me fazer ciúmes. — Disse ele.
— Como você ousa...
— O que você está fazendo aqui? — Perguntou o Erik descendo as escadas e olhando para o Justin com um olhar nada amigável.
Justin olhou para o Erik e depois para mim e fez isso umas duas vezes. Eu sabia que a partir daquele momento, eu estava ferrada. Os dois ficaram se encarando frente a frente e eu não estava gostando nada daquilo.
— Você não deveria estar no Texas? — Disse o Justin ríspido.
— E você não deveria estar em Georgia? — Falou Erik no mesmo tom.
— Gente... — E novamente fui interrompida.
— Desculpe, mas eu tenho uma agenda de trabalho a cumprir. — Falou Justin respondendo a pergunta do Erik.
— E eu tenho certeza que não inclui a casa da ex-namorada.
— Como se ela fosse a sua atual namorada. — Debochou o Justin.
— Não, ela não é a minha namorada. — Falou o Erik e depois sorriu de um jeito que eu nunca tinha visto antes. — Ela é a minha noiva.
A expressão do Justin ficou mais sombria, e suas mãos estavam fechadas em punho, como que o seu limite de raiva já estivesse ultrapassado a marca.
— Então saiba, que a sua noiva estava com outro ontem à noite. E que ela adora fazer ligações noturnas para outros garotos. — Falou Justin alterado.
Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, Erik deu um soco no rosto do Justin, o fazendo cair no chão. E quando fui segurá-lo, ele avançou novamente em cima do Justin e começou a distribuir mais e mais socos. Justin não deixava barato e revidava com a mesma força. Eu não sabia quem estava ganhando, eu só sabia que nenhum deles pararia de brigar tão cedo. Comecei a me desesperar, quando vi uma macha de sangue no tapete.
— Parem vocês dois. — Disse tentando me aproximar deles. Mas eu estava com muito medo de receber um soco, pois sabia que não seria forte o suficiente para ficar acordada, caso isso acontecesse. — Parem!
Meus gritos estavam sendo em vão. Os dois rolaram brigando para perto das escadas e o foi quando o Erik bateu a cabeça do Justin em um dos degraus.
— Erik, não. — Disse quando o vi fazendo o mesmo gesto novamente.
Então, num gesto super rápido, eu entrei no meio dos dois e empurrei o Erik de cima do Justin. Ambos sangravam, mas Erik estava consciente, só que o Justin tinha acabado de desmaiar.
— O que você fez? — Perguntei ao Erik desesperada enquanto sentava no chão e apoiava o corpo do Justin no meu colo.
— Eu...Eu...
— Cala a boca e vai pegar gelo na geladeira, se você já cansou de bater a cabeça dele na escada. — Falei alterada.
Erik se levantou e enquanto andava em direção a cozinha, vi ele limpar o sangue do nariz com a manga comprida da sua blusa. Ele não estava se sentindo culpado e muito menos feliz de ter feito o Justin desmaiar. Eu nunca tinha visto ele daquele jeito e eu pensei se ele ficaria assim toda vez que tivéssemos uma briga.
Abracei o Justin com força, sem ligar para a grande mancha de sangue que ficou na minha blusa. Ele tinha que melhorar, tinha que acordar logo.
— Justin, por favor, fique bom logo. — Murmurei enquanto enterrava minha cabeça em seu pescoço.
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