A Destination Funny - Segunda Temporada escrita por ItsCupcake


Capítulo 16
Bye fellings




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Justin’s P.O.V.

Olhei para o Kenny e ele deu um sorriso de encorajamento.

— Vamos. Você está com umas olheiras horríveis, não precisa parar.

— Não. Eu tenho que fazer isso. São minhas fãs e elas vieram até aqui só para me ver. Devo isso a elas. Só que antes... — Estiquei meu braço em direção ao  rosto dele e peguei seu óculos escuro e coloquei em mim. — Pronto. Agora sim eu posso ir lá.

Kenny sorriu e me seguiu em direção a um grupo enorme de garotas que começaram a gritar desesperadamente quando me viram aproximar.  Dei o máximo de atenção que eu podia. Até  meu voou ser anunciado.

No avião, eu dormir a viajem inteira, pois o Kenny me fez beber litros e litros de suco de maracujá falando que eu tinha que dormir urgentemente se não eu ia acabar assustando as beliebers de tanta feiura. Então a viagem passou rapidinho. E em poucas horas estávamos em Atlanta.

Quando pousamos no aeroporto, tinha muitas garotas também. E novamente tentei dar o máximo de atenção e com um pouco de dificuldade, Kenny e mais outros seguranças do aeroporto conseguiram me levar em segurança para o carro que já me esperava. Depois que minhas coisas foram colocadas no carro, o motorista deu a partida.

Pela janela, eu fiquei olhando as ruas em que passávamos. E parecia que tudo lembrava a Melanie. De um jeito esquisito eu conseguia associar tudo que via com a Melanie. Como a loja de biquínis. Eu lembrei de quando estávamos na ilha e ela tinha vergonha de ficar só de biquíni na minha frente no começo. Uma placa da Coca-Cola me lembrava dos primeiros dias na ilha que tivemos que comer Doritos com coca.  E...

— Chegamos. — Disse o motorista.

Olhei para frente e vi minha casa à vista. Quando passamos pelo portão e eu sai rapidamente do carro e corri em direção a minha mãe que já me esperava. Eu a abracei bem forte e ela retribuiu o abraço, mas eu senti a tensão em seus braços. Ela já sabia.

— Você viu a entrevista da Selena? — Perguntei.

— Era por isso que você estava chorando naquele dia durante a ligação? — Perguntou ela e eu assenti. — Isso é muito sério Justin. Eu não acredito que isso está acontecendo novamente.  — Ela olhou para o motorista que já pegava minhas coisas no porta-malas e então olhou para mim novamente. — Vá para o seu quarto. Quero conversar com você lá.

Entrei em casa e olhei ao meu redor. Nada havia mudado, só a posição dos sofás. Subi as escadas e entrei em meu quarto. Olhei para o criado mudo e avistei uma foto minha e da Melanie. Caitlin havia tirado e revelado para mim e era a única foto nossa, com exceção das fotos da internet sobre o nosso desaparecimento. Nosso desaparecimento. Não vai ser mais nosso daqui pra frente.

— Então, quando ia me contar isso? — Minha mãe disse entrando em meu quarto e fechando a porta.

— Assim que chegasse. Eu sabia que você veria a entrevista, só que eu não queria falar sobre isso numa ligação. Queria falar pessoalmente.

Ela olhou para mim e eu percebi que ela ia chorar. Então passei o braço ao seu redor e a guiei até a minha cama. Sentamos um do lado do outro.

— Eu tentei de tudo para você não fazer o mesmo que eu e seu pai. Logo agora Justin, que você está começando a sua carreira musical e começando a sua vida de verdade. Como isso foi acontecer? Como pode ser tão irresponsável?

Abaixei a cabeça sem ter coragem de olhá-la no rosto. E então, depois de ficar alguns minutos em silencio ela disse algo que me fez chorar.

— E a Melanie? — Perguntou com a voz fraca.

-

1 semana depois...

Melanie’s P.O.V.

Esquecer uma pessoa não é nada fácil. Eu quero esquecê-lo, mas querer, por enquanto, está fora de questão para os meus sentimentos.

É impossível dormir a noite sem chorar. Ashley no começo me consolava, mas depois se acostumou e já consegue dormir como antes, como se eu estivesse em silencio.

Eu tinha pesadelos a noite. Eu sempre sonho com o retrato da família do Justin, e a família dele é a Selena e o bebê que ela espera. Ashley diz que as vezes eu grito, ou então fico falando sozinha. Minha mãe já veio até o quarto algumas vezes, e o estranho de tudo é que ela não conseguia me acordar. Logo eu que acordo facilmente. E tem vezes que nem escuto o despertador de manhã cedo. Minha avó com certeza acha que é pura frescura de adolescente, eu vejo isso quando olho para seu rosto assim que entro na cozinha. E quando estou fazendo as tarefas diárias da fazenda, eu sinto que minha respiração fica cada dia mais pesada, como se respirar fosse difícil também.

O que me ajuda a fugir um pouco disso é as minhas aulas a noite com o Erik.

— Você sabe desenhar um flor com quatro pétalas, uma paisagem com uma casa, montanha e sol e um boneco palito. — Ele riu. — A Jolie desenha isso.

— E a Angel também? — Perguntei.

— É, acho que ela também.

— Viu? Eu não sou a única garota de dezessete anos que só sabe desenhar um boneco palito.

Na floresta, Erik tinha conseguido um gerador e lâmpadas. Não só ele entendia de arte, como também de energia. Ao nosso redor, tudo estava iluminado e aquele era o nosso segredo. Eu sempre dizia estar dando uma volta para pensar e Ashley não discutia em querer me acompanhar.

— Então eu vou te ensinar a desenhar uma natureza morta.

— Você quer que eu desenhe uma árvore seca? — Perguntei confusa.

Ele riu e então ajeitou a tela para mim num suporte e me entregou um pincel.

— Uma natureza morta, é algo que não tem vida, como uma árvore. — Ele sorriu e completou: — Mas não literalmente morta, pode ser uma arvore normal ou até uma fruta.

— Acho que agora eu entendi. — Disse. — Mas o que eu posso desenhar?

— Que tal uma maçã para começar? E tenta ser realista.

— Ta.

Peguei tinta vermelha e mergulhei o pincel no pote, depois comecei a pintar na tela. Quando terminei eu virei a tela para o Erik e ele riu.

— Que foi? É uma maçã, como você pediu. — Disse.

— Claro que é uma maçã. Só que parece que foi uma criança de quatro anos que desenhou isso.

— AH, eu desisto. — Disse jogando o pincel no chão.

— Ei, ei. — Erik pegou o pincel e segurou o meu braço antes que eu pudesse ir embora. — Vai desistir assim tão fácil?

Olhei para ele e através de seus olhos azuis eu pude ver o quanto ele estava determinado a me ensinar e eu estava jogando tudo para alto. Como sempre desistindo. Mas agora seria diferente, eu iria até o fim. Não ia fazer minhas esperanças se acabarem como o meu namoro com o Justin.

— Não. — Disse e o Erik sorriu.

— Venha. Eu vou te ajudar.

Ele me puxou até a tela e então ficou atrás de mim. Colocou o pincel na minha mão e colocou a sua mão sobre a minha. Então levemente ele foi dando os traços da maçã, completando o meu desenho.

— Você contorna esse lado com um tom mais escuro. — Sussurrou ele próximo ao meu ouvido. — E desse lado, com um tom mais claro, como se o sol estivesse refletindo na maçã. — Sua voz era doce a cada palavra que ele dizia eu sentia um arrepio percorrer o meu corpo. Ele estava muito próximo de mim e eu não estava sem por cento concentrada no desenho que ele me ajudava a fazer. 


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