A Destination Funny - Segunda Temporada escrita por ItsCupcake


Capítulo 12
It's All Over




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Melanie’s P.O.V.

— Eu sou o pai do filho que a Selena está esperando.

Quando ele disse isso, eu pensei que eu estava delirando de tanta paranoia por ter confessado o meu beijo com o Erik. Era a forma perfeita de fazer o meu ato de traição parecer minúsculo perto daquilo.

Bom, eu só cai na real de que ele mesmo tinha dito aquilo, quando o vi me encarar muito sério. Nunca o tinha visto assim, ele estava com raiva e seus olhos não eram mais atraentes para mim. Seu rosto estava sombrio e eu fiquei pasma por alguns minutos.

Então eu comecei a tremer de raiva. Eu estava me controlando, mas era impossível. Fiz a primeira coisa que me veio a cabeça.

Bati a mão no criado mundo, derrubando o abajur no chão e o quebrando. O quarto ficou escuro e conseguia escutar o barulho da minha respiração pesada.

— Quero... Que repita claramente... O que você falou. — Disse com a voz tremula e cerrando os dentes a cada palavra que falava.

Ele respirou fundo e disse:

— Eu sou o pai do filho que a Selena está esperando.

Agora sim eu tinha certeza que não tinha ouvido coisas. E isso me deixou mais nervosa ainda. E quando você fica nervosa, você nem pensa no que faz, age por impulso. E foi assim que agi.

Levantei da cama rapidamente e acendi a luz do quarto.

— SEU DESGRAÇADO! Como pôde? — Falei me apoiando na porta para não cair ali mesmo. Minhas pernas estavam bambas e eu ainda tremia.

Lágrimas e lágrimas caiam de minhas orbes e eu sentia meu estomago revirar enquanto respirava com dificuldade. Ele continuava sério e eu sabia que ele não ia me responder e eu estava com medo do que podia fazer naquele instante, então tudo que consegui fazer foi cair de joelhos no chão e gritar bem alto de raiva enquanto apertava minha mão em punho fazendo minhas unhas perfurar minha pele.

Com certeza toda a vizinhança já tinha me escutado e eu não estava nem ai. Só consegui olhar para o chão enquanto ouvia passos no corredor da casa. Com certeza era minha mãe, a vovó e a Ashley preocupadas.

Justin se aproximou e se agachou na minha frente colocando uma blusa de moletom em meus ombros.

— NÃO ME TOQUE! — Disse quando ele ia descansar sua mão em meu braço.

Levantei meu rosto para encará-lo e vi que ele estava chorando, assim como eu.

— Por que fez isso? — Perguntei num cochicho.

— Sinto muito. — Foi tudo que ele disse.

Eu odiei o que ele disse. Eu odiei escutar apenas duas palavras e nada mais. Na verdade eu odiei a voz dele. Eu o odeie como nunca odiei antes.

E em questão de segundos minha mão se moveu rapidamente em direção ao seu rosto. Dei um tapa em sua cara mais forte do que pretendia ser. Ele ficou com o rosto virado por causa do impacto encarando o chão. Consegui ver perfeitamente a marca dos meus dedos.

Me levantei bem devagar, juntando todas as minhas forças para conseguir ficar em pé. Abri a porta do quarto e olhei para ele pela ultima vez.

— Está tudo acabado. — Disse engolindo seco. Aquelas palavras foram as ultimas.

Então sai do quarto vendo minha avó, a Ashley e minha mãe me encarando. Elas estavam preocupadas, mas eu não disse nada, elas sabiam. Tudo que fiz foi fechar a blusa de moletom no meu corpo, pois eu estava apenas de sutiã, e desci as escadas correndo. Minha mãe tentou me seguir, mas a Ashley a segurou, e fiquei grata por isso.

.

Justin’s P.O.V

Meu rosto formigava. Respirar doía. Era quase impossível parar de chorar. E eu não conseguia levantar.

— Justin... Eu... — Ashley começou a dizer, mas se interrompeu. Ela se ajoelhou de frente para mim e tocou em meu ombro. — Sinto muito. — Completou.

É claro, eu também.

Ouvi passos se distanciando e então encarei a garota a minha frente. Ela sorriu para mim e então me abraçou.

— Eu sei que você perdoará ela. — Disse Ashley me consolando.

Só que o problema não era eu perdoar ela, era ela me perdoar. O engraçado é que ambos traímos, mas eu fiz pior. Ashley só sabia sobre a traição da Melanie, claro, elas são melhores amigas.

— Ashley, escuta. — Disse partindo o abraço e limpando o meu rosto. — Eu vou para um hotel. Melanie está com a cabeça quente e eu espero poder conversar com ela novamente. Fala pra ela que eu ficarei aqui por uma semana no hotel mais próximo e depois eu vou pegar o primeiro voou para Georgia, mas antes de partir eu queria conversar com ela por uma ultima vez. — Me levantei e Ashley também.

— O quê? Mas...

— Apenas prometa que dirá isso a ela. — A interrompi.

— Eu prometo. — Disse ela séria e então sorriu de lado. — Quer ajuda com as coisas? — Perguntou olhando para as minhas malas.

.

Melanie’s P.O.V.

Eu sou o pai do filho que a Selena está esperando.

Ela vai ter um filho dele. E ele me traiu da pior forma, enquanto eu me torturava achando que um beijo fosse algo muito ruim, mas ele me superou, pois ele transou com ela, não foi só beijo foi sexo. E agora ela está grávida. GRAVIDA!

Corri entre as árvores deixando as lágrimas tomarem conta do meu rosto. Minha pantufa não era o melhor sapato para andar pela floresta cheia de galhos de árvores e barro, só que eu não queria voltar lá para trocar.

Parei de correr assim que cheguei ao local cheio de quadros. Eu já tinha visto alguns e outros eram novos, mas o que me interessava agora era aquele com um pequeno detalhe. Segui em direção a arvore com o quadro do pônei selvagem e o tirei dali. Corri de volta para o sitio e segui em direção ao estábulo. Fui passando pelos cavalos recém cuidados pela Ashley e segui em direção a porteira toda fechada, deixando apenas uma pequena abertura na qual se via um focinho de cavalo. Fui em sua direção e peguei um banquinho próximo usado quando vai escovar os cavalos.

— Agora eu sei o que você deve estar sentindo. — Falei me apoiando na porteira ao lado do focinho.

Ele relinchou e era como se quisesse falar comigo.

— Deve ser ruim ficar sozinho né? Eu me sinto tão solitária. Há pouco tempo eu achava que tinha encontrado minha alma gêmea, e agora eu descubro que foi tudo ilusão.

Fiquei em silencio e então eu limpei meu rosto.

— Eu quero mostrar uma coisa pra você. Só que pra isso eu preciso da sua compreensão. Eu vou abrir a porteira e... — Me levantei do banquinho. — Espero que não me machuque.

Abri a porteira bem devagar e aos poucos fui vendo como realmente era o tal pônei selvagem. E então quando abri tudo, segurei o quadro do Erik ao meu lado. E eu pude ver por completo aquele belo pônei. Tinha uma cor que me lembrava caramelo e sua crina era branca. Ele relinchou e eu recuei. Coloquei o quadro num canto e então me aproximei bem devagar.

— Calma. Eu não vou te machucar. — Disse com o braço esticado.

De passo em passo eu chegava mais perto de seu focinho. Então quando estava bem próxima, fechei os olhos e toquei bem devagar. Ele relinchou novamente e eu recuei. Então novamente eu me aproximei, mas antes que eu pudesse tocá-lo novamente, alguém me puxou pela cintura.

Era o Erik.

Ele correu e fechou a porteira e olhou para mim preocupado.

— O que você pensa que está fazendo? — Perguntou ele segurando o meu braço e analisando para ver se não tinha nenhum machucado. — Só porque brigou com o namorado não significa que é o fim do mundo. Você podia ter se machucado.

— Ele não ia me machucar. — Disse nervosa e puxei meu braço. — Me deixa em paz!

Me virei em direção a saída e quando fui dar meu primeiro passo, ele me puxou pelo braço e me abraçou.

Eu sabia o porquê, pois eu estava tremendo e chorando novamente.



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