Cruel escrita por AnneWitter


Capítulo 2
Amargo Veneno


Notas iniciais do capítulo

- Cap não betado
- Espero que gostem de mais esse cap!
- E gente deixam reviews! Quero saber o que vcs estão achando da fanfic!!!



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Gina entrou em seu quarto bufando, ela sabia a razão de sua prima ser daquela forma, mas será que não chegara a hora dela parar? O veneno dela já tinha atingido a todos tantas vezes que não era mais necessário fazer nada, todos já se encontravam moribundos e entregue a sorte qual ela os lançara, e ainda sim ela continuava a pisar sobre todos, como que certificando que ninguém conseguirá sair vivo daquela tensa e ardilosa teia. Ela a odiava tanto.

Nos tempos que eram pequenas, quando os pais delas ainda estavam vivos, tudo era maravilhoso, como um lindo e perfeito conto de fadas. As duas eram grandes amigas, e ela achava que assim continuariam mesmo depois de mais velhas. O destino, por outro lado, não quis que as coisas fossem dessa forma. Talvez fosse por isso que ele tirara a vida dos pais de Hermione e deu á ela, no lugar dos dois, amargura e sarcasmo. Uma troca realmente triste.

Gina buscou diversas vezes ser gentil com sua prima, mas em troca ela recebeu diversas vezes indiferença e cinismo, no fim ela resolveu ser tão dissimulada quando a prima, e fingir que tudo estava bem da forma como estava. O ruim era quando Hermione partia para provocações diretas, como aquela na sala de estar. Entretanto Gina estava ficando mais alerta em relação a essas e sempre buscava impedir cair na armadilha criada cruelmente pela mente perversa de Hermione. Ainda sim havia momentos que a ruiva se deixava levar pelas provocações e quando percebia já estava aos gritos com a prima... Mas felizmente aquela noite tinha sido diferente.

Ela sorriu com isso, apesar de estar furiosa ainda com o acontecimento – em especial por saber que ela esteve próxima de Draco (seu Draco) – ela conseguiu esboçar um sorriso. E isso porque estivera diante à provocação de Hermione e havia conseguido sair de sua artimanha antes que fosse tarde.

Ela seguiu tropeça até a cama, a energia ainda não havia chegado e por isso estava difícil de enxergar com precisão para onde estava indo, o que estava lhe ajudando era o fato de que havia deixado a janela aberta antes de sair, e os trovões que hora e outra brindava o céu negro carregado de nuvens furiosas, deixava aquela tarefa mais fácil, entretanto não ao ponto de impedir da ruiva derrubar o embrulho quando tropeçou na beirada da cama.

Por sorte este caiu sobre a cama.

–Espero que não tenha quebrado. – disse ela pegando o embrulho.

Cuidadosa ela se sentou em sua cama e retirou o papel pardo que embalava a caixa, em seguida abriu esta. Os dois bibelôs que estavam dentro da caixa continuavam intactos, o que a fez suspirar de alivio.

–A Sra. Malfoy teria ficado decepcionada caso os tivesse quebrado. – disse para si, sorrindo para os dois anjos de cristais que a mãe de seu noivo havia comprado de presente para sua mãe.

Ela se levantou deixando a caixa sobre a cama. Era mais seguro em meio aquela escuridão deixar a caixa sobre a cama. Depois disso ela seguiu para seu guarda roupa, embora não tenha pegado muita chuva – e o casaco que deixara na entrada fosse o mais molhado – suas calças estava parcialmente molhada. Como não sairia mais ela optou por pegar sua calça do pijama rosa que ela gostava de usar e assim que a pegou – com a ajuda do trovão – ela tirou a calça jeans que usava e vestiu o pijama. Mal havia terminado de se vestir e a lâmpada de seu quarto deu sinal de vida. Primeiro uma luz fraca e depois a claridade de sempre iluminou o quarto antes entregue ao negror da noite chuvosa.

–Ainda bem. – suspirou.

Ela pegou a calça molhada e saiu do quarto, ela colocaria a peça de roupa na lavanderia, que ficava no térreo da casa, um cômodo depois da cozinha...




Enfim a energia voltara, Hermione poderia ter o titulo de sinistramente perversa dentro da sua adorável família, entretanto isso não queria dizer que ela gostasse da escuridão, principalmente em dia chuvoso. Na verdade dias assim sempre a deixava inquieta, talvez fosse por isso que ela gostou de provocar sua prima, só não havia gostado do fato desta não se deixar levar como normalmente fazia. Ainda sim havia sido divertido para a morena.

Agora ela seguia para o segundo andar, uma vez que se colocou no corredor para os quartos ela foi até o quarto de Gina, batendo na porta. Não houve resposta do outro lado. Cautelosa ela abriu a porta do quarto. Como imaginara sua prima não se encontrava no recinto. Ela olhou ao redor para certificar e logo seus olhos repousaram em algo que lhe chamou atenção. A caixa sobre a cama.

Hermione olhou o corredor em ambos os lados, não havia sinal de ninguém e depois entrou no quarto da ruiva. A morena nunca gostara daquele lugar. Uma vez que ele era exatamente como sempre sonhou – quando criança – como seria seu quarto. Este era um cômodo amplo, com as paredes pintadas de lilás e móveis brancos. Havia nesta decoração a sensação de tranqüilidade e pureza, a mesma coisa que odiosamente Hermione enxergava no olhar de sua prima todas as vezes que a via feliz. Uma coisa que não combinava no olhar cor amêndoa, para esta o ódio era mais perfeito. Como o próprio Malfoy sempre lhe falava. ‘Nem no dia que você quiser habitara em seu olhar a mesma vibração que o olhar de Gina. Os seus foram criados para expressarem só o que há de ruim. Em especial o ódio. ’ Ela sempre sorri quando o ouve dizer essas coisas, embora o odeie por ser tão franco.

–Um dia você engolira suas palavras Malfoy... – Ela parou alguns passos da cama, analisando o que acabara de falar.

‘Como?’ em sua mente a voz dele desdenhosa lhe perguntou. Por isso suas palavras lhe eram tão familiar, ela já havia dito essas certa vez para ele. Para a pergunta dele, entretanto, não houve palavras certas para serem ditas. Apesar dela lhe ameaçar daquela forma, Hermione não sabia como poderia fazer isso. Nem mesmo naquele momento. Ignorando o vazio que aquilo lhe causou ela terminou o trajeto e encostou-se na cama. Curiosa ela olhou para dentro caixa – por ironia do destino a mesma já se encontrava aberta. O que viu mexeu com ela de uma forma que a morena não compreendeu.

Com a mão tremula ela pegou um anjinho, mas ela só as percebeu neste estado quando levou o bibelô diante do rosto.

Ela não sentia frio, mas tanto sua mão, como seu corpo em si, tremiam. E fosse por isso, ou pelo fato da entrada brusca de sua prima, o anjo escorregou de sua mão espatifando-se ao chegar no chão. O impacto violento causou um barulho surpreendente, e tirou completamente a ruiva do sério.

Esta matou a distancia que lhe separava da prima rapidamente, numa velocidade tamanha que pegou Hermione de surpresa quando sentiu o tapa em seu rosto.

Com o rosto virado, ainda pasma com o evento que se criou em poucos segundos, Hermione sentia algo escorrer em sua perna, ao mesmo tempo em que seu corpo voltava ao normal. Devagar ela virou seu rosto. O local do tapa ardia, contudo não mais que a raiva que começara a queimar dentro de si.

Gina estava arfante, como se tivesse corrido toda a escadaria da casa, e não tinha em seu olhar aquela doçura que Hermione odiava em visualizar naqueles olhos verdes. Sua mão ainda estava levantada, na posição do tapa.

–Quem lhe autorizou entrar em meu quarto? E ainda mexer naquilo que não lhe convém! - berrou a ruiva, enquanto baixava a mão.

–E quem lhe deu o direito de bater em mim? – as palavras saíram carregada de uma frieza palpável.

–Foi me dado esse direito no momento que você achou que podia entrar e mexer onde bem lhe entendesse! – Em meio a fúria de Gina, havia uma magoa que somente uma pessoa tão experiente como Hermione conseguia identificar (Mas a morena não quis). – Por que você fez isso? – Indagou a ruiva ainda aos berros, apontando para o anjo espalhado pelo piso frio do quarto.

–A culpa foi sua. Deveria avisar antes de entrar que nem uma louca dentro dos lugares. Caso não fosse isso eu não o teria deixado cair. – sua voz alternava entre sarcasmo e fúria.

Gina deu um passo à frente, encarando o olhar de sua prima. Hermione a olhava como sempre fazia diante a um confronto direto. Com uma superioridade cruel e ardilosa.

–Avisar? – sua voz saiu tremula. – Esse quarto é meu! – Berrou – Meu! Como a casa e o maldito anjo que você quebrou! Tudo é meu! Portanto entro como bem entender por aquela porta. – Disse apontando para esta. – Ao contrario de você! Não é porque mora aqui que quer dizer que seja dona de algo e que pode entrar onde quer, quando quer! Aprenda de uma vez, aqui não tem nada que é seu!!!

Hermione baixou a cabeça e levou a perna direita um pouco a frente, vendo o porque sentia algo escorrendo em sua perna. Havia um pequeno corte abaixo do joelho, onde o sangue escapava descendo sem avisos pela pálida pele da morena. Ela ignorou o evento. Com um sorriso debochado em seus lábios ela encarou sua prima.

–Não aprendo isso, porque minha querida prima há coisas dentro dessa casa que é mais minha do que de qualquer outro dessa casa. –ela chutou um dos pedaços do anjo ( a cabeça) – E sobre esse pobre anjinho não vejo nada demais nele para criar tanto escândalo. E além do mais são dois, portanto um servia de substituição. Não é assim que funcionam as coisas, priminha? Quando uma coisa não serve mais é necessário substituí-la? E bem, como vejo que ainda não está satisfeita, encare isso. – apontou para o corte. – Como meu castigo por ter quebrado seu precioso bibelô. E isso. – apontou para sua face, onde ainda ardia. – Como pagamento por ter entrado no quarto sem avisar. Portanto estamos quites.

Dito isso ela afastou-se de Gina. Provocadora ela passou rente a ruiva, quem visivelmente se segurava para não continuar a gritar e/ou voltar a batê-la.

–Tenha uma boa noite, pedirei para Joana subir para limpar a sujeira. – avisou Hermione antes de sair.

Quando seu pé tocou o corredor, Gina deu um grito de frustração ao mesmo tempo em que o corpo de Hermione voltou a tremer. A morena tentava ignorar enquanto se afastava do quarto da prima. A visão daqueles anjos havia mexido demais com ela (embora ainda não soubesse o porque), e o tapa e demonstração de fúria de Gina só piorara toda sua situação. Como um veneno nada doce que invadia sua alma. Entretanto ela tinha que ser forte, e nunca se deixar entregar... Nunca!




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Notas finais do capítulo

Gente caso estejam gostando da fanfic, então peço que deixem reviews. Mas caso não esteja tbm podem deixar, falando o pq n está gostando. Afinal é isso que ajuda um autor melhorar!
Estarei esperando os comentarios hein!



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