Cruel escrita por AnneWitter


Capítulo 1
Como um vírus


Notas iniciais do capítulo

- Capítulo não betado
-Espero que gostem!



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As luzes se apagaram no exato momento que o um trovão iluminou a sala. A morena parou exatamente onde estava entregue a repentina mudança de ambiente. Tudo parecia estar de complô contra ela. Mas aquilo logo foi absorvido pela sua forte personalidade, ignorando completamente o clima sombrio no qual se encontrava.

Afinal as coisas não tinham que ser assim? Enquanto o mundo quer que ela baixe a cabeça e siga passo a passo o que convém a eles, ela não precisa se opor? Então assim ela fazia.

Em passos lentos ela seguiu até o piano da sala. A cortina da janela aberta permitiu com que ela enxergasse com maior precisão o teclado quando resolveu iniciar tocá-lo. Era somente nestes momentos de solidão que Hermione gostava de tocar, embora não fosse tão boa como sua prima naquela arte, ela ainda sim tocava bem, principalmente aquela sonata que ela arrancava dos teclados marfim e preto. Entretanto ela queria saber mais, como sua mãe. Ellyen Jean Granger quando tocava encantava a todos ao seu redor, era como se ela usasse magia; e Hermione ansiava por isso, queria ser tão magnífica como sua querida mãe.

As lembranças fizeram com que os olhos castanhos enchessem de lágrimas, mas ela não as deixou cair, não podia, era uma demonstração patética de fraqueza... E ela não era fraca. Num estrondo ele baixou a tampa do teclado e levantou-se, para logo em seguida ouvir alguém abrir a porta e, anunciar que a solidão afável dela chegara ao fim.

A incrível ruiva, de cabelos longos e sorriso bondoso, adentrou a sala de estar. Apesar da escuridão Hermione notou no rosto de sua prima, Gina, o olhar de espanto.

–Por que as luzes apagadas? – questionou ela quando notou a presença da outra, embora no primeiro momento tenha ficado assustada em ver que não estava sozinha.

–Elas acharam que ficaria melhor assim. Que para mim não era necessário claridade.

–Hã? O que aconteceu com as luzes?

–E como poderia saber. – Disse a outra de modo frio. - Acha que de alguma forma tenho haver com isso?

Gina a estudou com o olhar para em seguida desviá-lo e repousar alguma coisa no aparador próximo a porta de entrada. Hermione sabia que mesmo sua prima não dizendo nada, o que ela queria dizer com aquele olhar dela ‘Claro, afinal se pode esperar tudo de você. ’

–Está sozinha? – voltou a falar Gina tirando o casaco que usava, que se encontrava molhado.

–Estou. Seus pais saíram pouco depois de você, e como sabe, seus irmãos foram para aquele jogo idiota.

–Entendo.

Enquanto Gina terminava de pendurar o casaco Hermione seguiu para perto do sofá que havia ali, sentando-se neste.

–E como está Malfoy? – seu tom de voz era provocador, ela sabia que sua prima não gostava de ouvir o nome de seu noivo sair da boca dela, na verdade nem gostava do fato de Hermione se aproximar dele.

–Bem. – respondeu secamente a ruiva.

–Fico feliz, pois a última vez que o vi ele não parecia tão bem assim. – comentou ela no seu falso tom de preocupação, lançando um olhar para prima.

Gina não chegou a ver o olhar desdenhoso da outra, uma vez que estavam longe e escuro. Mas ela a conhecia perfeitamente e apesar de Hermione estar num ponto cego, Gina via em sua mente aquele sorrisinho cheio de maldade que somente sua prima conseguia emitir... Como ela odiava aquele sorriso. Contudo ela não podia cair na armadilha de Hermione, tinha que ser esperta. Por isso optou pelo silencio.

Hermione abriu o sorriso para a escuridão, o ser fantasmagórico próximo a porta certamente não a viu delinear o mais dos perversos de seus sorrisos, como não enxergou o olhar que lançou para ela, ao mesmo tempo em que as palavras proferidas com más intenções saiam de sua boca.

–Espero que não tenha ficado chateada com o que disse. Quero dizer, por ter dado a entender que o encontrei sem sua presença. Mas saiba que não fiz porque quis, apenas o encontrei sem querer. Foi naquele dia que tive que comprar uma nova porta jóia, porque sem querer quebrei o antigo , Lembra? – disse ela numa falsa inocência, algo que irritava profundamente a ruiva.

–Sim. – sua voz contida alegrou a morena.

–Pois bem, o encontrei próximo a loja. E apesar dele ter esboço um sorriso realmente encantador naquele dia, quando o cumprimentei e conversou comigo de uma forma realmente divertida, notei que havia algo de errado nele. – comentava ela ainda em seu tom inocente.

Hermione viu o momento que a ruiva virou-se para ela. A morena sabia que ela havia sido atingida, e que suas palavras agiam agora como um vírus, que aos poucos consumiria a alma dela, e isso deixava Hermione extremamente satisfeita.

–E o que você acha que estaria de errado nele? – a pergunta saiu engasgada da garganta, na certa a ruiva lutava com seus próprios sentimentos.

–Você. – e lá estava a verdadeira intenção dela, cheia de ódio e frieza.

Direta como sempre, apesar dela sempre ser assim, mascarar suas intenções até onde lhe convinha para em seguida atingir as pessoas diretamente, Gina foi pega de surpresa. Ela arregalou os olhos espantados; quase não acreditando que sua prima havia dito aquilo... Quase.

–Claro. Você realmente não gosta de ver as pessoas felizes não é?

–Ao contrario, eu gosto. Por isso não gostei de vê-lo triste quando mencionei seu nome. Ele realmente se mostrou incomodo quando perguntei como estavam as coisas entre vocês. Um conselho querida, descubra o que realmente está o incomodando antes que seja tarde.

–Obrigada pelo conselho. – disse Gina se controlando.

–Não por isso.

Hermione viu Gina pegando o embrulho que deixara no aparador para depois se retirar, a prima estava realmente mais esperta em relação as suas provocações, mas ela sabia que a ruiva estouraria quando estivesse sozinha em seu quarto. Querendo ou não Gina odiava a prima, suas provocações e melhor o fato dela ter a liberdade de falar com seu noivo. Mas o que a ruiva odiava, Hermione amava...






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Notas finais do capítulo

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