Pov’s Sirius

Meu, eu não conseguia parar de pensar no Pontas sendo arremessado longe pela Parker quando ele tentou beijar ela, deve ter sido muito engraçado... Pena que eu não vi... Bom, eu saí da sala comunal da Grifinória e fui indo para a Sala Precisa para pegar a capa da invisibilidade do Tiago com a Parker. Mas antes mesmo que eu subisse as escadas para o Sétimo andar encontrei com ela, parecendo muito ansiosa. 

— Black! - Gritou.

— Parker! - Retruquei. - Eu queria mesmo falar com você, o Pontas...

— Presta atenção. Você vai me ajudar! - Me interrompeu, com tom autoritário.

— Por... – Comecei de novo só que mais uma vez fui interrompido.

— Não questione, não pergunte, apenas venha comigo. - Falou agarrando o meu braço e me levando com ela.

Uma vez a professora McGonagall me disse para não questionar uma mulher irritada, ela disse isso muito brava, por isso concordei. Então, quem sou eu para questionar essas garotas?

— Posso... - Tentei começar de novo.

— Mandei não fazer perguntas Black!

— Eu só posso saber no que você quer que eu te ajude? - Ela parou e me segurou pelos ombros de frente para ela.

— Eu vou te falar no que você vai me ajudar, mas eu não posso te dizer o porquê eu tenho que fazer isso, ok?

— Ok...

— Eu tenho que impedir que a Lilian saia com o Severo, fazer o seu amiguinho Tiago parar de gostar de mim e fazer ele e a Lilian ficarem juntos.

— O Severo é o...

— É, o Ranhoso.

— Certo. - Fiz uma pequena pausa. - Mas por que isso é tão importante?

— Eu já disse que não posso te dizer o porquê! Vamos! - Ela agarrou de novo minha mão e continuou andando.

— Podemos comer alguma coisa antes?

— Não! Cala a boca e anda!

Ela foi me levando pelos corredores de Hogwarts e a fome estava corroendo meu estomago! Essa menina é muito estranha! E bonita... Uma estranha bonita... Uma vez eu peguei uma menina assim, Eliza Fletcher, ela disse uma vez que era vidente e que era para eu tomar cuidado com o Rabicho por que ele vai trair o Tiago, e vai arrancar um dedo pra fingir que eu o matei, que eu vou pra Azkabam... Cada louco que aparece por ai... Nós nos beijamos... Bom, finalmente paramos na frente da ala hospitalar.

— O que a gente tá fazendo aqui? - Perguntei.

— Eu vim ver o Severo. - Respondeu.

— Por que é que eu tive que vir junto?

— Porque sim. - Respondeu secamente.  

— Nossa, eu só perguntei.

— Vim me certificar de que ele cancelou o encontro com a Lilian.

Quando entramos na ala hospitalar nos deparamos com a Evans e o Ranhoso se beijando... Que nojo! Quem em sã consciência beija o Ranhoso?! Mas mesmo essa cena sendo nojenta, eu não podia perder a oportunidade de fazer alguma piadinha.

— Acho que o seu plano não deu muito certo. - Sussurrei para a Parker, e comecei a rir, tanto da cena bizarra, quanto da cara que a Parker fez.

Os pombinhos pararam de se beijar e nos olharam sem graça.

— Oi, Luna. - Falou a Evans.

— Oi. - Respondeu Parker. - Eu vim... Ver se... Estava tudo bem... Com o Severo. - Eu não conseguia parar de rir, só fiquei em silêncio quando a Parker me mandou um olhar fulminante igual ao da Evans.

— Por que é que ele veio com você? - Perguntou o Seboso olhando para mim.

— Eu o encontrei vindo para cá. - Respondeu a Parker.

Eu estava lá, indo pegar a capa da invisibilidade para ir comer alguma coisa na cozinha, aí essa pessoa vem e me obriga a ajudar ela, então nós entramos em uma situação um pouco complicada e ela joga a culpa em cima de mim! Isso é muito bom, muito lindo! Sorte que eu sou um mentiroso de primeira e nos... Quero dizer, me tirei dessa situação constrangedora.

— Eu vim buscar a poção do Aluado. – A Parker e o Seboso me olharam com uma cara de dúvida, mas a Evans sabia do que eu estava falando.

— Ah... Bom, vou ir tomar café Sev, nos vemos depois. - Falou a Evans. - Você vem Luna?

— Vou depois. - Respondeu a Parker.

— Bom... Eu vou ir falar com madame Green... - Falei quando a Evans saia da ala hospitalar. E antes que eu tomasse uma atitude a Parker se aproximou de mim.

— Nem pense em ir embora!

Então fingi que ia até a sala da madame Green, coloquei a capa da invisibilidade e fiquei esperando os dois conversarem...

Pov’s Lilian Luna

As coisas obviamente não estavam saindo exatamente como eu esperava. Mas eu tinha que seguir com o plano, minha vida, literalmente, dependia disso. O Severo se sentou novamente na cama e eu me sentei ao lado dele.

— Por que você não pode sair daqui? - Perguntei.

— Tenho que esperar madame Green me liberar. - Respondeu Severo.

— Sev, os seus amigos não te enchem o saco por sair com a Lili? Quero dizer, eles não são do tipo que gostam dos nascidos trouxas.

— Na verdade, eles não fazem a mínima ideia de que a Lili é nascida trouxa. Eles pensam que ela é de uma família de bruxos irlandesa. Eles me matariam se soubessem que a Lili é trouxa.

— Bom dia, Sr. Snape. Bom dia, Srta. Parker. - Falou a Madame Green que acabara de entrar. - O senhor já está liberado e pode ir tomar café no salão comunal.

— Obrigado, Madame Green.

Severo se levantou, nós dois saímos da ala hospitalar e fomos para o salão principal.

— Que feitiço você jogou neles ontem. - Falei só para arrumar assunto.

— Estupefaça. - Respondeu. - Por mais que eu tenha tido vontade de lançar uma maldição imperdoável.

— Não vale a pena ser mandado para Azkaban por causa deles.

— É verdade. Mas sabe, eles são um bando de covardes. Normalmente eles sempre estão em dois ou três e eu estou sozinho, distraído e desarmado. Eu odeio eles.

Eu olhei para Sev e vi uma coisa muito estranha, as vestes dele pareciam feitas de joias.

— O que aconteceu com as suas vestes? - Perguntei.

— Nada. - Respondeu Sev olhando para as próprias vestes.

— Mas elas estão brilhando feito joias.

— Mas não aconteceu nada Luna.

Não discuti, mas tinha certeza de que eu estava vendo aquilo, a não ser que eu tenha ficado doida. Entramos no salão principal e todos que estavam ali olharam para o Severo também, provavelmente vendo a mesma coisa que eu via. Então, um pelúcido, que apareceu do nada, começou a morder o Severo que começou a pular e gritar no meio do salão (um detalhe importante era que não tinha professores no salão). Não pude evitar dar uma risadinha daquela cena. Todos que estavam presentes riam também. Então Lilian veio correndo para tentar ajudá-lo, mas como eu já sabia quem tinha feito isso, sai do salão comunal lá fora ouvi uma risada que estava se esforçando para não ser notada e que vinha das escadarias, me aproximei do lugar de onde se originava o som, estendi a mão e senti que tinha alguma coisa invisível ali, puxei a capa e vi Sirius que não continha mais a risada.

— Desfaz isso Black. - Falei Brava.

— Desfaz o que? - Falou ainda rindo.

— Não se faça de desentendido.

— Vai, ele mereceu, ninguém mandou falar mal de mim e do Tiago.

— Black.

— Vai dizer que não é engraçado? - Olhei para ele com um olhar fulminante. - Nossa, você tem um olhar igual ao da Evans. - Ele parou de rir, mas logo recomeçou. - Acho que não vou precisar. - Falou apontando para o salão principal.

Quando olhei para lá vi uma cena que eu preferia ter vivido a minha vida inteire sem ver, Severo estava parado no meio do salão principal SÓ de cueca. O pelúcio estava comendo as vestes dele espalhadas pelo chão e, acredito eu, só agora Severo tinha percebido a situação em que se encontrava, porque saiu correndo do salão comunal vermelho como um pimentão, passou pelo Black e por mim na escada e desapareceu de vista.

— Você arrancou as vestes dele?!- Gritei para Sirius.

— Não, ele mesmo arrancou. - Respondeu Sirius rindo. - Ele é muito magrelo, parece uma vassoura.

— Falou o musculoso.

— Meu tanquinho vai fazer você pirar, quer ver?

— Eu dispenso, muito obrigada.

Nisso a varinha do Sirius voou pelo saguão de entrada.

— Você não cansa de humilhar os outros não é mesmo Black! - Gritou Lilian muito, muito mesmo, brava, que tinha acabado de aparecer no saguão de entrada, foi então que vi que foi ela que tirou a varinha do Sirius. - Queria ver se fosse com você!

— Lilian, para você vai se dar mal.- Falei tentando acalmá-la.

— Não, Luna! Você não sabe, mas faz cinco anos que ele e o amiguinho Pontas humilham o Severo, agora eu já cansei!