Pov’s Lilian Luna

O diretor me olhava intrigado. Provavelmente imaginando por que o meu sobrenome era Potter e de onde eu tinha vindo.

— Eu não sei como, esse colar - Falei erguendo o colar com a ampulheta, agora quebrado, que eu havia achado na minha mala. - Veio parar na minha mala, eu comecei a analisá-lo, então tudo girou, girou, e quando vi, estava aqui, no passado, vendo o meu avô azarando o antigo professor do meu pai.

Dumbledore pegou o colar da minha mão, ainda intrigado. Pensou um pouco, então disse.

— Bom Srta. Potter acho melhor você não entrar em contato com mais... Por um acaso já falou com alguém?

— Com Severo Snape e... Acho que com Tiago Potter.

— Você disse o seu nome? Ou interferiu em alguma coisa que eles estavam fazendo?

— Não exatamente, falei que me chamava Luna Parker, e a única coisa que eu pedi foi para que Severo me trouxesse aqui.

— Certo. Preste atenção Srta. Potter, é bem provável que todos estejam indo para as aulas, a Srta. Vai sair daqui direto para o sétimo andar, pare na tapeçaria dos tragos dançarinos, e fique andando de um lado para o outro repetindo três vezes na sua cabeça: “preciso de um quarto que ninguém, exceto o professor Dumbledore, consiga encontrar”, então aparecerá uma porta, você vai entrar lá e esperar. Vai ter que ficar nesse quarto, não se preocupe porque eu mandarei comida para você, e não sairá de lá, até que eu consiga descobri como mandar você para a casa. Ah, e é crucial que você não fale com mais ninguém, certo?

— Sim, professor.

— Ótimo, então vá logo, antes que as pessoas voltem a zanzar pelos corredores.

— Obrigada.

Saí da sala do diretor, desci as escadas, passei pela gárgula, e estava pronta para ir me esconder na sala precisa, (por mais que o diretor não tenha me dito que lugar era esse que eu ia ficar, eu o conhecia muito bem) quando encontrei uma pessoa, que eu não deveria encontrar, na verdade eu não deveria encontrar ninguém!

— Vô... Quero dizer, Tiago! O que faz aqui, não deveria estar em aula?!

— Eu estava indo para lá agora, porque não vamos juntos, se não me engano, temos aula juntos.

— Não, eu tenho que...

— Você não vai assistir às aulas?

— Vou, mas é que... Eu... - Eu não tinha respostas, como eu ia sair dessa agora? Dumbledore não queria que eu falasse com ninguém! Tenho que me livra dele! - Ok, vamos. - Eu sou fraca.

— Qual é o seu nome? - Perguntou Tiago, enquanto íamos para a aula de não sei o que. - E como você sabia o meu? - Putz! Esqueci que ele não tinha me falado o nome dele.

— Sou Luna Parker, e... Severo falou o seu nome. Onde estão aqueles garotos que estavam com você hoje mais cedo?

— Excelente pergunta, eles... Aí não, ai vem o Filch! - Tiago tirou a capa da invisibilidade do bolso das vestes e jogou sobre nós dois. - Rápido, aqui! - Ele me puxou para traz de uma estátua estranha.

— Pensei que estávamos indo para a aula! - Sussurrei.

— E estamos, mas Filch não pode nos ver!

— Você está atrasado não é mesmo?

— Correção, nós estamos atrasados.

— Se estamos com a capa da invisibilidade, por que temos que nos esconder?

— Por que eu tenho certeza de que aquela gata enxerga através da capa... Como você sabe sobre a capa da invisibilidade? - Eu tenho que calar a boca, caramba!

Filch passou por nós, então eu e Tiago nos levantamos e voltamos a caminhar para a sala de aula, ainda sob a capa.

— Então, quem te contou sobre a capa? O ranhoso não sabe sobre ela.

— Eu deduzi, afinal, você jogou um pano sobre nós quando Filch apareceu. - Ele olhou para mim meio desconfiado. Então Tiago parou.

— Chegamos, faça silêncio.

Quando Tiago falou isso, percebi que estávamos nas masmorras, provavelmente era aula de poções. Ele abriu uma mínima fresta na porta da sala, pegou um aviãozinho de papel e jogou-o para dentro. Pela frestinha da porta, vi o aviãozinho atingir a cabeça do Sirius, ele leu o bilhete, jogou alguma coisa na poção que ele estava preparando e então, ela começou a borbulhar e soltar uma densa fumaça que cobriu toda a sala.

— O que estava escrito no bilhete?

— Rápido, vem. - Tiago me puxou pela mão, me levando para dentro da sala esfumaçada.

— O que você fez Sr. Black?! - Ouvi a voz, que reconheci ser do professor Slughorn, gritar... Nossa, esse cara é velho hein?

Tiago ainda me puxava até que nos sentamos em algum lugar.

— Aqui, Almofadinhas. - Falou Tiago.

Alguns segundos depois e a fumaça abaixou, me vi sentada ao lado do Tiago, com um caldeirão na minha frente, o professor Slughorn no meio da sala aparentemente sem entender o que tinha acontecido, e todos os alunos sentados espantando a fumaça com as mãos.

— Está tudo bem pessoal, podem voltar a fazer suas poções.

— O que vocês fizeram? - Perguntei para Tiago e Sirius.

— Sr. Potter, de onde o senhor surgiu? - Perguntou o professor Slughorn para Tiago.

— Como assim professor, eu estava aqui o tempo todo.

— E a Srta, quem é? - Perguntou Slughorn agora para mim.

— Parker, Luna Parker. - Respondi.

— A Srta é nova?

— Sim Senhor. - Respondi.

— Estranho, Dumbledore não me falou nada... Bom, seja bem vinda Srta Parker.

— Obrigada, professor. - Ele se virou e voltou para a sua mesa, então prossegui para Tiago e Sirius. - O que vocês fizeram?

— Um simples ingrediente especial, que fez a fumaça se formar e depois mais uma coisinha de nada e a fumaça desaparece na hora. Coisinha dos marotos. - Falou Sirius no final, dando uma piscadela para o Tiago. “Observação para mim mesma: eu não sei quem são os marotos. É bom lembrar disso antes que eu dê um fora”. - A propósito, sou Sirius Black, Srta. - Apresentou-se Sirius.

— Prazer. Luna Parker. – Retribui.

— Então Almofadinhas, o que temos que fazer? - Perguntou Tiago, para o Sirius.

— Não sei Pontas, eu estava olhando para a Helenna Simpson.

— Os senhores já terminaram? - Perguntou o professo Slughorn para Tiago e Sirius.

— Ainda não, senhor. - Respondeu Sirius.

— Então por que conversam?

— Desculpe professor. - Falou Tiago. O professor se afastou e ele cutucou um garoto a frente deles. - Ei, Aluado. - Sussurrou. - O que temos que fazer?

— Uma poção que está na página 218. - Respondeu o garoto, que reparei, ser Remo.

— Valeu. A onde está o seu livro, Parker?

— O que? - Sinceramente não estava nem um pouco interessada em livros, na aula e nem na página 218, não era pra eu estar ali, era pra eu estar na sala precisa, esperando Dumbledore me mandar o almoço e notícias sobre meu retorno para a casa. Oh Merlin, e agora? - Acho que esqueci no meu dormitório.

— Você veio para a aula, sem livro? - Perguntou Sirius.

— Eu tinha acabado de descobrir que tinha aula de poções quando encontrei o Tiago.

— Ok. Então, pode usar comigo hoje. - Falou Tiago.

Eu não devia estar ali, não devia estar falando com ninguém, eu tinha que sair daquele lugar de algum jeito e rápido! Comecei a fazer a poção, a preparei facilmente, logo ficou pronta, enquanto Tiago e Sirius, ainda se matavam para descobrir o primeiro ingrediente. No tempo que fiquei distraída, comecei a observar a sala, e comecei a reconhecer algumas pessoas, havia um garoto loiro aguado e branco pra caramba, só podia ser um Malfoy, Lucio Malfoy, ele estava junto com Snape, que também já havia acabado a poção e olhava distraído para uma garota ruiva sentada ali perto, tinham outros garotos com Snape, mas não os reconheci. Finalmente, depois de um longo tempo de espera, a aula acabou.

Me levantei para sair correndo daquele lugar.

— Até mais Parker. - Ouvi Tiago falar.

Tinha que ir para a sala precisa, não podia nem ver, nem falar com mais ninguém. Subi as escadas das masmorras correndo, tinha que chegar logo no meu destino.

— Aonde você vai Parker? - Me virei e vi Snape, com seus colegas, eles eram estranhos. - Temos aula de trato das criaturas mágicas agora. - Pelas barbas de Merlin, quando não é um, é outro!

— Ok.