Mistakes Of The Life escrita por LittlePhoenix


Capítulo 23
Capítulo 22




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Pov’s Lilian Luna.

“Não estava na sala precisa, nem no lago negro, nem na floresta proibida, nem em lugar nenhum! Já andei por Hogwarts inteira e não achei ele! Aonde aquele maroto se enfiou?!”

Agora eu estava na arquibancada do campo de quadribol observando o gramado verde sob o brilhante sol que a primavera trazia. Não conseguia tirar aquele bilhete que Sirius me mandou da cabeça. Porém eu não conseguia pensar em alguma coisa para responder a ele. Desde que prendemos Lilian e Tiago no armário de vassouras eu não o via; por causa disso, sentia uma imensa (e estranha) vontade de vê-lo.

Provavelmente faltava bem pouco para acabar a hora do almoço. Então me levantei da arquibancada e caminhei para o armário de vassouras para soltar Lili e Tiago. Ao chegar na porta encontrei suas varinhas, que estavam dentro de uma caixa no chão. Sirius deve ter colocado elas aqui. Olhei para os lados, mas nenhum sinal dele. Coloquei as varinhas no bolso e olhei pelo buraco da fechadura. Vi Lilian descansando a cabeça no ombro de Tiago, que a abraçava. Um sorriso se abriu no meu rosto. Meu “plano” tinha funcionado! Eles se amavam! Estavam juntos! Peguei rapidamente a foto no meu bolso... Estavam todos lá! Mamãe, papai, Tiago, Alvo e eu. Uma alegria enorme se apoderou de mim. Abri a porta do armário com um “Alohomora” Lili e Tiago se assustaram.

— Luna! – Gritou Lilian se levantando e vindo na minha direção. – Eu não sei se eu mato você, ou se te abraço! – No caso, ela escolheu a segunda opção. Pois assim que terminou a frase me abraçou. – Obrigada. – Dessa vez ela sussurrou para que só eu ouvisse. Não sabia se ela estava agradecendo por eu ter tirado ela do armário, ou se por eu ter “mostrado” a ela que amava Tiago.

— Bem... De nada... – Falei. Depois que Lili me libertou do abraço, conclui. - Aqui, a varinha de vocês. – Estendi as varinhas para eles, que pegaram e as guardaram nos bolsos.

— Bom, acho melhor agora irmos para a aula. O professor Bins vai falar sobre os N.O.M’s de História da Magia. – Falou Lili. Tiago suspirou desanimado, enquanto saiamos do armário.

— Dês do começo do ano ele tá falando dos N.O.M’s de História da Magia. – Falou Tiago.

— Nem sei que aula eu tenho agora. – Falei dando de ombros. Não iria assistir aula nenhuma mesmo.

— Você tem aula com a gente. – Falou Lili.

Foi então que um Lumos acendeu na minha cabeça. Ter aula com a Grifinória significaria encontrar Sirius. Afinal ele não pode faltar às aulas. Fui, então, para a aula com eles. Ao chegar na sala me sentei perto de Lili, mas procurando Sirius com os olhos, Tiago também parecia procurá-lo, mas nada dele entrar na sala.

— Parker, para onde o Almofadinhas foi depois que vocês prenderam a gente no armário? – Perguntou Tiago, que estava com Remo e Pedro.

— Não sei, também não o vi.

O Professor Bins entrou na sala. E ele não apareceu...

***

O dia passou e Sirius não apareceu em lugar nenhum. A maior parte do tempo eu fiquei ou com Lili ou na sala precisa com a cabeça solta em pensamentos, quase todos ligados a Sirius. Tiago até ia tentar achar ele com o mapa do Maroto, mas Sirius provavelmente o havia pegado. Todos nos unimos para tentar achá-lo, mas ninguém conseguiu, nem mesmo os professores.

Agora estávamos eu, Tiago, Lilian, Remo, Pedro, Alice e Anne (é importante acrescentar que, estranhamente, depois que Lilian decidiu finalmente aceitar sair com Tiago, todos eles se juntaram e viraram “amiguinhos”) sentados na sala comunal da Grifinória. Faltava apenas meia hora para meia-noite, e eu teria de ir embora... Foi aí que me toquei que teria de inventar alguma explicação do motivo de eu ir embora de uma hora para outra, para dar ao pessoal. Pensei em algo para dizer rapidamente.

— Pessoal... – Todos olharam para mim. – Eu vou ter que ir embora de Hogwarts.

— O que? Por quê? – Perguntou Lilian, surpresa, com os olhos arregalados.

— Meus pais decidiram voltar para a França... Os negócios aqui não deram muito certo.

— Quando você vai? – Perguntou Tiago.

— Hoje, a meia-noite.

— Que triste... – Comentou Anne.

— Por que eles vão vir te pegar a meia-noite? – Perguntou Pedro.

— Não sei... – Falei. Então todos ficaram em silêncio novamente. Ufa. Ainda bem que acreditaram na minha mentirinha.

Era isso. Em cinco dias eu voltei para o passado, conheci meus avós jovens, fiz minha avó sair com Severo Snape, meu avô se apaixonou por mim, quase matei meu pai, meus irmãos e a mim mesma, beijei Sirius Black, descobri que a garçonete do “Três Vassouras” é apaixonada pelo meu avô, fiz meu avô descobrir que ainda amava minha avó, minha avó brigou com Severo por chamá-la de sangue-ruim, impedi que Remo (na forma de lobisomem) matasse todo mundo, me apaixonei por Sirius Black, a McGonagall e o Slughorn são extremamente velhos, Sirius também se apaixonou por mim, briguei com ele por me amar, fiz Lilian aceitar que amava meu avô, os dois agora estão juntos, fiz Sirius desaparecer por um dia inteiro e em menos de vinte minutos vou voltar para casa, sem me despedir de Sirius...

Pov’s Severo Snape

Entrei no meu quarto chutando, derrubando e quebrando tudo o que tinha na minha frente. Uma raiva descomunal tomou conta de mim. Lágrimas de raiva escorriam pelo meu rosto. Lilian, a minha Lilian, estava no salão principal abraçada com aquele imbecil do Potter. Eu não podia suportar isso, queria jogar um sectumsempra naquele infeliz, e juro que teria o feito se o local não estivesse cheio de professores. Ele me humilhou durante todos esses anos, me azarava e me atormentava, mas agora foi a gota d’água, porque ele roubou a minha Lilian! Juro, pelas barbas de Merlin, que vou odiar Tiago Potter pelo resto da minha vida!

— O que aconteceu aqui?! – Olhei na direção da porta e vi Avery parado na porta, que apresentava uma expressão de susto no rosto.

Foi só então que reparei que eu estava jogado na cama, segurando minha foto com a Lilian de quando éramos crianças rasgada, meu quarto estava totalmente revirado, com frascos de poções quebrados, livros e papéis espalhados pelo chão, a cortina da minha cama estava caindo e tinha um enorme rasgo, até as coisas dos meus colegas de quarto estavam espalhadas pelo dormitório.

— Vai embora, Avery. – Falei me sentando de costas para ele.

— Parece que alguém está revoltado com a vida... – Falou com uma voz maliciosa.

— Eu disse para ir embora. – Ouvi ele vir andando para onde eu estava.

— Reparo. – Tudo ao meu redor começou a voltar para o lugar e a se concertar, inclusive a minha foto. - Você está assim por causa daquela sangue-ruim.

Me levantei pegando a varinha, o que fez com que a foto que estava na minha mão caísse, me virei para Avery, a prendi na parede e coloquei varinha em seu pescoço.

— Não a chame assim. – Gritei. Avery soltou uma sonora gargalhada.

— Olha quem fala! Você mesmo a chamou assim. – Ele falou, me provocando. É verdade... Eu chamei Lili de sangue-ruim, e por isso a perdi... o ódio dentro de mim cresceu, caso isso fosse possível.

— Vai, embora. – O soltei e me sentei novamente na cama de costas para ele, encarando o chão.

— Por que não se junta a nós? Ai quem sabe daqui a algum tempo você não consiga descontar esse seu ódio do Potter nele mesmo...

— Se juntar a vocês no que, Avery? – Falei sem tirar os olhos do chão.

— Não se faça de idiota. Você sabe muito bem do que estou falando. - Fiquei em silêncio. - Se quiser... Hoje vamos nos reunir na sala precisa. – Ouvi ele bater a porta quando saiu.

Me tornar um comensal da morte. Pensei no assunto muitas vezes, mas nunca me juntei a eles por causa da Lilian... Agora eu não tinha mais ela, nunca conseguiria ter de novo... Então, não teria nada a perder... e não seria uma má ideia poder me vingar do Potter, e ter todo um exército de comensais do meu lado... Coloquei a foto minha e da Lilian dentro da minha bolsa, peguei minha varinha, e sai do quarto, rumo à sala precisa.

Pov’s Lilian Luna

Dez minutos para meia-noite, já era hora de começar a me despedir e descer para a sala do Dumbledore. Me despedi de todos normalmente, mas quando abracei Lili para dar tchau a ela comecei a chorar.

— O que foi Luna? – perguntou Lili me olhando preocupada.

— Nada. Eu sou emotiva. – falei secando as lágrimas e soltando uma risada sem jeito.

— Por que você ficou tão pouco tempo aqui? – perguntou Tiago se aproximando.

— Não sei. Meus pais são loucos. – falei tentando sorrir.

Abracei Tiago me foçando a segurar mais lágrimas que vinham. Me despedi de Remo também e por último de Pedro. Ele foi o único que não me arrancou lágrimas, por mais que nenhum deles soubesse o motivo de eu estar chorando.

Sirius não estava lá. Eu não tinha conseguido me despedir dele e isso tinha me deixado mais chateada. Sai da sala comunal da Grifinória dando um último aceno para eles e fui para a sala de Dumbledore.

Ao chegar na gárgula que guardava a sala, olhei para os lados para ver se, com alguma sorte, achava Sirius. Mas ele não estava lá. Outra lágrima escorreu por meu rosto.

— Tortinhas...

— Não vai se despedir de mim? – disse alguém. Me virei assustada e vi Sirius encostado na parede com a capa da invisibilidade na mão. Eu corri em sua direção e lhe dei um abraço.

— Você adora fazer surpresas, não é? – falei rindo. Senti minha garganta se fechando e lágrimas se formando nos meus olhos assim que ele pôs os braços dele envolta de mim.

— Eu sei que isso é errado. Mas eu te amo Luna. – “Não faz isso comigo não” – E nunca vou te esquecer. – Nos soltamos do abraço – Não chora, vamos nos ver de novo no futuro. – Foi então que eu senti uma pontada no peito e mais lágrimas escorreram dos meus olhos.

Eu não podia dizer pra ele que não nos veríamos no futuro. Não podia dizer que ele morreu antes mesmo do meu pai fazer dezesseis anos. Não só ele morrera, mas como Tiago, Lilian, Remo... Todos morriam. Não veria nenhum deles, nunca mais. Já que eu não podia dizer nada e nenhuma palavra saia da minha boca eu o beijei.

— Adeus. – falei me virando para a gárgula. – Tortinhas de abóbora. – Ela pulou para o lado revelando a escada em forma de caracol.

— Ei, Parker. – Ele chamou. Me virei pra ele. – No futuro, eu virei um coroa sexy? – ele perguntou e eu dei risada.

— Que raios de pergunta é essa, Sirius?

— Curiosidade. Vai que eu viro um daqueles velhos carecas e cheio de pelancas. – Eu apenas sorri, não podia dar uma resposta, afinal, eu não conheci o “Sirius Coroa”.

— Seu idiota. – falei voltando a subir as escadas, mas não antes de ouvir ele dizer.

— Até mais ver, Lilian Luna Potter.

Cheguei à porta da sala de Dumbledore. Antes de entrar, olhei para a foto que mamãe me dera. Estavam todos ali, sorrindo e acenando para mim. Bati na porta e Dumbledore mandou que eu entrasse, eu o fiz.

— Boa noite, senhorita. – falou se levantando da sua cadeira e vindo a minha direção, com o vira-tempo na mão. – Está pronta.

— Acho que sim. – falei respirando fundo e olhando para baixo. Fiquei pensando como gostaria de alertar todos eles para não confiarem em Pedro Petigrew ai, talvez, eles todos sobrevivessem no final. Mas eu não podia, tudo acontecia por um motivo e eu não podia mudar mais nada. 

 

— Bom, acho que vinte viradas para frente já dá. – Ele falou e voltou a se sentar. Eu fechei os olhos e comecei a virar a ampulheta.

Um, dois, três, quatro, cinco...

Depois de dar as vintes viradas no colar, abri os olhos e me encontrei ainda na sala do diretor, mas em vez de Dumbledore estar sentado na cadeira, McGonagall me encarava perplexa.

— Srta. Potter?! – ela falou se levantando e vindo até mim. – Mas... O que faz com esse vira-tempo? E o que aconteceu? A senhorita veio do futuro?

— Professora! – gritei abraçando ela. Ela continuava perplexa e eu estava de volta! Finalmente em casa!

— A Senhorita pode me dar uma explicação do que está acontecendo, por favor?

— Claro. – falei a soltando. – É que eu sem querer, acabei indo para o passado e agora, graças a Merlin, estou de volta! Nunca mais quero ver um vira-tempo na minha vida. – Coloquei o colar em sua mão. – A propósito, que dia é hoje?

— Dia 1° de setembro. – respondeu a mulher ainda um pouco confusa.

— E eu estou em que ano de estudo? – perguntei.

— 5° ano. – Ela falou.

— Obrigada! – disse e sai correndo.

Fui para a sala comunal da Grifinória (sim, eu consigo entrar lá, metade da minha família está lá), ao passar na frente do retrato da mulher gorda, me lembrei de Sirius. Foi ali que eu o beijei pela primeira vez para fazer o Tiago me esquecer e... ESQUECE ISSO LILIAN! Ele ficou no passado e nunca mais eu o verei! Aceite isso!

— Erumpente. – A mulher gorda se inclinou permitindo que eu entrasse. Tiago estava jogado no sofá olhando o mapa do Maroto que papai deu pra ele. – Tiago! – gritei pulando em cima dele e o abraçando.

— Lili, o que está acontecendo? – falou Tiago com a voz sufocada.

— Você está vivo!

— É, né? – ele falou como se fosse óbvio. – Por quê? Não era para eu estar?

— Era, claro. – falei.

— Lili? – ele chamou.

— Oi?

— Você está me deixando sem ar.

— Desculpa. – falei saindo de cima dele.

— Por que você está tão feliz em me ver? – ele falou arrumando o cabelo do mesmo modo que o Tiago avô fazia.

— É uma longa história... – falei sorrindo e me lembrando de tudo o que aconteceu.

 

Fim da primeira temporada


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