Mistakes Of The Life escrita por LittlePhoenix


Capítulo 17
Capítulo 16




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Fui andando pelos corredores, sem pensar em nada, talvez esse fosse um pequeno momento para eu descansar. Só ia continuar o meu "plano" quando terminássemos de fazer as provas, além do mais, depois dessa briga da Lilian com o Tiago, eu não sei o que fazer para deixar os dois juntos. Peguei a foto no meu bolso, meu pai não estava nela e Tiago ainda estava meio apagado, mas felizmente não tinha sumido por completo. Estava completamente entretida na foto, quando eu desci por uma escada e quase tropecei em Lilian, que estava sentada em um dos degraus, com uma florzinha na mão que abria e fechava as pétalas.

—Como você faz isso? - Perguntei me sentando ao seu lado.

— Não sei. Mas faço dês de que eu era pequena. – Falou sem tirar os olhos da florzinha. – Foi fazendo essa florzinha abrir e fechar que eu conheci Severo e descobri que eu era bruxa. – Ela parou um pouco, ainda olhando para a flor. – Eu estava brincando com a minha irmã em um parque, eu balancei o mais alto que pude e me joguei no ar, fui caindo lentamente como se voasse, Petúnia pediu para não fazer isso, porque era estranho. Então “pousei” dando risada, peguei uma florzinha no chão, e disse para ela olhar, fiz esse feitiço, ela queria saber como fazia, mas logo depois disse que era para parar, que eu era esquisita, anormal. Severo pulou de traz do arbusto, disse que eu não era estranha, que eu era uma bruxa, no início eu não gostei, mas depois ele me explicou o que isso queria dizer e me contou quase tudo sobre o mundo bruxo... ele dizia que a Petúnia tinha inveja de mim... – Ela soltou um risinho. – Viramos amigos depois disso. – Ela fechou a mão na florzinha e olhou para mim. – Mas hoje eu descobri que eu ser amiga dele foi um erro.

— Não fale assim, Lili. – Falei depois de ter ficado um bom tempo em silêncio.

— Luna, ele me chamou de sangue - ruim! Eu sempre soube que ele iria pelo mesmo caminho dos amiguinhos dele! Só que o jeito que ele era comigo... Doce... Divertido... Isso me impedia de ver quem ele realmente era. Agora eu vi... Ele é exatamente do jeito que eu temia que ele fosse. – Percebi que lágrimas se formaram nos seus olhos. Ela voltou a olhar para baixo. – Mas, não vale a pena ficarmos chorando por isso, não é mesmo? – Ouvimos passos saindo das salas e o barulho de conversa enchendo os corredores. – Vamos almoçar?

— Vamos.

Nós duas nos levantamos e fomos para o Salão Principal. Me sentei com ela e com seus amigos na mesa da Grifinória. Estava comendo quando um aviãozinho de papel atingiu minha cabeça. Abri ele e vi o bilhete:

“Preciso falar com você,

me encontre no armário de vassouras do

sétimo andar em 2 minutos.

Almofadinhas.”

Bem direto esse bilhete. Mas o que será que esse idiota quer comigo?

— Ai! Acabei de lembrar que esqueci um negócio importante na sala comunal da Sonserina! – Falei colocando a mão na testa. – Eu vou lá buscar, nós nos vemos mais tarde.

— Tudo bem Luna, nos vemos mais tarde. – Falou Lili.

Me levantei da mesa e sai correndo para do salão principal. Subi as escadas e rapidamente estava na frente do armário de vassouras do sétimo andar. Abri a porta do armário, mas não havia ninguém.

— Black?

— Bu! – Gritou tirando a capa da invisibilidade, me dando um susto do caramba. Ele começou a rir.

— Seu idiota! – Falei. - Quer me matar do coração!

— Não sabia que você ia se assustar tanto.

— Ok. O que você quer comigo e por que no armário de vassouras?

— Pra gente ficar mais pertinho.

— Eu já te falei que a gente não pode ficar junto! Existem regras!

— Eu não sou muito do tipo que segue regras. E depois, olha só quem fala, você já beijou seu avô! O que tinha para ferrar já tá ferrado.

— Você só me chamou aqui para tentar me convencer a ficar com você?!

— Não.

— Então vá direto ao assunto, por favor.

— Ok. É que hoje, lá no lago negro, a Evans brigou com o Pontas, eu tive a sensação de que não era para aquilo acontecer. Pode dificultar ainda mais em deixar os dois juntos.

— É, realmente vai dificultar. Mas era para isso acontecer.

— Sério?

— Sério. Eu me lembro de que foi exatamente assim que aconteceu na lembrança.

— Bom, então tudo bem.

— Agora só precisamos dar um jeito de fazer os dois ficarem juntos... Mas como vamos fazer isso?

— Talvez, se prendêssemos os dois juntos em algum lugar, talvez eles começassem a se gostar.

— Mas teria de ser algum lugar pequeno, que ninguém conseguisse ouvir eles... – Nós dois olhamos para cima, ele teve a mesma idéia que eu.

— O armário de vassouras. – Falamos juntos.

— Mas como vamos trazê-los aqui? – Falei.

— Eu posso dizer pro Pontas que deixei a capa da invisibilidade aqui, aí quando ele vier pegar...

— Tá bom, o Tiago está resolvido. Mas como eu trago a Lili?

— Aí eu não sei... Não conheço a Evans tão bem assim.

— Tudo bem, eu vou pensar em alguma coisa. Mas, quando vamos fazer isso?

— Hoje à noite, durante o jantar, acho que não vão sentir a falta deles durante a madrugada.

— Certo. Tiago não vai ficar bravo com você?

— Ao contrário, ele vai me agradecer.

— Então até à noite. – Ele se aproximou mais, se é que isso fosse possível, e me prendeu colocando as duas mãos na parede.

— Podemos nos beijar agora?

— Não, não pode... – Ele me beijou sem dar oportunidade de eu fazer alguma coisa para impedir. Mas também, confesso que eu nem tentei fazer nada para impedir. – Pronto, agora que você já me beijou, pode ir para a próxima. – Falei me soltando de seus braços e abrindo a porta.

— Não sei se vai ser tão fácil assim dessa vez. – Eu revirei os olhos e sai. Porque de repente ele ficou tão encantador. Por Merlin!

Tentando tirar Sirius da minha cabeça, decidi ir falar com Severo, ele devia estar mal por ter brigado com a Lilian, talvez precisasse de alguns conselhos. E também, eu ainda me sentia culpada por ele ter brigado com a Lili, eu sei que isso ia acontecer de um jeito ou de outro, mas ainda assim parecia ser minha culpa. Porém, antes mesmo de eu começar a pensar onde Severo estava, o relógio anunciou que o almoço havia acabado e iriamos fazer a segunda parte da prova. Fui para o Saguão de Entrada esperar arrumarem o Salão Principal para a segunda parte das provas, mais uma vez os alunos do 5° e 7° ano estavam reunidos, ansiosos para o início dos exames. Do outro lado do Saguão avistei Tiago, sozinho, olhando intrigado para o pomo-de-ouro. Fui até ele.

— Oi, Potter. – Falei. Ele olhou para mim fechando a mão sobre o pomo que fechou as asas.

— Oi Parker. Faz um tempinho que não nos falamos. Dês de sábado em Hogsmead.

— É verdade. Eu vi o que a Lilian falou para você hoje.

— Quem não viu? Sabe, eu ainda não entendi o que ela quis dizer com aquilo.

— Ela te acha metido e arrogante.

— O Almofadinhas disse a mesma coisa.

— Sabe qual é o único motivo pelo qual a Lilian não sai com você?

— Por que eu fico azarando o Ranhoso?

— Não... talvez um pouco. Na verdade, é por causa da sua infantilidade. Essas brincadeiras idiotas que você e o Black fazem. Se você fosse um pouco mais maduro ela sairia com você, eu sei disso porque dá pra perceber que ela gosta de você, mas essa sua infantilidade e arrogância impede ela de demonstrar isso.

— Isso é sério? Ela gosta de mim?

— Sim.

— Então ela só não sai comigo por causa das brincadeiras que eu faço?

— E por você ficar se exibindo também.

— Eu pensava que ela não saia comigo porque ela gostava do Ranhoso. Mas... eu não sei se eu vou conseguir não zoar com ele.

— Hoje mais cedo você disse que se a Lilian saísse com você, não encostaria em nem mais um fio do cabelo do Severo. Que tal começar pelo final? Não implicar mais com o Severo para ela sair com você? – Ele ficou pensativo. Porém antes de dizer alguma coisa, o professor Flitwick começou a nos chamar para entrar no Salão Principal.

***

Essa segunda parte da prova foi mais difícil porque foi a parte pratica, e sinceramente eu não sabia quase nada do que estavam me pedindo para fazer. Enfim, isso não interferir na minha vida real mesmo. Severo fez o teste ao mesmo tempo que eu, consegui ver pelo seu rosto inchado que ele tinha chorado. Quando saí da prova ia falar com ele, mas ele foi andando em disparada para não sei onde, comecei a segui-lo, mas ele ia tão rápido que quase tive que correr. Depois de caminhar, ou melhor, correr por um longo tempo atrás dele, cheguei na sala comunal da Sonserina. Puts! Qual era a senha mesmo? Comecei a andar de um lado para o outro tentando lembrar da senha. Ah! Já sei!

— Água cristalina. – A parede de pedra se moveu revelando a lotada sala comunal da Sonserina. Mas Severo não estava lá, provavelmente estava no dormitório dele. Subi as escadas que davam nos dormitórios masculinos, não foi difícil achar o dormitório dos garotos do 5° ano. Bati na porta levemente, mas ninguém respondeu, abri a porta devagar e avistei Severo deitado na cama e um quarto de cabeça para baixo, parecia que um trasgo tinha passado por ali.

— O que aconteceu aqui? – Perguntei.

— O que você está fazendo aqui, Parker?! – Ele parecia muito nervoso.

— Vim ver como você estava. – Ele nem se virou para falar comigo, ficou deitado com a barriga para cima, na mesma posição.

— Eu estou mal. Agora vai embora.

— Sev, não fique assim...

— Eu acabei de perder o amor da minha vida por causa do idiota do Potter, e por sua causa! Como você espera que eu me sinta?! - Falou se sentando.

— Espere ai! Por que a culpa é minha?!

— Por você ter contado pro Avery e pro Mulciber que a Lilian era filha de trouxas!

— Eu posso até ter dito isso para eles, mas não é culpa minha você ser tão influenciável e ligar tanto para a opinião dos outros! A única pessoa culpada aqui, pela Lilian ter brigado com você, Severo, é você mesmo! Você tem que pensar mais antes de dizer as coisas, para depois não se arrepender!

— Desculpa, Luna... Você tem razão. – Ele começo a chorar. Os seus longos cabelos engordurados cobrindo o seu rosto. – Eu perdi a Lilian para sempre, e por quê? Por uma besteira minha. Eu sou um idiota.

— Porque não vai pedir desculpas para ela, talvez ela te perdoe.

— Não, Luna, ela não vai me perdoar, eu no lugar dela não me perdoaria. Eu xinguei ela do pior xingamento do mundo bruxo... Sangue-ruim imunda. – Percebi que ele teve uma certa dificuldade de reproduzir a sua fala. – Você não sabe o quanto eu me arrependo disso Luna.

Nisso, um aviãozinho de papel entrou pela janela e acertou de novo a minha cabeça. Por Merlin! Agora essa criança vai ficar me enchendo o saco com esses aviõezinhos! Abri o bilhete e li:

“Temos um problema, venha agora mesmo

para o Saguão de entrada.

Almofadinhas”

— É... eu vou ter que ir resolver uns negócios... Bom, até mais... E... tenta falara com a Lili, não custa tentar.

Sai do quarto dele e fui correndo para o Saguão de entrada, eu já estava cansada de correr hoje. Quando cheguei, quase não conseguindo respirar, e avistei Sirius na porta. Fui até ele.

— O que aconteceu? – Perguntei ofegante.

— Acho melhor você mesma ver.

Sirius me puxou para fora do castelo, o sol já se preparava para se pôr, ele apontou para duas pessoas sentadas perto do lago negro. Eram aparentemente um menino e uma menina sentados e abraçados, mas como estávamos longe não estava enxergando direito quem era.

— Qual é o problema de duas pessoas se abraçarem? – Perguntei num tom um tanto quanto ignorante.

— O problema é que essas duas pessoas são o Aluado e a Evans.


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