Epílogo

Eu não tenho a melhor vida de todas. Mas tenho a melhor vida que eu poderia querer. Se tem uma coisa que aprendi, foi que coisas perfeitas não existem. Porque tudo que é perfeito demais tem algum defeito, mesmo que seja oculto. E acredite quanto mais oculto, pior.

Harry estava deitado no jardim. Olhando o céu. Não estava bem, mas também não me diria o que era se eu perguntasse. Senti alguém me abraçar por trás e beijar meu pescoço, sorri enquanto sentia um arrepio perpassar minha coluna.

– James – eu quase cantarolei me virando.

– Olá meu amor – ele disse me lançando um sorriso de tirar o fôlego. – O que faz aqui?

– Ah, é o Harry. Ele anda meio triste, será que está doente? – perguntei aflita. James riu da minha preocupação.

– Calma Lily, eu sei o que ele tem – comentou despreocupado.

– Potter – comecei ameaçadoramente, e James riu –, quer dizer que meu filho está triste, e você não me diz nada. Eu vou matar você Potter – grunhi.

James gargalhou. Um dos melhores sons do Universo.

– Ele só está gostando de uma menina senhora Potter.

Eu simplesmente adorava quando ele me chamava assim. Era... Sexy.

– Mas o que isso tem a ver com o fato de que ele está muxoxo? – perguntei tentando afastar da minha mente umas imagens pervertidas que envolviam o homem à minha frente.

– Ele me pediu se poderia parar de usar óculos... Mas Lily, ele não sabe me diferenciar de uma cadeira quando está sem os óculos – protestou. Eu ri.

– Ele teve a quem puxar.

James riu junto a mim e me beijou, até que ouvi um "ugh". Era Harry e com ele estava Ginny, a filha dos nossos vizinhos. Os olhei mortalmente, que riram e deitaram no chão gargalhando. Percebi que Harry havia tirado os óculos e os colocado em cima de seu tórax.

Por Deus, meu filho tinha apenas sete anos, não era hora de se preocupar com isso.

Parei de olhá-los e resolvi ir para a sala ver tevê, mas estava na porta quando James puxou meu braço.

– Olha – sussurrou apontando para as crianças.

Ginny havia deitado ao lado de Harry e pegou os óculos dele nas mãos. Examinou, e até colocou em frente ao rosto, fazendo uma careta logo depois. Então, sentou-se e colocou os óculos em Harry, que fez uma cara confusa.

– Você fica mais bonito assim – esclareceu corando violentamente e deitando-se novamente. Harry sorriu.

Meu filho não era perfeito. Ninguém é.

Mas afinal, somos apenas pessoas imperfeitas, procurando alguém que nos ame, com todas as coisas erradas. E que acima de tudo, nos complete com suas próprias imperfeições.

FIM

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Oi, na verdade eu nem sei o que dizer aqui. Mas acho que tenho que começar pelo começo. Dã.

Bem, primeiro tenho que esclarecer uma coisa... Eu não dediquei os últimos capítulos à ninguém. Eu sei. Mas não foi ingratidão.

É que simplesmente essa história toda é de vocês. Sem seus comentários as altas horas da madrugada, sem os seus "posta mais", eu não teria chegado até aqui. Não mesmo. E eu serei eternamente grata por isso.

Então quero agradecer a todas as pessoas que leram, e mais ainda a todas que leram e deixaram seus reviews, me dizendo o que achavam, e o que estavam sentindo com relação à história.

Muito obrigada. Essa história não seria nada sem vocês, afinal: "uma história não sobrevive se não houver ninguém para lê-la".

Eu amo vocês.