I Am... A Lie escrita por Kim Jin Hee


Capítulo 11
Cap. 11


Notas iniciais do capítulo

Yeeah, eu não sei fazer capítulos dramáticos. Não mesmo. Mas espero de coração que gostem!
Boa leitura.



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Somente depois de três dias acordada que Marlene finalmente pôde sair do hospital. Eu e Lily íamos lá todos os dias visitá-la e levar algo para o pobre Padfoot comer.

E por falar em Padfoot, ele não saiu de lá! Ficou o tempo todo ao lado da Lene, nunca vi meu amigo daquele jeito. Ainda me lembro do dia que ela acordou.

"Fazia dois dias que eu e Lily havíamos visitado Lene no hospital, e ela ainda não havia acordado. Lily estava totalmente preocupada claro, mas Sirius estava irreconhecível. Nunca o vi passar duas horas sem fazer ao menos uma brincadeira.

Eu estava limpando meu quarto – castigo que minha mãe havia me dado por desobedecê-la – quando meu celular tocou. Corri para atender e ouvi Lily gritar do outro lado:

– James, ela acordou, acordou! – ela repetia euforicamente. Na hora nem me dei conta de que era de Lene que ela falava, mas então quando meu cérebro ligou finalmente as duas coisas, eu sorri. Graças a Deus!

– Que maravilha Lily! – exclamei. – Vamos ao hospital?

– Claro né Jay! Ainda pergunta – bufou. – Bem, me encontre às três. Beijinhos.

– Okay, beijos.

Desliguei o celular e olhei para o relógio. Duas e meia. Droga vou ter que deixar meu castigo para depois, que pena...

Avisei a minha mãe – que me olhou feio e depois deu graças por Lene ter finalmente acordado – e três em ponto eu estava buzinando em frente à casa de Lily. Sim, eu admito que me arrumei o mais rápido que eu pude.

Lily veio uns dois minutos depois, correndo e sorrindo lindamente. Assim que chegamos ao hospital, ela subiu as escadas correndo também, alegando que não conseguiria esperar o elevador. Subi atrás dela e quando cheguei ao corredor do quarto de Marlene, ainda pude ver seus cabelos ruivos entrando no quarto, enquanto Sirius era enxotado de lá. Assim que ele me viu veio e me abraçou.

– Ela acordou – disse sorrindo assim que me soltou. Reparei que seu sorriso era feliz demais, mas seus olhos estavam vermelhos, como se tivesse chorado... Meu Deus ele chorou pela Lene! Eu nunca pensei que viveria para ver o Padfoot chorar por alguém!"

Bem e agora que a Lene acordou aqui estou eu, com dois buquês de flores. Um para a Lily – que está com a Lene – e outro para a própria Lene.

Abri a porta com o máximo de cuidado possível, pois queria dar um susto nas duas. Na hora que ia dar um grito senti Padfoot chegar ao meu lado, sorrimos marotamente e no preparamos. Ainda pude ouvir um trecho da conversa:

– Lily, você ama o James, não adianta negar – Lene dizia. Mas é claro que minha namorada me amava! E por que ela negaria? Resolvi deixar pra lá e assustá-las de uma vez, mas a resposta de Lily me fez parar o ato de abrir a boca.

– Claro que não Lene! Eu nunca amaria o Potter – ela disse. Isso só pode ser brincadeira né? – E você sabe que meu namoro com ele é um plano – ela continuou –, para colocar ciúmes no Diggory.

Eu não sei direito em que ordem aconteceu, mas senti as flores caírem das minhas mãos, lágrimas queimarem em meus olhos, meu coração despedaçar e Padfoot perguntar:

– O que você disse?

Lily se virou imediatamente para a porta – onde estávamos –, com a expressão assustada. Seus olhos estavam arregalados e ela estava com a boca entreaberta.

Pov Lily Evans

Finalmente Lene pode sair do hospital hoje. Eu havia passado a noite aqui, para o pobre do Sirius poder ver uma cama novamente. Ele saia de lá apenas para comer e tomar banho.

Bem, a Lene estava me contando que não esteve totalmente inconsciente no tempo que esteve inconsciente. Okay, isso ficou meio "nexo zero". Mas deu pra entender.

– Bem, eu o ouvia me contando histórias, e me pedindo para acordar – ela contava. No fundo, Marlene sabia exatamente quem havia feito isso tudo, só não queria admitir.

– Eu disse que o Six sabia ser fofo – comentei.

– Não é o Sirius, Lily! – ela exclamou raivosa. – Não pode ser ele – murmurou.

– Por que não pode ser o Six, Lene? – ela desviou o olhar e não respondeu. – Lene, não vai me dizer que está apaixonada pelo cara que te contava essas histórias? – perguntei com medo.

Ela me olhou divertida.

– Lily, e eu lá sou de acreditar em coisas que não existem? Quem dirá me apaixonar, sai pra lá! – disse sacudindo as mãos.

Eu ri. Verdade, ela não acreditava em nada que não podia ver.

– Então você está apaixonada pelo Six – comentei brincando. É claro que ela não estaria... Ah meu Deus! Marlene acabou de corar! – Não vai me dizer que...

Ela não respondeu, e sim corou mais forte ainda. Pensei que só eu conseguisse ficar daquela cor... Da cor do meu cabelo!

– Lily... – ela começou. Droga, ela estava desviando do assunto! – Que história é essa, de alguém, vulgo James Potter, ter dormido na sua casa? – perguntou maliciosa.

Sabia que o assunto viria para mim.

– Quem te contou isso? – perguntei já sabendo a resposta.

Ela riu.

– Uma loirinha chamada Dorcas Lupin – Dorcas LUPIN? – Não tente mudar de assunto, depois eu conto o porquê do "Lupin".

– Okay, e eu quero mesmo saber – comentei rindo. – Bem, no dia do acidente, eu estava tão abalada que pedi para ele dormir lá. Sendo que antes disso, na casa dele nós quase... – parei corando.

Marlene riu. Riu não, gargalhou na minha cara.

– Vocês quase... – tapei sua boca antes que saísse coisas demais. – Desculpe. Mas o que aconteceu? Como assim?

– Bem, estávamos nos beijando e "esquentou" – eu disse me sentindo cada vez mais vermelha.

Marlene não disse nada. Creio que ela estava se segundando para não rir novamente. De repente ela ficou com uma expressão que mesclava raiva e curiosidade.

– Mas ele não te forçou a nada, não é? – perguntou entredentes.

Eu ri me lembrando.

– Não, claro que não! Ele foi fofo. Pediu desculpas, disse que não devia ter perdido o controle, e que não faria nada do que eu não quisesse – terminei com um suspiro.

– Que bom, porque se ele tivesse te obrigado a algo eu acabaria com a raça dele – disse maleficamente. - Mas, ele foi realmente fofo, e esse suspiro no fim, me deu a entender que você queria... – comentou despreocupadamente.

– Calada McKinnon – eu disse entredentes. Ela riu.

– Lily, você ama o James, não adianta negar – ela disse divertida. Eu teria que negar a ela se quisesse continuar com minha sanidade intacta. Não poderia admitir que amava o Potter, nem mesmo para a Lene.

– Claro que não Lene! Eu nunca amaria o Potter – eu disse convicta. Essa era a minha maior mentira. – E você sabe que meu namoro com ele é um plano – continuei para dar mais verdade a minha mentira –, para colocar ciúmes no Diggory.

Então, ouvi um barulho abafado, de algo caindo no chão. E em seguida uma voz masculina perguntar rudemente:

– O que você disse? – era a voz de Sirius.

Me virei imediatamente e me arrependi no mesmo instante. James estava ali, no chão, um buquê de lírios e outro de astromélias, jaziam.

O que vi no rosto de James me fez sentir dor, uma dor completamente estranha, e dolorosa. A dor mais forte que eu já senti na vida.

Lágrimas grossas escorriam por sua bochecha, e seus olhos estavam molhados, minando mais e mais lágrimas. Mas, também em seus olhos, havia dor, tristeza, rancor. Tudo dirigido a mim.

– James – sussurrei. Mesmo tendo saído praticamente sem som, tenho certeza de que ele ouviu.

– É Potter, para você Evans – disse friamente antes de virar as costas e sair.

Não fiz nada, fiquei ali parada o vendo sair e Sirius me lançar um olhar de mágoa, raiva e decepção ao mesmo tempo.

– Lene eu... – eu disse com as mãos na cabeça, sem me virar para ela.

– Tudo bem – ela disse.

Antes de sair ainda ouvi Sirius dizer com raiva:

– Você sabia? – não ouvi a resposta da Lene. Saí do hospital correndo o mais rápido que pude e desmoronei no parque que havia ali em frente. 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews? Espero que a resposta para as duas seja "sim" kkk'
Beeeijos!



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