Infernal Love escrita por juhpiazza


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

gente, consegui postar mais uma antes de ir pra Argentina. Assim, acabou que minha amiga não vai conseguir postar pra mim, pq deu uns problemas. então vocês terão mais um capítulo dia 03/03 as 18 horas! venham aqui que se nao tiver postado já eu vou estar postando. Não se esqueçam. quero que continuem lendo e comentando e etc.!



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Capítulo 14 – Niall Horan

25 de novembro – 13h30min

Aproveitei que teria um dia de folga e fui a uma lancheria para comer alguma coisa rápida. Havia resolvido que ia dar uma passada em casa para pegar as roupas que precisava e falar com Louis e Liam. Não estava com vontade de conversar com Lúcifer. Não depois do que havia acontecido ontem à noite. Nunca desejei tanto não ter ninguém dentro de mim, me sentia sem privacidade alguma.

Não corri. Eu estava tentando adiar o máximo minha ida até aquela casa para ficar correndo até lá, assim que eu entrei na rua tudo pareceu se fechar. O sol pareceu se esconder e o silêncio, como se alguém tivesse segurando o ar para solta-lo inteiro depois, preencheu todo canto. Resmunguei baixo quando um abutre veio para o meu ombro. Abri a porta e todos que estavam na sala pararam para me encarar. Segui reto, em direção as escadas e no caminho achei o Liam e o puxei pela gola da camisa escada a cima. Ele tropeçou nos pés e depois conseguiu me acompanhar. Botei-o para dentro do quarto e vi que Louis estava deitado ali, taquei meu travesseiro nele e ele pulou alarmado.

- Niall! Que você está fazendo aqui? – ele esfregou os olhos e sentou na cama. Liam havia sentado na ponta da cama de Louis e eu já tirava tudo da minha mochila para voltar a enchê-la com outras coisas.

- Dia de folga. – revirei os olhos quando os dois começaram a rir. A ideia de eu estar trabalhando parecia ser bem engraçada para eles. - Vim aqui porque precisava falar com vocês.

- Falar o que com nós? – Liam me olhava desconfiado. Com certeza ele sabia alguma coisa. – Soube que Lúcifer está subindo pelas paredes por sua causa...

- Está? Ah. Bom, justamente por isso. Talvez vocês terão que intervir em todo o plano. – eles me olharam. Respirei fundo e comecei a contar toda história para eles. Toda mesmo.

Não havia porque deixar de contar qualquer parte. Eles eram meus amigos e eu confiava neles. Nos dois. Assim que eu terminei a história, Liam me olhava com um ar de vitória. Sabia que se eu o deixasse diria: “Eu te avisei não te avisei?”, e iria ficar repetindo isso todo o tempo, então resolvi cortar a empolgação dele com um olhar, meio que um aviso de morte. Louis começou a rir. Era incrível como ele sempre levava para o lado engraçado.

- Não posso acreditar que você caiu nessa Niall! – ele dizia entre gargalhadas. – Não posso!

- Louis. – ele me olhou com os olhos cheios de lágrimas, mas controlando o riso. – Vai se fuder.

Ele explodiu em gargalhadas e Liam acompanhou. Revirei os olhos e andei para a porta.

- Calma, meu amor! – Louis andou até mim e me puxou pela cintura me fazendo sentar na cama.  Ele respirou fundo até o ataque passar. – Você quer que a gente interfira como?

- Matem ela. Só isso. Não me contem quando, nem como, nem onde. Só matem. Façam vocês o seu plano e ajam. Quando quiserem. Mas matem-na. Por que se isso depender de mim, não vai acontecer.

- Você tem certeza disso? Lúcifer vai ficar furioso e...

- Liam, foda-se. Eu já vou estar no inferno mesmo.

Levantei-me e fui até a porta, sai de lá o mais rápido que podia. Fui correndo para a casa de Alana e assim que cheguei lá, encontrei a mesma tentando abrir o portão de casa. Ela segurava sem jeito a bolsa, a chave e um jornal. Cheguei por trás dela e abracei sua cintura lhe dando um beijo no pescoço. Eu me sentia mal por ter feito aquilo com Giorgia mais cedo, não que eu estivesse arrependido, eu não estava, muito pelo contrário, eu repetiria e chegaria mais a fundo dessa vez, mas eu estava me sentindo mal. Só isso.

Ela pulou e me olhou, deu uns daqueles sorrisos que me tiram o fôlego e eu sorri de volta. Alana apertava com força o jornal contra o peito e agora a chave tremia nas mãos. Franzi o cenho.

- Está tudo bem Alana?

- S-sim. Tudo ótimo Niall. – a voz dela tremeu e ela fechou os olhos com força, voltando a abri-los logo depois. – Pode me ajudar? Não consigo abrir.

Peguei a chave e abri a porta sem dificuldade. Ela entrou e foi direto para a porta da casa pegando a chave das minhas mãos.

- Ei, vai lá depois? – consegui gritar antes que a porta fechasse.

- Vou sim. – e a porta bateu.

Estranhei a atitude dela, mas voltei a andar para a casinha. Bati a porta com força e me dirigi para a cozinha, buscando uma bebida forte para esquecer qualquer coisa.

- Por que você ainda está com os curativos? Os cortes já estão melhores. – juro que eu dei um salto e a garrafa de Tequila quase voou da minha mão.

Dei meia volta e olhei para a minha cama. Giorgia estava deitada lá. Usava um vestido que tapava apenas o necessário, brincava com uma garrafa quase vazia de vodka. Ela me olhava mordendo o lábio inferior e me veio milhares de cenas maliciosas com ela. Fechei os olhos.

- O que você está fazendo aqui? – botei tequila em um copo e segui até a cama sentando no seu lado. – E o que você falou sobre os cortes?

- Você disse que queria que eu voltasse. – ela tirou o copo da minha mão e botou no chão ao lado da minha cama. Com um puxão tirou todos os curativos e vi que ali havia apenas cicatrizes. – Eles já estão melhores. Dei uma ajudada para eles melhorarem.

- Você... Ah, obrigado. – sacudi a cabeça. – Você tem que ir embora. Alana não pode te ver aqui.

- Ah claro! Está com medo que a namoradinha veja que você está a traindo? – ela riu e eu fiquei com uma raiva enorme dela.

Giorgia se sentou na cama e pegou o copo de tequila, deu um demorado gole e me olhou com uma expressão má no rosto. Eu ia começar a falar qualquer merda, provavelmente falando que Alana não era minha namorada e coisas assim, mas meu grito cortou qualquer coisa que eu pudesse falar. Ela havia derramado a metade que havia sobrado no copo nos meus cortes. O contato do álcool com a pele machucada ardeu. Ardeu pra caralho. Dei um grito e pulei para longe dela. A bebida entrava nos cortes que haviam aberto novamente, o sangue se misturou com a tequila. Meus olhos estavam transbordando de lágrimas.

- Porra, por que você fez isso? – não consegui conter minha voz que saiu em um grito.

Ela riu e pegou minha mão me puxando para cama, cai no seu lado e ela limpou os cortes com o lençol, forçando em cada abertura, fazendo a tequila entrar nos cortes e a pressão ardia. Gemi alto, mas não conseguia me mexer. Ela segurou meu cabelo e me puxou para a perto, nossas bocas novamente se encontraram e eu me esqueci de qualquer dor. A língua dela começou a brincar com a minha e quando eu vi minhas mãos já estavam na sua cintura e as dela no meu cabelo. Teríamos avançado, se nós não tivéssemos escutado alguém tossindo. Juro que quando escutei, meu sangue gelou. Separei o beijo e olhei para o lado. Alana estava ali. A porta estava fechada e sua mão ainda se mantinha na maçaneta, os olhos iam de mim para Giorgia e vice e versa. O rosto preservava uma expressão dura. Não era de alguém que iria chorar ou que iria surtar. Era de alguém que queria uma explicação.

Joguei Giorgia para o lado e saltei da cama. Eu nunca havia sentido um desespero daquele tamanho. Estava tomando meu coração, a ideia de perdê-la, eu estava tão perto de perdê-la, me fazia querer morrer. Alana não falava nada, muito menos Giorgia. E eu não sabia o que falar, estava completamente desesperado. Eu estava fazendo pouco caso de perdê-la, falando que aquilo não iria doer e que era completamente aceitável. Mas ali, a dor me consumiu e a ideia de eu não ter Alana pareceu absurda. Completamente absurda.

- Alana, eu... – o olhar que ela me lançou fez eu me calar na mesma hora.

- Eu nem sei por que eu achei que seria diferente com você. – a voz dela estava tremula e denunciava que ela estava prestes a chorar. – Ah, sei sim. Por que talvez eu tenha me entregado para você.  Talvez por causa disso, mas claro que não. Na primeira oportunidade você já esta com outra.

- Não estou com outra Alana! E também, e se eu estivesse? Nós não tínhamos nada. – ela cambaleou quando eu disse aquilo, pude ver através de seus olhos como ela tinha ficado abalada com a minha resposta. Era óbvio que tínhamos alguma coisa. Podíamos não ser namorados, mas com certeza, nós éramos alguma coisa e eu não tinha o direito de fazer isso com ela.

Eu estava prestes a falar isso quando senti minha bochecha direita arder, soube na mesma hora que o contorno dos dedos de Alana iam deixar boas marcas ali. Passei a mão pelo rosto, ardia. Eu sabia que de certa forma aquilo era merecido. 

- Alana, deixa eu te explicar, por favor. – eu contaria tudo para ela. Tudo. Quem eu era, porque eu era assim, meu propósito ali, tudo. Só para não fazê-la chorar.

- Não. Eu acho que já entendi.

E dizendo isso ela saiu e bateu a porta. Senti meu mundo desabar.


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Notas finais do capítulo

sabem o que vai ter no capítulo 15? Isso mesmo. Alana vai descobrir praticamente TU-DO. entao né. só pra deixar vocês curiosas. DIOHDSALKDSAHISDA beijos bbs. ♥