Violet acordou cedo e se arrumou para as aulas que começariam depois do café, ela estava tão entusiasmada que nem ligou em parar para comer apenas correu pelo o enorme e antigo castelo em busca das salas onde aconteceriam suas aulas.

Violet entrou na torre de astronomia, não acreditava que teria que sair das masmorras toda terça de manhã para ter que ir à torre do lado oposto do castelo só para ter apenas uma aula.

Quando chegou viu que era uma das poucas alunas a chegar e foi se sentar numa mesa isolada do lado esquerdo da torre.

No lado esquerdo da sala tinha apenas quatro alunos da Sonserina e no canto direito sete alunos da Corvinal.

Violet ficou sentada folheando seu livro de astronomia até sua sala encher de alunos de verde e outros de azul, um menino de verde se sentou do seu lado e ela tirou os olhos do livro pra olha-lo.

– Olá. – disse o menino de olhos castanhos escuros e de cabelos cachados da mesma cor. – Sou o Pero Zanatta.

– Oi, sou Violet... – Violet parou e pensou antes de continuar. – Hope... Violet Hope, prazer em conhecê-lo Pedro. – Violet esticou a mão para cumprimenta-lo e ele fez o mesmo.

– Pero. RO, não Pedro. – ele disse e Violet enterrou o rosto na mão, sempre fazia isso quando estava com vergonha. – Sem a letra D.

– Desculpe, é que seu nome é... – Violet parou pra pensar no que responder.

– Bizarro, eu sei... – Pero respondeu.

– Eu ia dizer diferente! – ela exclamou na tentativa de corrigi-lo antes que fosse tarde.

– Crianças como é bom ver todos você novamente... – ela parou e começou a encarar Violet. – Olhe só, temos uma aluna nova... Alguém mais novo na turma? – seus olhos passavam em cada canto da sala a procura de outro desconhecido.Ninguém se mexeu. - Bom... Turma, temos uma aluna nova, qual seu nome minha pequena? – ela foi até a mesa de Violet e se apoiou a encarado. – Vai, sem timidez nos diga seu nome pequena.

– Violet Hope. – Violet engoliu em seco, a mulher alta de longos cabelos grisalhos e com o rosto coberto de rugas a encarava com seus enormes olhos cinza.

A professora voltou para o palco na frente da sala.- Bem vinda Viola...

– Violet. – Violet corrigiu, mas a professora fingiu não ouvir.

– Será muito bom ter mais um rostinho sorridente na sala, mas como todos devem lembrar astronomia é uma matéria séria e extremamente difícil.

O resto da aula se seguia com as baboseiras da professora sobre Júpiter estar desalinhado e com a explicação de um trabalho que ela passara sobre preencher uma tabela localizando e identificando corretamente diversos corpos celestes visíveis.

A aula acabou e todos os alunos se direcionaram para as próximas aulas, Violet e o resto da Sonserina iam para a aula de transfiguração com a diretora da noite seguinte.

Transfigurações moleza, Poções calmo os verdadeiros problemas de Violet eram as aulas de Defesas Contra as Artes das Trevas e a mania de seus professores de lhe chamarem de Viola.

Ao final da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, Violet morria de fome e corria em direção ao salão principal para almoçar e sentou-se à mesa da Sonserina ao lado de Pero que guardou um lugar pra ela enquanto ele devorava uma enorme coxa de frango sem piedade.

– Obrigada. – Violet disse se sentando ao lado de Pero.

– Que isso, é o mínimo que posso fazer por você explicar astronomia. – Pero disse dando-lhe um belo sorriso.

– Coisa fácil, difícil é Defesa Contra as Artes das Trevas.

– Eu não entendo bulhufas daquela aula, eu ainda acho que tudo aquilo é um monte de pontinhos brilhantes no céu. – ele disse corando.

Violet estava terminando de almoçar quando ouviu alguém chama-la.

– Viola. – Scorpius disse enquanto espremia Violet entre ele e Pero. – Olá Pero, parece que já conheceu a pequena Viola...

– Para! – Violet berrou enquanto enfiava um pedaço de frango na boca de Scorpius.

– Ui, ela ficou irritadinha. – Scorpius disse colocando o pedaço de frango no prato.

– Relaxa, é brincadeira Violet.

Violet pegou sua mochila se levantando até a saída e indo em direção ao banheiro feminino mais próximo.

Entrou as pressas no banheiro tacando sua mochila numa pia enquanto na outra mergulhava o rosto na água fria que caia da torneira.

– Vio... – uma voz masculina sussurrava em seus ouvidos.

– Violet! Violet! E não Viola. Violet! – ela se virou gritando.

Ficou parada uns minutos encarando o nada, não tinha ninguém ali.

– Murta? – ela sabia que existia um banheiro amaldiçoado por um fantasma de uma menina que morreu olhando para um basílisco conhecida como Murta Que Geme, de acordo Dominique.

– Não... – a voz sussurrava. – Minha voz parece de uma fantasma idiota?

– Quem está ai? – Violet passou por cada cabine abrindo a porta na procura de alguém escondido fazendo uma pegadinha de mau gosto.

– A querida Violet, não me reconhece? Sua mãe nunca te contou sobre mim pequena Riddle?

– Como sabe meu nome? Onde você está? – Violet estava parada olhando para a última cabine que abrirá.

– Atrás de você.

Violet se virou e viu um menino de cabelos preto e olhos verdes extremamente escuros, isso fazia ser impossível parar de encara-los se ele fosse um basílisco seria impossível sair com vida.

– Quem é você? – Violet tremia de medo e um frio percorreu seu corpo.

– Tom. – disse com uma voz calma. – É bom finalmente conhece-la.

Violet ficou quieta encarando seus olhos, o menino era jovem parecia ser uns dois anos mais velho, uns vinte centímetros mais alto e usava vestes verdes que nem as dela, mas ele tinha um aspecto mórbido era desbotado parecia fumaça, talvez um fantasma.

– Você me conhece? – sua voz falhou.

– Sim pequena Riddle e irei precisar de sua ajuda, afinal família ajuda família. – ele a encarou fixamente num momento e no outro atravessou Violet como se ela nem estivesse ali, fazendo a menina desmaiar.