A Herdeira escrita por Awkward Drae, Bugaboo


Capítulo 25
Dona Morte e o adeus.




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Scorpius e Thiago saíram de trás da pilastra e foram até onde Louis tinha caído, enquanto eu rasgava um pedaço da minha camisa e amarrava na perna machucada de Katherina fazendo um torniquete improvisado, mas o sangue ainda jorrava de sua perna.

Doni estava ajoelhada do meu lado com a mão no machucado de Katherina.

– Vá atrás da pedra e a destrua! – ela exclamou enquanto eu a fitava, não queria deixar Kath sozinha. – Vá logo Viola!

Levantei-me e corri até Thiago e Scorpius, chegando lá vi o Louis caído e se retorcendo de dor e pude concluir que o braço dele não deveria daquele jeito. Meus olhos foram atraídos para um brilho perto da cabeça de Louis, era pedra.

Corri até a pedra e a peguei.

E agora? Lembro-me de ter lido sobre destruir a pedra, mas como era mesmo? Algo como devolvê-la para a morte.

Uma luz se acendeu na minha cabeça. Olhei envolta das pilhas de objetos queimados atrás de algo que me servisse. Finalmente achei o que parecia um dente enorme e bem afiado e fui até ele, o peguei bem firme. Enfiei o dente bem em meu coração.

Tudo a minha volta ia se escurecendo, uma dor percorria meu corpo e minhas pernas perdiam as forças até eu desabar para frente no chão, a única parte do meu corpo que ainda tinha força era a minha mão que segurava firmemente a pedra. Eu estava caída no chão, com os olhos abertos pude ver Scorpius correr na minha direção e segurar meu rosto, sabia que tinha que falar para ele ficar calmo, porém meu corpo não obedecia mais a minha pessoa.

Um frio percorreu meu corpo me fazendo encolher e um véu preto estava parado atrás de Scorpius.

Cuidado Scorpius! Saia! Scorpius fuja! – gritei.

Levantei num salto e fiquei cara a cara com o dono do véu, era uma figura encapuzada com sombrios olhos castanhos e seu rosto estava decrepito.

– Viola, não a esperava a essa hora. – a voz da figura encapuzada falou o que fez meu corpo todo tremer. – Porque a visita antecipada?

– Você é morte, não é? – perguntei secamente.

A figura encapuzada soltou uma risada que era pior do que qualquer pesadelo que já tive.

– Exatamente minha querida. – disse a morte.

– Vim lhe devolver o que é seu. – disse abrindo a mão que não tinha nem percebido que estava fechada e revelando a pedra. – Ela já causou muitos problemas.

A morte pegou a pedra e a analisou abrindo um largo sorriso sombrio.

– Obrigada Viola, mas algo me diz que não é só por isso que veio.

– Quero acabar com Tom! – disse rispidamente.

– Você acabou com ele no momento em que seu sangue encostou com a pedra, não sabia disso? – ela disse cínica.

– Como assim? – perguntei.

– Um sacrifício bruxo é necessário para voltar à vida, porém o sacrifício não pode ser feito com sangue da sua própria linhagem Viola.

– Isso quer dizer que meu ato desesperado para me livrar da pedra matou o Tom sem eu saber? – pergunto confusa.

A Morte assente com a cabeça e diz:

– Você vê Tom em algum lugar? Ou sente a presença dele?

Não tinha pensado nisso, não sinto a presença de Tom. Meus olhos varrem a sala precisa e percebo que só tem um Scorpius chorando e meu corpo ensanguentado.

– Não notei isso antes. – digo voltando a encarar a Morte.

Ela abre um sorriso sombrio.

Meu corpo começa a doer, meu coração começa a doer como se estivesse em chama e eu caio me retorcendo de dor. Olho em volta e vejo Scorpius arrancando o dente do meu coração.

– Ainda não é a sua hora Viola. Adeus. – a Morte sussurra com os olhos brilhando. – E espero que nosso próximo encontro seja o qual eu marquei para você.

– Quando será? – pergunto ainda me retorcendo de dor.

– Vai demorar alguns anos ainda Viola, mas saiba que fui bondosa dessa vez e na próxima não terei tanta compaixão assim. – a voz da Morte é calma.

Encaro a morte e vejo Anastácia ao lado da morte.

Ana! Não Ana, não vá!

Ela abre um sorriso tímido e da de ombros. As duas viram fumaça e somem. E a dor aumenta, acabando com todas as minhas forças até que fecho os olhos me entregando à dor.

O ar invade meus pulmões, a dor é pior que Cruciatus. Solto e puxo o ar várias vezes até a sensação de que meus pulmões estejam sendo rasgados pare. Abro os olhos e vejo Doni e Thiago abraçados enquanto Scorpius fica chorando com as mãos no rosto. Levo minha mão com calma até onde o dente deveria estar, porém meus dedos se encontram com a minha pele que esta aos poucos recuperando a temperatura normal. Meus dedos sentem o meu coração batendo dentro do meu peito tentando recuperar o trabalho perdido.

Sento-me aos poucos e noto que todos param de chorar e olham para mim. Todas as minhas juntas doem, porém isso não me impede de sorrir para eles.

É tão bom saber que posso confiar neles e que eles confiam em mim.

Os dias se passaram desde o trágico acontecimento. Eu já estava de alta diferente da minha irmã que vai passar mais uns dias na enfermaria, a sorte é que temos a Marienne para nos medicar, Louis também estava na enfermaria com o braço engessado depois de voar 4 metros e quebrar o braço em três lugares diferentes.

O enterro de Anastácia tinha acontecido a uns dias atrás, mas só agora que estou no Expresso Hogwarts voltando para casa que iria lhe dar meus sinceros pêsames, não tive coragem de ir no enterro dela no dia, afinal me sinto culpada por demorar tanto para salva-la.

O bom é que nunca mais teremos que ver Tom novamente e estamos finalmente livres da sua ideia de dominar o mundo bruxo.

Deitei-me no colo de Scorpius e ele começou a acariciar meu cabelo, agora estamos juntos nada nos separa. Afinal poderá me visitar sempre agora que moro na Toca junto com os Weasley’s e os Potter’s.

Quem diria que tudo iria mudar tão rápido.



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