Eu não sabia o que fazer. Tom tinha a pedra, então teríamos um sacrifício, mas quem seria a pessoa que ele usaria? Scorpius? Eu? Louis? Não achava que ele ia usar um de nós.

 Deite-me e coloquei alguns feitiços na cama, se as meninas tentassem abrir a cortina não conseguiriam, e dormi em um segundo. Acordei de manhã e me arrumei rápido, percebi que era a única no quarto. Desci para o salão comunal e lá estavam eles, os Potter’s, os Weasley’s e Scorpius. Fomos todos juntos ao salão comunal. Quando entramos todos se viraram para olhar para nós.

 A quem está tentando enganar, se viraram para me olhar.

Olhei para a mesa da Sonserina e vi que Anastácia não estava lá.

Deve estar dormindo.

Fomos à mesa e sentamos Weasley’s de um lado, Potter’s de outro, e Scorpius ao meu lado. Tentamos tomar o café normalmente, mas aqueles olhares não eram nada bons. Quando todos terminaram a diretora se levantou.

- Alunos, eu tenho um comunicado importante para fazer a vocês. – ela disse e me chamou com um aceno de mão.

Levantei-me do meu lugar e fiquei ao seu lado.

- Como sabem ontem Louis Weasley disse que nossa aluna Violet era uma comensal, ontem à noite eu conversei com o senhor Potter e com Viola e a verdade foi dita. Tom Riddle ou como muitos conhecem Lord Voldemort estava tentando utilizar Violet para voltar à vida, mas como não conseguiu ele pegou o corpo de Louis Weasley e como ele sabia os segredos de Viola jogou a culpa nela. Pesso a todos que acreditem nisso, pois é a mais pura verdade, e pesso tambem que todos andem acompanhados de agora em diante ate acharmos Louis e se o virem, por favor, me contem imediatamente. – ela deu o discurso e me mandou sentar. E depois ela própria se sentou à mesa dos professores.

Os alunos estavam estupefatos, mas acreditavam na diretora.

Fui para a mesa da Sonserina, onde montei um prato que parecia mais uma montanha de comida, não sabia de onde vinha tanta fome. Comecei a comer como nunca.

- Então Viola... Você não é mesmo uma... Você sabe né? – uma garota loira do sexto ano puxou assunto comigo.

Neguei com a cabeça.

- E aquela sua amiga russa? – a garota ao lado da loira perguntou.

- Anastácia? Comensal? – não consegui segurar a risada. – Ela não mata nem uma mosca...

- Não é isso que me falaram. – a loira disse.

- E o que te disseram? – perguntei cínica.

- Me falaram que ela é esquisita e que vem de uma família de adoradores do Lord Voldemort, o avô dela era um seguidor muito fiel do Lorde das Trevas. – a loira falou.

- E soube que ela anda vasculhando os quartos atrás de algo... – disse a menina do lado da loira.

- E eu soube que ela vive no banheiro da Murta ou na sessão reservada a noite toda. – a loira continuou.

- Isso tudo é mentira! – exclamei.

- É mesmo? Então cadê ela? – falou a loira.

- Ninguém a viu desde ontem à tarde Viola. – falou a amiga.

Levantei-me e fui até a mesa onde estavam os Weasley’s e os Potter’s.

- Tom esta com a Ana! – exclamei. – Temos que salva-la. – sai correndo para fora do Grande Salão e eles me seguiram.

- Viola! Para! – Thiago falou. – Se ele esta mesmo com ela, como vamos acha-la?

- Verdade, por acaso sabe para onde ele a levou? – disse Doni.

- Não. – mas eu tinha que acha-la, se ela estivesse mesmo com o Tom isso quer dizer que ele vai mata-la.

Esse pensamento me fez estremecer, olhei para todos e vi Albus com um pergaminho velho na mão.

- Ela não esta aparecendo no mapa do maroto. – Albus disse me olhando.

- O que é isso? – perguntei.

- É um mapa que mostra onde estão todos no castelo. – Doni explicou.

- Então quer dizer que ela esta fora do castelo! – exclamei e corri para a porta de entrada, mas algo me puxou pelo o braço.

- Não. Ela ainda esta no castelo. – disse Scorpius.

- Eles disseram que não a acharam no mapa, então ela esta fora dele seu demente! – gritei para Scorpius.

- Meu pai me contou histórias com esse mapa, a Sala Precisa é o único lugar que não mostra.

- Você acha que ela estar lá? – Doni perguntou.

Ele assentiu.

Eu corri pelas escadas até o andar da Sala Precisa e os outros tentavam me seguir.  Eu nem sabia que era capaz de correr tanto.

Chegamos à entrada da Sala Precisa e ficamos caminhando de um lado para o outro mentalizando.

“Nos leve para junto da AnastáciaLukashenko”

Uma porta começou a se formar bem em nossa frente. Era enorme e escura, feita de ferro parecia ter séculos de existência assim como o castelo,  mas a porta tinha pedaços que pareciam terem sidos queimados e os detalhes em metal pareciam terem retorcidos por causa de calor.

A porta se abriu revelando um ambiente escuro e frio, o chão estava molhado com um liquido escuro.

Thiago se abaixou e passou o dedo no liquido, era sangue.

Meu coração se apertou.

E se fosse da Ana? Se ela tivesse morrido?

Comecei a seguir o rastro de sangue. Parei assim que vi uma bacia de pedra, parecia ônix pela cor.

Aproximei-me e ela estava cheia de sangue, ajoelhei-me e botei a mão dentro da bacia, estava vazia, nada da pedra. Tirei a mão da bacia e limpei na calça o sangue.

- Ainda não está completo o sacrifício, a pedra não esta aqui. – sussurrei.

Ouvimos barulhos de passos e nos escondemos atrás das pilastras e armaduras.

Era o Louis, ele estava se aproximando da bacia. Algo em sua mão reluzia, ele estava com a pedra. Louis ainda era escravo do Tom e estava a poucos passos de fazê-lo.

Então é isso, perdi Anastácia e Louis, Tom vai ganhar um corpo e voltará a ser o maior bruxo das trevas do mundo por minha causa? A vida no mundo bruxo nunca mais será a mesma, a paz que Harry Potter lutou por tanto tempo será rompida por causa de um descuido meu.

- Everte statum! – uma voz ressoou pela sala precisa e Louis foi lançado pelos ares.

Olhei para os meninos e todos deram de ombros.

- Viola! – a voz exclamou. – Apareça agora!

 Eu sai de trás da pilastra e vi de quem era a voz, e lá estava a minha salvadora parada na minha frente com a varinha em mãos e seu rosto era sombrio, seu cabelo preto estava bagunçado e seus olhos esmeraldas ardiam de raiva e dor, seu andar era incerto parecia que iria cair.

 Ela veio até a minha direção e parou a poucos metros de distâncias de mim e eu pude perceber que ela estava encharcada de sangue, percebi que sua perna tinha um enorme buraco que espirrava sangue.

  - Olá maninha. – Katherina deu um sorriso sombrio e caiu no chão inconsciente.