A Herdeira escrita por Awkward Drae, Bugaboo


Capítulo 12
Óculos meia-lua.


Notas iniciais do capítulo

Depois de milênios eu postei algo. kkk
Alguém me ajudar na história? Se sim mande uma mensagem avisando.



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Eu estava de volta a Hogwarts, finalmente me sentia em casa depois de tudo que aconteceu

Estava quase na hora do jantar e eu ainda não tinha saído do dormitório, apenas ficava pensando em como me vingaria de Tom, aquele desgraçado teria que me pagar... Ninguém machuca minha família e sai impune!

- Viola! Levante já dessa cama! – Anastácia puxou minha coberta e agora tentava me fazer levantar. – Você tem que comer algo, não pode ficar assim o dia todo, já perdeu todas as aulas do dia e agora não vai comer nada? Se quiser morrer deixe um balaço te acertar na cabeça!

Eu me sentei e fiquei a encarando.

- Ana... É que eu não estou bem para fazer nada hoje, apenas quero ficar no meu canto, entendi?

- Pelo menos tente comer algo Viola. – ela fez cara de cachorrinho sem dono, não conseguia dizer não assim.

Eu me levantei e fui até o malão pegar um casaco.

- Vamos. – eu já estava na porta do quarto a esperando. – Antes que eu mude de ideia...

Ela correu para meu lado e fomos em direção a saída do salão comunal da Sonserina, subimos as escadas e seguimos rumo ao grande salão que exalava um cheiro gostoso de comida, eu nem tinha reparado que estava com fome até meu estomago roncar.

- Scorpius está ali. – Anastácia me puxou pelo o braço e foi até onde Scorpius estava sentado.

- Quem é vivo sempre aparece, não Vi? – ele deu um sorriso caloroso ao nos ver.

Sentei-me entre Scorpius e Anastácia, eu estava com tanta fome que apenas ia enchendo meu prato de comida enquanto Anastácia contava do seu Natal com a família e de como a seu irmãozinho acidentalmente botou fogo na árvore.

- Falando em Natal, obrigada pelo presente Scorps, é lindo. – dei-lhe um beijo na bochecha e vi que ele corou.

- Que presente Viola? – Anastácia ficou curiosa.

Tirei o cordão de dentro da blusa e mostrei o pingente de coruja banhando a ouro branco.

- Lindo, não?

- Muito! Foi você quem escolheu Scorps? – ela perguntou a Scorps e mais uma vez ele corou.

Foi, algum problema?

- É que eu não sabia que você tinha bom gosto Scorps. – Anastácia falou, e Scorps retribuiu mandando língua.

O resto do jantar foi calmo, tirando os olhares assustados de Scorps e Anastácia ao me verem devorar dois pratos cheios de comida.

Estava a caminho do salão comunal quando uma voz me chamou, era a voz de Tom. Apenas ignorei, continuei andando, mas meu braço começou a queimar e minha visão foi ficando escura e embaçada, aos poucos eu enxergava apenas vultos, me apoiei na parede e fui me arrastando só que quanto mais me afastava da voz de Tom, mais meu corpo ficava pesado e a cicatriz doía.

Violet. – a voz era sombria.

- Me deixa em paz. – gritei. – Não sou mais manipulada por você!

Meu corpo pesava tanto que não consegui evitar a queda, eu estava caída no chão, meu corpo todo doía e não enxergava nada.

- Me de o medalhão Viola e te deixarei em paz.

- Que medalhão? – me encolhi no chão e tapei meus ouvidos, parecia que minha cabeça ia explodir.

- Você sabe que medalhão, a pedra da ressurreição! – ele gritou o que me fez pressionar mais as mãos contra os ouvidos e fechar os olhos com força enquanto apenas desejava que isso parasse.  – Sei que esta com você traidorazinha.

- Não sei do que esta falando, que pedra é essa?

- Não minta novamente para mim!

Senti meu corpo sendo chacoalhado com tanta força que cheguei a pensar se meus ossos iriam sair do lugar.

- Não estou mentindo!

- Eu quero a ped...

A voz de Tom sumiu e com ela a queimação na marca, a dor do corpo e a visão embaçada. Abri os olhos e vi o rosto de Scorpius me encarando come medo e nojo. 

- Scorps. – me sentei e fui abraça-lo, mas ele afastou meus braços.

- O que é isso? - ele pegou meu braço e apontou para a marca negra, minha pele envolta da marca estava roxa pareciam enormes hematomas. – Porque você tem a marca do Você-Sabe-Quem? – ele praticamente cuspia as palavras.

- Olha Scorps... – me levantei e ele fez o mesmo, mas agora mantinha distancia.  – Não é o que parece...

- Não explique nada Viola, não irei acreditar de qualquer maneira! – ele tinha me dado às costas, mas parou no meio do caminho e disse. – Se eu fosse você pensaria duas vezes antes de fazer algo só por causa dessa marca... – ele voltou a se afastar.

Já eu apenas fiquei parada olhando ele ir embora, e dessa vez para sempre, afinal quem não iria?

Fui à direção oposta da de Scorps, eu queria sair do castelo para tomar ar puro, eram muitos problemas para uma vida só.

Desci as enormes escadas que davam para as portas velhas de ferro da entrada do castelo, para minha sorte as portas ainda estavam abertas, aproveitei e fui até o lago negro.

- Fugir não vai ajudar em nada minha querida.

Olhei para trás e vi um homem de cabelos e barbas prateados e com pequenos olhos que ficavam escondidos sobre óculos meia lua.

- Desculpe, mas quero ficar sozinha, Senhor... – olhei com um ar de duvida e ele entendeu.

- Me chame de Dumbledore, minha jovem. – ele tinha um sorriso paternal no rosto.

- Que? Impossível! – me arrepiei ao ouvi-lo dizer aquele nome.

- Porque impossível minha jovem?

- Voc... Você esta morto!

- Nada é impossível minha querida, acha magia possível?

- Obvio que sim. – eu cuspi as palavras, ele era um velho caduco.

- Os trouxas acham que não é possível, pensam que magia é tirar um coelho da cartola, mas olhe as pessoas dessa escola, conseguem transformar um rato em taça, pequena Violet. – ele me encarava com aqueles olhos miúdos. – Porque acha impossível eu estar aqui na sua frente?

- O Senhor é um fantasma que nem o Tom?

- Fantasma não, lembrança. – disse ele.

- O Senhor pode me ajudar? – minha voz foi falhando. – Você sabe como para-lo?

-Sei, mas só você pode fazer isso Violet.

Ele sumiu, me deixando sozinha naquela noite fria e assustadora.


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