A Herdeira escrita por Awkward Drae, Bugaboo


Capítulo 10
Mentiras.




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Acordei e o meu relógio marcava 10 horas da manhã, a casa estava silenciosa e cheirava a panquecas e isso fez meu estomago pular para fora, me levantei e desci correndo para a cozinha.

Todos pararam de falar assim que cheguei e ficaram me encarado e algo me dizia que isso não era nada bom.

- Bom dia. - eu disse timidamente.

Mas ninguém me respondeu, a Senhora Molly Weasley entrou na cozinha com mais uma travessa cheia de panquecas frescas e encarou a todos querendo entender o motivo do silencio.

- O que aconteceu? Cara de quem morreu...

- Temos uma traidora entre nós. - Ronald se levantou e foi até e começou a me fuzilar com os olhos.

Abaixei a cabeça e a Molly veio até mim e me abraçou num ato maternal e protetor.

- Ronald Bíllius Weasley o que você esta insinuando? - Molly disse me apertando mais contra ela.

Ele puxou meu braço onde tinha a enorme caveira com uma cobra marcada na pele e levantou a manga da minha blusa deixando a mostra minha marca negra para todos verem.

- Mas... O que... Não, não acredito... - ela me largou e começou se afastar enquanto fuzilava minha marca. - Você!

Ela me segurou pelo o cotovelo e foi me arrastando até a porta da frente onde abriu e me tacou do lado fora.

- Saia da minha casa, vá embora! Agora! - ela fechou a porta na minha cara.

- Por favor, deixe eu me explicar! Não quero machucar ninguém, vim pedir ajuda ao Harry... - eu esmurrava a porta com todas as minhas forças. - Pergunte ao Louis, ele sabe tudo!

Ouvi sussurros e a porta destrancando, Molly estava com a varinha na mão enquanto fazia gesto para que eu entrasse com a cabeça.

- Tudo bem, entre. - Arthur me esticou a mão para que eu a segurasse e foi o que eu fiz. - Não podemos taca-la na rua é apenas uma criança e é véspera de Natal. - ele disse se virando para a multidão de Weasley's e Potter's que encaravam tudo chocados.

- Juro que não quero machucar ninguém, eu só quero ajuda para me livra disso. - apontei para a marca negra. - E para me livrar do Tom...

- Você o viu? - Hermione tinha ido até mim.

Eu assenti com a cabeça fazendo com que seu rosto fosse tomado por uma expressão de medo, podia ver suas mãos tremendo.

- Harry, como? Você o matou, não foi?

- Sim, e agora Tom quer vingança. - eu quem respondi.

- Estou com medo... - Gina foi até Harry e o abraçou com força enquanto soluçava e Harry apenas a apertou mais contra ela num gesto protetor.

- Eu também... - ele soluçou. - Todos nós estamos meu amor...

- Não vamos deixar isso nos abalar, estamos em maior quantidade que ele e faremos de tudo pra vencê-lo, por hora acho que deveríamos esquecer não podemos deixar ele estragar nosso Natal logo agora que toda a família está aqui, arranjaremos um jeito... Por enquanto vamos nos preocupar com a comida queimada da vovó. - Louis disse se sobressaltando da multidão.

- Concordo. - Fleur veio e abraçou Louis. - Bom... Quem quer panquecas?

Todos foram para a mesa e tomamos o café da manhã, o silencio predominou até Rose começar a falar de Quadribol, eu apenas comia em silencio me sentia muito constrangida com o ocorrido e não entendo nada de Quadribol.

- Viola você joga? - Rose perguntou.

- Nunca montei numa vassoura, imagina jogar algo tão complicado como Quadribol.

- Então jogue com a gente! - Rose disse enquanto Senhora Molly ia até a porta da frente ver tinha lhe chamado.

- Eu... Acho melhor não, não sei como se joga...

- Eu lhe ensino! - uma voz suave percorreu a sala e eu tive que em virar pra ver quem era.

- O que faz aqui? - me levantei e fui até ele.

- Meus pais queriam desejar um feliz Natal a todos pessoalmente.

Eu o abracei.

- Saudades de você loiro! - ele retribuiu o abraço.

Scorpius me fazia me sentir baixinha, minha cabeça mal batia no seu ombro, mas com Thiago era pior ele era incrivelmente alto, diferente do pai.

Larguei Scorpius e um homem alguns anos mais velho que ele, mas com os mesmos traços entrou na sala se Scorpius tivesse a mesma idade dele poderia jurar que eram gêmeos.

O homem se aproximou e Scorpius nos apresentou, era seu pai o famoso Draco Malfoy, ele se retirou e foi falar com Harry e os dois começaram a cochichar, eu podia jurar que Draco não tirava os olhos de mim.

Scorpius e Rose me puxaram até o jardim coberto de neve e me explicaram todas as regras de Quadribol, assim que terminaram fomos jogar e eu fiquei de apanhadora. Não precisava explicar que ver aquela bolinha dourada com asas no meio de tanta neve era quase impossível.

Duas horas tinham se passado quando finalmente Thiago pegou o pomo antes de mim e marcando ponto para o time adversário, definitivamente eu não nasci para esportes.

Pousamos e o pai de Scorpius foi embora com sua esposa enquanto levavam Scorpius junto, ficaria com saudades daquele loiro e eu podia jurar que Draco não tinha gostado da minha pessoa.

A noite escura e gélida predominava a véspera de Natal com um ar sombrio, mas a família Weasley exalava tanta felicidade que era impossível se preocupar com algo.

Tomei banho e desci para a ceia de Natal, todos estavam com roupas formais e arrumavam a mesa, eu e as outras crianças ficamos no sofá da sala enfrente a lareira comendo uns aperitivos até a Fleur ir nos chamar para jantar.

Terminamos de jantar e fomos abrir os presentes, era estranho não passar o Natal com minha mãe e algum namorado dela.

Nunca tinha ganhado tanto presente na minha vida, no máximo uns três. Um de minha mãe, outro do namorado dela e outro da minha avó, mas hoje eu tinha setes sendo deis da família Weasley e o sétimo de Scorpius, só tive coragem de abri-lo no silencio do meu quarto.

Era lindo. Droga Scorpius quem mandou me dar um presente? Aquele loiro!

Dentro da caixinha miúda verde de laço prata tinha um cordão de ouro branco com uma coragem também banhada em ouro branco, seus olhos eram duas pedras verdes escuras quase pretas.

Coloquei o colar e fui botar um pijama e o suéter que Molly tinha feito pra mim, era um suéter verde claro com um enorme V preto costurado nele, era quente e algo nele lembrava família algo eu não tinha exatamente.

Deitei e fui sugada para mais um sonho manipulado por Tom.

– Cadê? - ele disse.

– O que? – eu perguntei me fazendo de desentendida.

– O Potter, eu o quero! – sua voz ficou macabra. – Quero minha vingança!

– Não sei onde ele está!

– Mentirosa! – ele se aproximou e esticou meu cordão pra ver melhor. – Interessante...

– O que?

– Nada... Agora me diga a verdade, cadê o Potter?

Eu fiquei quieta.

– Tic... Tac... Tic... Tac... – ele suspirou. – Resposta incorreta Viola!

– Eu não sei...

– Mentira! Odeio quando mentem para mim! – ele fez uma pausa e logo voltou a falar. - Mas já que assim será assim vou fazer...

O sonho virou fumaça e logo fui puxada por outro sem o Tom.

Meu coração disparava e uma sensação ruim me invadiu nos sonhos, resolvi ignorar afinal o que ele podia fazer?

Fui acordada pelo Arthur que estava com uma cara de quem viu alguém morrer.

– Mas... O que aconteceu? – eu me espreguiçava.

Arrependi-me de ter perguntado.

– Vi... Tenho uma péssima noticia a te dar... – ele começou

– O que aconteceu? Desembuche! – meu coração pulava pra fora do meu corpo.

– Sua mãe... Ela foi encontrada morta hoje...

– Como? – meu corpo foi invadido por uma onda de frio e lágrimas começaram a rolar.

– Parece que ela se enforcou, sua mãe era depressiva?

– Que? Depressiva? Nunca!

Ele me abraçou e eu comecei a chorar, uma raiva preencheu meu corpo e eu já sabia quem tinha feito isso.

– Vai ficar tudo bem - ele disse mais pra si do que para minha pessoa.


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