A Herdeira escrita por Awkward Drae, Bugaboo


Capítulo 1
O começo do Fim.




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Depois de 19 anos a vida era tranquila, nada mais preocupava as pessoas a não ser se naquele dia iria chover ou não.

Era um dia nublado como outro qualquer,ecom um uma leve brisa fria que causava arrepios. Aquilo não poderia trazer suspeita alguma do que estava realmente acontecendo.

Um velho Opala preto 92 estacionou em frente à estação King’s Cross e dele saíram duas damas. Uma com seus 39 anos estampados na face branca-marfim, que resaltavam seus olhos verdes esmeraldas pelos quais eram emoldurados por densos cabelos pretos e enrolados. A mulher parecia exausta e feliz ao mesmo tempo, como se não tivesse dormido há dias esperando por esse momento.

Ao seu lado encontrava - se uma menina com seus 14 anos. Seu rosto se parecia muito com o da Dama que a acompanhava, mas essa tinha pequenas modificações: a jovem garota tinha cabelos castanhos levemente avermelhados e olhos bem escuros como o céu de uma noite nublada, o que fazia parecer um pouco mais pálida que o normal.

– Violet, vamos, está quase na hora! – disse a mulher de cabelos pretos enquanto arrastava a de avermelhados. – Você vai se atrasar garota. Já está quase na hora de entrar naquele trem, e não a deixarei se atrasar mais quatro anos novamente!!!

– Nem tem como, a escola só vai até o sétimo ano se eu faltasse mais quatro não teria mais colégio. – Ela resmungou baixinho para si mesma.

– O quê disse Violet??? – a mulher a encarava fixamente seus olhos escuros como a noite.

– Nada mamãe, deixa pra lá...Vamos!!

A menina pegou seu malão e coruja de dentro do carro e se encaminhou para dentro da estação de trem.

Tudo parecia diferente. Via os trouxas parados esperando o ônibu,s batendo os pés, falando nos celulares...Violet se encantou com o tamanho das máquinas. Nunca andara de trem antes na sua vida, nunca tinha visto um para ser mais exata ,só em filmes e livros, mas nunca pessoalmente.

Ela parou para olhar, mas foi puxada pela sua mãe para continuar andando. Elas se encaminharam até duas pilastras uma com a numeração 9 e a outra 10.

–Cadê? – perguntou a pequena Violet.

– O que? – respondeu sua mãe.

– O trem e a plataforma que devo embarcar.

– Tome. – a sua mãe lhe entregou os bilhetes do trem que indicavam que tinha que embarcar na plataforma nove e três quartos.

–Ahn? Quê? Isso é impossível mãe!!! Ficou doida de vez Margareth???– Violet dizia olhando sua mãe, achando que isso era um tipo de piada de muito mau gosto.

– Quê foi dessa vez menina? - Perguntou a senhora, impaciente.

– Não existe nenhuma plataforma nove e três quartos, mulher!!!

– Calma Violet... – a mãe, Margareth, massageava suas têmporas. – Você apenas tem que atravessar pela pilastra. Aquela. – Apontou.

– Vai você primeiro então!

– Se importariam se passássemos antes? – Um jovem de cabelos pretos e bagunçados com belos olhos verdes pronunciou -se. – Podemos?

– Vão na nossa frente, ela não está acreditando na minha palavra, então mostrem a ela como se faz. - disse Margareth.

O garoto dos olhos verdes pegou seu carrinho que continha seu malão e sua coruja e se alinhou em frente à pilastra, respirou fundo e contou até três.

E correu em direção a pilastra, por um momento a jovem Violet achava que ele iria se esborrachar na pilastra, mas não, ele simplesmente desapareceu à medida que chegava ao outro lado.

– Viu? – perguntou Margareth.

– Sim, mas... Mas... Como? – ela olhava boquiaberta.

– Mágica minha querida, sua vez.

Mas antes que ela pudesse tentar um garoto um pouco mais alto que o outro e também mais velho, mas com o mesmo cabelo preto bagunçado pegou sua frente e correu para dentro da pilastra e sumiu junto com o outro e isso aconteceu mais duas vezes, uma com um homem já nos seus trinta e poucos anos que foi andando de mão dada junto com uma mulher de belos cabelos ruivos e que logo foram seguido por uma menina mais nova que Violet dona de belos cabelos cor de fogo que nem a mulher que tinha atravessado na frente.

Violet pegou suas coisas e mirou na pilastra, olhou bem para os lados para ter certeza que não seria atrapalhada de novo e correu em direção a pilastra sem piscar, não queria perder um detalhe desse momento.

Quando terminou de passar lá estava a plataforma nove e três quartos que o bilhete falava.

Era enorme e linda, cheio de famílias se abraçando e de mães se despedindo aos choros dos filhos que iam embarcar no trem.

E lá estava ele, o enorme trem vermelho o velho, eterno e tão famoso Expresso Hogwarts.

A jovem menina ficou encantada com o que estava em seus olhos, ela não podia acreditar que ficou enrolando quatro anos para entrar naquela plataforma.

– Está pronta dessa vez? – Margareth perguntou colocando sua mão no ombro da filha e lançando um olhar encorajador.

Mas Violet estava muito encantada para dizer algo, apenas balançou a cabeça em sinal de aprovação.

– Então vamos minha querida. – Margareth disse e puxou a pequena Violet pela mão até a porta do trem. – Mande cartas, sempre! Entendeu? – e abraçou sua filha pela ultima vez.

– Entendi mãe. – Violet retribui o abraço carinhoso da mãe e lhe deu um beijo na bochecha antes de entrar no trem.

O trem estava cercado de jovens bruxos que riam e conversavam alegremente, alguns contavam sobre suas férias e outros apenas faziam novas amizades.

A pequena e delicada Violet andava pelos corredores dos vagões em busca de uma cabine vazia na qual pudesse ficar em paz, ela nunca foi boa em fazer amigos, principalmente com pessoas que pareciam se conhecer a anos, o que não era totalmente mentira, muitos ali eram amigos por causa das amizades de seus pais, amizades vinda desde o inicio do mundo mágico no qual o bisavô de um conhecia a bisavó do outro, já Violet era isolada no mundo trouxa por causa do seu sobrenome que diziam trazer azar e vergonha a família, mas ela não tinha culpa de ter esse sobrenome, ela apenas nasceu naquela família.

Violet deve ter andando uns dois vagões até que achou uma cabine vaiza.

A menina entrou e guardou seu malão e apenas ficou sentada naquela cabine lendo o livro que tinha comprado numa livraria antes de chegar à estação King’s Cross por isso estava atrasada para embarcar.

O trem começou a se mover e ela pode ver pela janela os pais se despedindo dos filhos, ela largou o livro no banco e chegou mais perto da janela para ver se sua mãe estava na multidão.

Olhou um rosto por outro a procura ao da sua mãe, mas algo dizia que ela já tinha ido embora, quando os rostos estavam acabando Violet pegou seu livro e voltou a sua leitura.

O tempo foi passando assim como as páginas do livro que Violet ia devorando entretida na leitura até que ouviu a porta de sua cabine escancarar.

Violet caiu no chão assustada.

– Desculpe-me! – exclamou uma menina de cabelos loiros e dona de olhos de um azul vivo, ela era muito bonita, Violet tinha que admitir.

–Ah... Tá... Tá tudo bem... - disse Violet se levantando.

– Eu te ajudo. – disse a menina loira oferecendo a mão à Violet que a segurou imediatamente. – E a proposito meu nome é Dominique e o seu é...?

– Violet! – disse a menina de olhos escuros enquanto se levantava. – Prazer em conhecê-la Dominique.

– Me chame de Doni, é menor. – disse a Dominique lançando um sorriso à Violet.

– Está bem... Doni... E obrigada pela ajuda. – disse a Violet.

Após esse pequeno susto as duas meninas se sentaram e as passaram o resto da viagem conversando, Dominique que era um ano mais velha explicava tudo a nova aluna.

Violet ficava encantada com as histórias dos fantasmas, das casas, do chapéu seletor e a história que mais a fascinou foi a de um garoto que sobreviveu a morte, um menino órfão que tinha uma cicatriz em forma de raio.

Violet ficou excitada com a história e Dominique contava tudo nos mínimos detalhes como se fizesse parte da história, mesmo a história sendo fascinante Violet duvida muito que um menino de dezessete anos tivesse matado um mestre das trevas, ela achava que era apenas mais uma lenda.


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