Harry estava ansioso. Aquele dia seria disputada a partida entre os Leões e o time da Sonserina. Seria o começo do último campeonato que ele participaria, e ele esperava a sua sétima vitoria contra a casa de Salazar.

A única coisa que preocupava o moreno era o clima. Tinha esfriado muito nos últimos dias. Parecia que o inverno chegaria mais cedo este ano. Ou era mais um sinal de que Voldemort estava agindo.

Hoje, ele deixaria isso para Dumbledore e Odin.

Saiu da cama, já que não adiantava tentar dormir de novo, mesmo o Sol ainda não ter nascido. Trocou de roupa e desceu para esperar os amigos no salão comunal.

Assim que se sentou em um sofá, escutou alguém descendo as escadas. Nem precisou olhar para trás para saber quem era.

- Também caiu da cama? – disse Harry.

- Que susto. – disse Gina. – E culpa do jogo.

- Vem aqui. – disse ele puxando a ruiva para sentar ao lado dele. – Não teremos uma oportunidade destas tão cedo.

Aquele não era um momento para paixão. Eles ficaram olhando para o nascer do Sol, sentados, com a ruiva com a cabeça no ombro do moreno.

E foi nesta posição que os primeiros grifinórios encontraram os dois. Entre eles, Hermione.

- Que vocês estão fazendo aqui tão cedo? – perguntou a morena.

- Vendo o nascer do Sol. – disse Harry.

- Acordamos cedo e nos encontramos aqui. – disse Gina, sabendo que a amiga ia precisar de mais explicações. – Você devia tentar isso com o Rony um dia destes. Apesar de ser mais fácil ver o pôr-do-sol com ele.

- Nunca imaginei que você fosse do tipo romântico, Harry. – disse Hermione.

- Só mostro esse lado para quem vale a pena. – disse ele. – Ou seja, somente a Gina.

- Ainda bem, Sr Pontas Jr. Para sua própria saúde, espero ser verdade. – disse a ruiva.

- Acho que vou acordar o Rony. – disse Mione saindo de fininho.

O casal achou melhor ir comer, para evitar comentários maldosos.

Logo o resto do time chegou no salão principal.

- Eles vêm? – perguntou Shade para Ly.

- Odin disse que sim, mas não vão se mostrar como fizeram no dia do duelo. – respondeu a ruiva pegando uma torrada. – Pediu para encontrarmos com eles depois do jogo, na Sala Precisa.

Seguiram para o campo assim que terminaram.

Harry nem precisou falar nada, todos queriam ganhar e se esforçaram muito para isso.

Entraram em campo e foram ovacionados por quase todo o estádio. Somente a pequena porção verde vaiava.

Harry seguiu o protocolo e avançou para cumprimentar Malfoy. O olhar do loiro era assassino, mas o moreno não se incomodou.

O aperto de mãos poderia ter quebrado as duas, mas Harry se controlou. Odin pediu para deixar o sonserino para ele.

O jogo começou veloz. Harry tinha treinado agilidade e velocidade para evitar a violência característica do time sonserino.

O que logo resultou em três gols, e uma total falta de entrosamento dos sonserinos. Goyle acabou acertando um companheiro quando tentava acertar Demelza.

Harry ficava voando pelos cantos procurando o pomo, na verdade já havia visto a pequena peça de ouro algumas vezes, mas ao ver o seu time jogando bem, deixou a jogo correr mais um pouco. Caso ficasse perigoso terminaria o jogo.

Rony estava em um dia inspirado. Nenhuma bola passava. O nervosismo dos atacantes também ajudava.

Sara e John não tinham muito trabalho, já que a mira dos batedores adversários estava muito ruim.

- Que tal uma aposta? – perguntou Draco entrando na frente de Harry. - Se eu ganhar...

- Malfoy, não estou nem ai para você. Você não tem condição de me vencer. Principalmente que já estamos ganhando de 160 a 0. Eu já ganhei.

- Se eu pegar o pomo...

- Malfoy, eu já peguei o pomo antes de você cinco vezes. E vou pegar ele novamente hoje. Você ainda não sofreu tudo por causa da última aposta.

- Como você pode ter tanta certeza assim? – perguntou o sonserino de forma superior.

- Assim. – disse Harry esticando o braço e agarrando o pomo que estava voando ao lado da cabeça loira. – Ele tava aí, pedindo para você pegar e você mais uma vez ficou mais preocupado comigo do que com o jogo.

Harry deixou Malfoy espumando para trás e foi comemorar com o resto do time e sua torcida.

- Que belo jogo, filho. – disse Lilian ao receber os filhos na Sala Precisa. – Melhor que muito dos jogos do seu pai.

- Ei. Eu sempre fiz ótimos jogos. – disse Tiago.

- Eu não estou falando da sua forma de jogar. Mas os sonserinos na nossa época eram mais violentos, e você conseguiu contornar bem isso.

- Eles estavam estranhos. – disse Harry. – Até parece que eles não treinaram este ano. Acho que Malfoy está aprontando alguma coisa.

- Vamos deixar isso para nos preocupar outro dia. – Disse Ly. – Hoje é dia de festa.

- Isso mesmo. – disse Sirius abraçado à filha. – Vencer a Sonserina sempre é mais importante que qualquer outra coisa.

- Mas está na hora deles comemorarem com o resto da Grifinória. - disse Mary. – Eles também têm esse direito.

- Mas... – disseram Sirius e Tiago.

- Nada de mas. – disse a loira. – Vocês comemoraram muitas vitórias, essa é a vez dos seus filhos.

- Certo. Vão. – disse Tiago. – Nos vemos no Natal.

- E olha que não está assim tão longe. – disse Harry.

- Os professores podiam pegar leve. – reclamou Rony enquanto arrumava o malão para voltar para casa. – É Natal. Precisavam passar tanto dever assim.

- Você está reclamando por ter que fazer os dever ou por que sua namorada vai fazê-los e não vai te dar atenção? – perguntou Neville, estavam somente os dois e Harry no quarto.

- Ai, não. – xingou o ruivo.

- Ele não tinha pensado por esse lado, Neville. – disse Harry. – Aproveita que ela é a mais inteligente e faz os deveres rapidamente. Mas que o Seboso exagerou, eu tenho que concordar com o Rony. Ele está cada vez pior, e olha que ele não sabe que meu pai e o Sirius voltaram.

- Eu queria ver a cara do Snape quando descobrir isso. – disse Rony. – Isso vai valer por todos esses anos de tortura.

 - Posso até imaginar. – disse Harry. – Deve ser pior que a que fez quando invadi a mente dele e pegue como fazer a Mata-cão. 

- Acho que mamãe não vai permitir assistir essa reunião da ordem. – disse o ruivo cabisbaixo.

- Não sei. Agora estamos todos envolvidos. Quanto mais preparados tivermos melhor. – disse Harry.

Apesar da insistência de Molly, cada família foi para sua casa. Hermione foi a única a seguir com os Weasley para a Toca. Mas a matriarca entendia o que Mary e Lilian sentiam. Queriam ficar com os filhos o máximo possível.

Claro que a festa de Natal seria comemorada com todos juntos. Mas desta vez ocorreria na casa dos Potter. Lilian chamou Molly e Mary para ajudar na cozinha, enquanto os meninos ficaram responsáveis por arrumar a decoração, isso incluía Sirius, Arthur e Tiago.

Ly ficou encarregada de controlar a todos e evitar exageros.

- Lilian, me conta como você fez para tudo ficar arrumadinho. – disse Tonks chegando na cozinha.

- Mandei a Ly ficar de olho em tudo. – disse a dona da casa. – Acho que ameaçar a todos para serem mandados com Snape para uma ilha deserta pelo Odin, onde não há saída nem varinhas, convenceu a todos a se comportar.

- Adoro esse menino. – disse a auror.

- Quem não gostou foi o Ti. Ele ficou chateado quando percebeu que ele pode pegar a filinha dele e levá-la para qualquer lugar. – disse Lilian.

- Pensei que ele fosse mais compreensivo. – disse Molly. – Não demonstrou nada disso antes.

- Não é isso. E que ele acha que nunca mais a veria.

-Vai entender esses homens. – comentou Mary. – Sirius vive reclamando do Carlinhos, mas já faz planos para os filhos que eles terão.

Risadas ecoaram pela cozinha e chegaram até a sala onde estavam os outros.

- O que foi isso? – perguntou Hermione.

- Elas estão conversando. – disse Arthur.

- Mas o que elas podem estar falando para rir tão alto assim? – perguntou Carlinhos.

- Sobre nós homens. – responderam os marotos.

- Sempre será assim meu filho. – disse Arthur. - Elas se juntam para falar de nós. Não é sempre que somos o assunto. Mas cuidado para não chegar perto delas quando tiverem bravas com um de nós. Você vai ser atingido sem nem ver, mesmo não sendo o alvo.

- E bom que você saiba. Papai. – disse Gina.

- Que bom que você pode vir, Odin. – disse Lilian entregando um presente para ele.

- Não é nenhum esforço. Mas vou ter que sair daqui a pouco. Sabe o fuso horário ajuda, mas nem tanto. Tenho que ir pra festa da minha família.

- Quando poderemos conhecer a todos? – perguntou Tiago, chegando junto a esposa.

- Devemos esperar pelo fim da guerra. Eles sabem que vocês são. Mas temos que focar um pouco na guerra. Quem sabe umas férias depois.

- E por falar em família. Como está a Carol? – perguntou Ly, se juntando ao grupo com a Shade.

- Ela está bem, está namorando firme com o Gabriel. – disse o cavaleiro. – E tem muitos amigos por lá.

- Quem bom que ela se adaptou. – disse Shade. – Ela estava preocupada em ir.  

Todos os presentes foram trocados e a felicidade reinava ali.

- Pessoal ainda falta um presente.  – disse Tonks.

- Não estou vendo nenhum debaixo da árvore. – disse Sirius já afetado pela bebida que ele e os marotos tomavam.

- Ele não estaria debaixo da árvore. – disse a metamorfomaga. – Remo, você vai ser pai.

- Vou. – perguntou ele atordoado. – Pontas, Almofadinhas, vocês escutaram. VOU SER PAI.

- Aluado, meus parabéns. – disseram todos juntos.

- Mas não será o único. – disse Fleur.

- Quer dizer que...

- Sim, também estou grávida. – disse a francesa.

Molly deu um abraço tão forte no filho que podia jurar que deslocou metade das costelas.

Conforme combinado depois do Natal cada casal passaria alguns dias sozinhos.

Palas tinha afirmado que Voldemort não incomodaria neste período. Então eles poderiam relaxar e aproveitar.

Hermione convenceu, com muito custo, Rony a passar esse tempo com a família dela. Podia ser a última oportunidade. Odin afirmou que não poderia ressuscitar ninguém depois da guerra. Ele não teria motivo para isso. Sua missão teria terminado e parte de seus poderes, assim como de todos, seriam reduzidos.

Carlinhos levou Shade para uma para um tour pelo Leste Europeu, onde havia varias reservas de animais mitológicos, e pela Transilvânia.

Como prometido para Prometeu, Odin e Ly foram para o Olimpo. Depois passariam por outras dimensões.

Tiago levaria Lilian para um passeio na Disney, um sonho de infância da ruiva que não conseguiu concretizar. Enquanto Sirius e Mary foram pegar uma praia no Havaí.  

Harry e Gina...