O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin


Capítulo 43
A Lenda




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Capítulo 43 – A Lenda

Molly estava contente, sua casa estava cheia novamente. Estaria melhor se não estivessem em guerra e todos os seus filhos estivessem ali.

O maior problema era o encontro entre os marotos e os gêmeos. Se bem que seus filhos estavam muito fascinados com os dois que estavam ali.

Ela estava preparando o almoço enquanto seus filhos, seus irmãos, Tiago e Sirius jogavam quabribol. Não sabia se ficava tranqüila, por não estarem preocupados com a guerra, ou aflita com o que poderia sair desse confronto. Sabia que seus filhos eram bem competitivos e que seus irmãos e os marotos eram exímios jogadores. A situação poderia sair do controle. Ela esperava que as meninas tomassem conta deles.

Estava finalizando a torta para sobremesa quando escutou uma explosão. Horrorizada com a possibilidade de ser um ataque de comensais, sacou a varinha e partiu para onde escutou o estrondo.

O viu a deixou novamente com sentimentos antagônicos. Estava aliviada por não ver nenhum encapuzado, mas preocupada com George no chão e Tiago dentro de um circulo de fogo que ia acima de sua cabeça.

- Alguém pode me explicar o aconteceu? – disse a matriarca com as mãos na cintura ainda com sua varinha em uma delas.

O Fogo se apagou e a grama não tinha nenhuma marca dele.

Todos começaram a falar ao mesmo tempo. Não permitindo que ela entendesse nada.

- Calados. – disse ela. – Lilian fale.

- Eles tinham terminado o jogo e Tiago estava falando que se fosse no time deles apenas um gêmeo poderia estar no time. – disse Lilian como se fizesse um relatório de baderneiros para Minerva. – Claro que por causa do Sirius, mas eles não gostaram. O George tirou uma brincadeira dele do bolso e jogou em direção a ele. Foi quando o fogo apareceu. E fez o que quer que ele tenha arremessado explodir, fazendo o cair.

Automaticamente as ruivas se viraram para Tiago.

- Eu não fiz nada. – disse o moreno. – Senti algo chegando em mim, quando pensei em pegar a varinha o fogo já tinha me envolvido. Quando vi que não era nada o fogo apagou.

- Mas não pode, é apenas uma lenda. – disse Gui.

- O que é lenda? – perguntou Molly para o filho.

 - Uma lenda. – disse Gui para si mesmo.

- Eu era apenas uma lenda para vocês até alguns meses atrás. – disse Carlinhos.

- Gui, eles non eston entendendo, explique direito. – disse Fleur de forma carinhosa.

- A tumba mais difícil que eu abri, esperando ter algum tesouro, ou mesmo uma múmia importante, tinha apenas um pergaminho. Nele tinha o selo de Osíris, e escrito que aqueles que ressuscitavam ganham poderes incomuns. Poderes elementais. Mas como não há nenhum registro disso, achamos que seria apenas para aqueles que fossem agraciados pelos deuses.

- Odin, explique. – disse Molly olhando para cima.

O Cavaleiro estava flutuando acima deles, como se estivesse sentado no ar, com uma vasilha de pipoca.

- Que graça tem devolver a vida e ser a mesma. Bom, essa é mais uma das regras da magia. Mas são poucas as criaturas que tem o dom de reviver alguém. Então são poucos os que tiveram esse privilégio. – disse ele. – Mas vocês demoraram a descobrir. Agora tem que aprender a controlar.

- Parece que vamos voltar para Asgard. – disse Mary.

- Não precisa ser o tempo todo, algumas horas por dia bastam.

- Isso não me parece certo. – disse Molly.

- Podemos ter uma vantagem sobre os comensais e assim não perdermos ninguém.  – disse Sirius o que pareceu convencê-la.

Eles estavam novamente no jardim externo do castelo de Odin. Estavam tremendo de frio.

- Vocês todos podem controlar os elementos? – perguntou Fabian.

- Na verdade não. Pelo menos não como vocês. Temos certa afinidade com alguns dos elementos, mas isso é normal em bruxos com determinado poder. Todos os Weasley se sentem muito bem no ar, por isso são exímios jogadores de quadribol. Os Potter têm afinidade com o Fogo, assim com a Lilian tinha. Um dos motivos para isso ela ir bem em Poções, não se preocupava com o fogo quando preparava. Claro que os dragões têm sua afinidade com Fogo e Ar. Gina tem com a Água também. Lilian, por ser uma fênix, também tem com Fogo e Ar, mas Shade tem com Ar e Terra.

- Mas como você vai nos ajudar? – disse Gideon.

- Esse castelo foi construído por mim, portanto tem algumas diferenças para todo o resto. Eu posso usar poderes elementais aqui. – disse ele com um sorriso. – Como vocês acham que eu podia controlar meu exército, se eu não tivesse os mesmos poderes deles, bem desenvolvidos. Aliás, o treinamento de vocês será para que não precise pensar muito para usar os poderes. Será algo mais automático, como os feitiços não verbais.

Odin ficou explicando sobre os elementos, como o Fogo era melhor para ataque, apesar do que Tiago tinha feito. A Terra era melhor como defesa, enquanto Ar era bom para distração e a Água era boa para tudo.

Lilian mal ouvia, já que estava congelando. Ela ficou se lembrando do Fogo criado pelo marido, que seria uma boa naquele momento. Aos poucos foi sentindo que um calor ia crescendo dentro dela e fazia se sentir bem.

- Parabéns Lilian. – disse Odin. – Conseguiu usar o Fogo de forma a espantar o frio.

- Fiz? - perguntou ela.

- Claro. Esse foi exatamente o motivo para conversar com vocês aqui fora, ao invés de lá dentro. Instinto é a chave para isso.

Ele forçou todos a fazerem o mesmo. Tiago logo seguiu a esposa, pois já tinha ‘liberado’ esse elemento. Quando todos tinham conseguido se aquecer ele deu o treinamento do dia encerrado, mas lembrou a todos que sempre seria assim, naquele frio, assim eles poderiam se acostumar a usar mais de um dos elementos ao mesmo tempo.

A turma do sétimo ano estava se direcionando para mais uma aula de DCAT. Mas algo estava estranho, ninguém tinha visto Remo durante o dia todo. Harry e Tonks estavam preocupados com isso, mas como as aulas não foram canceladas, nem a auror foi notificada para se apresentar e exercer essa função, não devia ser algo muito sério.

Mas para surpresa de todos não era o lobisomem quem estava sentando à mesa a frente da sala era...

- Tiago, que você está fazendo aqui? – perguntou Ly.

- O Professor Remo teve um compromisso de última hora e sua substituta está em uma missão. – disse ele de forma mais séria, realmente como um professor. – Mas não se preocupem, amanhã ele estará de volta. Agora vamos começar a aula.

- Como se eu fosse assistir sua aula. – disse Malfoy saindo.

Mas a porta bate na sua frente e ele se vira para o Professor.

- No momento, eu sou seu professor e você é um aluno, como não vejo nenhum motivo para você não sentar ai e assistir a aula. Remo, que é o professor titular me chamou por saber de minhas qualificações, todos os professores, inclusive o diretor e o responsável pela sua casa concordaram com isso. Então, aqui dentro do castelo você me respeitará como professor, assim como vou te respeitar como um aluno. O que não se aplica lá fora. – disse Odin com um sorriso malvado. – Mas tem uma maneira de você sair. Um duelo, você e eu. Se você ganhar, pode ir embora. Mas se perder...

O loiro nem pensou, sentou rapidinho em seu lugar. Sem deixar de olhar atravessado para o ‘professor’.

- Professor, seu sotaque é tão bonito. – disse uma menina da Corvinal.

- Obrigado. – disse ele, dando uma piscadinha para Ly. – Minha namorada adora ele.

A menina tremeu ao sentir a ruiva olhando para ela.

Ele foi explicando sobre maldições e feitiços que provocam danos. Disse que algumas maldições deixam marcas em quem recebe e também em quem as executa. Draco inconscientemente apertou o ombro direito, e percebeu que Odin olhava diretamente para ele. Sim ele sabia que tinha sido o sonserino que tinha atingido Harry no ataque ao vilarejo, e que iria ter retaliação.

Assim que a aula acabou os alunos foram saindo, mas os membros da AD se aproximaram do professor.

- O que aconteceu com Remo? – perguntou Tonks um pouco aflita.

- Ele saiu para uma caçada com os Marotos. Nada muito perigoso, não se preocupem meninas. – disse o cavaleiro.

- Você não vai falar nada, né? – perguntou Hermione.

- Não, mas Palas disse que eles serão bem sucedidos. – disse ele.

- Vamos, pessoal. - disse Harry. – Snape não vai gostar de nos atrasarmos.

- Você não vem, Ly? – perguntou Nathy.

- Só você pode namorar um professor? – perguntou ela com um leve sorriso no rosto. – Encontro vocês nas masmorras.

Odin aparata na sala do professor de DCAT, e se espantou com a diferença que era do seu professor da matéria. Mas cada um tem um estilo, principalmente que no Brasil, as artes das trevas eram vistas de forma diferente.

- Odin, o que você está fazendo aqui? – perguntou Remo ao dragão.

- Bom dia, Remo. – disse ele feliz pelo susto do lobisomem. – Seus queridos amigos Marotos estão te convocando para uma caçada, agora.

- Mas agora, eu tenho que dar aula. Não posso sair assim. Não posso chamar a Ninfa agora. – Remo começou a despejar.

- Calma, lobinho. Eu darei aula no seu lugar. E só me passar os esquemas. Você vai gostar da caça.

- Vou? O que? Você me convenceu. Onde encontro com eles?

- Na Sede. E mais perto de onde vocês irão. – disse ele.

Ele passou a papelada para o brasileiro e saiu por uma das passagens existentes para Hogsmeade.

- Aluado, meu amigo. – disse Sirius quando ele entrou na mansão. – Vamos caçar.

- O que ele comeu hoje? – perguntou para Mary.

- Não sei. – respondeu a loira.

- Vejo que Odin não teve muitos problemas para te convencer a vir. – disse Tiago.

- Só ainda não sei o que vamos caçar.

- Ele é mesmo muito bom. – disse Lilian. – Lembro que ele não teve muitos problemas para nos convencer a voltar.

- Deve ser a forma com que ele olha pra gente. – disse Mary. – Se ele fosse da nossa época, você não teria nenhuma chance Sirius.

- Mas o que vamos caçar? – perguntou o professor.

- Rato. – disse Tiago.

- Rato? – perguntou ele sem entender.

- Sim, um rato gordo, careca, que conhecemos por Rabicho. – disse Tiago.

- Como? Estamos procurando por ele desde que fugiu de nós há quatro anos.

- Estávamos em Valhala, sabe o lugar tem um lago que nos permite ver alguém? – disse Sirius empolgado. – Pensamos em descobrir sobre Voldemort, mas Odin não permitiu. Ele tem seus motivos. Então pensamos no nosso grande amigo. E descobrimos seu esconderijo.

- Que ces tavam fazendo novamente no Valhala?

- Treinando novos poderes. – disse Lilian, criando uma nuvem de chuva sobre o amigo.

Mary com um estalo de dedos criou uma ventania que o secou. Sirius fez com que um pouco da terra que estava em um vaso fosse para sua mão, criando uma luva de pedra maciça. Enquanto Tiago brincava com um pomo feito de fogo.

- Vocês são elementais? Como?

Eles explicaram o que aconteceu e o que Odin disse. Todos controlavam os quatro elementos, mas tinham mais facilidade com alguns deles. Tiago se identificava com o Fogo e o Ar. Lilian se dava bem com Água e Fogo. Sirius e Mary usavam a Terra e o Ar. Fabian, o Ar e a Água. Enquanto Gideon controlava melhor o Ar.

Seguiram os três marotos para a costa sul da ilha.

Rabicho estava em um casebre na orla da praia. Parecia que Voldemort não dava muita importância para seu comensal. Lançaram um feitiço para evitar aparatação na região. Então teriam que ser rápidos. Não queriam ninguém do ministério ali, nem mesmo algum comensal.

Remo se posicionou na porta, enquanto os dois outros entrariam pelas janelas, para assustar o rato.

- Rabicho. Finalmente encontrei você. – Remo disse com raiva depois de arrombar a porta com um chute e ver o comensal comendo como fazia na escola.

- Aluado, como... como você me achou? – disse Rabicho.

- Tenho meus contatos. Agora você vai sofrer pelo que fez ao Pontas, a Lilian, a Harry e ao Almofadinhas. – disse Remo. – Nem adianta tentar aparatar, não é possível.

Ele tentou fugir, mas deu de cara com Tiago e Sirius. Ele tremeu, tentou balbuciar algo antes de desmaiar.

- Que sem graça, nem pude usar meus poderes. – disse Sirius.

- Vamos logo com isso. – disse Tiago, mesmo segurando para não rir do amigo.

Assim pegaram uma chave de portal preparada por Odin, para levá-los para Valhala, onde ele não poderia fugir, nem ser resgatado.

Por mais que quisessem matar o rato, era a chance de limpar a barra de Sirius. Antes deles poderem aparecer para todos.

Fizeram diversas perguntas para ele, mas Rabicho teimava em não responder, até que usaram a poção da verdade. Ele podia não ter muita importância, mas sua curiosidade e sua forma animaga, o fez invadir as reuniões do circulo interno e descobrir os planos de Tom, inclusive como ele faria para atrair Harry para a batalha final.

Odin precisava saber sobre isso, assim como Lilian e Mary, para que pudessem acertar tudo.


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