- Anda logo. – gritou Lilian. – Assim vamos nos atrasar. Ainda temos que passar na Toca.

Ly estava sentada tranquilamente no sofá rindo da situação.

- Podia ser pior. – disse ela. – Poderíamos ter que esperar o Tio Almofadinhas.

- Nem me lembra, ele quase atrasou o meu casamento. Imagina o padrinho atrasar, principalmente que ele quem estava com as alianças. Ainda bem que a Mary adiantou duas horas todos os relógios da casa dele, assim ele chegou na hora.

- Acho que vamos ter que pedir para o Odin ficar de olho nele no casamento dele. Assim ele pode atrasar o quanto quiser e ainda chagar cedo.  – disse Ly rindo.

- Por falar nele, onde Odin está?

- Ele está na Romênia, vários dragões estão na época de reprodução. E uma época difícil e que muitos tentam se aproveitar para roubar ovos, e sangue dos dragões.

- Espero que ele não tenha muitos problemas. – disse Lilian, e se virando para as escadas. – TIAGO POTTER DESÇA AGORA. 

- Já to aqui. – disse ele terminando de descer as escadas.

Ele agora estava com os cabelos castanhos claros e olhos negros. Na opinião da esposa parecia o irmão mais velho de Hermione, e não do filho, já que a diferença de idade entre eles era pequena agora.

Ela também estava diferente, seus cabelos estavam pretos e seus olhos azuis. Tinham que se disfarçar, até o fim da guerra, e só depois poderiam acertar tudo com o ministério.

- Vamos logo que Harry está nos esperando lá. – disse Lilian.

- Eu ainda não entendo por que ele foi na frente. – disse Tiago.

- Tenta convencer um Potter a ficar longe de sua ruiva.

- Você tentou. – respondeu ele.

- Mas como você pode ver, nem mesmo a morte foi capaz disso.

- Vocês poderiam namorar depois, quando ficarem sozinhos. – disse Ly. – Eu ainda quero pegar um trem hoje.

Aparataram diretamente nos jardins da Toca, e foram recebidos por Molly.

- Eu não consigo me acostumar com esses disfarces. – disse a anfitriã. – Não vejo a dessa maldita guerra acabar.

- Eu também. – disse Lilian, só uma mãe sabia a preocupação de outra com seus filhos envolvidos na guerra.

Na sala, Harry estava sentado abraçado com Gina em um sofá, e todos os Weasley estavam de olho nos dois. Se bem que Carlinhos estava mais interessado em conversar com Shade em um canto e Rony estava namorando com Mione em outro canto.

- Sirius já chegou? – perguntou Tiago espantado com a presença de Shade e Mary ali.

- Nem mesmo esses anos, sozinho, o mudaram. – disse Mary. – Ainda tá lá na frente do espelho vendo sua nova cara.

- Esse é o Almofadinhas que eu conheço. – disse Tiago.

- Ele provavelmente só vai aparecer na estação. – disse Lilian.

- Melhor irmos. – disse Molly. – A estação vai estar cheia.

Todos foram aparatando, com exceção de Gina, que ainda não podia, ou fazia isso para ir sempre agarradinha com o namorado.

Molly estava com razão, a plataforma 9 e ½ estava muito cheia. As pessoas estavam muito preocupadas com a guerra. Principalmente agora que os comensais estavam usando uma tática diferente, eles estavam fazendo pequenos ataques direcionados.

- Eu não quero receber nenhuma coruja falando que vocês não se comportaram. – disse Molly.

- Você já recebeu alguma do Rony? – perguntou Lilian curiosa, querendo saber se teria recebido uma de Harry.

- Só para contar as aventuras desses três, mas isso foi antes da guerra. – disse ela.

- Então, vale para os dois também. – disse Lilian.

- Amor, deixa eles. – disse Tiago. – Sem contar que eles podem mandar uma fênix ou uma harpia com as cartas.

- Oi pessoal. – disse Sirius aparecendo ali, loiro como um descendente de Veela.

- Sempre atrasado. – reclamou Mary.

- Eu sempre tenho que estar perfeito. – disse ele com um ar superior.

- Você sabe que sua mãe sempre mentiu par você quando falava isso, né? – disse Mary tirando o sorriso da cara dele.

- Melhor despedirmos dos meninos. – disse Lilian, evitando uma briguinha de casal. – Nathy já chegou e o trem já vai partir.

Eles acabaram de dar recomendações, claro que Tiago e Sirius eram para eles aprontarem, principalmente com Snape.

Mais uma vez eles conseguiram uma cabine para eles, e Hermione e Rony foram para a cabine dos Monitores, já que ambos eram monitores chefes agora, juntamente com Gina. Luna e Neville logo se juntaram a ele.

Ficaram ali imaginando o que os marotos fariam agora que estavam sozinhos e soltos no mundo. Ly tinha absoluta certeza de que aprontariam muito ainda mais se contassem com Odin. Shade ficou muito feliz por Carlinhos ir para Romênia, Sirius ainda não aceitou bem o relacionamento deles. Quando Gina chegou disse que provavelmente Molly estaria controlando eles.

Aos poucos as coisas a conversa foi mudando de assunto.

Alguns colegas passaram ali, cumprimentando o grupo, parando para conversar um pouco, mas nada de grave aconteceu.

Até que a cicatriz de Harry começou a doer.  Ele abriu os olhos e percebeu que não estava mais no trem, e sim em um quarto escuro a sua frente estavam dois comensais. Ele reconheceu Bellatriz, mas o outro ele não reconheceu.

- Mestre, encontramos a livraria que você ordenou, mas fomos reconhecidos e rapidamente o local se encheu de membros daquela maldita ordem. – disse Bella.

-Então vocês falharam novamente. – disse Harry, mas não era sua voz.

- Na verdade não totalmente. – disse o outro comensal. – Conseguimos capturar o dono da livraria e conseguimos uma informação interessante.

- Fale logo. – disse Harry.

- Depois que começamos a tortura, ele abriu o bico. – disse Bella com um sorriso malvado no rosto. – Ele disse que possuía o livro, mas ele o vendeu no ano passado. Ele nos deu toda a descrição do comprador. Já estamos procurando por ele.

- Como foi a batalha? – perguntou ele tentando evitar punir esse dois.

- Tivemos alguns feridos, mas felizmente ninguém foi capturado. Deixamos dois membros da ordem muito feridos, uma pena que não foi ninguém ligado ao Potter. – disse Bella.

- Saiam. – Ordenou Harry. – Quero que me tragam a memória do livreiro sobre esse comprador.

- Novamente alguém está na minha frente. – Disse Harry ao se ver sozinho. - Mas agora saberei quem é esse maldito. E finalmente saberei a extensão dos poderes do Potter. E qual é a relação dele com os Dragões. Já que nem mesmo o velho do Dumbledore sabe que Anjo de Fogo era como denominavam os dragões antigamente. Assim poderei usar isso contra a maldita profecia.

Harry forçou a mente a voltar, e se viu deitado no banco do trem, no colo de Gina.

- Harry, o que aconteceu? - perguntou Gina.

- Estive na mente de Voldemort novamente. Houve um confronto entre os comensais e a Ordem. – respondeu ele.

- Isso é terrível. – disse Neville.

- Sim, parece que dois membros da ordem estão mal, mas ninguém morreu. Ninguém da família, acredito eu. – disse Harry.

- O que aconteceu para que isso ocorresse? – perguntou Shade.

- Voldemort está atrás de informações sobre nós, digo, os Dragões Divinos. Felizmente tem alguém impediu, ele estava atrás de um livro que pode conter algumas informações.

- Isso é coisa do Odin. – disse Ly. – Ele tem tentado evitar que qualquer informação sobre nós caia em mãos erradas. Ele me pediu para pegar um livro na biblioteca que contem algo, deve ser uma cópia do que Voldemort está atrás.

- Algum filho de comensal pode pegar antes. – disse Hermione.

- Não pode. Esse livro só pode ser retirado com assinatura de dois professores. Sendo um deles o professor de DCAT. – disse Ly calmamente. – Eu já tenho as assinaturas, amanhã cedo eu pegarei e mandarei para casa pela Isis.

- Mas você tem que devolver o livro em uma semana. – disse Luna.

- Sim, mas não precisa ser exatamente o mesmo livro. Vou fazer uma cópia do restante do livro, e devolver.

-Essa é uma boa. – disse Rony. – Mas quando aconteciam essas invasões, você ficava mau. E isso não acontece deste o NOM de História da Magia.

- Voldemort tem usado Oclumência, assim eu não posso entrar na mente dele. Mas como parece que o assunto era de nosso interesse acabei vendo. E quanto as minhas dores depois, você devia saber que sua irmã tem poder de cura. Desde que eu caí, ela tem me curado.

- Temos que tentar contatar alguém da Ordem quando chegarmos. – Disse Nathy. – Harry, assim que chegarmos, quero que aparete comigo até o Remo. Depois volta.

- Mas, por que ele tem que voltar? – perguntou Neville, sem entender.

- Se ninguém me ver chegando com as carruagens, isso não será notado, mas o Harry, com certeza, perceberão se ele não estiver lá. – respondeu a auror.

Nathy se juntou a eles assim que entraram no salão, e ninguém mais percebeu que ela não estava com eles. Disse que depois conversaria com eles sobre isso.

Harry passou toda a seleção analisando a situação, e também as reações dos alunos. Aparentemente ninguém mais sabia desse ataque, que parecia ser o maior dos últimos meses, já que ocorreu luta entre os comensais e a Ordem.

Nem mesmo os sonserinos demonstravam algo.

- Não vai comer? – perguntou Gina. – Eu posso ter te curado, mas você ainda precisa de energia.

- Estava pensando. Nem vi que a comida sendo servida. – disse ele de forma gentil.

- Pois pode tratar de comer. – disse ela de forma mandona.

- É pra já. – disse ele.

- Assim que eu gosto. – disse ela. – E sem piadinhas Rony.

- Eu não ia falar nada. – disse ele.

-Sei. – respondeu a ruiva.

Assim que terminaram de comer se levantaram e rumaram para a torre da Grifinória. Gina prometeu contar para Luna o que estava acontecendo na manhã seguinte. A ruiva, o irmão e Mione tiveram que ajudar aos alunos novatos a irem para a torre.

Harry, Neville e as meninas logo chegaram na torre, novamente estavam tão absortos na conversa que nem repararam que a Madame Gorda abriu a passagem para eles sem senha novamente.

Sentaram em frente a lareira e esperaram os monitores chegarem.

Ficaram conversando para passar o tempo e todos terem ido dormir. Não demorou muito, já que todos estavam cansados, pela empolgação anterior.

- O que aconteceu, Nathy? – perguntou Harry assim que o último aluno subiu para seu quarto.

- Parece que os Comensais realmente queriam um livro com informações sobre os seus poderes. – disse a metamorfomaga. – Mas desta vez um membro da Ordem, que vocês não conhecem, presenciou e alertou ao resto da ordem. Foram juntos alguns aurores e foram dois deles que foram feridos mais gravemente, mas não correm risco de morrerem. Pelo que a vendedora contou foi realmente Odin quem comprou o livro. Parece que algo a ver com um sotaque latino. Infelizmente ninguém sabe sobre o dono da livraria. Ninguém das nossas famílias esteve envolvido dessa vez.

Nada mais foi falado, já que todos entendiam o que estavam acontecendo. Foram todos dormir depois dessa. 

Na manhã seguinte, Hermione vasculhou todo o jornal para ver se algo saia, mas nada tinha saído.

- Não acredito que eles estejam escondendo as coisas novamente. – disse ela.

- Vai ver que eles preferem que a população sinta-se um pouco segura, pelo menos para fazer compras. – disse Rony. – Pelo menos não estão escondendo tudo.

- E nem mesmo tentando desacreditar você, Harry. – disse Neville.

- Me sinto muito bem, quando meu nome não aparece no jornal. – disse o moreno.

- Deve ser o único.  – disse Shade.

- Não fale bobagens. – disse Lilian. – tenho que concordar com sua mãe, você tem sofrido muita influência de seu pai.

- Isso só me faz mais perfeita. – disse a morena arrancando risos de todos na mesa.

Eles terminaram e foram para a primeira aula. Gina que estava na mesa da Corvinal conversando com Luna se levantou e foi na direção do grupo. Sem aviso ela lascou um beijo em Harry.

- Você é meu. – disse ela de forma dominante.

- Disso eu sempre soube. – disse ele meio abobalhado.

- Mas é sempre bom lembrar a todos disso. – disse ela voltando para perto da loira.

- Quando foi que ela ficou possessiva assim? – perguntou Ly.

- No dia que nasceu. – respondeu Rony. – acho que ano passado ela estava meio perdida, mas esse ano, é melhor você se cuidar amigo.

- Eu prefiro assim. – disse o apanhador.

Seguiram para aula, DCAT.

- Bom Dia para todos. – disse Lupin de forma animada.

- Bom dia, professor. – responderam todos.

- Professor, me desculpe a indiscrição, mas você parece mais jovem. – disse Pansy de forma sedutora. – O que aconteceu?

- Conheci um ser fantástico, que pode rejuvelhecer as pessoas. – respondeu ele com tom divertido, mostrando que interpretou como brincadeira a atitude da menina.

- Serio? – perguntou a sonserina.

- Não, estava brincando. Se estou mais jovem devo ao casamento. Ele pode fazer milagres. – disse ele mostrando a aliança para a turma e acabando com qualquer intenção de suas alunas.

- Hoje começaremos com os estudos mais avançados para os NIEMs. – começou o professor a dar sua aula, mas vendo o olhar de satisfação em sua esposa.