O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin


Capítulo 32
5 Outra Vez.




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Capítulo 32 – 5 Outra Vez.

Remo foi o primeiro a chegar perto de Gina e Harry. Ele ainda brilhava por causa do feitiço, mas o professor não conseguiu identificar o feitiço.

- Ele ainda está vivo. – disse Gina com lágrimas nos olhos.

- E assim permanecerá. – respondeu o maroto. – Não consegui identificar o feitiço, mas sei que não é mortal, pelo menos inicialmente. Iremos reverter isso, Gina. Confie em mim.

- Cuida dele. – disse a menina, agora todos já estavam em volta deles.

O lobisomem levitou o sobrinho, e começou uma procissão de volta para escola. Gina era amparada pelo irmão, enquanto Lilian e Sara vinham abraçadas, mas alertas para evitar outro ataque como esse.

Foram diretamente para a enfermaria, sem prestar atenção na figura que estava em pé sobre uma das torres do castelo, aquela que tinha visão direta para o povoado.

Madame Promfrey recebeu Harry e passou logo a tentar identificar o que aconteceu, mas antes perguntou o que tinha ocorrido e expulsado a todos os que não estavam feridos, ou em choque. Por isso Gina não pode ficar com ele.

- Meninos. – disse Remo sem muita firmeza na voz. – Acredito que seja melhor que vocês descansem, assim que tivermos alguma notícia iremos falar com vocês. Vocês foram excelentes na batalha e o Pontas está muito orgulho de vocês.

- Mas ele foi atingido por nossa causa. – Disse Gina, a quem era direcionado o feitiço incendiário.

- Não, aquela foi uma armadilha. Nada tem haver com a batalha em si. – disse Tonks, que estava ali como auror, não como aluna. – Infelizmente não foi possível ver quem lançou. Mas pode ter certeza que iremos investigar isso.

- Vamos. – disse Hermione. – Gina tem que tomar a poção que a Madame Promfery deu e descansar. Nós também usamos muita energia na batalha. E com certeza Harry não se dará por vencido agora que está com a ruiva dele.

- Você está certa, Mione. – disse Rony.

- Eu sempre estou certa, Rony. – respondeu a morena para aliviar um pouco o ambiente.

Todos riram um pouco, mas seguiram para seus salões comunais.

Harry acordou e não reconheceu onde estava. Era um local feito de pedra, com algumas camas, mas ele era o único ali.

- O Duda deve estar tentando me assustar de novo. – disse ele para si mesmo.

Foi quando alguém entrou no recinto. Estava vestida como uma enfermeira, mas não era como as que via na televisão, que usavam branco, parecia mais uma dos filmes antigos que a Tia Petúnia assistia.

- Harry que bom que você acordou. – disse ela.

- Quem é você? Onde estou? Como vim para aqui? – perguntou ele com um leve tom de medo na voz. – Como você me conhece?

- Sou Papoula Promfrey. Sou enfermeira e você esta na minha enfermaria por que sofreu um acidente. Conheci seus pais, aliás seu pai sempre me chamava de Poppy.

- Você conheceu meus pais? – perguntou o menino agora com um brilho no olhar.

- Sim, seu pai vivia me fazendo visitas, e sua mãe gostava de me ajudar.

- Meus tios não deixam me falar muito dos meus pais. – disse o menino de forma tímida, como se temesse que os citados o castigassem.

- Eu conheço muitas pessoas que conviveram com eles. Alguns estão no prédio. Posso ir chamá-los.

- Acho que meus tios não gostaram de vê-los aqui quando chegarem. – disse o menino.

- Tomarei cuidado para que eles não os encontrem aqui. – disse ela e viu a resposta no olhar do menino tímido. – Volto em poucos minutos.

Depois que ela saiu Harry passou a observar direito onde ele estava. Aquele lugar parecia ser antigo, belo e mágico. Esse pensamento arrepiou Harry.

Relaxou com o pensamento de conhecer alguns amigos de seus pais, sem que seus tios os impedisse.

Uma sensação estranha passou por ele. Ele ás vezes tinha isso, mas agora foi mais forte. Ele não se importou com Poppy e saiu da enfermaria. Agora ele estava realmente perdido. Mas mesmo assim ele saiu pelos corredores.

Em um corredor alguns andares acima, ele viu uma coisa que mesmo ele tendo apenas cinco anos não gostou. Dois adolescentes implicavam com uma menina ruiva que aparentava ter a mesma idade dele.

- Parem com isso. – disse ele da mesma forma que o Tio Valter faz com ele.

Os meninos não viram quem falou, mas sentiram o poder que vibrava com a voz e saíram correndo.

- Está tudo bem. – disse Harry para a menina.

- Eles me assustaram. – disse a menina. – Eu nem sei onde estou. Nem estou encontrando ninguém.

- Eu também, mas conheci alguém muito legal. Só não lembro o caminho de onde eu estava.  Meu nome é Harry.

- Sou Lilian. Acho melhor não ficarmos aqui. Eles podem voltar.

-Sim claro.

Os dois ficaram andando sem destino por alguns minutos.

- Vocês dois são pequenos, mas andam rapidinho. – disse uma voz atrás deles.

Instintivamente Harry se posicionou na frente de Lilian.

- Quem é você? – perguntou a ruiva ao ver o homem alto parado atrás deles.

- Não devemos falar com estranhos. – disse Harry para a menina. – meus tios sempre falam isso.

- Você tem toda razão. – disse o homem se aproximando deles, parando a um metro deles e se sentando no chão. – Pode me chamar de Tupã.

- Eu sou Lilian e esse aqui é Harry. – disse Lilian saindo de trás do irmão.

- Sei que vocês estão perdidos neste castelo enorme, sim isso é um castelo. Posso levá-los para um lugar melhor que uma enfermaria, onde vocês poderão brincar, comer alguma coisa e se quiserem dormir. – disse Tupã.

Algo nele fazia as duas crianças confiarem nele.

- Você conheceu meus pais? – perguntou Harry se lembrando do que Poppy tinha lhe falado.

- Infelizmente não. Estou pouco tempo aqui na Inglaterra. – disse o homem de forma meio envergonhada. – Mas ouvi muitas histórias deles.

- O que aconteceu com seus pais? – perguntou Lilian para Harry.

- Eles morreram. – disse ele sem poder dar mais informações, ele não sabia como. – Sou criado pelos meus tios

- Os meus também. Uma amiga da minha mãe que cuida de mim. – disse a menina de forma triste e abraçando-o de forma reconfortante.

- Meninos, esse não é para ser um momento triste, eu tenho uma notícia para vocês dois. Vocês dois são irmãos. Gêmeos.

- Como pode? – perguntaram os dois.

- Quando vocês nasceram vocês corriam perigo. Tinha um cara mau atrás de vocês. Então um amigo dos seus pais decidiu que seria melhor que vocês fossem criados longe, e quando não houvesse mais perigo se reuniriam. Infelizmente seus pais morreram e o Harry foi mandado para a casa de seus tios, sem que eles soubessem de você Lilian. – Explicou Tupã.

- Eu tenho uma irmã. – disse Harry com um brilho de felicidade no olhar.

Agora o abraço dos dois era de felicidade.

- Desculpa interromper, mas temos que ir. Vocês podem conversar quando chegarmos no quarto. Ainda temos que encontrar outra pessoa.

Sem se importar com nada Tupã pegou Lilian no colo e deu a mão para Harry. A ruiva não se importou com o gesto, e se aconchegou mais no peito dele.

Andaram por alguns corredores, Harry ia em silêncio, mas Lilian via fazendo um monte de perguntas para o homem que a carregava. No sexto andar, encontraram uma menina de onze anos tão perdida como os dois estavam agora a pouco.

- Sara. – chamou Lilian.

- Lilian, onde você estava? – perguntou ela. – Aliás, onde estamos?

- Cê tá grande. – disse Lilian divertida ao perceber que a irmã estava mais velha.

- Você que encolheu. – replicou ela.

- Tupã, onde estamos? Você só disse que é um castelo. – disse a ruiva se virando para ele.

- Estamos em Hogwarts. – a resposta fez as meninas arregalarem os olhos, mas Harry continuou na mesma.

- Quem são vocês? – perguntou na lata a morena, ao perceber que Lilian estava a vontade no colo daquele homem.

- Sou Tupã. – disse ele. – Um amigo. E esse menino aqui, é Harry, irmão da Lilian.

- Como isso é possível? Mamãe nunca falou nada disso. E como eles estão com cinco anos? – perguntou Sara.

- Vamos conversar em outro lugar. – disse Tupã.

Eles finalmente chegaram no sétimo andar, mas antes de ativar a Sala Precisa, Tupã para e deixa Lilian no chão e se senta novamente na frente deles.

- Harry tem uma coisa que você não sabe, mas você é um bruxo. Seus pais eram bruxos, elas são bruxas eu sou um bruxo.

- Magia existe? Realmente? Que demais. – respondeu ele. – Mas meus tios falaram que isso não existe.

- Sara quer fazer a honra. – disse o homem e a menina entendeu.

Ela retirou a sua varinha do bolso e fez surgir na frente deles um pássaro.

- Excelente feitiço. – elogiou Tupã, fazendo Sara corar. – Bom como está provado, agora vamos entrar na sala atrás de mim, mas antes tenho que pegar isso de vocês.

Rapidamente ele retirou as varinhas dos três.

- E para segurança de vocês. Vocês ainda não controlam seus poderes e podem se machucar, isso vale para você também, Sara, entenderá depois que eu conversar com vocês. – disse ele ativando a sala.

Entraram na sala e viram que em um lado estavam três camas boas para o tamanho dos meninos e uma no outro lado para o homem. No meio tinha uma mesa e perto dela, algumas almofadas, brinquedos, uma estante com livros infantis. Ali também tinha uma porta fechada e armários de roupas.

- Acho que por hora está bom. – disse Tupã para os três, que estavam admirados pela sala. – Acho que está na hora de conversar com vocês.

Tupã se sentou em uma almofada e esperou que os outros fizessem o mesmo. Lilian sentou bem ao lado dele, Harry na sua frente e Sara se deitou ao lado de Lilian.

- Vocês devem estar achando estranho que Lilian e Sara tenham idades diferentes sendo que nasceram no mesmo dia. – disse Tupã, e Harry fez um sinal de que entendeu. – Pois bem, vocês na verdade tem dezesseis anos. São excelentes bruxos e estudam aqui em Hogwarts, que é uma escola para bruxos. Vocês já se conhecem, e me conhecem também, pelo menos Harry e Lilian. Você Harry foi atingido por um feitiço que o fez ter 5 anos outra vez. Como a ligação entre vocês três é forte, o feitiço acabou afetando a vocês duas também. Na Lilian o efeito foi imediato, pois são irmãos de sangue, o que para magia é muito forte, enquanto na Sara foi mais gradual e ainda não atingiu seu auge, que será quando chegar na idade deles, pois é irmã pela magia e escolha.

- E como voltamos ao normal? – perguntou Harry de forma tímida.

- Não sei ainda. – mentiu ele, mas era melhor assim, a cura seria melhor e mais rápida assim.

Ficaram mais alguns minutos conversando, até que Tupã disse que ia pegar um pouco de comida para eles e os meninos começaram a brincar, Sara já parecia ter dez anos.

Papoula foi em direção a sala do diretor, torcendo para que os professores ainda estivessem lá. As notícias que ela tinha para eles não eram boas. Suspirou aliviada quando percebeu que ali ainda estavam Minerva, Filius, Hagrid e Tonks. Ela sabia que Remo estava impossibilitado no momento pela lua.

- Papoula como ele está? – perguntou a professora de transfiguração.

- Ele está bem, por enquanto. Mas creio que não por muito tempo. Ele foi atingido pela Maldição Infatus. Essa maldição faz com que o corpo de quem a recebe comece a regredir, voltar à infância, e quando seu corpo volta ao de recém nascido desaparece. Ele fica com a memória que ele possuía nesta idade.

- Isso é terrível. – disse Tonks.

- Existe cura? – perguntou o gigante.

- Isso é inusitado. – disse Minerva.

- Não que eu saiba. – disse a enfermeira. – Por isso vim aqui, queria saber se alguém sabia. Quando sai ele tinha acordado e parecia ter cinco anos.

- Faz muito tempo que não ouço sobre essa maldição. – disse Dumbledore. – Sei que ela possui cura, mas não sei qual é. Devemos conversar com o Harry, para que ele não fique assustado. E depois tentar encontrar uma solução para isso.

Eles saíram do escritório do diretor e seguiram para a enfermaria. Mas a encontraram vazia.

- Eu disse para ele ficar aqui. – disse Poppy. – Onde será que ele está?

- Ele é um Potter, não ia ficar parado aqui. – disse Hagrid sabiamente. – Ele deve estar explorando o castelo.

- Devemos procurá-lo, aqui ele corre risco. – disse o diretor.

- Acredito que também devamos procurar Lilian e Sara. Essa maldição costuma afetar aqueles que possuem maior afinidade dentro de sua família.

- Vamos rápido. – disse o diretor, fazendo todos procurarem pelo castelo.

Depois de uma hora nenhum dos três foi encontrado.

- Você demorou. – disse ele para a pessoa que apareceu perto dele. – Eles já estão dormindo.

- Eu sei, Odin. Mas não pude vir antes para não levantar suspeitas. – disse Palas. – E como eles estão?

- Estão bem. Apesar de tudo. Eles aceitaram muito bem tudo, principalmente o Harry. Eles são bem diferentes quando crianças. Lilian fala mais e é mais carinhosa, Sara é mais séria agora, mesmo parecendo com o pai, e Harry é tímido e inseguro. Ficou muito feliz em saber que tinha uma família e que era bruxo.

- Mas quanto a maldição?

- Eles demoraram cinco anos para o estagio final, quando Sara chegar aos cinco anos, o que ainda demorará alguns dias. A minha presença aqui retardou isso, mas termos que quebrar a maldição.  

- Você sabe como fazer isso?

- Sim.


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