O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin
Harry decidiu passear aquela noite pela propriedade, esperou que as meninas dormissem e saiu. Era mais fácil enganar o Rony, pois as duas o conheciam muito bem, apesar dos anos afastados.
Aparatou ainda deitado para fora da casa onde se transformou e saiu despistado.
Gina estava encontrando dificuldades para dormir está noite, também. Então se sentara na janela do quarto e ficará olhando o luar. Ficou pensando no que viu depois do jantar. Carol tinha chamado Harry para um canto, todos pensaram que seria para namorar, mas puderam ouvir que somente conversaram e riram um pouco. Quando voltaram a menina exibia um sorriso sincero no rosto, e Harry estava pensativo, nem mesmo Lilian conseguiu descobrir o que se passava na cabeça dele.
Algo chamou a sua atenção, havia algo correndo pela propriedade, ela logo identificou como um magnífico cavalo. Como estava escuro, não conseguiu ver detalhes, mas quando o animal subiu em uma colina e seu corpo se contrastou com o céu, ela percebeu que aquele cavalo era justamente aquele que seu patrono se tornava.
Ela estava quase saindo da casa, para ir ao encontro dele, o cavalo disparou para o outro lado da colina. Tentada a seguir o corcel, ela já estava na metade do quarto quando ouviu um barulho vindo das escadas. Era a sua mãe, fazendo a ronda noturna para saber se nenhum de seus filhos ‘fugiu’. Na verdade ela olhava apenas o seu quarto e do Rony, principalmente depois que Harry trouxe a namorada e Rony confirmou pessoalmente que estava namorando Hermione, queria sempre confirmar que todos estavam dormindo. Às vezes ela conferia também o quarto dos Potter e do Gui. Correu para cama e fingiu dormir.
Molly abriu a porta e viu que as três meninas estavam deitadas, suspirando aliviada fechou a porta.
- Ela não confia em nós. – Gina tomou um susto quando ouviu a voz da Hermione. – Não me lembro dela assim nas feiras.
- Ela quer evitar o que aconteceu com ela. Que tenhamos um filho muito jovens. – disse Gina.
- Ela acha que somos irresponsáveis? Ou que não sabemos nos prevenir? – disse Hermione brava.
- Não. Ela simplesmente é uma mãe. Ou você já se esqueceu da carta que recebeu da sua mãe, depois que contou que estava namorando o meu irmão?
- Nem me fale. O Rony vai precisar de todo o ensinamento da AD, para se livrar do meu pai. E muito mais para se livrar da minha mãe.
- Leva o Harry, que seus problemas acabam. Eles gostam muito dele, e assim que ele falar que meu irmão sofrerá se algo de errado acontecer com você, eles ficaram bem mais tranqüilos e permitiram. Não lembra o que aconteceu com o Malfoy, quando ele tentou agarrar a Ly.
- Você tem razão. – disse a morena se virando para finalmente dormir.
- Eu sempre tenho razão. – disse a ruiva convencida.
- Tá convencida, Gina Potter.
- O que você quer dizer com isso? – perguntou a ruiva aborrecida.
- O que você quiser entender. – disse Hermione sonolenta.
Sabendo que a conversa tinha acabado, Gina voltou para a janela para ver se encontrava novamente o cavalo, mas infelizmente ele havia sumido. Conformada ela voltou para sua cama e dormiu.
Sonhou com um homem grande e forte, se parecia com um Viking, ele estava com um lobo enorme do seu lado.
- Não se assuste, pequena. Sou Odin. – disse o homem. - Esse é Fenrir, mas ele nunca faria mal a você.
- O que você quer? – perguntou a ruiva reconhecendo o Deus Nórdico.
- Vim dar um conselho. – disse ele. – Você não é, nem nunca foi uma pessoa que se deixar dar por vencida. Por que está agindo assim agora? Se você o quer, seduza. Bons frutos renderam disso.
- Como você sabe disso?
- Na hora certa saberá. – disse o deus de forma enigmática. – Palas estará de olho em vocês, enquanto eu não puder me juntar. Por isso se comporte.
- Quem? Palas Atenas, a deusa da sabedoria da mitologia?
- Mais ou menos. Você entenderá quando Lug, contar a nossa história. – disse ele se virando para o lobo e tirando uma flor de uma bolsa que estava no lombo do animal. – Dê isso para ela.
- Ela quem? – perguntou a ruiva sem entender.
- Ela saberá que é para ela.
Na manhã seguinte a ruiva acordou com um Lírio, flutuando no seu criado mudo. Era um sinal de que o sonho era verdadeiro. Se trocou e foi até o banheiro do corredor, não queria conversar com Hermione no momento, pelo menos até entender o que o deus falou para ela e também como a flor foi para ali.
Como estava distraída com seus pensamentos não percebeu que o banheiro já estava ocupado. Estancou ao ver Harry de costas, enrolando-se em uma toalha e com o corpo todo molhado, indicando que tinha acabado de sair do banho. Sem saber o que fazer, entrou no banheiro e fechou a porta.
- Harry o que você pensa que está fazendo? – perguntou ela sem conseguir tirar os olhos dele.
- Eu estava acabando o meu banho. Você sabe muito bem que eu gosto de corridas pela manhã. – ‘Se bem que essa começou a noite’ completou em pensamento o moreno se virando para ela. – Quando cheguei a Shade estava no banho. Ela puxou o pai neste sentido. Demora horas.
- Mas precisava ser assim?
- Me desculpa, mas os Dursley me ensinaram a tomar banho pelado. Não tenho culpa se a porta não tem tranca.
- Tem sim, podia ter enfeitiçado ela. – Disse Reflex.
- Calado. – disse o menino deixando a ruiva desconfiada, principalmente que o espelho piscou para ela. – Depois eu explico. Pode usar o banheiro eu termino de me vestir no quarto.
Passou por ela, que ainda estava em choque de ver o corpo dele, daquela forma.
- Ah, ia me esquecendo. Bom dia. – Disse ele dando um selinho nela.
Agora sim ela estava completamente desnorteada.
– Mas quem te deu essa flor? – perguntou o menino na porta.
- Recebi no meu sonho. – disse ela. – Um cara me entregou.
- Eu não acredito que ele fez isso com ela. – começou a resmungar Harry. – Com ela e comigo. Deixa só ele aparecer na minha frente de novo.
- Mas não é para mim. – disse rapidamente a ruiva, tentando evitar mais um mal-entendido com o moreno. – É um presente para uma das outras meninas.
- Espero.
Harry saiu do banheiro ainda resmungando e viu que tinha um ruivo saindo do quarto com a mesma intenção dele.
- Nem adianta. Sua irmã acabou de me expulsar do banheiro. – disse ele para Gui. – Acho que ela estava apertada.
Saiu andando sem reparar na expressão de terror na cara do ruivo com a insinuação de que o moreno foi visto naquele estado pela irmãzinha inocente dele.
Gina se sentou na mesa esperando a sua mãe terminar de arrumar a comida e todos descerem. O que não demorou a acontecer. Por incrível que pareça todos desceram ao mesmo tempo.
- Que flor bonita essa, Gina! – disse Fleur sentando ao lado da ruiva.
- Não foi você quem conjurou? Você sabe como isso pode dar confusão para você. – disse Hermione.
- Deixa ela. – disse Shade.
Gina percebeu que os meninos não ligaram muito para isso e logo estavam comendo. Mas as meninas estavam fascinadas com a flor. Principalmente Lilian que não tirava os olhos dela de forma nenhuma. Harry também não tirava os olhos, mas com uma cara de desagrado.
- Quem te deu, então? – perguntou Carol.
- Um cara me deu em um sonho. – omitiu o fato de ser um deus, isso podia dar mais problemas. – Quando acordei, ela estava no meu criado-mudo.
Lilian e Harry fecharam a cara imediatamente. Essa reação não passou despercebida por todos, mas foi interpretada por Gina, que esperava ser da forma certa.
- Ele pediu para entregar para uma pessoa. Você Ly.
- Pra mim. – A mudança na fisionomia da menina foi grande. – Tem Certeza?
- Sim. Ele disse que ela saberia que era para ela. E pela sua cara, só pode ser você.
A ruiva corou e murmurou algo como ‘Brigada’. Harry também aliviou a expressão.
- Parece que mais um Potter está compromissado. – disse Molly.
- Não, Molly. No momento apenas uma Potter. Apesar do pedido ainda não ter sido feito. – disse Harry.
- Como assim? – perguntou a matriarca.
- Nós terminamos. – disse Harry.
-Vimos que confundimos nossos sentimentos. Somos mais para irmãos, que namorados. – disse Carol, demonstrando que não ficou magoada com a história.
- É uma pena. – disse Molly, mas com um brilho diferente no olhar.
Foi a única a expressar algo verbalmente. Lilian olhou para os dois, desconfiada. Shade abriu a boca para falar algo, mas logo fechou e voltou a comer. Os meninos Weasley se entreolharam e olharam para Harry, esperando algo a mais. Hermione olhou para Gina, que olhava apenas para o prato, mas esboçou um sorriso, pulando de alegria por dentro.
- Isto está muito ruim. – disse a ruiva amassando o pergaminho que estava escrevendo e o jogando longe. – Não consigo fazer nada que preste.
- É a primeira vez que escuto isso, vindo de você é claro. – disse alguém da porta, dando um belo susto na menina.
- HARRY! Assim você me mata. – disse Gina se virando para porta e vendo o moreno encostado na porta.
- Se você não morreu com os sustos dos gêmeos, não será um meu que te matará.- disse o moreno entrando.
- Mas o que aconteceu para você descontar no pobre pergaminho? – perguntou ele.
- Nada. – disse ela olhando para os olhos dele.
Inesperadamente a porta bate com o vento fazendo a ruiva dar um pulo e se abraçar ao moreno.
- Assustando fácil hoje. – disse Harry se sentando com a ruiva na cama dela. – Tem certeza que nada aconteceu.
- É que estou tentando escrever algo para alguém. Mas não consigo encontrar as palavras certas. – disse ela inocentemente.
- Quem sabe eu possa te ajudar. – disse ele meio preocupado. – O que seria?
- Tenho que me declarar pra alguém. – disse ela corando, achando que assim seria mais fácil, espontaneamente, do que ensaiado.
- Ah, sempre fui péssimo com isso. – disse ele olhando para a porta. – Acho que deva pedir ajuda para Shade ou a Carol.
- Mas... – disse ela decepcionada pela reação dele, escutou claramente “Se você o quer, seduza.”
- Se você diz, eu posso tentar. – disse ele.
- Ele não me olha direito. – disse ela com um cara triste. – Acho que ele não gosta de mim.
- Como assim? – perguntou ele não resistindo a cara dela. – Quem pode ser tão estúpido assim? Nem eu...
Ele parou de falar quando percebeu que ia falar de mais.
- Eu não sou isso tudo. – disse ela mordendo os lábios e depois escondendo o rosto com as mãos, vibrando por tudo estar dando certo.
- Que isso. – disse ele puxando ela para um abraço. – Você é uma menina inteligente, divertida, bem-humorada, lind... bonita. Quem poderia não ver essas características em você, depois de te conhecer? – disse ele levantando a cara dela pelo queixo.
- Não sei, ele sempre foge de mim. – disse ela acariciando o braço dele.
- Não fugirei mais. – disse ele se aproximando lentamente, olhando fundo nos olhos dela.
Ela passou a língua nos lábios só para provocar, e ele resolveu que era hora de assumir a maldição Potter, e finalmente a beijou, um beijo exigente, apaixonado e que deixava bem claro os sentimentos de ambos.
Ficaram ali naquele momento, até que Harry percebe que sua mão direita está no fecho do sutiã da ruiva. Ele diminui a intensidade do beijo.
-Gi, acho melhor irmos com mais calma. Alguém pode chegar. – disse ele.
- Você tem medo que a Carol nós veja. – disse ela irritada.
- Não é nada disso. Sua mãe pode aparecer. – disse ele. – Você não precisa ficar com ciúmes dela, nosso namoro era puro fingimento. Só beijinhos inocentes na frente dos outros, alguns passeios de mãos dadas e os sumiços eram apenas para fingir algo, mas ficávamos apenas estudando. Pode perguntar para ela.
- Mas vocês fizeram...
- Só uma vez, quando estava sobre a Capital. – disse ele. – Antes de qualquer coisa entre nós. Ela sabia que tínhamos algo não resolvido e inventou essa de namorar para espantar as meninas da escola. Nem mesmo vou continuar com os selinhos. Ela está apaixonada por um carinha que ela conheceu lá em Roma.
- Por que isso tudo?
- Não achei legal manter essa intimidade com ela, depois de um ‘namoro’. Principalmente que se ela se envolver com esse carinha, ele pode não gostar. E depois dessa reportagem, acho que é melhor também maneirar com as outras, às vezes tento esquecer que sempre tem alguém de olho em mim.
- Sei. –disse ela com biquinho.
Ele se ajoelha no chão e pergunta.
- Foguinho quer namorar comigo?
- Não precisa disso tudo, Mas aceito. – disse ela puxando-o para um beijo.
- Vamos contar para todos, agora? – perguntou a ruiva quando recuperou o fôlego.
- Acho melhor contar quando estiverem todos juntos. – disse Harry. – É melhor enfrentar todos os seus irmãos de uma vez, do que ter que bater em um por um.
- Harry! – disse ela dando um tapa nele. – Olha como fala dos meus irmãos. Alguns aceitaram facilmente.
- Por que vocês são tão violentas?
- Não reclama que você gosta d’a gente assim mesmo. O que você está propondo? Namoro escondido?
- Vai dizer que não gosta disso? – disse ele brincando com o colar que ele tinha dado de presente, aquele com a lágrima de sangue, com um sorriso no rosto.
- Sim gosto. Mas só porque é você. – disse ela. – Acho que devemos seguir assim um pouco em Hogwarts. Seria estranho que você saísse de férias namorando uma e voltasse com outra. Estragaria a reputação da Carol, e a minha.
- E a minha?
- Qual de garanhão? – disse ela.
- Eu não ligo mesmo. – disse ele voltando a beijá-la.
- Oi, mio amore. – Lilian escutou em seus sonhos.
Ela sabia muito bem quem era, mas não respondeu ao cumprimento, nem se virou para ele.
- Que foi? O que que eu fiz para você? Pensei que você fosse ficar feliz pela reportagem não ter sido publicada. – disse ele.
- Disso eu gostei. – disse ele finalmente se virando. – Como você fez isso?
- Tive uma conversinha como o editor, e ele percebeu o erro. Publicará nos próximos dias a segunda reportagem.
- Obrigada, mas eu continuo com raiva de você. – disse ele se virando de novo.
- Por quê?
- Não me venha com essa de que não sabe. Você invadiu o sonho da Gina. E ainda teve a cara de pau de me mandar um flor.
- Mas rossa eu fiz aquilo para pelo seu irmão. Aqueles dois já estavam me irritando. A flor foi só para te mostrar que não foi nada de mais.
- Como ajudar o meu irmão?
- Você não percebeu os sorrisos dos dois no jantar, as trocas de olhares e a desculpa estranha para os dois saírem da casa pouco antes de irem deitar. Eles finalmente estão namorando.
- Por que ele não me contou?
- Eles querem namorar em segredo um pouco. E também preferem fazer o anúncio para todos os cabeças de fogo de uma vez só. Mas não fale pra ele que fui eu quem deu um empurrãozinho, e te contei isso.
- Eu nunca faria isso com você.
- É por isso que eu te amo. – disse ele fazendo ela estancar.
- Que?
- Eu Te Amo, mio fiamme. – disse ele selando os lábios.
Ficaram ali namorando mais um pouco, e Ly não perdeu a oportunidade e conferiu o braço direito dele. Apesar da armadura, ela pode ver a tatuagem do dragão, ela realmente se mexia. Ele é um Cavaleiro-Dragão.
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