O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin


Capítulo 25
Conversas no Escuro.




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Capítulo 25 – Conversas no Escuro.

- Rony, Neville ajudem a levá-lo para a enfermaria. – disse Ly.

- Eu estou bem, só um pouco cansado. – disse Harry passando a mão no cabelo, e o fogo ali existente voltou a ser seu cabelo.

- Então levem o para cama. – disse a ruiva. – E se fizerem piadas vocês se arrependeram amargamente.

- Quem ela pensa que somos os gêmeos para fazer piadas uma hora destas, para um cara que acabou de derrotar um dragão com um único feitiço. – resmungou Rony.

- Que bom que você sabe disso. – disse Shade. – Mas e ela?

- Não se preocupe, ela só esta esgotada. Daqui a pouco ela acorda. Podemos mandar uma carta para o Carlinhos e pedir para ele ou outro tratador vir aqui, para cuidar da BlackMoon, e levá-la para casa. A tenda é enfeitiçada poucos são os que conseguiram entrar. – disse o moreno apoiado em Rony. – Se quiser Shade, você pode mandar a carta. Use a Isis.

Chegaram rápido na torre, já que usaram uma serie de passagens secretas e com o trio de italianas com cara de poucos amigos de batedores, não houve muitos problemas.

- Como você está, Harry? – perguntou Mione ao ver o grupo entrando na sala comunal.

-Só estou muito cansado, aquele colar tinha uma magia poderosa, difícil de quebrar, ainda mais que eu não queria machucar a BlackMoon.

O grupo então seguiu para o quarto deixando Hermione e Gina no salão, juntamente com os outros alunos. A monitora olha para Gina e a vê ficando pálida, mais do que estava ao ver Harry sendo atacado.

- Gina, o que houve? – perguntou a morena.

- Era ele, Mi. O Anjo da Morte. Era o Harry. – sussurrou a ruiva.

 - Me explique isso direitinho. – disse Mione.

- Não briga comigo antes de eu terminar. Sabe achei que eu e o Harry teríamos algo, como você sugeriu, fiz tudo conforme me disse. Pedi aulas, fiquei perto dele sem forçar nada. Tava rolando um clima, quase nos beijamos no dia do ataque a Reserva dos dragões, alias foi por causa disso que não beijamos. – começou a ruiva. - Na festa eu fui de Capetinha, sim era eu. Não queria ficar com ninguém, mas ele entrou. Um Anjo Negro, sem rosto. Você viu ele, não tente me enganar. Senti algo forte, mas nunca podia imaginar que era ele. Não dei bola para ele, continuei a dançar não ligando para nada, mas quando eu vi, estava dançando com ele. Conversamos um pouco enquanto tomávamos uma bebida. Ele me disse que era o Anjo da Morte, eu devia ter desconfiado que algo assim era coisa dele. Aí nos ficamos.

- Mas como você descobriu que o Anjo é o Harry? Vocês dois estavam mascarados de forma a não serem identificados. Eu tentei. – disse Mione.

- O pingente em forma de raio que ele tinha. Era o mesmo que o Harry estava usando com o colar dos centauros. – disse Gina.

- Deixa ver se eu entendi direito. – disse brava a monitora. – Você brigou com o Harry por que ele ficou com você na festa?

- Mi, calma. Eu perdi a cabeça quando vi que ele tinha ficado com alguém. Sei que é ilógico, pois eu também tinha ficado com alguém. Mas eu tinha esperanças que era ele. Já estava explodindo quando escutei a Cho, e se até o Rony percebeu e disse aquilo sem problema e achei que ele tinha se exibido.

A morena não falou nada deixando a ruiva preocupada.

- Agora o que eu faço? Não sei se consigo que ele me perdoe, mas pelo menos tenho que voltara a ter os Potter como amigos.

- Você não foi a única a errar nesta historia. O Harry errou também, mas se você quer resolver essa historia toda você tem que dar os primeiros passos. Estou muito desgostosa com isso tudo, principalmente com você e o Harry. As meninas estão apenas seguindo ele.

- Desgostosa? Tá parecendo a minha mãe. – disse ela. – Mas o que eu faço, Mi?

- Ir diretamente ao Harry é burrice, ele não vai te ouvir. Principalmente que ele sabe que está tão errado também, ele não me disse isso com palavras, mas pelo olhar, eu conheço meu irmãozinho. O melhor é conversar com a Lilian e a Sara. Elas podem preparar o terreno para você e ver o que ele realmente sente.

- Mas é a Carol? Não quero acabar com o namoro dos dois. – disse a ruiva mais animada.

- Você pode se surpreender com as coisas, Gina. – disse enigmaticamente a morena indo ver como estava o amigo.

Isis aparece com uma resposta para eles.

- Hum, parece que já veio alguém para ver a BlackMoon, e não foi o Carlinhos. – disse Harry ao ler a carta.

- E ele já chegou. – disse Lilian sentindo a energia de alguém. – Não é ninguém que eu conheci no Santuário.

- É mesmo, não senti essa energia em nenhuma das duas vezes que eu fui lá. – disse Shade.

- Tenho que ir lá. – disse Harry. – Não posso deixá-la com um desconhecido.

- Nada disso. Você ainda está fraco. – disse Lilian, recebendo apoio de todos no quarto. – Eu vou.

- Mas... – disse Harry.

- Nada de mas, porém, contudo, no entanto.  Eu vou. – disse a ruiva saindo do quarto.

- O que eu fiz para merecer essas ruivas explosivas na minha vida. – disse o moreno se jogando no travesseiro.

- Ruivas? – perguntou Hermione de forma maliciosa.

- Depois, Mi, depois. – disse ele, deixando a morena com a certeza de que ali havia mais coisa.

Lilian percebeu que era hora do almoço e resolveu passar na cozinha para pegar alguma comida para o visitante. Na porta da cozinha encontrou com Hagrid.

- Oi Grandão. – disse ela. – Não sabia que você vinha almoçar por aqui. Principalmente com um dragão nos jardins.

- Eu até que pensei em ir lá, mas o tratador merece almoçar também. – disse ele envergonhado.

- Então tivemos a mesma idéia. – disse a ruiva. – Deixa que eu levo para ele, enquanto você providencia comida para BlackMoon.

- Excelente idéia. Assim eu terei que entrar de qualquer jeito. – disse o gigante feliz.

Dobby ficou muito feliz em providenciar comida para a ruiva, que logo foi em direção a tenda que Harry conjurou.

- Oi. – Disse ela timidamente quando entrou na tenda.

- Oi. – disse uma voz no escuro. – Estou aqui.

- Vim trazer o almoço. – disse ela com os olhos se acostumando com a escuridão, vendo a silueta do dragão deitado e do outro lado do pescoço dela um homem.

- Muito obrigado. – disse ele. – Estava mesmo com fome. Foi muita gentileza sua.

- Aqui está. – disse a ruiva mostrando a cesta. – Como ela está?

- Ela já esta melhor, já acordou. – disse ele.

Para provar que o tratador estava certo BlackMoon levanta a cabeça e cheira a menina voltando para o lugar ao ver que não tinha nenhum perigo ali.

- Ela resistiu ao controle de Voldemort, veja a marca da queimadura aqui. – disse ele mostrando para ela.

- Foi o colar que fez isso?

- Foi. Por isso ela desmaiou quando o colar quebrou.

Lilian começou a passar a mão na queimadura, está começou a se curar, assustada ela tirou rapidamente e levou a mão à boca.

- Não se assuste. Eu preciso de ajuda para curar o corpo dela. Se não tiver ninguém demora mais, mas com ajuda posso curar tanto a alma quanto o corpo. Ela permitiu que você a curasse, você é poderosa, e ela percebeu.

Lilian percebeu que a marca já não existia mais, e BlackMoon sorria, ou pelo menos assim lhe parecia.

- Todos esperavam o Carlinhos. Ele está bem?

- Está, mas imagina ele vir a Inglaterra sem passar em casa. Dona Molly mata ele.

- Conheço a peça. Mas ele aparecerá por aqui?

- Não, vou levá-la hoje à noite. Ele mandou passar um recado para uma menina daqui, só esqueceu-se de falar que quem era. Já que você o conhece o cabeça de fogo pode passar para ela. Ele disse: ‘Eu estou bem, nada me aconteceu, mas não poderei ir para Hogwarts, te vejo no Natal.

- Suspeito de quem pode ser, mas eu procuro. – disse a ruiva. – Mas por que aqui está no escuro?

- Ora, essa é uma espécie noturna, e precisa da escuridão para se recuperar melhor. E eu não gosto muito do Sol. Não que eu seja um vampiro, é que gosto mais da noite.

- Acho que eu tenho que tenho que ir. Sabe eu ainda não comi ainda. – disse ela. – Boa tarde.

- Boa Tarde. – disse ele e depois que ela saiu. - mio fiamme. Não me olhe assim, Lua. Não é a hora ainda.

Ly voltou para o castelo e foi para o salão principal para o almoço. Lá encontrou com todos.

- Pontas, o que você está fazendo aqui? Devia estar descansando. – disse a ruiva.

- Já tomei uma poção revigorante e preciso me alimentar, não foi isso que você fez com o tratador e a Moon. – disse o moreno rindo. – Tinha muita gente lá para me obrigar.

- Desde quando você segue ordens?

- Nessa você me pegou, mas eu fiz isso desta vez.

- Tudo bem.

- Mas como ela está? – perguntou Shade.

- Ela está bem, tinha uma queimadura no pescoço, mas já esta curada. Foi pelo colar, não você, Pontas. O Tratador me disse que era porque ela resistia. – disse ela corando.

- Não era o Carlinhos, então. – disse a morena intrigada com a reação da irmã.

- Me desculpe, mas não. Ele mandou um recado. São estas palavras: ‘Eu estou bem, nada me aconteceu, mas não poderei ir para Hogwarts, te vejo no Natal.’  Agora só tenho que descobrir para quem eram essa palavras. – disse a ruiva com um sorriso malicioso no rosto.

- Deve ser para a Gina. – disse Sara tentando disfarçar a alegria.

- Não, ele foi para a Toca e a Gina estava no ataque não se esqueça. – disse Ly.

- Então você deve procurar a pessoa para dar o recado.

O almoço continuou a de forma alegre como a muito não se via. Harry se levantou falando:

- Acho que vou ver a pequena Lua Negra. Acho que mais ninguém deva ir. Eles vão embora logo.

- Lua Negra, BlackMoon, Lua diferente. – começou a raciocinar Lilian, mas Harry já estava longe.  – Era ele.

- Ele quem? – perguntou Hermione.

- Não importa mais. Eu não conseguirei ir vê-lo mais. – disse a ruiva ao sentir um feitiço sendo lançado na tenda, que a impediria de entrar.

- Lilian, Sara. Posso conversar com vocês duas. E um assunto sério. – disse Gina se aproximando das duas.

- Claro, Gina. – disse Lilian enquanto Sara acenava afirmativamente com a cabeça.

As três seguiram para a Sala Precisa. Que se apresentou com poltronas para elas, e apesar da lareira, estava na penumbra.

- Tá meio escuro aqui. – disse Sara.

-Desculpa, to com pensamento longe. – disse Lilian meio sonhadora.

- Ce tá triste hoje, Ly. – disse a morena.

- Fazer o que? – disse ela. – Mas o que você queria com a gente, ruiva?

- Eu percebi que essa situação não está sendo boa para ninguém. Queria ver como eu posso resolver isso. – disse Gina.

- Acho que um pouco da culpa disso é nossa. – disse Shade.

- Não devíamos ter te isolado, ficamos com raiva de você, mas não vimos o seu lado. – disse Lilian. – Torcíamos para você se acertar com o Pontas.

- Eu percebi hoje, que temos que ficar juntos. Por mais poderoso que seja o Harry, ele não conseguirá combater a todo o exército de Voldemort sozinho. Principalmente se ficar preocupado com algum de nós. – disse a ruiva. – Mesmo com raiva de mim, ele faria qualquer coisa para que eu não me machucasse, eu conheço ele.

- Ele não tem raiva de você, só está magoado com o que você fez e com um suposto afastamento seu, que ele acha que é culpa dele por causa do Patrono. – disse Lilian.

- Tanto é que ele não parou de te treinar, nem na AD, nem no time. – disse Shade.

- Então eu tenho que apenas conversar com ele para que ele volte a ser meu amigo? – perguntou Gina esperançosa, apesar de quer mais.

- Como se isso fosse fácil. – disse Lilian.

- Pelo que o Tio Aluado fala, ele consegue ser mais cabeça dura que os pais dele foram. – disse Sara.

- Vocês são tão animadoras. – disse irônica a pequena.

- Mais estaremos do seu lado. Podemos fazê-lo te ouvir. – disse Sara.

- Temos meios para isso. – disse Ly com um sorriso maroto que fez Gina se arrepiar.

Harry se encaminhou para a tenda que ele tinha conjurado. Ele viu que muitos curiosos tentavam entrar nela, mas não conseguiam. Riu daquilo, mal sabiam que nada do que fizessem resultaria em algo. Mesmo que ele mesmo não tivesse garantido isso, BlackMoon e o tratador não gostariam de ser incomodados durante o tratamento.

- Ninguém conseguirá entrar ai se eu não quiser. – disse ele para os alunos.

Estes se assustaram com o moreno acreditando que ele estaria de cama depois do que fez pela manhã.  Muitos saíram correndo, alguns se viraram e saíram andando, mas ainda tiveram uns dois que duvidaram e ainda tentaram entrar.

- A entrada é aqui. – disse ele mostrando a fenda. – Mas acho que só eu entrarei.

Assim que entrou ele lançou outro feitiço evitando que qualquer pessoa entrasse ali.

- Vejo que temos mais uma visita. – disse uma voz que Harry não reconheceu, mas achou conhecida. – E pelo que parece vai ser a última.

- Tem muita gente tentando entrar aqui. Não quero ninguém se machucando. – disse Harry percebendo que BlackMoon já estava de pé, e perto dela havia uma poça de sangue indicando que Hagrid já tinha passado por ali e alimentado o dragão.

- Então você seria Tupã? – disse o moreno.

- Carlinhos já abriu a boca. – disse ele.

- Mas você é o cavaleiro da Ly? – espantado disse ele ao prestar na energia do tratador.

- Sim, sou eu mesmo. – disse ele.

- Mas como ela não te reconheceu, ou melhor, por que você não falou para ela? – disse ele sem saber o que pensar.

- Não é a hora de um encontro real, uai. – disse ele pesaroso. – Ela não reconheceu assim como você, pois nos sonhos eu tenho que usar a armadura, a magia do castelo é forte e eu tenho que usar aquela forma para poder conversar nos sonhos, se fosse de outra forma, não poderia interferir em nada. Isso modifica a minha voz. Sem contar que está tudo escuro aqui.

- Escuro? – perguntou Harry surpreso.

- Você nem percebeu, né? Como ela é uma espécie noturna, se cura melhor no escuro. Eu posso ver no escuro. Lilian não vê, pois os gatos precisam de alguma luz para ver, mesmo que sejam apenas das estrelas. Você usa inconscientemente a visão melhor que possui, de suas formas animagas.

- Certo, mas quando será? – perguntou Harry, ele estava preocupado com a irmã.

- Depois que ela despertar. – disse ele. – Mas vamos mudar de assunto. Da minha vida afetiva pra sua.

- Não to entendendo, eu to bem, to namorando. – disse ele.

- Eu entro nos seus sonhos e sei o que você pensa. Lilian desconfia deste namoro, apesar da Carol ser uma menina de ouro.

- Não preciso então reconhecer a farsa. Mas não é isso que você quer saber. – disse Harry.

- Não. Quero saber o que está acontecendo com relação da Ginevra.

- Eu estava indo com calma com ela, sabe somos amigos há algum tempo e não queria colocar tudo a perder se ela não correspondesse. Mas ai veio o baile a fantasia. Eu fiquei com uma menina e ela também ficou com alguém, como você sabe. Depois houve aquele ataque dos dementadores. Você sabe o que aconteceu naquele dia, não vou falar sobre isso.

- Você quer dizer o tapa.

- Isso também, mas o problema foi o que meu patrono fez. Ela tentou se aproximar, mas o Cervo a repeliu.

- Você estava com raiva dela, por te tratar daquele jeito. Lembre-se como eu o encontrei no seu ‘sonho’. Foi uma reação de defesa dele, o que ele está preparado para fazer, você estava esgotado, poderes grandes necessitam de muita energia. E você não tinha condições de lidar com ela naquele instante, e o Patrono fez isso para que você se recuperasse melhor.

- Mas ela ficou com raiva de mim, por causa disso. Ela se afastou de mim e das minhas irmãs.

- Como se você tivesse procurado por ela. Vai continuar se fazeno de vítima ou vai parar pra pensar que ela também sofre por isso e você não fez nada para se aproximar dela. E devo dizer que a minha Lilian e a Sara não colaboraram muito também se afastando. Ela teve sonhos desagradáveis, não chegavam ao ponto de pesadelo, mas tiraria qualquer um do seu humor habitual.

- Não sei o que fazer. – disse ele.

BlackMoon soltou um rosnado.

- Concordo com você, minha pequena. – disse o tratador para o dragão. – Ela disse para você deixar rolar, mas de mais atenção a ela, cumprimente, seja o que você era ano passado. As coisas se acertaram, disso eu sei, mas só se você quiser.

- Pensarei nisso. – disse o moreno pouco antes de aparatar.

- Ainda falta pouco. Um evento para ele acordar. – disse para BlackMoon. – Agora descansa, assim que anoitecer vamos partir, não que você vá gastar energia, mas não quero ninguém enchendo meu saco na Romênia.

As meninas voltaram mais leves para a torre da Grifinória. Quando estava entrando Gina, percebe que alguém apareceu às suas e se vira para ver quem era, mas como estava com o pé de apoio no degrau de entrada se desequilibrou e ia caindo quando foi alguém a segurou.

- Devia ter mais cuidado por onde anda. Não quero ter que substituir uma de minha artilheiras.

- Harry. – disse a ruiva ao reconhecer o garoto que a segurou. – Ai.

- Você está bem? – perguntou ele com uma voz preocupada diferente da anterior que foi brincalhona.

- Acho que torci o pé. – disse ela.

Sem falar nada ele a carrega no colo e a leva pra o dormitório masculino, sob o olhar de todos os que estavam na sala comunal. Porem nenhum dos dois percebeu.

- Vamos ver, dói? – perguntou ele apertando o pé dela, depois de colocá-la na sua cama, ela soltou um gemido baixo. – Vejo que dói, felizmente não quebrou, nem parece tão serio, um pouco de gelo e uma poção para dor devem ser o suficiente.

Harry conjura uma bolsa de gelo, enquanto Lilian pegava um frasco de poção no malão dele.

- Fui eu quem fez essa. – disse a ruiva. – não se preocupe ninguém mexe nos nossos malões sem que seja um de nós.

- Você fica aqui até a hora de dormir, se precisar de algumas coisa é só pedir. Eu trago o seu jantar. – disse ele.

- Não precisa se incomodar comigo. – disse ela corando. – Eu não fiz por merecer isso nos últimos tempos.

- Que isso. – respondeu Harry.

Shade e Ly tinham se afastado um pouco para dar privacidade aos dois, não muito para evitar uma possível briga.

- Eu sei que você devia ter raiva de mim por causa daquele tapa. – disse ela. – Acho que fiquei um pouco fora de mim, quando ouvi que você tinha ficado com várias. Pensei que a historia da Poção era só uma invenção e você tinha se revelado. Devia ter te perguntado primeiro.

- Eu também devia ter ido conversar com você depois disso. – disse ele passando a mão no cabelo de forma nervosa. – Mas achei que nossa amizade tinha acabado. Depois que o meu patrono te interceptou.

- Eu sei que foi uma coisa de momento, mas não consegui chegar perto de você. Não com tanta gente te rondando. – disse ela com um sorriso maroto.

- Nem me fale, tava difícil ir ao banheiro que eu tinha medo de ser agarrado. – disse ele rindo.

- Imagino que se fosse seu pai ou o Sirius, eles adorariam essa perseguição.

- Isso se eles não estivessem com a minha mãe ou com a Mary. – disse ele e depois meio constrangido ele perguntou. - E como vai o Nigel?

 -Você soube? – perguntou ela no misto de surpresa e contentamento.

- Não existe segredo em Hogwarts. Pelo menos não quando se faz as coisas nos corredores. – disse ele de forma mais divertida, mas ainda com pouca emoção na voz.

- Ainda não tá rolando nada, foi apenas um passeio pelos jardins e um beijo de despedida aqui na porta da torre. – disse ela meio envergonhada. – Ainda vamos ver o que vai dar.

- Avisa para ele que se ele fizer o mesmo que o Dino, ele vai se ver comigo e depois eu vejo se eu deixo algo para seus irmãos se divertirem também . – disse ele se levantando. – Combinei com o Rony de fazer o dever de poções. Sabe o Seboso tá pegando de mais no pé dele, por não poder pegar no meu.

Ele deu um selinho nela, demorando um pouquinho a mais que o normal, e saindo. Sara se aproximou da ruiva. Lilian segue o irmão.

- Harry Tiago Potter. – disse a ruiva ao ver que não seria escutado no quarto.

- Eu não fiz nada. Não fui eu quem enfeitiçou o Malfoy de manhã. – disse ele erguendo as mãos.

- Eu sei que não foi você. Fui eu. – disse a ruiva com um sorriso no olhar. – Eu quero saber o que foi aquilo ali dentro.

- Eu tentei deixar a culpa de lado e tentar retomar a amizade com a Gina, assim como vocês duas fizeram.

- Eu não estou falando disso. Eu vi você dando em cima da menina. Não tem vergonha na cara não. Ela sofreu muito. E você vai fazer sofrer mais ainda, juntamente com a Carol.

- Certo, acho que para você eu posso contar. O nosso namoro é uma farsa. Foi apenas uma forma que ela viu de me ajudar a espantar as meninas que queriam me agarrar. Funcionou com a maioria delas. – disse Harry.

- Mas você esta se aproveitando bem da menina, digo da situação. – disse a ruiva com raiva.

- Nada disso, e realmente uma farsa. Somente beijos inocentes em áreas públicas do castelo e passeios de mãos dadas. Quando ficamos sozinhos estudamos, ou treinamos alguns feitiços dados na AD. Não voltamos a fazer sexo. Não era algo que queria para esse relacionamento. Não queria que ela se apaixonasse de verdade por mim. Não queria fazê-la sofrer por não amá-la como ela merece. – desabafou.

- Agora sim é o meu irmão. – disse ela dando um selinho nele e voltando para o quarto.

- Estava te esperando, Palas. – disse Odin ao perceber que alguém aparatara na tenda. - Pensei que ia embora e você nem me visitaria.

- Como você soube que era eu? – perguntou a mulher.

- Somente duas pessoas neste castelo têm capacidade, neste momento, para aparatar aqui. E a outra já me visitou.

- Só vim ver como você estava e fazer algumas perguntas, já que desta vez você foi o primeiro a despertar e é quem sabe das coisas.

- Eu estou bem, assim como a nossa amiga aqui, então acho que possa responder as perguntas, da melhor forma possível.

-Das outras vezes nós ou despertávamos juntos ou poucos de nós despertava, por que desta vez foi diferente.

- Acho que foi pela forma em que os quatro deixaram esse plano existencial. Tanto que nós três somos diferentes agora. E deveríamos despertar antes. Para ajudá-los. Agora por que não despertamos juntos, isso deve ao fato que isso depende das nossas emoções. Eu precisei despertar para sobreviver, você despertou ao ver a aura de outro de nós. E Poseidon precisa de um incentivo para isso. Até o fim do ano estarei ouvino ele reclamar que dormiu de mais, outra vez. Sempre é assim.

- Como assim despertei ao ver a Aura de um de vocês?

- Você esqueceu que foi a primeira a sair do ovo? E depois disso agiu como se você nossa mãe. Então ao ver um de nós de volta despertou.

- Os quatro?

- Como eu disse, eles estão diferentes. Mas a chave de tudo está em Zeus. Ele precisar regredir antes de progredir. Sabe, vivenciar experiências a quais ele foi privado pelo ancião. Isso ocorrerá ainda neste inverno.

- Bem tenho que voltar, podem perceber a minha ausência. E você tem que levá-la de volta.

- Então, Tchauzinho, mamãe.

 - Tchau, Hades e mande lembranças para seu irmão humano, estarei esperando ele aqui ano que vem. – Disse Bastet aparantando.

- Chegou nossa hora, pequena. – Disse Odin colocando a mão na perna de BlackMoon e os dois desapareceram. Pouco depois a tenda se desfez, não deixando nenhum rastro da presença dos dois por ali.


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Notas finais do capítulo

Pode ter parecido machismo a forma com que foi escrito os últimos capítulos, mas não foi minha intenção. Em momento nenhum queria passar a Gina como a virgenzinha que ficava esperando o príncipe em um pegaso branco, nem o Harry como o garanhão reprodutor que traça todas. Espero que esse capítulo tenha diminuído essa imagem.
Quanto aos Deuses no próximo será explicado um pouco sobre eles. Mais ainda não será revelado tudo.
Mago Merlin Alquimista Moderno.



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