Harry acordou muito bem na manhã seguinte. Nem parecia que tinha ido dormir tão tarde por causa do baile. Agora ele estava vendo que poderia ter se divertido no Baile de Inverno. Mesmo não indo com quem queria. Poderia ter dançado com a Parvati, ainda que não soubesse dançar na época, ele continua sem saber, mas a Diabinha não tinha reclamado hora nenhuma.

Para variar ainda era cedo e com certeza seriam pouquíssimos aqueles que sairiam da cama. Ele seria um destes, trocou de roupa e pegou o Mapa do Maroto. Queria ver se o Aluado ou Hagrid já tinham acordado.

O meio-gigante estava ainda em sua cabana. E pontinho indicando o lobisomem ainda estava no seu dormitório, ao lado do pontinho rotulado Ninfadora Tonks.

- Eles não aprendem. Está certo que o Sirius pediu que ele me corrompesse, mas dar tanto exemplo já está demais. – disse ele.

Aparatando para o escritório do tio, ele se depara com uma cena inusitada, várias peças de roupas espalhadas por ali. Parece que eles não foram fantasiados, já que as roupas eram justamente do Lobo Mau e da Chapeuzinho. Os dois foram deles mesmos.

- Será que eles não conseguem esperar até chegar no quarto. Até mesmo quando eu estava sobre a Capital, eu conseguia chegar onde queria com as roupas. – resmungava ele.

 Nem mesmo podia falar com Reflex, já que esse era preguiçoso e essa hora estava dormindo. Uma idéia brilhante passou pela cabeça dele. Alterou a voz, conjurou uma venda para os olhos e entrou no quarto.

- Que decepção. Um professor com uma aluna. – disse ele com a voz calma do diretor, alto para acordar os dois. – Acho que terei que dar o cargo para o Severo.

Harry escuta os dois pularem na cama. Alguém caiu, pelo barulho e pelo ‘AI’ foi Remo, provavelmente na ânsia de cobrir, Tonks deve ter puxado a coberta com mais força derrubando o coitado.

- Professor eu posso explicar. – disse Remo.

- As coisa não são o que parecem. Eu não sou aluna. Foi você mesmo que me colocou aqui no colégio. – disse Tonks muito atrapalhada.

Harry não agüentou e começou a rir dos dois. Remo pegou a varinha e acendeu a luz da sala encontrando na sua frente o moreno vendado.

- Seu Filhote de Maroto Maldito. Você me paga. – disse o lobisomem.

- Será que vocês poderiam colocar uma roupa antes. Eu vi as fantasias de vocês, espalhadas pelo escritório. – disse o menino. – Eu não gosto de ficar vendado.

Rapidamente os dois vestiram um roupão e deitaram na cama de volta.

- Pode tirar a venda. – disse Remo um pouco mais calmo, mas ainda apontando a varinha para Harry. – O que você está fazendo aqui a essa hora?

- Eu acordei e fui verificar se você estava acordado, sabe faz algum tempo que não conversamos. Quando eu vi que estava acompanhado. Digo que vocês estão arriscando muito. Se alguém acabar vendo os dois juntos, pode gerar uma confusão muito grande, principalmente se for a “Nathy”. Como um bom sobrinho, vim aqui, arriscando ver coisas impróprias para mim, para ajudar a vocês e sou recebido assim.

- Não, a recepção foi pelo susto. Achei que era Dumbledore. – disse Tonks.

- Era essa a intenção. Quem sabe assim vocês dois não começam a ter um pouco mais de cuidado.

- Termos mais da próxima vez. – disse o professor.

- Eu entrarei aqui como eu mesma, assim ninguém tem nada a ver com isso. – disse a auror. – Obrigado por nos acordar, tenho mesmo que voltar para a torre.

- Mas antes me expliquem por que não foram fantasiados. Foram como vocês mesmos. – disse o moreno.

- Era a fantasia mais obvia para a gente, e sendo assim, ninguém ia perceber. – disse Remo.

- E ninguém ia copiar. – disse a metamorfomaga.

- Sei. Mas vou deixar vocês sozinhos. Quem sabe assim não ganho um primo. – disse ele saindo correndo para não ser atingidos pelos travesseiros jogados pelo casal.

- Você não disse que tinha enfeitiçado a porta do escritório para que ninguém entrasse, nem mesmo Dumbledore?

- Enfeiticei, mas quem disse que ele entrou pela porta. – disse Remo com uma expressão marota. – E acho que devemos aproveitar que ninguém acordará tão cedo e aproveitar mais um pouco.

Harry segue para os jardins depois de passar pela cozinha. Senta em debaixo de uma árvore próxima ao lago. E ficou a pensar, ele tinha uma sensação de que algo ia acontecer, mas não conseguia ver o que era.

Aos poucos outros alunos também seguiam para os jardins para aproveitar o dia.

Uma coisa chamou sua atenção, Gina vinha correndo em sua direção ele abriu um sorriso, mas fechou logo ao perceber que ela parecia estar com muita raiva.

Rony acordou se sentindo bem. Olhou para os companheiros de quarto e viu que todos os outros ainda estavam dormindo com as cortinas puxadas. Exceto Harry, que já tinha acordado e saído. Coisa que não espantou o ruivo.

Tomou um banho e se arrumou para esperar Hermione no salão. Ou encontrá-la por lá, o que seria mais fácil.

Já havia algumas pessoas no salão, entre elas Mione. Ela estava lendo um livro, provavelmente esperando as outras meninas para tomar café. Respirando fundo para ganhar coragem, ele foi em direção a menina.

- Mione, preciso falar com você. – disse o ruivo baixo para a morena.

- Pode falar. – disse ela.

- Podemos ir para aquele canto. – disse o ruivo olhando em volta e vendo que todos o olhavam.

- Claro. – disse ela marcando a pagina do livro e seguindo o ruivo.

- Eu queria dizer que gostei muito da noite passada. – disse ele corando. – E...E...

- E o que, Rony? – perguntou a monitora.

Ele faz um movimento com a varinha e conjura uma flor.

- Você gostaria de namorar comigo? – perguntou ele em um tom firme que surpreendeu até ele mesmo.

- Sim. – disse ela pegando a flor e esperando pelo beijo que logo veio.

- Finalmente! Achei que você nunca iam se acertar. – disse Gina às costas dos dois.

Eles se viraram e encontraram, além da ruiva, Ly e Shade, assim como todos que estavam no salão olhando para eles.

- Devemos isso ao Harry. – disse o ruivo.

- O que tem o meu maninho? – perguntou Lilian.

- Vocês sabem muito bem que ele quem armou isso tudo. Ele me fez convidar a Mione, e ontem depois da festa ele me disse para não perder meu tempo enrolando. – disse Rony.

- E ele ficou me incentivando também. – disse a monitora corando.

- E por falar nele, Cadê o Harry? – perguntou Sara.

- Não sei. Quando acordei, ele já tinha saído. – disse Rony.

- Ele está no jardim. – disse Ly.

- Ainda quero saber como você faz isso. – disse o ruivo.

Seguiram para o salão principal, por insistência do Rony, para depois seguirem para o jardim.

Ao saírem do salão encontram com a Cho conversando com Diana Walker.

- Eu fiquei com o Harry ontem, quase no final do baile. – disse a oriental de forma radiante, não percebendo a presença dos grifinórios.

- Sério? – disse a amiga, com ar de superioridade como se dissesse ‘e eu com isso, eu já transei com ele’.  – Mas como você sabe que era ele?

- Ele me disse. – disse a apanhadora. – Disse que me procurou a festa toda, custou para me achar. Disse que devemos conversar hoje.

As duas entraram no salão deixando para trás o grupo.

- Eu não acredito nisso. – disse Gina indignada.

- Nem eu, que disse que não gostava mais dela, agora a agarra na festa. – disse Lilian da mesma foram que a amiga.

- Acho que alguém se fez passar pelo Harry, aproveitando a máscara. – disse Rony. – E deve ser dos burros foi fácil reconhecer a Cho fantasiada de Cleópatra.

- Como assim? Você ficou olhando para as outras meninas na festa. – perguntou Hermione com raiva.

- Não, meu amor. – respondeu o ruivo. – Eu reparei nas fantasias, tanto dos meninos quanto das meninas. Tentei adivinhar algumas fantasias, principalmente dos amigos, para poder conversar. E os olhos da Chang são muito característicos para não reconhecer. E se eu reconheci fácil, o Harry reconheceria mais rápido ainda, e não falaria que tinha ficado a festa inteira a procurando. Ele tem meio para achar as pessoas facilmente.

- Fico aliviada. – disse Lilian.

- Mas como você ficou tão esperto, em Rony. – disse Gina.

- Tive tempo para pensar. Principalmente que eu não me lembro do batom da Chang ser vermelho. – disse o goleiro usando propositalmente o sobrenome da corvinal para não causar ciúmes na namorada, mesmo fazendo isso antes. – O batom na boca do Harry ontem de noite era muito vermelho. Não tinha sido com ela que ele tinha ficado.

Gina não disse nada e saiu para o jardim com muita raiva.

- O que foi isso? – disse o ruivo espantado, quando todos seguiram a menina.

Mas quando saíram pela porta de entrada a ruiva já tinha alcançado Harry.

Harry viu a ruiva se aproximar muito rápido, e perigosamente. Ela parou perto dele, e antes que pudesse falar alguma coisa, ela deu um sonoro tapa na cara dele.

- EU TE ODEIO HARRY POTTER. – gritou a menina e voltou correndo para o castelo, sem ver a reação dele.

Harry no começo não entendeu nada, mas quando ela gritou, seu coração foi aos pedaços. Podia se ver em seus olhos que ele sofria. Eles estavam opacos, totalmente sem vida.

Quando Gina ia passando com um furacão pelos amigos que estavam paralisados com o que aconteceu, todos sentiram uma onda de frio muito grande. Todos, inclusive a ruiva, que tinha lágrimas nos olhos, se viraram para Harry, imaginando que vinha dele.

E viram o lago congelando, porém começava da margem oposta a que o moreno se encontrava. Vindo de lá, uma horda de dementadores surge e se direcionam para Harry.

- PONTAS!!!!!!!!!!- Gritaram Ly e Shade.

Mas o maroto não se moveu.

- Precisamos fazer alguma coisa. – disse Rony sacando a varinha.

- Isso mesmo. Vamos conjurar nossos patronos. – disse Mione.

- São muitos. Acho melhor levar os alunos para dentro do castelo. -Disse Lilian.

- Vão vocês monitores.  A gente começa aqui, depois vocês nos ajudam. – disse Sara.

- Mas... - Disse Gina.

- Nada de mas. – disse Lilian. – Vão.

Os três monitores começaram a ajudar os alunos a entrar no castelo, muitos já sofriam os efeitos destas criaturas.

Ly e Shade sacaram espadas, que estavam em suas cinturas, da mesma foram que Harry levava a sua nas costas. E imediatamente conjuraram um patrono. Uma Corsa e uma Loba partiram para cima dos dementadores que já estavam bem próximos do moreno, que permanecia parado.

Hermione achou aquilo muito estranho, os últimos bruxos que possuíam poder para realizar magia usando espadas eram da idade média e a técnica foi perdida no tempo. Nunca imaginou que as duas pudessem algo assim. Suspeitava que Harry pudesse, mas ver as duas conjurar o patrono a fez parar e observar.

Os Dementadores continuavam avançando contra o castelo, mas parecia ignorar o moreno parado. Eles provavelmente não consigam sentir nada nele, pelo estado que ele se encontra.

O choque dos patronos com o bando fez as criaturas das trevas pararem de avançar. Porém o esforço parecia ser grande para as meninas. E aos poucos os patronos iam perdendo força e os dementadores conseguiam avançar.

Foi quando um dementador pareceu perceber Harry. Ele se virou para o moreno e ia abaixando o capuz quando começou a pegar fogo e explodiu. Todos viram Harry segurando a espada de Gryffindor, e ela estava em chamas. E ela estava na altura que deveria ser o coração do dementador.

Harry continuava com a mesmo expressão vazia de antes. E com um novo movimento da espada o Cervo irrompe a formação dos dementadores. Mas ele estava diferente, estava também em chamas. Ele corre para perto da Corsa e da Loba. Parecia que o patrono do moreno cumprimentou os outros dois, e depois disso, uma onde de poder foi sentida, e agora os três patronos estavam em chamas correndo para cima dos dementadores.

Lilian e Sara pareceram recuperar suas forças e perceberam que suas espadas também estavam em chamas. Partiram para cima dos dementadores.

No meio de tudo Harry parecia duelar com os dementadores, mas era só o moreno encostar a espada na criatura das trevas que ela começava a pegar fogo e explodia. Os patronos corriam e se posicionaram no fim do bando destruindo todos aqueles em seu caminho.

Quando os patronos chegaram aos seus lugares, Harry, que estava com um circulo sem dementadores a sua volta, ergueu a espada, assim com as meninas. E linhas de fogo saiam das espadas das meninas e dos patronos se encontrando na espada do apanhador.

 - Queimem seus desgraçados. – berrou Harry tão alto que foi ouvido a quilômetros dali.

Com um movimento, ele rodou sobre seu eixo e fez com que as linhas de fogo rodassem em espiral, formando um circulo de fogo, queimando a todos os dementadores.

Quando o fogo se apagou, era possível ver apenas Harry e os três patronos de fogo a sua volta.

Assim com Lilian e Sara, o moreno estava esgotado, e estava de joelhos com a espada fincada no chão se sustentando nela.

Gina foi a primeira a se recuperar do choque de ver o imenso poder dos irmãos Potter, e saiu correndo para perto de Harry.

Porém não chegou a ele. O Cervo a impediu de se aproximar, assustando a todos. Mas seu movimento pode ser explicado pelo que aconteceu com antes de tudo.

Lilian e Sara seguiram a ruiva, no entanto sua passagem foi permitida pelo patrono do menino. Ao ver as meninas, ele recoloca a espada nas costas, dá um breve sorriso e desmaia, caindo nos braços da irmã.

A Sala Precisa se tornara uma enfermaria para receber os irmãos Potter. Harry ainda estava inconsciente, e as meninas pareciam prestes a colapsar também. Tinham decidido por lá, pois muitos alunos foram afetados pelos dementadores e Madame Promfrey queria todos de observação e também para dar um pouco de privacidade para os três.

- Vocês precisam explicar muita coisa. – disse Hermione, para as duas meninas que já tinham sido medicadas pela enfermeira e comiam chocolate como todos os outros.

- Tudo bem. Podem perguntar. – disse a ruiva depois de uma troca de olhares com a morena.

- Desde quando vocês podem fazer magia com espadas? – perguntou a monitora.

- Pontas tem ensinado para nós duas algumas coisas a mais que ensina na AD. – disse Lilian.

- Uma destas coisas é a utilização de espadas, tanto do modo trouxa, quanto do Bruxo. – disse Sara.

- Interessante. – disse Rony. – Mas por que ele não ensinou isso para a gente?

- Ele quer que vocês primeiro aprendam a se defender. O que ele ensina está muito mais avançado que na AD. Ele quer ir com certa calma com vocês. – disse Lilian.

- Ele acha que nós não damos conta. - disse Gina aborrecida, sentada mais afastada.

- Isso mesmo. – respondeu Shade. – Depois do que você fez hoje, ele tem toda razão.

- Sara. – repreendeu Lilian. – Ele quer que todos tenham uma vida, uma que não esteja envolvida na guerra. Ele incentivou o Namora do Rony e Hermione, deu um empurrão para Neville e Luna, Fez a poção para a Nathy, dava aulas para você. Ele queria que fossemos felizes. Mas nós duas somos alvos maiores para os comensais, não só por casa dele, mas também de nossos pais e queria que pudéssemos viver depois de encontrar com eles.

- Então era isso que ele fazia quando saia durante a noite da torre, treinava vocês duas. – disse Hermione se lembrando do que ele tinha falado alguns dias atrás.

- Sim. – respondeu Shade.

- Mas espadas? – voltou a perguntar Mione.

- Sim. Ele desde que descobriu que tinha irmãs, ele pegou a espada de Gryffindor, aquela que ele tirou do chapéu. Era dele por direito. Ele vem nos ensinando a arte das espadas desde que formou a AD. Pegou uma para mim no nosso cofre e a Shade já tinha uma, que ela pegou no cofre dela. – disse Lilian. – Uma pena que a minha perdeu seu poder mágico. Terei que pegar outra.

Lilian novamente se encontra nas montanhas em seus sonhos.

- Oi, mio amore. – disse o cavaleiro. – Por que está tão triste?

- Você com certeza soube o que aconteceu. – disse a ruiva o abraçando. – o Harry ainda não acordou. A Poppy diz que não tem nada de errado com ele, mas ele não acorda. Parece que ele não quer acordar.

Ficaram ali um bom tempo abraçados. Ele afagando os cabelos dela, e ela chorando pelo irmão.

- Eu falo com ele, mio giglio. Acredito que sei o porquê ele está assim. Não vou te dizer, se ele quiser que fale.

- Você faria isso por mim, mio drago?  - perguntou ela olhando para os olhos dele de forma esperançosa.

- Faço tudo por você, mio fiamme. - disse ela a beijando.

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- Pelo que eu ouvi pelo menos 15 meninas ficaram com o Harry no baile. – disse Carol sentada na cama de Shade. – Algumas delas têm namorado.

- Eu não vi ninguém assim tão atirado, ele pode ter ficado com uma ou duas. Não mais, não faz o estilo dele. – disse Hermione que estava na cama de Lilian.

Carol ia falar algo, mas pensou antes e ficou muito corada.

- Não vai me dizer que foi você? – perguntou a ruiva para a amiga.

- Não, eu não fiquei com ninguém na festa. A pessoa que me chamou atenção tava acompanhado. – disse ela. – eu ia dizer outra coisa, relacionada ao tempo em que ele ficou envenenado. Acho que ele ficou só com uma.

- Tá, deixa esse assunto para depois. – disse Shade. – me diz qual foi a sua fantasia. Não consegui achar ninguém.

- Eu estava de cigana. Com a roupa vermelha e branca. – disse a italiana. – Mas uma bem sexy. Não aquelas mal vestidas.

- Eu fui vestida de Valquíria, como nas historias da Mitologia Nórdica. – disse Lilian. – Fazia referencia a Frigga, mulher de Odin. 

- Fui de queixa. – disse Sahde. – com um quimono bem justo. Pensei que a Cho fosse assim também, ainda bem que não.

- Eu fui de par com o Rony. – disse Hermione corando. – Ele foi de Soldadinho de Chumbo e eu de Bailarina. Parece que o Harry descobriu somente quando viu a fantasia na cama do Rony depois da festa.

- Alguém sabe do que o Harry foi? – perguntou Shade. – assim podemos descobrir com quem ele realmente ficou.

Elas passaram o resto da tarde imaginando que ele poderia ter sido, mas não chegaram a nenhuma conclusão.

Enquanto isso...

- Aquela hipócrita, me odeia por eu ter ficado com alguém na festa, mas tem um belo chupão no pescoço. Não firmei compromisso com ela, para ela ficar toda irritada. Era mais uma promessa de tentarmos que coisa seria. – resmungava Harry, para ele mesmo. – Mas onde eu estou?

- Você esta em minha terra. – disse alguém atrás dele. – Ou melhor, uma projeção dela em seus sonhos.

- Você de novo, Cavaleiro-Dragão. – disse Harry. – Já não te liberei para se ‘encontrar’ com a Lilian?

- Como se eu precisasse disso. – disse o outro. – Mas eu te trouxe aqui, por causa dela. Você tá ai se remoendo e esquece que tem pessoas que gostam de você é querem o seu bem lá fora.

Harry o olhou de forma estranha.

- Se você não acredita em mim, problema seu. Mas eu sei que tem muitas pessoas que você ama, lá fora. Quer exemplos, tudo bem eu dou. Tem a Lilian, a Sara, a Hermione, o Rony, a Molly, a Carol, a Mimi, o Seu tio Aluado, a sua ‘tia’ Ninfa. Quer mais ou tá bom?

- Tá bom. Mas eles podem viver sem a minha presença.

- Acredito que sim. Até aquele que usa o símbolo da caveira achá-los. Eles estão marcados por Voldemort, e você vai ficar ai se lamentando, enquanto eles morrem.  O problema é seu. Mas a Lilian eu vou proteger. Mesmo estragando tudo, eu vou atrás dela hoje mesmo. Você só tem que me falar que vai ficar deste jeito.

- Não, você tem razão. Eu tenho que proteger a todos. Voltarei agora mesmo. – disse Harry com firmeza. – Assim que você me devolver.

- Tudo bem. Manda um beijo para sua irmã. E fala para ela sonhar comigo. – disse o cavaleiro.

- Estarei te esperando para resolver essas coisas no mundo real. – disse Harry se despedindo.

- Acho que ele foi com a capa dele. Foi de Homem Invisível. – Disse Shade depois de pensarem em todos na festa.

- Ia ser muito óbvio. – disse Harry assustando a todos. – e alertaria a todos que eu tenho uma capa.

- HARRY! – Gritaram todas, pulando para a cama dele e o abraçando.

- Calma meninas. Tem muito Harry para todas, Ai. – disse ele depois de receber um tapa de cada menina. – Vocês tão violentas hoje.

- O que aconteceu para você ficar assim? – perguntou Lilian.

- Acho que acabei me perdendo dentro da minha cabeça. – respondeu ele. – Precisei de ajuda para sair de lá.  Obrigado por preocupar comigo tanto assim, Ly.

- Ele foi falar com você? Mesmo? – perguntou a ruiva.

- Foi. Essa foi a segunda vez. – disse Harry fazendo as outras meninas boiarem.

- De quem vocês estão falando? – perguntaram elas.

- Do meu namorado. Bem ainda não é, mas nós nos encontramos nos sonhos, e é como se fossemos. – disse a ruiva corando. – Ele mandou algum recado pra mim?

- Mandou. Mandou um beijo e pediu para sonhar com ele. – disse ele fingindo ciúmes. – Ele me parece ser um bom rapaz. Mas vou conversar com ele direito quando ele aparecer por aqui.

- Então a Lilianzinha tem um namorado dos sonhos. E nem contou pra gente. – disse Sara.

- De que adiantaria, eu não posso apresentar para vocês. Sarinha. – disse ela. – E nem adianta vir com essa que de ele pode te visitar, que ele não vai fazer isso.

- A que pena.  Queria fazer o test drive dele para você. – disse a morena.

- Esquece ela é fala como ele é. – disse Carol empolgada.

- Ele é...

- Eu não preciso saber. – disse Harry colocando a mão na boca dela. – eu não quero saber como é o ser que fica beijando a minha irmã no mundo dos sonhos. Já basta ele aparecendo nos meus sonhos, não quero nos pesadelos.

Todas começaram a rir. Quando a porta se abre revelando a Madame Promfrey.

- Ainda bem que eu não apostei com a Minerva, que você estaria acordado. Até parece que ela recebeu um recado de outro mundo, e me mandou aqui ver como você está, Harry.