O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin


Capítulo 21
Patrono




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196232/chapter/21

Capitulo 21 - Patrono

Era sábado, e como o sol brilhava e era um excelente convite para um passeio nos jardins. Todos estavam se divertindo ali. Harry estava tentando juntar mais aos dois melhores amigos, e Hermione nem mesmo tentou impedir que tirassem um dia de folga.

-Ai, eu peguei o pedaço de bolo e joguei na cara dela. – Shade contava um dês seus casos da Itália, fazendo todos rir.

- Ainda bem que eu era sua amiga nesta época. – disse Carol.

- Se bem que depois que você começou a namora aquele idiota lá, até eu tive vontade de te bater. – disse Ly.

- Ainda bem que o Harry não bate em mulheres. Os meninos ficaram destruídos naqueles dois dias.

- Me lembrem de nunca fazer nada para que o Harry tenha que me bater. – disse Rony tremendo.

-Se ele não te bateu quando você duvidou que ele não tinha se inscrito no Tribruxo, maninho. – disse Gina segurando o riso.

- Nem quando você atacou a Cho, ano passado por causa do time de quadribol dela. – disse Hermione olhando para Harry para ver sua reação.

Mas ele não estava prestando atenção na conversa. Aquela cena era muito familiar para ele. Era como o seu sonho começara, mas o final estava diferente. Nenhum comensal em Hogwarts, bem Snape não contava. Ele sentia que inúmeros bruxos estavam agrupados perto dali, tentando entrar no castelo, estes bruxos tinham a marca negra no braço.

Ele relaxou quando os comensais desistiram e aparataram dali. Sua barreira foi eficaz. Ele agora podia participar da conversa.

-Harry até agora você não pegou nenhuma detenção. – observou Mione. – Fico feliz que você tenha decidido seguir as regras.

- Mi. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. – disse o moreno. – Só por que eu não fui pego ainda, não quer dizer que eu não tenha feito nada de errado. Este ano eu já invadi a seção restrita cinco vezes, saio quase toda noite fora do horário e já ameacei um professor. Se bem que foi antes do ano começar.

A resposta da monitora foi quebrada quando todos percebem que Harry leva a mão à testa e começa a se contorcer de dor.

- Harry! – disse Lilian preocupada. – Alguém faz alguma coisa.

- Calma, vai passar. – disse ele. – Voldemort está com muita raiva. Logo ele se concentra de novo.

- Vem aqui. – disse Gina puxando o moreno e colocando a cabeça dele em seu colo. Depois de retirar os óculos ela começa a massagear a testa dele, para aliviar a dor. – Está melhor?

- Só um pouco. – mentiu Harry, a dor tinha quase sumido, mesmo sentindo a raiva de Tom. Ele não queria que aquilo terminasse.

- Então fica quietinho ai. – disse ela.

- O que aconteceu? – perguntou Nathy.

- Os comensais descobriram uma brecha no escudo da escola, há algumas semanas e planejaram atacar a escola, Hoje. Porém os escudos foram reconstruídos há alguns dias e isso frustrou o ataque. Voldemort está furioso com isso, era a chance de desmoralizar Dumbledore, mostrar para todos que ninguém está seguro e assim vencer a guerra mais facilmente. – explicou Harry.

- Como você sabe disso tudo? – perguntou Neville.

- Eu refiz a barreira. – disse simplesmente Harry. – o resto tava na mente de Tom. Não era o único ataque de hoje. Só não consegui ver o que era.

- Então aquela luz era você. – disse Luna. – Achei que fossem os centauros fazendo um ritual de longevidade.

- Eles não precisam disso. Luna. – disse Ly. – eles vivem muito mesmo.

Lilian começou a explicar que depois que descobriu que tinha um centauro dando aulas, ela foi conversar com ele. Firenze tinha falado várias coisas sobre a sociedade dos centauros e principalmente da condição da família dela quanto aos centauros.

- Oi, gente. – disse Cho chegando perto. – Que aconteceu, Harry? Você está pálido.

Ela achou muito estranho ele estar deitado no colo de Gina, mas preferiu não comentar nada.

- Voldemort está tendo um ataque de fúria. – disse ele simplesmente. – Parece que alguém acabou com a diversão dele.

- Como você pode fazer piada sobre isso? – perguntou indignada a corvinal.

- A alternativa não era muito agradável. – respondeu ele deixando claro para todos que ele sabia mais do que falou realmente. – Mas o que devo a honra de ilustre visita?

- Eu queria conversar com você. – disse ela deixando claro que queria ser em particular.

- Pode falar. Se não for incomodo. Mas no momento eu não to podendo ir muito longe. A mente de Voldemort não é um lugar muito agradável de se visitar.

Cho tinha ouvido rumores sobre aquilo. Mas nunca pensou que fosse realmente verdade.

- Acho que podemos falar aqui mesmo. – disse ela se sentando perto do moreno. – Ouvi rumores sobre o que aconteceu quando você ficou hospitalizado. Queria saber se são verdades.

- Eu fui envenenado. Por duas pessoas. Acho que as pessoas estão tentando me mandar poção do amor. Acho que as poções reagiram e perdi um pouco do bom senso. Mas posso te dizer que metade do que falam e mentira e o resto quase tudo é exagero. Mas algumas das coisas que dizem, eu realmente fiz. Resta a você decidir em que acreditar. Não quero entrar em mais detalhes.

Cho ficou pensando no que ele tinha dito. Era muita informação.

- Tem mais uma coisa. – disse ela levemente corada. – Você quer ir comigo ao baile?

- Me desculpe, Cho. Mas acho melhor irmos separados. Esse é o espírito da festa.

- Mas tem tanta gente indo acompanhada. – disse ela olhando diretamente para o casal de monitores ali.

- Sim. Mas nem todos. – disse ele.

- Sim, mas pelo menos para Hogsmeade, podemos ir juntos?

- Nós vamos com ele. – disse Shade apontando para ela, Lilian e Carol. – Nós não conhecemos ainda e o contratamos como guia.

- Deixa para outra oportunidade. – disse a chinesa se levantando, e saindo.

Quando Cho estava longe, Ly, Shade e Mione se viram para o moreno e perguntam.

- O que você sente por ela?

- Eu já disse. Não sinto mais nada. Ela não sabia se gostava de mim direito, e ficava morrendo de ciúmes. Imagina se eu ainda estivesse com ela e dissesse que ia viajar par buscar duas meninas. Primeiro ela não ia acreditar que eram minhas irmãs. E segundo eu provavelmente esqueceria de avisar e ela ia ficar mais raiva ainda. Imagina se ela ficasse sabendo que eu financiei a festa da Gina. Voldemort ia se casar com ela por ter feito algo que ele não conseguiu.

Todos ficaram convencidos das palavras dele.

- Eu posso acompanhá-los nesta visita? – perguntou Gina. – E que tem um idiotas me enchendo o saco, e eu disse que ia com uns amigos, mas parece que todos já têm acompanhantes.

- Mas é claro. – disse Lilian. – Assim vamos ter alguém que conhece lojas diferentes.

O que ninguém no castelo reparou foi que duas figuras apareceram no alto da torre mais alta. Um homem e uma mulher.

- Você acha que ele já despertou? – perguntou a mulher olhando para o jardim.

- Não, apenas alguns poderes. Ele ainda terá que passar por muita coisa para despertar por completo. Temos que focar por perto. – respondeu ele.

- Sei que tem mais coisa por trás disso.

- Claro que há, Palas.

- Não entendo como os humanos puderam nos nomear, e depois nomear seus ‘deuses’ com os mesmos nomes, Odin. – disse Palas. – Principalmente que foram muitas culturas.  

- O que você prefere: Palas ou Bastet?

- Deixa de ser besta, menino. Olha o respeito. – respondeu ela. – Prefiro Palas, assim como você prefere Odin. Apesar de nunca ter entendido isso.

- Simples. Eles não nomearam a um deus com meu nome. Eu era esse deus. Aqueles idiotas que se achavam deuses libertaram meu bichinho e só eu podia controlá-lo.

- Sempre pensei que Odin e Fenrir tivessem se matado.

- Esse povo tem uma imaginação fértil, mas veio a calhar. Uma pena que esse povo achava que quando ele era o Cérbero ele era mal. – disse Odin. – ele era um doce. Todas as três cabeças.

- Mas você ainda passa muito tempo por lá.

- Sim, uma noite se seis meses. É perfeito. – disse ele.

- E elas? Quando despertaram.

- No momento certo. Assim como você que despertou a pouco. E ainda tenho que tomar conta do Lug. Sabe como ele fica de mau humor quando acorda de um sono de séculos. Só espero que Zeus consiga controlar o ciúme de Hera. Por que aquela ‘deusa’ era triste.

- Melhor irmos, Hades. – disse ela com um sorriso. – Kroll está se movimentando de novo.

- Espero que dessa vez ele aprenda a lição dele.

Palas aparatou dali, deixando Odin de olho nos jardins.

- Nos encontraremos em breve, minha pequena ave. – disse ele desparecendo no ar, mas não aparatou como tinha feito Palas.

- Pontas, você tem certeza? – perguntou Minerva preocupada, mas mesmo assim utilizando o apelido do filhote de maroto.

- Sim, Mimi. Esse é o melhor jeito. Eles aprenderam mais rápido e se sentiram mais preparados para essa batalha. – respondeu ele de maneira séria.

- Tá bom, quero deixar claro que eu não concordo com isso. Mas será interessante ver a reação dos seus amigos quando perceber o que você esta armando.

- Então não termos que esperar muito. – disse o moreno olhando para a porta.

Para total espanto da professora a porta se abre e por ela passam todos os membros da AD, agora contando com a Nathy.

Hermione foi a primeira a perceber que no meio do salão estava um armário, que parecia não gostar de estar ali, pelo que balançava.

- Harry, por que tem esse armário ai? – perguntou a monitora.

- Para a reunião de hoje usaremos o que tem ali dentro. – disse ele querendo que os amigos chegassem à conclusão sozinhos.

- Você realmente acha que Voldemort irá usar bicho-papão contra nós? – perguntou Hermione de novo.

- Iremos combater uma coisa que ele irá se transformar, pois a coisa seria muito perigosa aqui dentro do castelo. – disse o moreno.

- Iremos combater Dementadores? – perguntou Ly entendendo o plano dele.

- Isso mesmo maninha.

- Mas como faremos isso? Os bichos-papão não se transformam na coisa que mais temos medo. Se temos medo de outra coisa como ele ira se transformar? – perguntou Neville.

- O maluco aqui irá ficar na frente para que o bicho-papão se transforme em um dementador. E de trás dele vocês conjuraram o patrono. Não era isso que vocês tanto ansiavam aprender? – disse Minerva.

- Esse método não é meio ortodoxo? – perguntou Shade.

- Foi assim que ele aprendeu. – disse Rony. – olha que é o melhor patrono que eu já vi.

- Uau. – disse Nathy, ela tinha noção de que Remo tinha ensinado para o sobrinho isso, mas nunca pensou que fosse desta maneira.

- Nunca soube disso, nem mesmo houve rumores sobre isso aqui no castelo. – disse Luna impressionada.

- Era para que os dementadores parassem de me atormentar no terceiro ano, o Aluado me ajudou. – disse ele. – Todos sabem como conjurar um patrono?

- Sim, na Itália eles ensinaram o básico para agente no finalzinho do ano passado. – disse Carol.

- Ou seja, depois da aula, tentamos a pratica. – disse Shade com um ar de Sirius.

- E eu pensando que essa matéria era difícil para todos. – disse a professora.

- Bom, então um de cada vez conjurará o patrono e fechará o ‘dementador’ de volta para o armário. – disse Harry. – eu só entrarei em ação se ele chegar muito perto de mim, ou se me ignorar e avançar pra cima de um de vocês.

- Você acha isso uma boa idéia. Você ficará muito fraco. – disse Ly preocupada com o irmão. Gina compartilhava desta opinião.

- Eu tenho algo que me ajudará. – disse ele apontando para uma mesa afastada cheia de chocolate. – Nem adianta tentar pegar um, Rony. Tem uma barreira de proteção em volta que eu mesmo pus. Quem quer ir primeiro?

- Eu vou. – disse Hermione. Ela se lembrava bem quando no ano passado ele tinha sugerido isso na última reunião da AD. Não tinha gostado da idéia no ano passado e ainda não gostava dela agora.

Harry se posicionou e assim como Hermione. Todos se encostaram a uma parede afastada. Minerva ficou atenta para intervir caso saísse algo errado.

Como um movimento de varinha a porta do armário se abriu e de lá saiu um dementador. Todos puderam sentir o frio e a falta de felicidade vinda da criatura. Hermione sentia mais forte que eles, mesmo já tendo sido atacada por mais de cem destes, a presença de um era devastadora para ela. Se bem que se esse era o medo de Harry, possivelmente ele era mais forte que o normal. Por isso ela sentia mais dificuldade de encontrar uma lembrança feliz. Tentou de tudo, desde a carta falando que ela era uma bruxa, até os seus resultados dos NOM’s. Nada a fazia sentir como o Harry descreveu como a memória perfeita.

Ela olha para Harry, como para todos ali, ele era o porto seguro dela. E percebe que ele sutilmente aponta com a mão esquerda para algo atrás dela. Disfarçadamente ela olha naquela direção, e vê Rony. Seu peito se enche de felicidade, quando se lembra do convite para o baile a fantasia. Era o momento.

Uma lontra sai de sua varinha quando ela fala o feitiço e ataca o dementador, que se recolhe de volta para o armário. Automaticamente uma barra de chocolate voou para a mão da morena que não se fez de rogada e a comeu de imediato.

Aos poucos um a um cada um foi repetindo o feito de Hermione, o que deixou Minerva impressionada. O método do menino era excelente, mas eram pouquíssimos que poderiam usá-lo.

Quando chegou a vez de Gina, que tinha a pior reação a presença do dementador, sua pior lembrança era bem pior a dos outros ali, Harry se preocupou, tanto que ela recebeu uma barra de chocolate antes, deixando Rony indignado.

Quando a porta do armário se abriu ela congelou, a voz de Tom Riddle ameaçando matar Harry a fez congelar.

 Harry percebeu isso e virando de costas para o dementador, fala para ela.

- Gi, olhe pra mim. – todos os outros viram a boca do moreno se mexer, mas não ouviram mais nenhum som emitido dele. Minerva encantou a todos para permitir privacidade entre os dois. O que ia acontecer ali era muito pessoal e não queria ninguém ouvindo isso. Se ela estivesse naquela situação ela agradeceria se alguém fizesse isso por ela.

- Gi, olha para mim. – Gina escutou a voz calma de Harry. – Esqueça o Tom, ele não pode mais te ameaçar, nem te machucar. Eu o destruí, lembra? Eu sempre estarei aqui para quando você precisar.

Gina olha para frente e vê os mesmos olhos verdes que ela viu quando acordou na câmara secreta, os mesmos olhos verde que ela viu quando as luzes se acenderam na festa do seu aniversário e revelou seu príncipe. Seu príncipe encantado.

Sem se lembrar de pronunciar a palavras a ruiva conjura seu patrono, o belo garanhão galopa e atinge o dementador, que a essa altura já tinha abaixado o capuz e estava para contornar o moreno e o beijar.

A menina sente que vai desmaiar, mas não chega a cair no chão. Harry a amparou e gentilmente deitava no seu colo.

- Não precisava se exibir tanto, Foguinho. – disse ele de forma carinhosa. – Coma esse chocolate, ele é especial.

- Obrigada, Harry. – quando ela viu que todos estavam ali a sua volta se preocupou de que todos tivessem ouvido o moreno disser aquelas palavras que eram para ser somente para ela.

- Ninguém ouviu nada, Gina. – adiantou Minerva. – e enfeiticei a todos. Só tirei o feitiço, quando o seu patrono saiu de sua vassoura.

- Nunca mais faça um trem desse, Pontas. – disse Lilian. – Eu quase tive um enfarto quando o dementador abaixou o capuz.

- Eu sabia que ela ia conseguir. – disse ele para a irmã. – em momento nenhum corri nenhum risco, nem com ela, nem com ninguém aqui. Sabia a capacidade de todos.

- Acho melhor irmos todos para cama. – disse a professora. – Pegue mais um chocolate e voltem para suas casas.

Assim foi feito. Mas Lilian e Shade ficaram para trás esperando Harry.

- Por que esse dementador parecia diferente. – disse Lilian. – já estivemos perto de um, e esse era mais forte.

- Deve ser porque eu tive que manipular esse ai. Esse não é mais o meu maior medo. – disse Harry.

- E qual seria? – perguntou Sara.

Harry simplesmente abriu novamente o armário e de lá saiu Harry Potter.

- Eu tenho medo de mim mesmo, do que eu posso fazer e do que eu não consigo fazer. – disse o moreno recebendo um abraço das duas.

Os três voltaram para a torre, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Tanto que as meninas nem repararam no salão quando entraram, rumaram direto para o quarto acreditando que não tinha mais ninguém ali. Mas Harry estava preocupado com Gina. Tanto que não seguiu para a sua cama.

- Achei que você já tivesse se recolhido. – disse Harry para uma sombra.

- Eu não quero dormir sozinha hoje. – disse Gina saindo para a luz.

Harry apenas a abraça e mais uma vez os aparata para a Sala Precisa. A sala já os esperava pronta, estava da mesma maneira que da outra vez. Novamente, Harry a pega no colo e a coloca na cama, mas desta vez deita com ela no mesmo momento.

Nada foi dito, Gina começou a chorar, as lembranças de seu primeiro ano ainda a machucavam, mas a simples presença de Harry já a acalmava, ela só estava se livrando da dor, e se mostrando como realmente é para a única pessoa que a entenderia. Cerca de meia hora depois a ruiva adormeceu.

Harry dormiu uma hora depois, passou o tempo admirando a menina, mesmo que ela nada quisesse como ele. Ele sonhou, algo estranho, nada parecido com um pesadelo.

Tinha grandes criaturas, na verdade tinham cinco dragões, alem de uma enorme fênix e uma loba também gigante. Aos poucos todos foram se tornando humanos. Não foi possível ver seus rostos, mas ele percebeu que três dos dragões viraram homens e o restante das criaturas mulheres. Mas as auras das criaturas ainda os circundavam, exceto por dois dragões machos e uma fêmea, que também possuíam auras humanas.

Finalmente o dia da visita a Hogsmeade chegou. Não tão rápido quanto queriam. Harry parece que recebeu o convite de todas as meninas da escola, incluindo daquelas que não poderiam ir. Eram tantos que no dia anterior, ele deliberadamente foi parar na enfermaria.

A enfermeira se assustou com isso, mas percebeu que era ter o menino ali, do que vê-lo perder a paciência com alguma menina e esta parar ali com o coração partido, ou algum menino que por ventura se assanhe demais com uma das irmãs dele e tenha partes do corpo quebradas ou enfeitiçadas de forma permanente. E ficou ainda mais satisfeita quando Winky apareceu para servir o jantar dele, e ver se ele estava bem.

Harry tomou o café da manhã na enfermaria mesmo. Ele não conseguiria entrar no salão principal e não atacar pelo menos uns três garotos. Logo encontrou as meninas o esperando no Hall de entrada.

- Vamos. – disse ele para as quatro.

Lilian se adiantou e deu um braço para o irmão. Deixando bem claro para todos os meninos que ele era a sua companhia.

- Acredito que o melhor que podemos fazer seria irmos comprar nossas fantasias logo. – disse o moreno.

- Eu queria conhecer tudo antes. – disse Shade com cara de loba abandonada.

- Tudo bem. Mas seria melhor sermos os primeiros a escolher a fantasia. Assim pegaríamos as melhores e teríamos mais escolha. Assim como pegar a loja vazia e não ter ninguém olhando para as que vamos escolher, para que seja surpresa e ninguém copie. – disse Harry.

- Tem lógica. – disse Carol. – Assim quando estivermos passeando todos os outros estarão comprando fantasia.

- Meu irmão realmente pensa em tudo. – disse Lilian.

Foram em direção a loja de roupas, que excepcionalmente hoje estaria vendendo fantasias. Ao entrar na loja viram que eram os únicos ali e a plaquinha que indicava que a loja estava aberta mudou para fechada e as vitrines ficaram escuras. Ninguém viu que Harry guardava a varinha.

- Bom dia. – disse a vendedora. – Vejo que vocês vieram para comprar suas fantasias.

- Sim. – disse Harry.

- Querem ajuda? – perguntou a vendedora.

- Não, obrigada. – responderam todas as meninas já de olho nas roupas.

- Sintam se a vontade então. –disse a vendedora se afastando.

- Meninas lembrem-se que vocês são bruxas. Se não encontrarem a fantasia perfeita, podem usar magia para arrumar isso. Mudar a cor, o tamanho, e arrumar acessórios. – disse Harry já sabendo que seria isso que ele faria, ele tinha a sua fantasia desde o dia em que o diretor falou da festa. – São poucas as pessoas que pensaram nisso.

Com novos brilhos no olhar, já que agora elas tinham infinitas possibilidades de fantasia, as quatro correram cada uma para um lado da loja, querendo que nenhuma das outras visse ainda sua fantasia.

Harry calmamente se dirigiu para a seção masculina, pegou coisas simples e uma mascara qualquer, ele sabia que não conseguiria tudo ali, então usaria magia para tudo. Voltou para a frente da loja e passou a sua fantasia para a vendedora.

- Só isso, Sr Potter? – disse a vendedora frustrada. Queria vender bem para o menino.

- Infelizmente a fantasia que tenho em mente não tem aqui. Pegue algo que eu poderia transfigurar, só para não sair sem nada e ter feito você perder seu tempo.  – disse Harry tirando a bolsa de dinheiro e entregando uma quantia significativa para ela.

- Mas aqui tem muito a mais do que vale isso. – disse a vendedora.

- Mas é exatamente o que você está vendendo. – disse o menino apontando para as meninas no salão. – se eu não fizer isso agora, não terei chance. Elas são muito orgulhosas para aceitar. Se as distrair no final, nem repararão que não pagaram. 

- Muito esperto. Mas como você sabe que tem exatamente o que elas gastaram? – perguntou ela.

Ele simplesmente deu de ombros e disse que voltava mais tarde quando elas acabassem. Somente naquele momento ela percebeu por que não tinham mais ninguém entrando na loja, a placa estava virada e tinha certeza de que era obra do moreno. Ela tinha estudado algumas series depois dos marotos e se lembrava bem do pai dele.

Assim que saiu da loja Harry aparatou para a entrada da floresta. Já que os centauros tinham dado um passo em sua direção, agora era a sua vez.

Ficou parte da manhã conversando com Quiron e Agouro, sempre demonstrando respeito e admiração.

Voltou bem na hora em que as meninas se encontravam no caixa para mostrar para a vendedora as suas fantasias. A vendedora o olhou desconfiado, pela pontualidade do rapaz.

- E ai, que fantasias vocês escolheram? – perguntou Harry.

- Você só ficará sabendo no dia, se nos descobrir. – disse Lilian.

- Alias, nenhuma de nos sabe a fantasia da outra. – Disse Gina.

- Só não sabemos como nós arrumaremos sem que ninguém veja. – disse Carol.

- Acredito que você tenha uma idéia, né senhor eu sei tudo? – disse Shade.

- Sim eu sei. – disse Harry saindo com as meninas. – podemos usar a Sala Precisa, pedimos para ela se transformar em cabines para isso, e ela só abriria a porta quando não houvesse ninguém no corredor entre eles. Assim ninguém vê ninguém.

A vendedora viu sua vitrine voltar ao normal e a placa voltar a dizer “aberto”. E por incrível que pareça as meninas nem pensaram a pagar, somente pela simples presença do moreno. Era melhor não pensar isso, agora as coisas iam ficar agitadas, as pessoas começaram a entrar na loja.

Harry e Gina mostraram para as três o vilarejo. E logo foram para o Três Vassouras. Lá conseguiram uma mesa para todos.

Harry se voluntariou para pegar cerveja amanteigada para todos. Mas avisou que poderia demorar um pouco.

Elas estavam animadamente tentando adivinhar a fantasia mais esperada de todas: A do Harry.

Quando uma pessoa se aproxima da mesa delas.

- Oi. – disse Cho meio receosa.

- Oi, Cho. – disseram as meninas.

- Posso me sentar aqui, as outras mesas estão cheias. – disse a oriental.

 - Pode. – respondeu Gina, surpreendendo as outras garotas.

- O que vocês estão conversando? Isso se eu puder saber. – disse a Cho.

- Mas claro, estávamos tentando imaginar a fantasia do Harry. Ele comprou rapidamente e sumiu da loja quando terminou. – disse Carol.

- Vocês já compraram as suas fantasias? Cedo a loja estava fechada.

- Sim. Logo quando chegamos. Aliás, fiquei mesmo imaginando porque ninguém entrou lá. – disse Shade.

- Harry ‘fechou’ a loja para a gente. – disse Lilian. – Não queria ninguém no nosso pé. Por isso insistiu tanto par irmos cedo.

- Eu pensei que ele não fosse mais a festa. Metade das meninas está dizendo que sempre que uma convida o moreno ele diz que não vai. Que odeia Bailes e essas coisas. – disse Cho.

- Ele está só despistando. – disse Gina. – Eu sempre digo que já tenho companhia, mesmo indo sozinha.

- Voltei. – disse Harry antes de se sentar a mesa, para caso a conversa fosse algo que ele não precisasse saber. – A Cho, você está ai.

Ele distribuiu as canecas e passou uma para a corvinal.

- Pega a minha.  Eu pego outra.

- Obrigada. Não tinha outra mesa disponível. – disse a menina corando.

Harry demorou menos agora, não dando tempo para nenhuma conversa.

A conversa começou a mudar para quadribol. A temporada começaria após o baile.

Cho logo foi embora pouco antes de Rony e Hermione chegarem envergonhados. E voltaram para o castelo pouco depois.

Lilian adormeceu logo, estava feliz e cansada.

- Oi, mio Giglio. – disse novamente o cavaleiro-dragão. – estava com saudade. Não consegui ficar muito longe de você. Mas seu irmão anda me bloqueando.

- Por que, mio drago? – perguntou a ruiva o abraçando.

- Ele não me conhece, é acha que eu sou uma ameaça. Eu já tentei falar com ele, mas mesmo assim ele me bloqueia. Fala com ele.

- Sim. Falarei. Mas agora me beije. Eu também senti sua falta. – disse a Lilian.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!