O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin


Capítulo 2
Viagem




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Capítulo 2 – Viagem

–         Harry, eu espero que entenda que o que eu fiz foi pensando ser o melhor para você é para todos.  – disse o professor com uma voz demonstrado a sua idade. – pouco antes de seus pais anunciaram que teriam você um membro da Ordem me procurou, era a namorada de Sirius, Mary Smith, me disse que estava grávida dele. Mas ela estava com medo de criar a criança no meio desta guerra. Eu disse para ela que a mandaria para Itália fazer pesquisas para mim, assim ela poderia ficar longe até o fim da guerra sem que ninguém soubesse da criança. Mas você sabe bem como ela terminou, seus pais mortos e Sirius preso. Mary então não quis voltar para Inglaterra. Ficou cuidando de sua filha por lá. Sirius nunca soube, nem depois de fugir. Ela morreu há alguns anos e a Sara está em um orfanato bruxo enquanto freqüenta uma escola de magia na Itália. 

–         Você gosta de fazer as pessoas ficarem isoladas quando deveria reunir as famílias. Mas é a minha irmã? Como ninguém sabe dela? – disse Harry deixando transparecer a sua raiva pelo diretor.

–         Sua mãe na verdade engravidou de gêmeos. Nem ela mesma sabia disso. A curanderia que fez o parto disse que ela desmaiou e não viu a menina nascendo. Só eu sabia, pois apaguei esta informação da mente da mulher. Eu a levei para Mary criar. Era mais fácil proteger apenas um bebê, você, então eu pedi que Mary a trazer com o fim da guerra. Depois disso acreditei que seria melhor que a menina fosse criada pela “tia” dos que pelos trouxas que o criaram. Mesmo com a morte de Mary o melhor para Lilian, sim este é o nome que Mary deu, fica com Sara para que uma tivesse o apoio da outra e continuassem longe de Voldemort eu tenho mandado dinheiro para elas durante todo estes anos, nada que alterasse a sua fortuna.

–         Você me fez viver longe da minha irmã só pra proteger, sei. – disse sarcástico, - Você mesmo achou que Voldemort estava derrotado e aliviou a segurança de todos. Você só estava tentando era encobrir seus erros. Meus pais nunca deixariam nada acontecer com a minha irmã assim com a mim. Sirius teria ficado radiante e não deixaria a Bella o atingir se soubesse da existência de sua filha. Seus erros estão ficando cada vez mais graves. Devo dizer que eu cansei que sempre estar na defensiva, ficarei mais forte e enfrentarei Tom como um igual. – disse se levantando olhando para o diretor entrando em sua mente e descobrindo onde estavam as meninas, depois de despediu do duende.

–         Para onde você vai Harry. – perguntou aflito Remo.

–         Buscar as madrinhas do seu casamento. – disse confiante. – dentro de alguns dias me encontre na casa do Sirius.  Dumbledore eu preciso que você escreva em um pergaminho a localização da casa pra que eu possa levar as duas para lá. Já fiquei tempo o suficiente nos Dudley, assim você sabe onde estarei e estaremos protegidos. Tio Aluado e Tonks, gostaria que vocês ficassem conosco lá.

–         Claro, a missão que Sirius me passou agora cresceu, tenho três filhos de Marotos para corromper. – disse Remo.

–         Eu não perderia isso por nada. – respondeu Tonks.

–         Voltarei em uns dois dias. – disse antes de aparatar.

–         Não sabia que dava para apartar em Gringotes. – disse Tonks.

–         E não pode. – respondeu Octavius. – mas parece que ele não é um bruxo normal. Ele é o mais poderoso que já pisou neste banco nos últimos quinhentos anos.

Harry aparatou no seu quarto e logo arrumou sua mala não voltaria para aquela casa ate o próximo verão, mesmo querendo nunca mais voltar para aquela casa ele não podia deixar algo acontecer com os tios.

Ele ficou um tempo pensando em como iria para a Itália, ele não sabia fazer uma chave portal, apartar seria muito desgastante, meios trouxas eram lentos e caros. Vassoura ate poderia ser, mas como voltaria com as duas.

–         A moto do Sirius. Ela é mais rápida do que a vassoura, e pode carregar os três. E perfeita. – disse para si mesmo. – agora falta a roupa.

Ele pegou um casaco velho de seu tio e transfigurou para uma jaqueta de couro cheio de correntes com um Leão alado nas costas.

–         Hum, estiloso. – disse olhando o resultado. Falta um capacete. Ele pegou um dos brinquedos quebrados do Duda e o transformou em um belo capacete negro com um dragão vermelho de olhos verdes. – bem que meu pai me disse que o vermelho me perseguiria.

Diminuiu o malão e desceu as escadas encontrando a sua tia e o primo.

–         Este ano vocês ficaram livres de mim mais cedo. Vou embora agora e voltarei somente no próximo verão, conforme Dumbledore disse. Tia devo te dizer que você tem outra sobrinha. Eu tenho uma irmã gêmea. Dumbledore a escondeu para nos proteger, mas agora vou buscá-la. Se você quiser conhecê-la, Edwiges vira de vez em quando para ver como você está. E só mandar uma carta por ela. Tchau.

–         Eu gostaria. – disse a tia.

–         Eu te busco um dia então.

Harry então aparatou para Hogwarts. Aparecendo ao lado da cabana do guarda-caças.

–         Hagrid, você está ai? - Perguntou ao ver fumaça saindo da cabana do amigo.

–         Estou. Olha quem veio me fazer uma visita. O que devo a honra de te ver? Espera, você não devia estará na casa dos seus tios?

–         Eu saí de lá. Dumbledore já sabe, não se preocupe, ficarei na sede da ordem. Mas eu vim só para pedir a moto que era do Sirius. Você já deve saber que eu recebi a herança dele.

–         Ela está escondida na floresta. Vou precisar de uma meia hora para pega-la.

–         Tudo bem, vou passar na cozinha pra comer algo. Está na hora do almoço e ainda não comi nada. E preciso pegar mais uma coisa também. Eu passo aqui depois.

Cada um saiu para um lado, o gigante para a floresta e o menino para o castelo. Harry preferiu pegar o que precisava antes de comer assim não seria interrompido. Então rumou para a sala do diretor. Parou na frente da gárgula para tentar todos os doces que viam a sua mente, mas esta simplesmente se abriu e deu passagem, deixando o moreno confuso, porem não perdeu tempo tentando imaginar o motivo e subiu.

Ficou feliz em constatar que Dumbledore ainda não voltara, seria mais fácil. Fawkes ao ver o garoto começou a cantar e voou pousando no ombro do bruxo que acariciou as suas penas. Mas não havia tempo para perder.

Harry se direcionou para a espada de Gryffindor. Se iria proteger a irmã só sua varinha não seria suficiente. Removeu a redoma e pegou a espada. Foi quando aconteceu.

Um brilho vermelho emanou da espada e começou a envolver o rapaz, saindo deste também. Quando uma explosão de luz branca ocorreu.

Harry então olhou para espada. De um lado estava escrito o nome do Fundador de Hogwarts, do outro o seu nome.  Ficou sem entender. Até que ouviu uma voz que não ouvia há um ano.

–         Finalmente o herdeiro conseguiu seu poder e veio reivindicar o que lhe pertence. Parabéns herdeiro de Hogwarts, descendente de Godrico Gryffindor.

–         O que eu sou descendente de Gryffindor?

–         Sim, você e sua irmã são descendentes do meu mestre. Seus pais eram descendentes dele. Vocês são a união do sangue dos dois filhos dele. E só quando se tornasse maior perante a magia é que este segredo seria revelado. Mais ninguém sabe, somente você.  Os poderes herdados dele foram desbloqueados. Use os com sabedoria e humildade.

–         Então honrarei o meu passado. – disse colocando a espada em uma bainha que apareceu nas suas costas tornando-a invisível.

Surpreso ele partiu para a cozinha. Precisava se alimentar, a viagem era longa.

Lá encontrou Dobby e Winky.

–         Mestre Potter, você se lembrou de Dobby e veio visitar nas férias. Você é um mestre bom para Dobby.

–         Dobby, eu estou com fome. Depois de comer preciso conversar com você e com a Winky.

–         Tudo para o amo.

Harry comeu como nunca tinha comido, parece que receber os poderes de um mago poderoso dava fome. Enquanto comia pensava no que ia falar para sua irmã e sua prima.

–         Dobby, Winky, eu tenho uma proposta para vocês. Gostaria de saber se vocês gostariam de trabalhar para mim, na minha casa e quando eu estiver aqui vocês poderiam continuara com as suas atividades aqui.

–         Dobby aceita, até abre mão do salário, só para trabalhar com mestre Potter.

–         Winky aceita também, Winky não gosta de trabalhar no castelo, não vejo meu amo. Eu terei que ver menino Harry todos os dias.

–         Então está bem. Mas ordeno que falem para a Mione que estou pagando vocês. Sei que vocês não gostam, mas e para ela não encher nossa paciência. Quando eu estiver em casa eu chamo vocês. Então tchau.

–         Tchau Mestre Potter. – disseram os dois elfos.

Harry então seguiu para fora do castelo para encontrar ao professor de Criaturas Mágicas. Este já estava esperando por ele com a moto.

–         Aqui está Harry. Esta suja e precisa de alguns concertos.

–         Pode deixar que eu dou um jeito. – disse sacando a varinha e apontando para a moto. Dois raios saíram da ponta indo para a moto, que começou a brilhar. Quando parou de brilhar parecia nova, estava reluzindo com o sol e sem uma única peça quebrada.

–         Você está poderoso, menino. – disse o meio gigante.

–         Que isso, Hagrid. São feitiços fáceis, alem do mais é uma moto mágica, esqueceu? – disse envergonhado.

–         Você vai agora para o Largo?

–         Não vou fazer uma viagem e conhecer umas pessoas que já deveria conhecer. Nada perigoso, não contei meus planos para Voldemort ou para os Comensais, acredito que voltarei em apenas dois dias.

–         Farei uma visita para você em alguns dias então.

Harry se despediu do amigo, montou na moto e partiu, levantando vôo apenas após os portões. Já tinha uma rota para Turim onde as meninas estavam. A sensação de voar com a moto era tão boa que ele nem percebeu o frio ou o tempo passando se assustando quando percebeu que estava voando sobre a cidade. Ainda eram seis horas da tarde quando pousou em um parque da cidade. Agora precisava procurar as duas. Sentiu uma energia parecia com a sua ali perto então rumou para lá.

Duas garotas estavam passeando pelas ruas comerciais de Turim, mesmo não tendo muito dinheiro para gastar, gostava de ver as lojas. Lilian era ruiva de olhos castanhos esverdeados, muito inteligente, mas uma propensão a confusão muito grande. Sara tinha os cabelos negros e olhos azuis, sua mãe dizia que era parecida com o pai, mas ela não o conhecia. Eram muito bonitas as duas o que causava muita inveja nas meninas.

Elas perceberam um grupinho que não gostava delas se aproximando, apesar de parecer que ainda não tinham visto elas. Decidiram então se afastar e voltar para o orfanato, não queriam confusão onde não poderiam usar magia.

Saíram por umas ruas menos movimentadas que eram um atalho para casa. Porém como nada na vida era perfeito elas foram vista pela única menina do grupo, Caroline, que avisou o resto do grupo. Que prontamente seguiram as meninas, queriam cercá-las em um dos becos que ali tinha.

Quando os dois grupos se encontraram eles acabaram entrando em um beco sem saída, deixando as meninas sem uma rota de fuga.

–         Olha o que temos aqui pessoal, as duas órfãs fazendo compras. Que bonitinho! Mas cadê as sacolas. Já sei vocês não tinham dinheiro para isso. – disse Joseph, o líder do grupo, fazendo os outros rirem. – elas nunca terão dinheiro para comprar nada novo. Viverão sempre com roupas usadas.

–         Não enche o saco, idiota. Deixe-nos passar. – disse Lilian, onde pode ser ouvido um barulho de moto se aproximando, o que não chamou atenção de ninguém.

–         Parece que alguém não agüenta a verdade. Já lhe disseram que é feio responder os superiores. Vocês devem ser filhas de trouxas que abandonaram quando vocês manifestaram poderes mágicos. Trouxas têm destas coisas é por isso que eles devem morrer. Mas não deveriam ficar preocupados com vocês. Vocês não possuem magia para fazer quase nada.

–         Lá vem você com este preconceito idiota de novo, até parece que não aprendeu nada, isso não leva a nada e nunca concordaríamos com você. Então cai fora de nos deixe ir embora.

–         Não, hoje vocês vão aprender a respeitar os superiores. – disse fazendo sinal para os outros avançarem.

–         Parem. – disse uma voz forte e poderosa. – saiam daqui agora e deixem as duas em paz.

Todos olharam e viram um motoqueiro ainda em cima de sua moto, com o capacete. Ele parecia um pouco magrelo e não daria medo em ninguém, principalmente para um grupo de cinco bruxos.

–         Cai fora você trouxa, você não é páreo pra a gente. Se não quiser apanhar sai agora.

–         Prefiro arriscar a sorte a deixar as duas com vocês. Quem será o primeiro. – disse desligando a moto e desmontando preparando para a briga.

–         ATAQUEM. - Disse Joseph. Todos se prepararam para a briga, inclusive Caroline que retirou o cinto que era na verdade uma corrente e começou a girar.

O primeiro veio tentando dar um soco na sua cara, mesmo ele ainda de capacete. Mas como fizera com seu primo, Harry simplesmente se esquivo e acertou um soco no nariz dele, quebrando-o e deixando o rapaz desnorteado no chão. O segundo tentou uma rasteira, mas como o colega não teve êxito e acabou recebendo um chute na boca, que quebrou alguns dentes.

–         Já tem dois no chão, vocês querem parar ou querem continuar a apanhar. – disse Harry.

–         Você me paga. – Disse a terceiro comparsa.

Este também logo estava no chão cuspindo sangue depois do soco no estomago. Caroline então se aproxima e tenta acertar o garoto com a corrente. Mas esta se enrosca no braço dele, causando surpresa na menina, que se desconcentra, ela nunca tinha errado um golpe com a corrente. Se aproveitando da situação Harry então puxa a corrente desequilibrando a garota. Usando mais uma vez sua agilidade ele acaba prendendo a menina com a própria corrente.

–         Eu não bato em mulheres, mesmo quando ela merece. – disse no ouvido da menina que se arrepiou toda. – agora só falta o covarde-mor, pode vir. – disse para Joseph.

–         Você me paga, seu trouxa. – disse o outro com raiva sacando um canivete.

–         Vejo que você tem brinquedinhos diferentes. – disse Harry

–         Você me paga, seu trouxa. – repetiu o garoto.

–         Você devia mudar o disco, ta ficando repetitivo. – disse Harry tomando a iniciativa.

O que aconteceu foi muito rápido para ser lembrado por todos. Em um segundo o motoqueiro avançava para cima do italiano, no outro o motoqueiro estava com o canivete do rapaz em suas mãos e o rapaz ajoelhado, sentindo dor na sua região intima.

–         Você é mesmo um covarde, precisa dos outros para lutar por você. Você foi o mais fácil de vencer. Aposto que todos tem medo de você pelo seu tamanho, pois o seu poder é muito baixo. E uma pena que até esta bela mulher te siga. – se virando para a menina disse – Caroline, você não precisa deles para brilhar. Você sozinha pode ser grande, eles são te atrapalharam, mas esqueça esta historia de superioridade, não te levará a nada. E vocês saiam daqui. – disse se virando para os garotos não chão, que ignoraram a dor e saíram correndo dali.

Harry então solta a corrente que prendia a menina, retira um pingente em formato de dragão do bolso e entrega para ela, que agradecida manda um beijinho para o rapaz e sai pegando um caminho diferente daquele feito pelos rapazes.

–         Legal, o meu tinha derretido. – disse baixinho ao reparar no canivete que era mágico com o seu, embolsou-o e virou para as meninas. – Vocês estão bem?

–         Sim muito obrigada. – disse Lilian se sentindo segura com a presença do rapaz.

–         Nós poderíamos cuidar deles sem você. Não precisávamos de ajuda. – disse Sara com raiva da ajuda do rapaz.

–         Calma Sara. Eu sei bem que poderiam, mas usar magia nas ruas geraria muitos problemas. Eu sei por experiência própria. Sim eu sou bruxo e também sei o nome de vocês. – disse ao ver a cara de confusão das duas. – só achei mais divertido acabar com aqueles projetos de gente de maneira trouxa que seria mais humilhante.

–         É mais agora eles vão nos perturbar muito mais na escola, querendo vingança, e não teremos sorte todas as vezes. – disse Sara.

–         Explosiva igual ao pai, - disse Harry para ele mesmo – vocês não voltaram para esta escola este ano. Eu vim buscar vocês e levar pra Inglaterra.

–         Quem é você? – perguntou Lilian.

Harry então tirou o capacete, e bagunçou o cabelo ao olhar nos olhos da irmã.

–         Mamãe sempre disse que Dumbledore mandaria alguém para nos buscar, mas nunca pensei que seria Harry Potter. – disse Lilian.

–         Como posso acreditar que você é você mesmo. – perguntou Sara.

–         Eu acredito. – disse Lilian. – ele me faz sentir segura. Confio nele desde que chegou.

–         A intuição é uma boa conselheira, Lilian. Agora vamos que eu quero arrumar um hotel para passar a noite. As explicações ficam para estivermos no hotel.

–         Como vamos? – perguntou Sara.

–         Ora de moto. – respondeu Harry.

–         Mas não cabe todos ali. – disse novamente Sara.

–         Agora cabe. – disse Harry sacando a varinha e fazendo aparecer um sidecar. – eu ainda não tenho 17, mas posso fazer magia sem problemas fora da escola. Depois eu explico como.

–         Eu vou na garupa e você no side. – disse Lilian.

–         Saco odeio quando você é mais rápida. – disse Sara fazendo Lilian mostrar a língua.

–         Vamos logo. – disse Harry já ligando a moto. – vocês tem que me mostrar o caminho.

Assim seguiram para o orfanato. Quando chegaram foram recebidos pela diretora que também era inglesa. Ao entrar os três na sala a diretora foi logo dizendo:

–         Boa Noite, sou Emily Watson. A diretora deste orfanato. O que devo a honra desta visita.

–         Boa noite. Estou aqui para levar para Inglaterra Lilian e Sara. – disse Harry sendo direto. Não gostara da mulher e também reparara nas roupas das meninas e se lembrou que Dumbledore disse que sempre mandava dinheiro para elas, mas parecia que alguém ficava com ele.

–         Você não pode levar as duas só o Tutor, que é Alvo Dumbledore ou o guardião mágico delas pode fazer isso.

–         Conheço as leis. Por isso mesmo estou aqui. Eu sou o guardião das duas. Você sabe que o pai deixa uma pessoa como guardião no testamento e/ou nomeia um tutor. No caso das duas o tutor é Alvo Dumbledore. Porém se não há um documento oficial dizendo o contrario o guardião é aquele que recebe a herança toda. No caso das Duas eu recebi a toda a herança, isto me faz o guardião mágico delas.

–         Você não pode ser o guardião delas sendo menor. – retruco a diretora.

–         Eu sou maior perante a magia, isto me torna maior perante qualquer lei.

–         Mas você não pode simplesmente me tomar duas meninas sem um ressarcimento financeiro pelos anos dedicados a elas, como Dumbledore pediu. – disse a diretora olhando nos olhos do rapaz a sua frente para ver a sua reação. Mas o que aconteceu foi que o rapaz entrou na sua mente e viu tudo o que a mulher fizera para as duas.

–          Já não basta o dinheiro delas que você roubou. Sim Dumbledore alem de te pagar para cuidar delas, coisa que você não fez direito, ele sempre mandava dinheiro para que elas pudessem comprar roupas, livros e outras coisas, mas você embolsava tudo. Olha para as roupas delas e vê se você merece mais um nuque. Eu quero todo o dinheiro de volta.

–         Não darei – disse a diretora.

–         Dará sim, não sei se por bem, por mal, ou muito mal. – disse Harry começando a explicar. – por bem, você me entrega exatamente o dinheiro desviado por vontade própria. Por mal, eu entro com um processo contra você, e ganho o dinheiro com juros e todas estas coisa econômicas. Ou por muito mau, eu tomo a força tudo o que você tem, inclusive esta espelunca que você chama de orfanato. Eu prefiro esta última, assim ainda ajudo todos que aqui moram.

–         QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ME AMEAÇAR ASSIM GAROTO. – gritou Emily apontando varinha para o peito do rapaz.

–         HARRY POTTER. – respondeu se levantando. Começou a aparecer uma aura vermelha em volta do rapaz que surpreendeu a todos, menos o menino. Uma aura parecida circulava Lilian, mas ninguém reparou.

A revelação fez a diretora se apavorar, como não tinha reparado antes. Talvez pelo fato dele querer levar as duas, mas a cicatriz estava lá, como não tinha percebido.

–         Como você pode ver este nome faz milagres. Todos os advogados da Europa brigaram para me defender em um tribunal, alguns até o faria de graça. Mas ainda quero usar meu poder para arrancar tudo que você tem, sim eu entrei na sua mente e vi que você tem muita coisa.

–         Eu não tenho todo este dinheiro agora. – disse Emily se dando por derrotada, guardando a varinha.

–         Podemos chegar a um acordo.  – disse calmo Harry se sentando, fazendo a aura desaparecer. Mas quero que você prometa que não vai tirar dinheiro deste orfanato, para me pagar. Eu saberei se você o fizer.

Os últimos detalhes foram acertados e os três partiram para o quarto das meninas para arrumar as coisas.

–         Peguem apenas as roupas que vocês mais gostam. O resto fica, compraremos novas. – disse Harry fazendo as meninas pegarem algumas roupas no armário. Agora os outros pertences eu mesmo guardo. – disse fazendo um floreio com a varinha e guardando as coisas de uma forma mais organizadas do que a Tonks tinha feito com o seu malão no ano anterior. Depois reduziu com fez com o seu e guardou no bolso.

–         Estas vassouras estão velhas. Compraremos novas quando chegarmos em casa. Que posição vocês jogam?

–         Eu sou artilheira - disse Lilian.

–         Batedora. – disse Sara estufando o peito.

–         Bom vocês devem saber que sou apanhador, então não competimos pelas vagas.  – disse brincando.

Saíram do orfanato em busca de um hotel trouxa para passar a noite. Escolheram um que ficava um pouco afastado do centro. Na recepção logo surgiu um problema. Harry sentiu magia na recepcionista. Não que ela fosse bruxa mas com certeza era um aborto ou tinha um parente próxima bruxo. Harry então decidiu utilizar o nome do Tio para não chamar atenção.

–         Boa noite, gostaria de dois quartos pro uma noite.

–         Pedi um só. – disse Lilian. – a gente pode ficar conversando sem se preocupar em mudar de quarto.

–         Certo. Quero um quarto par três. –disse Harry para a recepcionista.

–         Não aceitamos este tipo de coisa no Hotel, senhor. – disse a recepcionista com um olhar guloso para o rapaz.

–         Somos primos e sempre dormimos juntos desde pequenos, Senhorita. Se você não quiser eu vou para outro Hotel então. – disse sacando um maço de notas de libras.

–         Me desculpe, senhor. Vocês são tão diferentes que me enganei. Disse envergonhada. – seu nome por favor.

–         Valter Dudley. – mentiu.

–         Quarto 31. Qualquer coisa é só pedir pelo telefone.

–         Vamos meninas. – disse Harry pegando a chave e se dirigindo para os elevadores.

Quando chegaram ao quarto repararam que tinha uma cama de casal e uma de solteiro.

–         Harry, você fica com a de solteiro. Eu e Sara dividimos a de casal. – disse Lilian vendo o embaraço do menino.

–         Então, ta. – disse tirando os malões do bolso e ampliando. – vocês gostariam de fazer as compras hoje ou preferem amanhã cedo.

–         Amanhã. – disseram as duas .

–         Teremos mais tempo e hoje podemos conversar. – disse Lilian.

–         Eu queria adiar isso. Mas como não tem mais jeito. Sugiro que sentem, a conversa vai ser longa e completamente surpreendente.


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