O Anjo De Fogo escrita por Mago Merlin


Capítulo 10
Encontros e Dragões.




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Capítulo 10– Encontros e Dragões.

- Pontas, quem é ela? – perguntou Sara.

- Shade, essa é a mulher do Lucio Malfoy, um dos comensais que foram presos no ministério. – respondeu ele.

- O que você vai fazer? Você se encontrará com ela assim mesmo? – perguntou Ly preocupada.

- Apesar de parecer uma armadilha de Voldemort, eu vou encontrar com ela, algo na carta me faz pensar que ele não faria isso, ela pede pela própria família. Tom costuma usar os entes queridos dos inimigos. Irei sozinho e sem mais ninguém saber. Li em um dos livros no cofre que pode ser útil, ele detecta magia. – disse ele e sua cara se transformou na cara de Rony quando joga xadrez de bruxo. - Eu vou debaixo da capa, analiso a situação, depois me revelo, e vejo o que ela quer.

- Tome cuidado. – disse Ly ainda mais preocupada.

- Cuidado? O que é isso? Tem álcool? – perguntou o moreno para fazer a irmã relaxar. Recebendo um tapa dela.

- Bobo. – disse ela aliviada.

- Agora eu tenho que ir, hoje o dia ta cheio. – disse ela dando um beijo em cada e aparatando para o banco.

- Bom, Fleur, acho que isso é tudo. – disse Harry ao terminar de acertar tudo com a Veela. – Eles terão uma surpresa e tanto.

- Mas também, quem podia imaginar tal coisa. – respondeu a loira.

- Tenho só mais uma dúvida. Você ou Gui não conseguem ver quem é o pretendente da Gina?

- Infelizmente não. Os duendes são quem geralmente mexem nestes contratos. Principalmente os antigos como aquele. Eu só pude te ajudar com este outro, por que era você, eles parecem ter você em grande estima. – disse a francesa impressionando o garoto.

- Valeu a tentativa. – disse ele. – bom ainda tenho que passar no meu cofre. Te vejo em casa.

Ele aparatou antes mesmo dela responder o cumprimento, ou falar que ele poderia perguntar para os duendes.

Nos Cofres, o filhote de maroto pega algum dinheiro para o material escolar dele e das irmãs, e mais alguns livros para poder estudar para nova AD, além do que falava dos espelhos.  Seus olhos pousaram em uma corrente de ouro caída no chão, ele pegou e olhou bem para ela. Tinha um pingente em formato de raio, Harry riu com a ironia do destino, mas mesmo assim colocou no pescoço e depois escondeu na sua roupa, não queria que ninguém visse ainda. Sem contar algumas jóias como prometido.

-Oi, Octavus. Queria mesmo falar com você. – disse o moreno ao sair do cofre e dar de cara com o duende.

- Você ainda pode desistir. – disse Harry para Lilian. – é não sei por que a Sara não veio junto. Ela também é da família.

- Não, quero conhecer a Tia Petúnia. Afinal ela é minha tia. Apesar de não fazer nenhuma questão de ver o Duda. – disse ela arrancando uma risada do moreno. – Ta parecendo que você quer me fazer desistir.

- Não é isso. Eu só não quero que ela te mal trate com fez comigo. – justificou Harry.

- Nada que ela falar vai me abalar. Não preciso que ela me ame como devia ter feito com você. Agora eu tenho você. – disse a ruiva.

- Então vamos lá. – disse ele oferecendo o braço para ela e seguindo para dentro do parque.

Petúnia sente uma energia diferente no ar e olha para direção de onde ela vinha. Ficou assustada, ela agora estava vendo fantasmas. Na sua frente estava sua irmã e o marido dela de braços dados. A cor fugiu de seu rosto. Lilian estava vindo tirar satisfação pelo que ela fez ao Harry. Mas aos poucos ela notou diferenças entre o casal a sua frente e o casal que ela um dia tinha visto passear por aquele mesmo parque. O principal era a cor dos olhos, que fez a dona de casa logo perceber de que se tratavam dos sobrinhos.

-Harry. – disse ela quando eles pararam a sua frente se perguntando se ele aceitaria um abraço. - Vejo que veio.  E você deve estar acostumada com todos falando que é a cara da sua mãe.

- Tia. – respondeu Harry sem demonstrar qualquer sentimento na voz.

- Se for um elogio, agente se acostuma. - Disse Ly. – Me chamo Lilian, também. A minha segunda mãe me deu esse nome em homenagem a ela.

- Vejo que ela seja uma grande mulher, para te criar tão bem. – disse Petúnia fazendo a menina corar. – Quero conhecê-la.

- Não será possível. Ela morreu há alguns anos. – disse a ruiva com olhar triste.

- Não chore. Eles nunca nos abandonaram. – disse Harry abraçando a irmã.

- Harry. Desde que você viajou, eu estive pensando é percebi que eu não odiava a magia. Eu odiava o fato de que a Lilian era uma bruxa e eu não. Ela tinha outros amigos que não conhecia. Acabei descontando nela e em você. Sei que é difícil você me perdoar, mas gostaria de dizer que estou arrependida, podia ter aprendido tanto com você sobre o mundo da minha irmã que eu amava.

- As feridas são fundas, mas podem fechar. – disse ele passando a mão no cabelo, fazendo um grupo de meninas que passava ali perto suspirar.

Lilian logo fechou a cara e começou a resmungar algo sobre elas serem oferecidas. Petúnia tenta segurar uma gargalhada, mas falha. Os sobrinhos a olham confusos.

- Me desculpe, mas a cena foi muito parecida com uma que vi em uma das últimas vezes que vi os seus pais. O Tique do moreno de passar a mão no cabelo e fazer as mulheres suspirarem e os ciúmes da ruiva. Eram até mesmo os mesmos xingamentos.

Os dois ficaram meio sem graça. Assim eles continuaram a conversar sobre as manifestações mágicas do moreno ou a vida da ruiva na Itália.

- Eu gostaria de uma foto de vocês. – disse a tia antes de se despedirem.

- Achei mesmo que você ia pedir. Então trouxe duas. – disse Lilian tirando as fotos da bolsa. – uma é trouxa, a outra é bruxa. Estamos nós dois e a nossa irmã adotiva, filha dos melhores amigos dos nossos pais, Sara.

- Ela me lembra alguém. – disse Petúnia.

- Sirius Black. – Disse Harry assustando a tia.

- Só podia. – disse ela. – para ser sua irmã, só sendo filha de um fugitivo da cadeia, mesmo sendo inocente.

A forma divertida com que foi falado isso era agora a forma com que ela tratava Harry.

Eles se despediram e cada um seguindo seu caminho.

- Meninos, ainda bem que vocês chegaram. – disse Molly quando os dois apareceram na cozinha. – O almoço está pronto.

- Tenho que ir pegar uma coisa no meu quarto e já desço. – disse Lilian saindo.

- Eu vou chamar os outros. – disse Molly. – Harry você poderia terminar de aprontar a comida para mim?

- Não sei se estou à altura, mas farei o possível. – disse humildemente o moreno.

Quando todos chegaram à cozinha e encontraram o moreno mexendo nas panelas com uma mão e na outra tinha uma carta.

- Molly, uma coruja deixou esta carta endereçada a Família Weasley, não deve ser das mais inteligentes, já que me entregou. – disse ele.

- Mas de quem pode ser? – perguntou a matriarca. – Acho melhor abrir.

 Família Weasley, em especial Ginevra.

Finalmente o contrato mágico firmado pelo meu antepassado foi reativado. Para minha alegria fui eu o destinado a ele.

Sei que deve ser difícil para vocês ficarem sabendo assim de um casamento arranjado, mas devem levar em consideração a época em que foi firmado as coisas eram assim.

Por isso em nome da honra de nossas famílias a única coisa que posso fazer é deixar a pequena Weasley viver a sua vida e quando ela fizer seus dezessete anos, idade para o casamento, abrir mão do contrato, finalizando-o.

Quem sabe um dia nos encontremos e podemos conversar.

Ginevra nada pessoal, mas acho que você deve tomar conta de sua própria vida.

Até um dia destes,

O descendente do Lion.

- E parece que as coisas se arrumaram. – disse Lilian.

- Muito fácil para meu gosto. – disse Hermione.

- Sim pode ser uma armação. – disse Harry. – Mas mesmo assim não vejo porque você não viver sua vida, Gi.

- Acho melhor mesmo. – disse ela meio decepcionada, ela acho que a carta que viu o moreno receber era a confirmação de que era ele o pretendente.

- Fico mais tranqüila. – disse Molly. – Mas agora temos que comer, de noite eu contarei para seu pai, não quero dizer isso por coruja.

- Aqui estamos. – disse Harry à Sara. – Romênia, o santuário dos Dragões.

- Nossa que lugar lindo. – disse ela com um brilho no olhar.

- Acho melhor procurarmos o Carlinhos. A tentação é grande.

Eles seguiram para onde Harry sentia a energia do ruivo. Ele estava parado em frente a um belíssimo Dragão Negro.

- Oi, Carlinhos. – disse Sara animada.

- Oi, Shade. Pontas. Vejo que vocês conseguiram chegar bem aqui.

- Oras, com o expresso Potter não tem como errar. – disse ela.

- É isso então, só sirvo de taxi. Você pode voltar sozinha. – disse o moreno se fazendo de vitima.

- Pode deixar que eu mesmo a levo. – disse Carlinhos.

- Escuta aqui Weasley, se você pensa que vai... - começou a falar Harry, mas parou ao reparar no Dragão. – É ela?

- Sim, Pontas é ela. – disse Carlinhos rindo da mudança súdita de humor do maroto, que uma hora parecia brigar com ele e no outro olhava admirado para o Dragão 

- Do que vocês estão falando Pontas? – quis saber Shade.

- Esse é o Dragão do Torneio, O rabo Córneo Húngaro. – disse Harry se aproximando dela. – Oi garota, me desculpe por aquele dia.

Ela parecia entender o que o garoto dizia. E abaixou a cabeça para a altura dele.

Carlinhos ficou preocupado com esta atitude dos dois, mas Sara parecia que estava entendendo tudo.

O dragão então funga perto de Harry. E então levanta a cabeça solta uma rajada de fogo extremamente vermelha.

- Ela gostou de você. – disse o ruivo impressionado.

- E eu dela. – disse o moreno.

- QUE CONFUSÃO É ESSA? – chegou berrando o responsável russo pelo santuário.

- Ivanovic. Este é Harry Potter, esse é só o seu reencontro com Black Moon. Ela o reconheceu. – disse Carlinhos com certo respeito na voz.

- Mas quem deixou ele aproximar dela? – disse o chefe.

- Ele veio até aqui sozinho, ninguém o parou ou trouxe. – respondeu Carlinhos.

- Weasley, você quer que eu acredite que um inglês chegou sozinho aqui? Pensei que fosse mais inteligente. – disse o Igor.

- Você só está se esquecendo que aquele acariciando Black Moon, coisa que nunca ninguém conseguiu, e simplesmente HARRY POTTER. – disse o ruivo deixando o respeito de lado.

Isso pareceu trazer de volta a razão dele. E seus olhos se arregalaram, alguém se aproximou de um dos mais ferozes dragões e continua vivo para contar a experiência. O que diabos era aquele bruxo.

Harry olha para Carlinhos com uma cara de cachorro pidão, muito parecida com a de Gina.

- Ele esta pedindo para voar nela. – disse Sara para Igor, assustando ele que não tinha visto a menina.

- Quem é você? E como sabe o que ele quer? E por que motivo eu deixaria? – disparou o russo.

- Eu sou Sara Black Potter, irmã adotiva do Harry. – disse ela com um sorriso maroto. – eu se fosse você deixaria, ele vai voar de qualquer jeito, assim você mantém sua autoridade aqui.

- Como assim? – perguntou o homem.

- Você conhece a minha família? – perguntou Carlinhos, e tendo a confirmação do chefe prosseguiu. – Então você conhece as principais características de cada um. Bom ele possui cada uma delas em grau maior. Do Gui ele tem o poder mágico, ele é extremamente poderoso, e sabe disso. De mim tem a coragem, você já deve ter ouvido algumas historias dele, não e nem metade das confusões que ele se mete. Do Percy ele tem a inteligência, ele disfarça, mas é o mais inteligente de todos os alunos da escola chegou a tirar um Nível Merlin nos NOM’s. dos gêmeos, bem eles tentaram uma pegadinha contra eles no aniversário deles e ele acabou revertendo a brincadeira para os dois e para mim que tava distraído por perto, imagina o que ele pode fazer então. O Rony é um grande estrategista, e esse menino esta a três passos a frente do que você acha que ele está. E como a Gina ele consegue o que quer. Ele conseguiu fazer a minha mãe aceitar dinheiro para a festa da Gina. Ele tem o conhecimento dos trouxas maior que o do meu pai, já que morava com eles. E tem um coração do tamanho do da Senhora Molly. 

- Sem contar que ele é filho de um dos Marotos de Hogwarts. – disse Sara.

- O QUE? MAROTOS? Como você sabe? – perguntou abismado Igor, reconhecendo o titulo, ele tinha conhecido eles em um encontro de escolas.

- Eu sou filha de outro deles, e somos amigos-sobrinhos do terceiro. – disse a morena fazendo abrir a boca do domador de dragões.

Depois de pensar um pouco Igor toma a decisão.

- Pode voar. – disse o chefe.

Harry simplesmente pula no pescoço de Black Moon e se ajeita bem perto das asas dela. E faz um aceno para Shade. Ela corre na direção dele e agarrada pelo irmão e colocada atrás dele.

- Ei, eu só deixei ele. – disse derrotado o chefe.

- Como se isso valesse. – disse o ruivo quando o dragão levanta vôo.

Os dois agora pareciam duas crianças em um parque de diversões. Era uma montanha russa sem o conhecimento prévio do caminho. Black Moon fazia diversos movimentos, incluindo loops.

Eles pousaram depois de mais de uma hora de vôo. Todos os humanos que estavam na reserva agora se agrupavam perto do local onde eles pousaram e os olhavam com os olhos esbugalhados. Shade corre e salta sobre Carlinhos beijando a cara dele toda.

-Obrigada. Obrigada. Obrigada. – dizia a cada beijo.

- Hum, Hum. – foi ouvido.  Era Igor, já que Harry ainda estava com Black Moon. – Eu gostaria de saber o que está acontecendo.

- Eu só estou agradecendo o passeio. – disse de forma marota.

- Acho que Lilian está preocupada. – disse Harry ao se aproximar deles e não gostando da atitude do senhor. – você sabe como ela fica aflita quando demoramos. Sabe a minha irmã é meio super protetora.

- Tchau Carlinhos, Tchau Black Moon. – disseram os dois ao mesmo tempo e Harry os aparatou para a Toca.

- Agora entendo o que vocês disseram. – disse Igor para o subordinado. – os feitiços anti-aparatação aqui são fortíssimos, mas ele passou como se não houvesse nada.

- Primeiro ele não sabia da existência deles. E segundo ele está se especializando em romper as barreiras das leis. – disse Carlinhos se afastando para continuar o seu trabalho, ignorando os murmúrios que vinham de seus colegas.

Harry estava parado na entrada do Big Ben coberto pela capa de invisibilidade, ele tinha esperado que Rony dormisse para poder sair. Ele executa o feitiço para localização de magia em pessoas e não encontra nenhum bruxo por perto. Se fosse uma armadilha teriam vários comensais a postos. Ele continuava aguardando a hora, falta agora menos de cinco minutos para a meia-noite.

Ele escuta o som de aparatação e fica alerta. Então visualiza duas pessoas encapuzadas onde não tinha ninguém, alias, agora só tinha os três na rua. Uma parecia uma mulher magra, e a outra parecia uma criança, mas não era Draco.

Ele lentamente retira a capa para não chamar atenção das duas pessoas. E se aproxima como um tigre pelas costas delas e chama:

- Narcisa.

- Harry. – disse a loira se virando e deixando cair o véu revelando um rosto triste e sofrido.

Ele segura firme o ombro das duas e aparata para outro canto da cidade, um estacionamento de um shopping fechado.

- Agora podemos conversar sem que sejamos interrompidos. Não sei se sua carta foi interceptada. – disse Harry sério.

- Primeiro quero te apresentar minha filha, Marcela Black. – disse Narcisa, enquanto a menina retirava o capuz.

- Mas, mas... – começou o garoto que foi pego de surpresa.

- Sim, eu tenho uma filha. Mas Lucio a rejeitou desde pequena, nem mesmo deu seu nome para ela. E agora o Lorde das Trevas está ameaçando ela, caso eu não me tornasse uma comensal para substituir o Lucio juntamente com Draco. Ele aceitou isso, mas eu não posso com isso. Você tem que acreditar.

- Por favor. – disse Marcela com um tom de suplica na voz.

- Eu acredito. – disse o moreno. – Me desculpe, mas tive que entrar na sua mente para ter certeza. Não se preocupe não entrei muito fundo, só o suficiente para ver que você diz a verdade. E o que você quer que eu faça por você.

- Eu estou fugindo, e com certeza já temos comensais nos caçando. Eu preciso de um lugar seguro para morar com Marcela, enquanto ela não vai para Hogwarts, no inicio do ano.

- Bem para minha casa, não posso levá-las, infelizmente. Lá Voldemort nunca entraria. Mas acho que uma das casas dos Black será mais que bem vinda. Aqui está o endereço. – disse ele pegando um papel no chão e rabiscando o local. - Tem alguns feitiços de proteção lá, mas para que sejam ativados tem que ter alguém morando. Vou pedir um amigo para visitar vocês amanhã. E visito vocês qualquer dia desses.

- Obrigada. – disse Narcisa chorosa.

- Nunca acreditei nas historias que Draco dizia de você. – disse Marcela. – Você é bem legal.

Harry se despede das duas, dando um beijinho na menina que cora e aparata no seu quarto. Mas qual foi a sua surpresa ao perceber que ela já estava ocupada.


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