A Luz Por Trás Das Sombras escrita por Mago Merlin


Capítulo 29
Descobertas




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Capítulo 29 – Descobertas

Dumbledore logo tomou conta da situação. Como líder da Ordem da Fênix, mesmo que essa organização ainda fosse secreta, a maioria dos combatentes era dela. E o restante admira muito o diretor para ir contra ele.

Mas havia alguns que só fingiam seguir essas ordens. Fazia parte de todo o plano.

- Contamos sete comensais mortos. – disse Tiago. – Pelo menos cinquenta estão feridos, alguns seriamente. Mais vinte que se entregaram. Sem contar o cara de cobra que se vaporizou.

- Essa não é toda a força que Voldemort possuía. – disse Dumbledore. – Segundo Snape existem mais alguns comensais.

- Eles podem ter fugido. – disse Sirius. – Esses caras são todos uns covardes.

- Sim, alguns podem ter conseguido fazer chaves de portal. Ou escapado de alguma forma. – disse o diretor. – Acredito que alguns comensais não vieram para a batalha. Alguns não são bons lutadores, outros são mais importantes fora da batalha. E acredito que existam alguns prisioneiros ainda vivos, e alguém tem que vigiar eles.

- Mas como faremos isso? – perguntou Kingsley.

- Como a morte de Voldemort, sim tenho certeza que ele se foi, podemos encontrar seu esconderijo. Basta um comensal nos levar lá. Tenho o candidato perfeito. Uma vez lá dentro posso retirar o Fidelius.

- Temos gente pra ir. – disse Remo. – Não sofremos nenhuma baixa. Três dos nossos foram feridos, apenas uma gravemente. Parece que a dupla de franco-atiradores foi de grande ajuda.

- Nos perdemos o Anjo do Caos. – disse Tonks, que sabia o plano todo, mas precisava fingir.

- Foi melhor assim. – disse Dumbledore. – Ninguém ia conseguir entender o que ele fez, e sentiriam medo que ele pudesse se tornar o novo Senhor das Trevas.

- Mas... – disse a metamorfomaga.

- Tenho que encontrar com Snape. – disse Dumbledore aparatando, assim que Gina, Giacomo e Sam se aproximavam, sem perceber vários sorrisos.

Dumbledore não teve problema em desfazer os Fidelius. O fato de não ter sobrado nem poeira de Voldemort ajudou.

Snape não se importou em ajudar, já estava cansado daquilo tudo. Não foi para aquilo que ele havia se aliado.

Logo que o diretor lançou o patrono para chamar o restante da Ordem. Eles invadiram a mansão, e encontraram alguma resistência. Mas a maioria dos comensais logo se entregava.  Seria mais fácil para o julgamento, já que todos sabiam que Voldemort morreu.

Somente alguns que preferiam a morte a serem capturados, ou estavam sobre fortes encantos tentavam mudar, mas estavam em desvantagem.

- Os prisioneiros estão nas masmorras. – disse um comensal que havia sido capturado.

- Siga na frente. – disse Sirius, que ainda tinha esperanças de encontrar Emmy lá.

Parte da ordem seguiu com eles, outra parte começou a investigação da mansão para encontrar outros comensais, ou prisioneiros que por virtude estariam nos quartos, ou algum objeto que foi roubado.

Várias celas estavam cheias, com ferimentos de vários graus. Aqueles que tinham algum conhecimento de cura começaram a selecionar os feridos que teriam que ser levados para o hospital, ou aqueles que poderiam ajudar.

- Existe um prisioneiro especial. – disse o comensal que havia levado ele ali. – Somente Voldemort ou Anjo do Caos o viam. Boatos dizem que um elfo o curava, para prolongar seu sofrimento.

Era a única cela que possuía uma porta fechada. As outras eram em barras para que todos vissem o que acontecia com os outros prisioneiros. O medo era a maior arma dos comensais.

Dumbledore abriu a porta e viu um homem jovem amarrado por correntes. Ele estava todo sujo, com ferimentos por todo o corpo, parecendo marcas de chicote, sangue seco por todo o lugar.

Dumbledore não conseguiu identificar o rapaz, pois os cabelos dele estavam jogados na sua cara. Aparentemente ele nunca deve ter cortado.

O rapaz não reagiu à presença do diretor na cela, mas se encolheu quando foi tocado.

- Calma, estamos aqui para te ajudar. – disse o mago.

Gentilmente, Dumbledore afastou o cabelo da cara. E quase caiu ao reconhecer o garoto.

- Tiago venha aqui.

- O que foi Dumbledore? – perguntou o moreno.

Dumbledore somente apontou para o rapaz.

- Harry? – perguntou Tiago emocionado.

- Pai? – foi a vez de Harry perguntar. – E você mesmo ou mais uma ilusão?

 -Sou eu mesmo, vim de tirar daqui. – disse o auror tirando as correntes dele. – Estou levando ele para Hogwarts. St Mungus vai ter muito trabalho.

Dumbledore nada disse, sabia que Tiago confiava mais em Madame Promfrey que em qualquer medibruxo do hospital. Sem contar que com a quantidade de feridos, nenhum pai ia permitir que seu filho fosse preterido em um atendimento.

Dumbledore prestou pouca atenção a reunião com o Ministro. Havia algo que estava errado nesta historia toda. A profecia dizia que somente uma pessoa podia vencer Voldemort, aquele que seria marcado por ele.

Ele sempre suspeitou que essa pessoa seria Harry Potter. Mas ele sempre suspeitou que o menino estivesse morto. Snape nunca disse nada sobre isso.

Mas se Harry sobreviveu esse tempo todo, e Voldemort foi aniquilado por um menino da mesma idade. Será?

Quando ele estava voltando para Hogwarts ele foi diretamente para a enfermaria, precisava tirar essa dúvida.

Encontrou com Tiago, Lilian, Sirius, Tonks e Remo na porta da enfermaria.

- Como ele está? – perguntou ele.

- Poppy ainda está cuidando dele. – disse Lilian.

Dumbledore poderia sentir que não havia o alivio que deveria ter na voz de uma mãe que reencontra o filho depois de anos, nem mesmo a preocupação com os ferimentos dele. Ele ainda ouvia os gritos dos berradores das mães preocupadas com seus filhos por menor que fosse o ferimento.

Sem dar chance para alguém reagir, ele entrou na enfermaria.

Analisou bem o garoto deitado. A altura correspondia, os cabelos tinham o mesmo cumprimento, e agora que ele estava limpo, poderia ver que os ferimentos não eram tão reais assim.

- Pode parar com isso. Já descobri tudo. – disse ele para o menino.

- Alvo, deixe meu paciente em paz. – disse a medibruxa.

- Papoula, você pode perceber que ele não tem nenhum ferimento. – disse o diretor.

- Mas ele continua a ser meu paciente. – disse ela.

Aqueles que estavam fora da enfermaria entraram.

- Vocês sabiam disso. – acusou o diretor.

- Desde que ele salvou Gina. – disse Tiago. – Foi ela quem descobriu.

- E vocês nem pensaram em me contar. – acusou ele novamente.

- Pra que? – disse Harry. – Para você me usar como uma arma?

- Não é bem assim. – disse Dumbledore. – eu nunca...

- Nunca conseguiria vencer essa guerra sem mim.  – disse Harry voltando a sua forma original. – Tanto que nem mesmo tentou. A pessoa que mais conhecia Voldemort nem ao menos sabia sobre as Horcruxes.

- Eu suspeitava. – disse ele. – Mas...

- Mas nada. – disse Tiago. – Pelo que eu vi, não era assim tão difícil achar elas. Uma inclusive estava sobre a sua proteção.

- E essa farsa toda? Por que fingir que morreu? Por que não ficar como o herói?

- Herói? O Anjo do Caos? Aquele que todos julgavam o sucessor de Voldemort. – disse Harry. – Mesmo que todos vissem que eu o matei, será mesmo que iam acreditar? Não seria uma tentativa de tomar o controle de tudo? O novo Lorde Das Trevas? Ainda mais depois de anos de historias que eu sou o mais cruel dos seguidores de Voldemort?  

- Mesmo assim você não vai poder se livrar de seus crimes? – disse Dumbledore.

- Que crimes? – perguntou Harry.

- Assassinatos.

- Me diga uma pessoa que eu matei.

- Existem várias pessoas, não posso listar agora.

- Se essas pessoas aparecerem vivas? O que você faria? - perguntou Harry.

- Não existe magia que ressuscita os mortos. – disse Dumbledore.

- Quem falou em mortos?

- Nós já vimos. – disse Sirius. – Ele nunca matou ninguém que não era preciso. Ele salvou todas as suas supostas vítimas.

O auror falou isso, mesmo não achando Emmy ainda.

- Sem contar que ninguém acreditaria em você. Muitas pessoas viram a morte do Anjo do Caos, e até mesmo os comensais acreditam que eu era um prisioneiro ‘especial’.

- Deve ter algum comensal que sabe a verdade. – tentou Dumbledore, precisava ter controle sobre o menino.

- Verdade, havia dois. Além de Voldemort. Eles fizeram o favor de se matar. – disse Harry. – Agora que não tenho nada para fazer aqui. Vou embora. Obrigado, Poppy, pelo menos agora tenho uma boa desculpa.

- Sem problemas. Se alguém perguntar, vou falar que você chegou mal, e saiu como novo. Não é mentira. – disse a medibruxa.

O grupo chegou até a casa dos Potter, onde Gina, Sam e Giacomo já estavam esperando eles.

- Você demorou. - disse Gina abraçando o namorado.

- Dumbledore resolveu armar pra que eu ficasse sobre seu controle. – disse Harry.

- Ele não aprendeu nada com a nossa visita? – perguntou a ruiva.

- Aparentemente não. – disse ele.

Eles foram para a sala e M pulou no colo de Sirius.

- Eu te vi com duas varinhas. – disse o moreno para Giacomo. – Impressionante. Mas por que você sai para um encontro com duas varinhas?

- Nunca se sabe quando o encontro é uma armadilha. – disse o menino. – Pelo menos desta vez foram só alguns comensais. Agora de uma olhada nesta varinha.

Sirius pegou a varinha, mas como não conhecia muito de varinha, tentou fazer alguns feitiços. Nada aconteceu.

- Sabia que algumas varinhas não agem bem com outras pessoas, mas não consigo fazer nada.

- Xo vê. – disse Harry, e faíscas saíram dela. – Muito boa.

- Mas como? –perguntou Sirius atordoado.

- Essa não é uma varinha. – disse Giacomo. – E só um pedaço de madeira esculpida.

- Outro usuário de magia sem varinha, não. Essa família só tem destas.

- Você acha que eu ia me juntar com alguém sem recursos? – perguntou Sam. – Apesar de descobrir isso só agora também.

- Era uma coisa que a Emmy falaria. – disse Sirius. – Queria que ela tivesse aqui.

- Por que não pediu antes. – disse Harry, e a gata no colo dele começou a crescer e a mudar.

- Oi amor. – disse Emmy.

- Emmy? E você mesma? – perguntou Sirius, espantado.

Mas não era o único. Todos na sala estavam chocados. Com exceção de Harry, Gina e Giacomo, esse último por desconhecer a história.

- Faz sentido. – disse Remo o primeiro a se recuperar. – Uma gata que gosta de um cachorro, só apareceu depois que Sirius deixou de fazer manha, e a corrente ‘M’ descentralizado, EMMY.

Sirius olhou para a medalhinha e viu que estava escrito o nome e o M estava no mesmo lugar. Ele fechou a cara.

- Pensei que você fosse ficar feliz ao me ver. – disse Emmy.

- Estou Feliz. – disse ele. – Mas por que só agora?

- Eu realmente fiquei muito ferida, e se não tivesse sido curada rápida estaria morta. As possibilidades disso acontecer em St Mungus seriam altas. Tive muito cuidado na fazenda com Michelle e Harry. – disse ela. – Eu não sabia que ele era o Harry. Somente Michelle tinha visto seu rosto. Depois que eu me recuperei eu tentei vir até você. Mas seria colocar todos em risco, inclusive Harry. Quando descobri que ele tinha te visto, e depois quem ele era, pedi para ficar com você. A forma de gata foi a única que consegui sem estragar tudo.

Sirius não reagiu, e Emmy desceu do seu colo, e ia saindo da sala.

Mas alguém a impediu.

Ela se virou e viu Sirius ao seus pés.

- Casa comigo? – pediu ele. – Já te perdi uma vez não quero perder de novo.

- Claro. – respondeu ela, e todos fizeram festa.

Nada melhor para finalizar uma guerra do que começando uma família.


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