A Luz Por Trás Das Sombras escrita por Mago Merlin


Capítulo 28
Isca e Luta




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Capítulo 28 – Isca e Luta

- Eu nem acreditei quando você me convidou pra sair. – disse o garoto para a ruiva na sua frente. – Te convidei tantas vezes e você só dizendo não.

- Eu vi uma pessoa diferente durante o ataque a Hogsmeade. – disse ela. – Achei que você só estava se aproximando de mim pra fazer a minha mãe te fazer o favorito dela.

- Eu sou o aluno favorito dela.  – disse Giacomo. – Ela não precisa perder seu tempo comigo.

- Deixa de ser bobo. – disse Sam.

- Verdade, ela gosta tanto de ensinar, que ela adora quem ela não precisa, assim ela tem mais tempo pra se dedicar aos outros.  

- Bem ela fala de você mesmo. – disse a ruiva.

- Viu. – disse ele recebendo apenas uma língua. – Mas me diz a verdade, por que você me chamou aqui?

- Você queria sair comigo por um bom tempo, mas agora parou de me chamar. Então fiz isso por você.

- Bom, então por que seus pais estão de olho na gente do segundo prédio atrás de mim? – disse ele com um tom magoado.

- Eles não estão nos espiando, se é o que você está pensando. – disse ela na defensiva.

- Se fossem só eles, até poderia pensar nisso. Seu pai te espiando e sua mãe tentando o controlar. Mas aquele na frente da loja de artigos de quadribol é o Sr Black. Professor Lupin está tomando um café infinito e lendo um livro na frente da Floreios e Borrões. O irmão mais velho da Gina está com a noiva na sorveteria, outro está experimentando metade das roupas que Madame Malkin. Já reconheci alguns aurores passando por nós. Te garanto que o velhinho de barba na loja dos gêmeos não é o Papai Noel. E essa mulher atrás de mim que vai engasgar agora não perde uma palavra do que nós falamos.

Não deu outra, a mulher que estava ali engasgou.

- Você é muito inteligente para seu próprio bem. – disse a menina. – Precisamos de uma isca para trazer os comensais e Voldemort pra um local que controlamos.

- Essa parte eu entendi. – disse o corvinal. – Só não sei se a figura alada no topo daquele prédio é uma coisa boa ou ruim.

- Agora você não deve se preocupar com isso.

- Pelo menos vocês tem um plano pra nos tirar daqui, certo? Eles já perceberam que estamos aqui e lançaram um feitiço antiaparatação.

Tonks engasgou de novo.

- Era pra eu ter recebido uma chave de portal. – disse a menina. – Mas parece que o auror que tinha que pegar ela, esqueceu-se de me passar.

- Não fui eu. – reclamou Tonks.

- Você está com sua varinha, né? – perguntou Sam.

- Numa guerra, sair desarmado de casa, nem se eu fosse maluco. – disse ele.

- Você é maluco, sabia disso tudo e mesmo assim veio.

- Esse não é ponto. E você vale o risco. – disse o menino.

- Algumas pessoas podiam pensar assim.  – disse Tonks. – Fiquem juntos e prontos pra luta.

Eles pagaram a conta para um garçom que Sam reconheceu sendo Kingsley, e percebeu que eles estavam sendo muito óbvios. E foram para o meu da rua, onde seria mais fácil de lutar.

Foi só eles darem alguns passos que dezenas de pessoas apareceram através de chave de portal, cercando-os.

- Ora, ora. O que temos aqui? – perguntou o líder.

- Alguém que não sabe ser original. – disse Samanta. – Seu filhinho fala a mesma coisa sempre que quer apanhar. Me lembro bem da última vez que ele falou isso pra mim.

- Foi você quem colocou aquelas asas de borboleta nele, sua traidora do sangue. – disse Malfoy, sem se importar em ocultar a sua identidade.

- Não, fui eu. – disse Giacomo. – Queria ver se ele aprendia a voar, antes de ficar se pavoneando pelo castelo. Quantos campeonatos ele venceu mesmo?

- Foi você. – disse a ruiva com um brilho no olhar. – Sempre quis descobrir quem tinha feito e a Gina jurava que não era obra e ninguém da família dela. Eu só tinha transformado ele em uma lesma gigante, reflete melhor o interior dele. Uma coisa nojenta e sem graça.

- Vocês vão aprender a mexer com um Malfoy. – disse o loiro.

- Quem vai ensinar isso? Você e que exército? – perguntou o rapaz.

- Sim, porque esse ai que você trouxe não serve pra nada, só pra gente rir. – disse Sam, e vários comensais se mexeram irritados.

- Nós somos os melhores seguidores do Lorde das Trevas. – disse uma mulher ao lado de Malfoy, que foi identificada como Bellatrix.

- E precisa disso tudo pra atacar duas crianças? – perguntou Sam, de forma que deixaria Sirius orgulhoso.

- O plano é mais complexo que isso. – disse Giacomo. – Eles esperam que isso se torne um ataque maior, atacando as lojas. Assim forçando alguém a aparece pra nos salvar, apesar de achar que seria só por você. Ai, quando essa pessoa aparecer, surge Voldemort, supostamente pra matar essa pessoa. Provavelmente alguém que deveria ser o comandante deste ataque, mas que se rebelou e está atacando o chefinho. E que tem a mania de salvar ruivas.

Sam, disfarçadamente, olha para onde está o irmão, e percebe que Gina está com ele.

- Você é muito inteligente para seu próprio bem. – disse Malfoy, fazendo o casal dar um risinho. – Você poderia se juntar a nós.

- Se quisesse ser igual a você não teria ameaçado o chapéu seletor de tacar fogo nele pra ele nem cogitar a ideia de me colocar na Sonserina. Não me entenda mal, tem alguns sonserinos que não são babacas como você. Mas os que são iam me fazer amaldiçoar ele de hora em hora, e tenho coisa melhor pra fazer. – disse o Corvinal.

- Eu também fiz isso. – disse Sam dando um beijinho nele.

- Sem contar que sou inteligente de mais pra seguir um idiota como Voldemort. – disse o menino.

- Se você não está com a gente, está contra. – disse Bellatrix.

- Azar o de vocês.  – disse Sam.

Bastou isso para os comensais começarem a lançar feitiços nos dois. Não eram feitiços mortais, tinha ordens para levar a menina viva, mas poderiam fazer um grande estrago. Principalmente que a maioria era a Cruciatus.

Os integrantes da ordem foram se posicionando em volta dos comensais, enquanto eles estavam distraídos com os dois garotos, que tinham muita coragem para provocar os comensais.

Eles atacaram quando os comensais começaram também.

Sam e Giacomo se postaram um de costas para o outro, e duelavam como se fossem uma dupla sempre. A única diferença foi que o rapaz possuía duas varinhas, e executava perfeitamente dois feitiços diferentes com elas.

- Duas? – perguntou Sam ao perceber isso, mas quase sendo atingida por um feitiço.

- Depois discutimos isso. – falou o rapaz, depois de executar um giro que salvou a menina.

- Que tal vocês dois saírem do meio do campo de batalha? – perguntou Tonks ao se aproximar dos dois.

- Boa ideia.  – disse Giacomo pegando no braço da ruiva e sumindo.

- Onde estamos? – perguntou a ruiva, ainda na dúvida de como havia chegado ali.

- No apartamento que estava seus pais. – disse ele. – Podemos ter saído do campo de batalha, mas não da batalha em si. Já ouviu falar de franco-atiradores?

- Claro. Vamos logo. – disse a menina e os dois se postaram na janela e começaram a atirar contra os comensais, que não sabia de onde vinham os feitiços.

- Tome cuidado. – disse Harry para Gina quando viu os comensais chegando.

- Você também. – disse ela.

- Não se preocupe. Somente Voldemort tem alguma chance, mas eu não vou dar isso pra ele. – disse ele dando um beijo nela.

Ele esperou a hora certa, quando os feitiços começaram para poder pular do prédio. Aproveitou que os comensais estavam juntos para poder tirar alguns da luta. Não quis tirar muitos, pois precisava que alguém avisasse Voldemort.

Isso aconteceu pouco antes de Giacomo sumir com Sam. Harry estava meio duvidoso quanto ao garoto, mas ao ver discutir com dois dos melhores comensais, e depois duelar como eles, não viu nenhum problema com ele.

- Uma festa e nem me convidaram. – disse ele ao pousar na frente de Malfoy e Bellatrix.

- Você que decidiu nos abandonar. – disse Bellatrix, obviamente magoada, ainda tinha esperanças de conseguir algo com o menino.

- Na verdade, só mostrei quem realmente sou. Vocês foram muito idiotas ao imaginar que eu era um de vocês. Nunca imaginaram porque eu preferia faz tudo sozinho e sem que ninguém me visse. Eu não torturava e matava, eu salvava das garras de vocês. – disse ele rindo.

Isso foi o estopim para os dois atacarem o menino. Eles não tentavam matar, Voldemort não queria isso.

Ele simplesmente estava brincando com os dois. Enquanto lutava, atacava outros comensais. Usava feitiços que normalmente não eram usados em duelos, só para irritar.

Em um dado momento lutava com os dois, um a sua frente e outro a suas costas.

- Malfoy, como anda seu filhinho? – perguntou ele para o loiro. – Aposto que está na enfermaria com o Rodolfo.

Isso foi um duro golpe para os dois. Malfoy sabia que o filho nunca seria o mesmo depois de ter sido castigado por Voldemort, depois, da agora conhecida, fuga de Harry. Ele mesmo ainda sentia dores de quando o moreno invadiu sua casa.

Bella se ressentia pelo marido, podia não se devotar a ele. Mas bem ou mal, era alguém que a idolatrava.

- AVADA KEDAVRA. – berrou os dois.

Harry deu apenas um passo para o lado, e os dois feitiços passaram por ele e atingiram ao outro comensal.

- Isso que é amor em família. – disse ele. – VOLDEMORT APARECERÁ EM 3, 2, 1.

Uma figura apareceu no meio da rua, com uma cobra gigante aos seus pés.

Os poucos comensais que ainda lutavam ganharam folego, mas ninguém fraquejou.

- Foi um grande erro vir aqui hoje, Tom. – disse Harry.

- Tom morreu há muito tempo. – disse Voldemort com raiva. – Hoje você morrerá.

- Não, Tom será você. – disse Harry. – Você já deve ter percebido que isso é uma armadilha para você. Sabia que sua arrogância e vontade de se mostrar ia fazer você aparecer aqui.

- Você é o arrogante aqui. Eu sou imortal. – disse Voldemort.

- Por enquanto. – disse Harry. – Obrigado por trazer Nagini aqui, era a última horcruxe que eu precisava.

- Como você descobriu sobre isso? – perguntou Voldemort, lançando disfarçadamente uma proteção na cobra.

- Descobri tudo por causa de um espião.

- Mais um espião. Maldito, estará morto assim que eu pegar ele.

- Já disse que não vou morrer. – disse Harry. – Vou facilitar pra você, sabe o feitiço que você fez pra me matar e não deu certo? Aquele, anos atrás. Bom, ele me deu uma ponte, uma conexão com a sua mente. Eu sei tudo que você sabe, vejo tudo que você vê, e o melhor leio seus pensamentos e lembranças.

- Maldito. – disse Voldemort.

- Sabe, você foi bem esperto escondendo algumas delas. – disse Harry. – Mas confiar em seus comensais. Foi a maior burrice. Eles poderiam se virar contra você quando percebesse que você era um Mestiço, ou quando percebessem que você era um megalomaníaco que os usava sem dó nem piedade. Aliás foi assim que alguém pegou seu medalhão na caverna.

- Black. Devia ter matado o elfo quando tive chance. – disse ele.

- Isso mesmo Tom, um ser inferior foi parte de sua ruina. – disse Harry tirando as esferas com os pedaços de alma do bolso. – acredito que isso te pertence.

Ele lançou as esferas no chão. Elas se quebraram e um a um os pedaços de alma foram se incorporando, inclusive um que saiu de Nagini.

- Agora você é mortal. – disse Harry.

- Posso perder. – disse Voldemort. – Mas vou levar você comigo. Sei que posso não te matar, mas posso destruir sua vida. Posso revelar pra todos quem você é.

- E quem acreditaria? – disse Harry.

- Você não quer saber? – disse Voldemort tentando usar a curiosidade do rapaz para tentar escapar.

- Eu sei. Você acha que isso tudo e só coincidência. Sei o que ia fazer você mandar os seus lacaios. E depois aparecer aqui. Isso acaba agora.

Harry lançou um feitiço em Voldemort, que tentou até mesmo bloquear, mas foi atingido pela luz.

Por um segundo, nada aconteceu. De repente, Voldemort começou a irradiar uma luz branca e explodiu.

A onda foi destruindo tudo que tocava, inclusive os corpos de alguns comensais que estavam ao redor dele, e Nagini. Só parou quando atingiu Harry.

No local que antes estava o Anjo do Caos, restava apenas a máscara e o casaco de couro.

- Não. - berrou Sam.

- Calma. – disse Giacomo, um tanto magoado. – Aquele lá tem um plano. Seja lá quem ele é. E se você sair desesperada por ai, só vai atrapalhar. Seus pais estão tranquilos, assim como Gina. Vou te falar, nunca entro em uma luta contra ruivas.

- Aquele lá é o meu irmão. – disse ela, sem entender as palavras dele.

- Bom, agora você fica calma e depois vamos ver onde ele está. – disse o menino, se lembrando da história da família dela. – Se ele foi sequestrado quando bebê, ele não pode aparecer como um conhecido comensal. Ele pode ter algo a mais.

- Vejo agora porque você foi parar na Corvinal.

- Espero que seu pai não veja problemas em você namorar com um.

- Isso não é problema dele. – disse a menina aceitando o beijo que via nos olhos dele.


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