A Luz Por Trás Das Sombras escrita por Mago Merlin


Capítulo 27
Fazens




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Capítulo 27 – Fazenda

Harry estava pensativo quando estava levando Gina para casa.

- Posso saber o que te deixa assim? – perguntou a ruiva antes deles entrarem na Toca.

- Preciso fazer algo com relação a Fazenda. – disse ele. – Depois que acabar com Voldemort, vou deixar Caos pra trás, e não quero a associação com Harry Potter.

- Por isso que ninguém te vê sem a máscara. – disse ela.

- Quero ter uma vida normal.

- O que você vai fazer?

- Sua mãe já conhece a fazenda, pode ajudar com a reintegração do pessoal ao mundo mágico. Mas ela é apenas uma dona de casa, não tem influência. Acho que vou levar meus pais lá.

- E você não pode fazer isso sem que associem você a eles.

- Sim. Estou nesse dilema. – disse ele frustrado.

- Por que você não pede pra mamãe levar eles. – disse a ruiva. – Você os leva até a entrada, e depois a mamãe faz o resto.

- Uma boa ideia. – disse ele rodando a namorada no ar.

- Eu sempre tenho boas ideias. – disse ela.

- Vamos falar com a sua mãe antes que seu ego me esmague. – disse ele recebendo um tapa.

Molly ficou encantada com a notícia.

- Mas não é melhor você mesmo fazer isso? – perguntou a matriarca. - O que você fez não tem nada de errado para fugir.

- Eu não estou fugindo, pelo menos não dos meus pais. – disse ele. – Mas só a Michelle sabe quem realmente eu sou. Nunca permiti que mais alguém o fizesse. Anjo do Caos morrerá junto com Voldemort, e quero poder viver normalmente depois disso.

- O ministério vai querer prender o Harry pra mostrar que fez algo nessa guerra. – disse Gina. – Todos sabemos que eles não estão fazendo nada.

- Seu pai vive reclamando disso. – disse Molly. - Agora falta falar com seus pais.

- Vou fazer isso agora. – disse o moreno. – Se tudo der certo, amanhã levo todos lá.

Harry gastou algum tempo fora da casa de seus pais pensando no que ia falar para eles. Não sabia a reação deles quando contasse tudo, e ainda tinha a situação de Emmy. Então ele contaria parte da história.

Ele entrou em casa e viu que Sirius ainda estava ali, e que seria um problema.

- Pai, mãe. Preciso de um favor de vocês. – ele disse.

- Pode falar. – disse Tiago.

- Hum, é que, preciso levar vocês dois em um lugar. Tem pessoas lá que vão precisa da ajuda de vocês.

– Claro que vamos. – disse Lilian.

- Molly vai com vocês. – disse o moreno. – Já combinei com ela. Vou buscar ela cedo amanhã.

- Isso não é uma armadilha, né? – perguntou Sirius.

- Não, eu não arriscaria a vida de meus pais por uma bobagem destas. – disse Harry. – E mesmo que fosse você acha que alguém ia falar que era.

- Eu vou junto. – disse Sirius.

- A vontade. – disse Harry.

- Eu também quero ir. – disse Samanta.

- Melhor não. – disse Harry. – Não que seja algo perigoso, mas é melhor que ninguém associe o que vou fazer com a nossa família. Eles vão por serem aurores ou por terem influência no mundo mágico. Em outra oportunidade você vai poder ir lá. Nem mesmo Gina vai desta vez.

- Fazer o que? – disse a menina se conformando.

Na manha seguinte, Harry foi a Toca buscar as duas ruivas.

- Não sei por que tinha ser tão cedo. – resmungou Sirius, que havia dormido na casa dos amigos.

- Vocês vão gastar muito tempo lá. – disse Harry.

- Ele é sempre assim? – perguntou Gina.

- Desde que eu me lembro. – disse Lilian. – Mas tem dias que piora.

- Remo não vai? – perguntou Molly.

- Ele vai levar Tonks pra o hospital. – disse Lilian. – Ela ainda tem efeitos do feitiço.

- Sirius, larga essa gata. – disse Molly, no que o maroto fez beicinho.

- Pode deixar. – disse Harry. – Ela está acostumada com o local que vamos.

Harry levou todos para a Fazenda depois disso. Eles apareceram em frente à porteira.

- Antes de vocês entrarem, precisam de algumas explicações. – disse Harry. – Essa fazenda pertence a Michelle, a minha babá. A primeira pessoa que eu libertei das garras de Voldemort e seus capangas. Depois disso, todos que libertava vinha pra cá. Não importava se era trouxa ou bruxo.

- Mas é o Sigilo? – perguntou Sirius. – Isso pode causar um problema com o ministério.

- Eu não expos a magia. – disse Harry. – Voldemort fez isso. Eu devolvi eles a vida, simplesmente. Os trouxas que quiseram sair daqui depois que se curaram, foram embora. Mas os bruxos não.

- Por quê? – perguntou Lilian.

- Nenhum comensal se importa em olhar os trouxas, são apenas diversão. Mas os bruxos poderiam colocar isso tudo a perder se fossem reconhecidos.

- Vamos logo. – disse Molly, sentindo bem em ser anfitriã, pelo menos até encontrarem Michelle.

- Você não vem mesmo? – perguntou Tiago.

- Não, melhor que ninguém associe Caos com vocês. Depois que tudo tiver terminado, não quero ter que me preocupar com o que os outros pensam.

- Antes de irmos, como ninguém consegue achar esse local? – perguntou Sirius, acariciando a gatinha em sues braços.

- Existem muitos feitiços que impedem qualquer um descobrir a fazenda. Ninguém que não tenha vindo comigo pode entrar, salvo os vizinhos trouxas. Só é permitido aparatar até dois metros da porteira. Nenhum comensal conseguiria entrar aqui. Esse lugar é mais seguro que Hogwarts ou a Sede da Ordem. Sem contar que qualquer magia efetuada aqui dentro não pode ser detectada, assim nem o ministério pode descobrir.

- E quanto a... – tentou perguntar Sirius, mas Harry já tinha aparatado com Gina.

- Vamos Sirius, lá dentro você pode ter alguma pista. – disse Tiago.

O grupo entrou na fazenda, e percebeu alguns feitiços. Havia algumas pessoas trabalhando, coisa que não era visto de fora.

- Posso entender que tem gente que prefere ficar aqui a voltar pra um mundo em guerra. – disse Tiago.

- Deve ser o único lugar que trouxas e bruxos sem parentesco vivem em paz. – disse Molly. – depois vocês conhecem alguns deles. Michelle deve estar esperando.

Logo eles chegaram à casa principal.

Michelle já esperava por eles.

- Quando Caos falou que vinha algumas pessoas, ele não disse que eram tantas. – disse ela.

- Eu insisti em vir aqui. – disse Sirius.

- E trouxe a M, achei que não veria essa gatinha mais.

- Ela não podia ficar sozinha em uma casa que ela mal conhece. – se desculpou o moreno.

- Pelo que eu soube Harry tem uma irmãzinha.

- E que... – começou Sirius, mas todos riram.

- Pelo menos ele foi criado por alguém com senso de humor. – disse Tiago.

Ainda emburrado, Sirius pediu que eles fossem conhecer tudo.

Viram alguns rostos familiares. Pessoas que foram dadas como desaparecidas, ou mortas. Podiam ver que Harry dizia a verdade que verdade. Ele não matava as pessoas, salvava.

Algumas pessoas iam até eles atrás de notícias de parentes.

Os trouxas não se aproximavam, pareciam receosos, mas ninguém poderia culpa-los por isso. Lilian acreditou que viu uma família que foi sua vizinha, mas preferiu não confirmar. Poderia ser seus pais, se eles ainda estivessem vivos.

Todos pareciam viver em harmonia, uma utopia do que seria um mundo perfeito.

- Nós vimos todos aqui? – perguntou Sirius.

- Não, tem algumas nas casas, outras infelizmente estão sendo tratadas. – disse Michelle.

- Tem alguma Emmeline Vance aqui?

- Não, no momento não tem nenhuma pessoa com esse nome aqui.

Sirius entristeceu com a resposta e saiu de perto.

- Era a noiva dele. – disse Tiago. – Ele tinha esperanças de que ela estivesse aqui.

- Certo. – disse Michelle com um sorriso suspeito.

O grupo voltou para a casa dos Potter. E encontrou uma cena deprimente, Harry estava enrolado no chão gemendo de dor. Gina e Sam tentavam conforta-lo.

- O que aconteceu? – perguntou Sirius.

- Voldemort. – respondeu Sam. – Foi a única coisa conseguimos entender.

- Ele sempre tem isso? – perguntou Molly.

- Só quando Voldemort está com alguma emoção forte. – disse Gina.

- Algumas são mais horríveis que outras. – disse Sam se lembrando do que aconteceu no sonho.

Molly foi para a cozinha preparar um chá para ele. Era a única coisa que ela poderia fazer.

Os outros ficaram esperando acabar.

- O que aconteceu? – perguntou Lilian quando ajudou o filho a se sentar no sofá.

- Voldemort descobriu que estou vivo.  – disse ele.

- Como ele descobriu? – perguntou Tiago.

- Ele percebeu que alguém estava atrás das suas fontes de imortalidade. Quando foi atrás das que ele próprio escondeu, percebeu que duas pessoas poderiam estar atrás disso. Eu e Dumbledore. Como sabemos que Dumbledore não deixaria os comensais sair sem nada, fora a ausência de memoria.

- Ele concluiu que foi você. – disse Sirius.

- Sim. Está na hora de terminamos essa guerra. – disse Harry.

- E como faremos isso? – perguntou Tiago.

- Precisamos da Batalha Final. – disse Harry. – Mas uma que podemos controlar, no nosso ambiente.

- Uma armadilha. – disse Tiago.

- Sim, mas vamos precisar de uma isca. – disse Harry pesaroso.


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