A Luz Por Trás Das Sombras escrita por Mago Merlin


Capítulo 22
Confronto




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Capítulo 22 – Confronto

- Então realmente funcionou. – disse Lilian.

- O que funcionou? – perguntou Sam, preocupada com o que poderia ter acontecido com o irmão.

- Assim que vocês nasceram, eu realizei um ritual de proteção que poderia salvar de uma grande quantidade de feitiços agressivos. – disse ela, e se virando para Tiago. – e você reclamando dos meus livros aqui.

- Então é por isso que os feitiços não funcionavam contra mim. – disse Harry sem pensar.

- Feitiços? – perguntaram as três ruivas.

- Falou de mais. – disse Tiago.

- Alguns comensais acreditam que a melhor forma de ensinar um feitiço era experimentando seus efeitos. Bella era mestre nisso. Mas como não funcionava comigo. – disse ele. – Pelo menos a maioria.

- Deve ser por isso que Voldemort não conseguiu te matar. – disse Tiago.

- Pode ser. – disse Harry tentando se lembrar de algo. – Mas como é esse ritual?

- Nem adianta, você não vai ser capaz. – disse Lilian, mas vendo que todos estavam curiosos. – Bem, esse ritual foi criado por Morgana, para proteger os filhos de suas sacerdotisas. Por isso só servem para mães. Leva uma mistura do sangue da mulher com sangue de dragão e de unicórnio.

- Sangue de unicórnio? – perguntou Harry. – que eu saiba ele é amaldiçoado. Voldemort tem um estoque dele, para tortura, ou para que ele possa sobreviver se algo acontecer com ele.

- Ele se torna amaldiçoado quando você machuca um unicórnio para conseguir. – disse Lilian, feliz em pelo menos isso ensinar ao filho. – Mas se ele for dado para você, pelo próprio animal, para ser usado de uma forma que ele aprove, se torna mais poderoso que lágrima de fênix.

- Bom, nenhum comensal teria uma intensão que um ser puro aprovasse. – disse Gina.

- Como se algum conseguisse chegar perto de um. – disse Sam.

- Não se pode tudo. – disse Harry, imaginando que nunca chegaria perto de um unicórnio, mesmo que mudasse o ritual.

- Acho que está na hora de você voltar. – disse Lilian para Gina. – Molly deve estar preocupada.

- Sim, claro. – disse a ruiva um pouco decepcionada.

- Também preciso ir para fazenda. – disse Harry.

- Quando vamos conhecer essa fazenda? – perguntou Tiago.

– Preciso arrumar algumas coisas por lá. – disse Harry. – Mas assim que tiver tudo resolvido eu levo vocês lá.

Harry aparatou com Gina para os jardins da Toca.

- Agora só falta um objeto para você se livrar de Voldemort. – disse a ruiva.

- Na verdade faltam dois. – disse ele. – Te falei que faltavam o diário e o outro que está sempre com ele, por serem os que trariam risco para pegar. Mas tem um que Voldemort usou outro tipo de proteção. E foi bem inteligente nessa.

- O que ele fez?

- Colocou sobre a proteção de Dumbledore, sem que ele soubesse claro. Está em Hogwarts.

Gina arregalou os olhos.

- Ele tentou ser professor em Hogwarts, antes de se declarar abertamente um bruxo das trevas. Sabia que Dumbledore ia recusar, mas usou essa visita ao castelo para esconder em um lugar que ele acredita que ninguém saiba.

- Ele fez seu inimigo proteger o que pode destruí-lo? Ele é abusado.

- Ele não contava comigo. – disse Harry. – Quer ir comigo?

- Claro. – disse ela.

Na manhã seguinte, Harry foi cedo para a Toca. Havia conversado com Michelle sobre seus pais, mas não contou nada para Emmy. Sabia que a amiga ia querer visitar os amigos. Ele não estava preparado para isso ainda.

Mas não conseguiu sair de lá sem que Molly o enchesse de comida. A matriarca Weasley ficou muito feliz em Harry ter descoberto quem era.

Harry os aparatou para o portão de Hogwarts.

- Por que não lá dentro? – perguntou Gina. – Você tem poder pra isso.

- Poder fazer isso, e ser conveniente são duas coisas diferentes. Se eu aparatasse lá dentro, ia soar um monte de alarmes, e essas coisas. Logo isso ia estar cheio de aurores, e até mesmo de comensais, já que Voldemort ia saber que seu fantasma estava atrás de mais um objeto e com certeza ia saber que sou eu.

- Mas como entraremos, se abrir essa porta, Dumbledore vai te recepcionar. – disse a ruiva.

- Para isso servem as asas. – disse ele fazendo com que elas se abrissem.

Eles voaram baixo até a porta de entrada.

- Precisamos de encontrar uma tapeçaria onde tem um louco e um bando de trasgo. Acredito que esteja no sétimo andar.

- Sei qual é. – disse ela.

Eles foram andando tranquilamente pelo castelo, com Harry olhando admirado tudo. Gina não pode deixar de rir, essa era a reação de todos quando entravam ali.

- É essa. – disse Gina sem saber o que eles estavam fazendo aqui.

- Um dos segredos de Hogwarts. – disse ele passando três vezes pela frente da parede.

Uma porta apareceu.

- Uau. – disse ela.

- Você vai ficar ainda mais espantada com o que ela pode fazer. Essa é uma sala que pode virar o que você quiser. Um quarto, biblioteca, sala de treinamento. Se bem que ele usou para outros fins.

Eles entraram na sala, e viram corredores a perder de vistas com os mais variados objetos.

- Como acharemos algo aqui? Aliás, o que estamos procurando?

- Um diadema que pertenceu a Rowena Ravenclaw. E vamos ter que fazer do jeito difícil. Procurando.

- Eu posso ajudar. – disse alguém perto deles.

- Dama Cinzenta. – disse Gina, espantada, ela nunca havia falado com ninguém que não fosse da Corvinal.

- Eu que vim para te ajudar. – disse Harry. – Vim ajeitar as coisas.

- Tenho te esperado por tanto tempo. – disse a fantasma. – Me sigam.

Nunca era fácil seguir os fantasmas, ainda mais os que já viviam anos assim.

- O que aconteceu com ela?

- Ela foi enganada por Voldemort quando ele estudava aqui. – disse ele de forma que ela não escutasse. – Ele pode ser persuasivo quando quer. Ainda mais quando era mais jovem. Agora ela quer reparar isso.

Dama Cinzenta parou em frente a um armário, onde no seu topo havia um busto com uma peruca e uma tiara.

- E aquela. – disse a fantasma.

- Agradeço a sua ajuda. – disse Harry.

- Minha mãe finalmente me perdoará. – disse ela saindo da sala.

- Mãe?

- Faz parte da história. – disse Harry. – Depois te conto.

Os dois saíram da sala e rumaram para o portão de saída. Mas no quinto andar alguém esperava por eles.

- É descortês não visitar o dono do castelo, quando se adentra a um. – disse Dumbledore.

- Você não é o dono. – disse Harry, congratulando-se de ter colocado a máscara. – Só é o diretor e como a escola está fechada, achei que não estaria aqui.

- Anjo do Caos, tive notícias de sua morte. – disse o diretor.

- Não devia acreditar em tudo o que o Seboso fala. – disse Harry espantando Dumbledore, por ele conhecer seu espião. – Tom não confia em ninguém e sempre acha que tem um espião perto dele e solta informações falsas.

- Então quer dizer que sua morte foi um truque.

- Foi, mas para enganar Tom, não você. – disse Harry. – Você não é importante.

- Senhorita Weasley, tenho que pedir para você se afastar dele. Ele é perigoso.

- Eu gosto do perigo. – disse Gina.

- Eu tenho que insistir. – disse o diretor apontando a varinha para Harry.

- Você tentou me salvar quando fui sequestrada? Não. Ele me salvou dos comensais, se arriscou e me tirou de lá e agora está lutando para destruir um cara que você não consegue. Eu corro mais risco com você.

- A Senhorita é muito jovem. – disse o diretor.

- Calado. – disse ela lançando um feitiço de desarmamento sem varinha, que acertou o diretor. – Eu sei o que estou fazendo. Caos, nos tire daqui.

- Seu pedido é uma ordem.  – disse ele abraçando a menina e pulando de uma janela perto.

Dumbledore tentou agarrar os dois, e impedir que eles caíssem, mas teve uma surpresa ao ver o menino voando com a ruiva no colo.

- E eu achando que era só enfeite.

- Por que nos chamou aqui tão cedo. – disse Sirius.

- Você não muda nada, Almofadinhas. – disse Tiago. – já é quase hora do almoço.

- E não se preocupe você está convidado. – disse Lilian. – temos uma coisa para falar com vocês.

- Pode falar.  – disse Remo.

- O Anjo do Caos realmente é o Harry. – disse Tiago.


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