A Luz Por Trás Das Sombras escrita por Mago Merlin


Capítulo 16
Na Caverna




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196226/chapter/16

Capítulo 16 – Na Caverna

Mal o sol nasceu uma figura alada podia ser vista sobre o penhasco. Mas como ainda era cedo, não havia ninguém para ver.

Harry preferiu esse horário para que ninguém o visse mesmo. Não queria nenhuma perturbação, e que mais ninguém soubesse da caverna. Era muito perigosa para qualquer um, não importando se podiam ou não fazer magia.

Também coincidia com a maré baixa, o que facilitaria a entrada, e ele não precisaria entrar na água. Não que ele não soubesse nadar, mas era somente uma coisa a menos para fazer.

Mesmo Voldemort preferia assim.

Assim que alguma luz entrou na caverna, ele alçou voo. Uma vez no interior, ele se posicionou na frente da parede mágica. Harry ficou impressionado pelo jovem Tom perceber algo diferente naquele lugar, mesmo sem saber que era um bruxo e que magia realmente existia.

De dentro de um bolso do seu casaco, tirou um frasco contendo seu sangue. Não seria estupido o suficiente em fazer um corte em sua pele para entrar no próximo salão, apesar de Voldemort não ter encontrado nada de estranho no local, não significa que não exista nada ali.

A porta se abriu para ele. E assim que ele passou se fechou.

- Assim é fácil aterrorizar criancinhas. – disse ele gozando a lembrança da primeira visita de Tom àquele lugar.

Ele então estala os dedos e pontos de luz surgem no teto da caverna. E ele pode ver o lago dos inferi e a ilha onde estava o colar.

Sabia que havia um barco escondido em algum lugar, mas achou melhor não utilizar, não podia prever o comportamento dos mortos-vivos para a sua presença, ou ao que ele pretendia fazer.  Por isso ele foi voando para ilha.

Ele tinha que tentar, mesmo sabendo que poderia resultar em nada. Então começou a lançar feitiços na poção que o impedia de pegar o medalhão. Nada resultou.

- Agora entendo porque ele ficou fascinado com esse local. – disse Harry. – Ainda bem que ele não conseguiu reproduzir essa magia, podia ser um problema.

Bom, agora ele sabia que a poção devia ser consumida. Mas não estava nem um pouco a fim de ingerir isso. Mas também não ia usar do recurso que Voldemort. Não ia colocar a vida de nenhum ser vivo em risco.

Ironicamente, ele estava cercado por seres mortos que poderiam ajudar. Ele ‘pescou’ um inferi, e o conduziu para perto dele. Por sorte, era um morto-vivo que estava quase inteiro.

Harry então conjurou um copo e pegou a poção e deu para o inferi. Conforme Harry acreditava, o inferi nada sentiu e por isso continuou a entregar a poção para ele.

Logo não tinha mais poção e o medalhão estava livre. Soltou o inferi, que voltou para o lago.

- Tem algo errado. – disse Harry. – Esse trem está diferente do que estava nas lembranças do Tom.

Ele tentou abrir o medalhão, e para sua surpresa, ele abriu. Dentro tinha um bilhete.

- Sabia que estava muito fácil. – reclamou ele. – Vou ter que encontrar com esse tal de RAB.

Tentou convocar o medalhão verdadeiro, mas não o encontrou ali na caverna.

Então saiu voando dali, percebendo que houve uma aglomeração de mortos-vivos embaixo dele, mas nenhum o seguiu quando pousou.

Pegou novamente o sangue para abrir a porta e saiu, aparatou logo que saiu da caverna.

O pessoal da fazenda já estava acostumado com ele aparecendo voando pela propriedade. Mas mesmo assim alguns ainda levavam susto quando ele fazia isso. Por isso ele tomava cuidado com isso, aparatando na parte da reserva de mata nativa, onde não atrapalhava aos trabalhadores, nem assustava os animais.

Seguiu para a casa principal.

- Onde o senhor estava? – perguntou Michelle assim que ele entrou. – Já não te ensinei que tem que tomar café da manhã descente antes de sair por ai.

- Eu peguei uma maçã. – disse Harry.

- Eu disse descente. – disse ela novamente puxando ele para a cozinha.

- Quer um pedaço da minha panqueca? – ofereceu Felipe para ele.

- Ele vai comer algumas dele mesmo. – disse Michelle colocando três em um prato para ele. – e se precisar tem mais.

Harry fingiu que não queria, mas colocou muita calda de chocolate por cima.

- A quanto tempo vocês se conhecem? – perguntou Emmeline, apesar de morar na casa principal, por causa dos ferimentos que tinha, não conhecia muito da historia dos dois.

- Quinze anos. – respondeu ela.

- Como assim? – pergunto Emma.

- Fui sequestrada depois que os comensais mataram meus pais. – disse ela. – Tinha treze anos na época. Aparentemente nenhum comensal é bom para ser babá.

- A culpa deu ser um anjo bonzinho é dela. – disse Harry. – Ela que me criou. E também foi a primeira que eu salvei.

- Nossa! Foi Voldemort quem criou seu próprio adversário. – disse Emma.

- No momento que me tirou dos meus pais. – disse ele.

- Tirou? – perguntou Michelle. – eles sempre falaram que você era órfão.

- Meus pais podem estar vivos. – disse Harry.

- Serio? – perguntou ela.

- Sim.

- Posso conhecer seus pais? – perguntou Felipe.

- Assim que eu encontrar com eles. Pode. – disse Harry para o menino.

- Eles estão escondidos? – o menino causou um sorriso em todos, pela sua inocência.

- Sim. – disse Harry. – tem um homem mau atrás deles. Vou resolver isso para que eles possam viver bem como você.

- Não demore. – disse o menino como se fosse um alguém que manda.

- Pode deixar. – respondeu Harry, colocando a mão no bolso onde estava o medalhão.

Harry passou o resto da manhã se atualizando sobre as questões da fazenda juntamente com Dobby.

A tarde ele aparatou para a toca. Tinha um beijo para dar.

Gina acordou e encontrou Mione a encarando.

- Pode ir falando o que você não pode falar para os seus irmãos. – disse ela.

- Ele tem um belo corpo, mas isso você já deve ter percebido. – disse Gina fazendo Mione corar. – Mas só o vi sem camisa uma vez.

- Sei. – disse ela. – Sr Black viu ele sem camisa também, já que ele viu a tatuagem nas costas.

- Bem, nos tínhamos que cuidar das costas dele. – disse Gina. – Sem contar que mamãe estava sempre por perto.

- Certo. – disse Mione. – Mas você ainda está escondendo algo.

- Não tem nada que eu possa estar escondendo. – disse ela.

- Já sei. – disse a morena depois de pensar. – Você o viu sem máscara. Sabe quem ele realmente é.

- Sei. – disse Gina sabendo que era melhor confessar logo, e evitar que a amiga tentasse descobrir por contra própria e atrapalhando a vida de Harry. – Ele não esconde a identidade por maldade ou por estar desfigurado. Voldemort fez isso para poder usar a identidade dele contra seus pais e Dumbledore. E ele continua para poder ter uma vida depois que a guerra acabar.

- Pais? Os pais deles lutam na guerra contra Você-sabe-quem? – perguntou Mione, tremendo quando a ruiva falou o nome do bruxo das trevas.

- Sim. – respondeu ela simplesmente.

- E você sabe quem são. – era uma afirmativa, não uma pergunta.

- Sei. – disse ela com um suspiro. – Mas, por favor, não me pergunte. Estou tentando ir com calma com isso. Ele acreditava que os pais estavam mortos e somente agora que ele está aceitando o contrário.

- Pode deixar ruiva. Vou ficar na minha. Deve ser fácil descobrir mesmo. – disse ela.

Gina passou o dia inteiro olhando para os céus esperando uma coruja.

- Ela é esperta. – disse alguém atrás dela, no meio da tarde. – ia direto para seu quarto.

- Harry. – disse ela se virando. – Não sabia se você vinha.

- As coisas na fazenda estão tranquilas. – disse ele, consegui uma folga hoje. 

- Pode tirar a máscara. – disse ela. – Mione e Rony saíram. Meu pai está trabalhando.

Ele o fez.

- Mas conseguiu algo? Digo contra Voldemort? – perguntou ela.

- Isso. – disse ele mostrando o medalhão falso.

Ela abriu, e leu o bilhete.

- Então, tem mais alguém atrás destes negócios. – disse ela.

- Tinha. – ele falou. – Acredito que ele está morto.

Harry contou sobre a caverna e a poção.

- Facilita muito ser um anjo. – disse ela. – Mas você tem ideia de quem possa ser?

- Se fosse alguém da ordem, as outras já teriam sido encontradas. Estão menos protegidas.

- Então quem seria?

- Algum comensal decepcionado. – disse ele. – No começo Voldemort atacava mais os trouxas, o que chamou a atenção de muitos, mas quando ele passou a atacar bruxos, inclusive puro-sangue, alguns se revoltaram. Claro que foram eliminados. Não tive participação nisso. Foi antes mesmo de ser sequestrado.

- Mas como você vai descobrir quem é?

- Perguntei para uma pessoa na fazenda que poderia saber, sem entrar em detalhes. Existe alguém que se encaixa nesta sigla. Régulos Black, irmão de Sirius Black.

- Sério?

- Sim, aparentemente ele sumiu anos atrás. Ninguém sabe dele, só que tinha seguido a família e se tornado um comensal.

- A família toda? Mas é o Sirius?

- A família Black é tradicionalmente das trevas, mas tem suas exceções. Sirius e uma prima dele Andrômeda não são, assim como a filha dela, Tonks. Mas as irmãs da Andrômeda e Régulos seguiram esse caminho. Uma das mulheres se casou com Malfoy e a outra e a Bella.

- Nossa que família. Tenho até dó dela.

- Você provavelmente é parente deles, famílias bruxas puro-sangue geralmente o são.

- Somos traidores do sangue mesmo. – disse ela dando de ombros. - Mas como você vai fazer para ter certeza?

- Invadir a casa dos Black. – disse ele. – Deve ter alguma pista lá.

- Quando vai ser isso?

- Hoje a noite. Voldemort está planejando um ataque para o começo da noite. Devo ter tempo para entrar, achar algo e sair. Aliás, tenho que mandar um recado para a Ordem.

Ele assobiou e pouco depois, uma coruja apareceu.

- Eu disse que ela é esperta. – disse para Gina. – Essa é Edwiges.

- E muito bonita. – disse a ruiva.

Harry escreveu a carta e mandou pela coruja que antes de partir deu uma bicadinha na mão dele e de Gina.

- Ela gostou de você. – disse Harry.

- Como ela sabe para quem entregar?

- Eu sempre mando para a mesma pessoa.

- Quem?

- A pessoa que menos confiava no Rato. Lilian Potter.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Luz Por Trás Das Sombras" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.