A Luz Por Trás Das Sombras escrita por Mago Merlin


Capítulo 14
Não bata de frente.




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Capítulo 14 – Não bata de frente.

Harry apareceu no mesmo morro que da outra vez. Não é porque ele queria ver Gina, que ele precisava se tornar imprudente. Sirius podia não ter entendido o seu recado, e a sua ruivinha ainda poderia estar na presença do rato.

Ele executou um feitiço localizador, que possibilitava identificar presença de pessoas em um ambiente, independente se estavam protegidos por magia ou não. Foi assim que percebeu que aquele prédio estava vazio antes de derrubar. Ao contrário do que todos pensavam aquele prédio não foi para atrapalhar os aurores, mas para salva-los. Alguns comensais deram a volta no grupo e estava para atacar pelas costas.

Ele identificou oito pessoas na casa. Ficou aliviado em sentir Gina ali. Outras cinco pessoas com magia parecida com a da namorada e mais duas pessoas que ele não conhecia a sua essência. Acreditou que eram as namoradas de alguns dos meninos.

Ele viu a porta se abrir, e Gina sair irritada, e jogando milho para as galinhas.

- Esses tiranos, idiotas, egoístas. – dizia ela para as aves. – Vocês que são felizes. Vivem ciscando o dia todo.

- Parece que tem alguém irritada hoje. – disse Harry perto dela.

- Assim você me mata de susto.  – disse ela. – Mas meus irmãos acham que podem me impedir de ver você.

- O que eles pretendem fazer? Te deixar cega ou me deixar invisível? – perguntou ele. – Porque eu não pretendo sair do seu lado.

- Seu bobo. – disse ela.

- Deixa eles se acostumarem comigo, e você verá que isso passa.

- Você é muito otimista.

- Gozação em família sempre existe. – disse ele. – Pelo menos é assim na fazenda. Não importa se são bruxos ou trouxas.

Gina não pode responder isso, já que a porta se abriu dando passagem a Molly.

- Achei que ia precisar procurar minhas galinhas por todo o lugar, isso se passasse o pânico delas. – disse a matriarca. – Mas vi que encontrou alguém que aguenta seu temperamento.

- Mãe. – reclamou Gina, escondendo o rosto no peito de Harry.

- Não podia deixar inocentes sofrerem por causa de alguns ciumentos. – disse Harry. – E eu gosto do seu temperamento, Foguinho.

- Ainda bem, já que acabou de dizer que não vai sair do meu lado.

- E reafirmo isso na frente de sua mãe. – disse ele, dando um beijo em Gina.

- Você está ciente que eles estão lá dentro? – perguntou Gina depois de recuperar o folego. – E que estamos na frente da minha mãe.

- Não se importe comigo. – disse Molly. – Eu sou uma romântica acima de tudo. Desde que não passe disso.

- Obrigado, Molly. – disse Harry. – Claro que sei que seus irmãos estão aqui. Então chegou na hora de conhecê-los.

Harry colocou a máscara, e puxou Gina para a casa.

- Precisa mesmo disso? – perguntou a ruiva, sabia da necessidade de esconder a identidade dele, mas não queria os irmãos a perturbando por isso.

- Melhor eles se acostumarem com Caos antes. – disse Molly.

Suspirando ela se deixou levar para casa.  

Todos pareciam rir de algo que os gêmeos falaram, provavelmente de Rony, que estava com as orelhas vermelhas e não ria.

Mione foi a primeira a perceber a presença dos três. E viu que apesar de estar nervosa, tinha um brilho que ela nunca viu no olhar dela.

Aos poucos os Weasley foram percebendo a presença de Harry ali, e todos fizeram a mesma cara emburrada. Mas ninguém falou nada.

- Boa tarde. – disse Fleur se levantando e cumprimentando ele com dois beijinhos.  - Que bom conhecer o rapaz que salvou a Ginny.

A ruiva revirou os olhos ao ouvir esse apelido, mas se lembrou do que Harry havia dito sobre as veelas. Podia dar uma chance para a francesa, já que foi a primeira a acolher Caos ali.

- Não liga pra eles não. – disse Mione se aproximando também. – Eles são um bando de idiotas ciumentos. Só estão assim porque não vão poder usar a estratégia de te assustar por serem seis irmãos maiores. Seja bem vindo a família.

- Obrigado. – disse ele.

Harry foi apresentado aos emburrados, que estavam se segurando para não atacar o moreno.

- Vamos subir que eu quero dar uma nas suas costas. – disse Molly para quebrar o clima.

- Não é preciso. – disse Harry. – Já olharam.

Mas o olhar de Molly não deu alternativa para ele.

Assim que a porta do quarto foi fechada, Gina se vira para os irmãos.

- Vocês deviam deixar de ser hipócritas. – disse ela. – Vocês me usavam para encobrir seus encontros e agora ficam com essas caras. O problema é o meu namoro ou o namorado? Se for o namoro, sinto muito, acredito que até Merlin ficaria do meu lado. Não vou deixar de namorar só porque vocês acham que eu não posso. Mas se for com relação ao namorado, podemos nos encontrar somente quando vocês não estiverem vendo. De preferencia lá no meu quarto, e à noite.

O Discurso da menina teve seu efeito. Rony ficou mais envergonhado que quando os gêmeos estavam implicando com ele, já que abusava da irmã para poder ter alguns minutos a mais com Mione. Fred e Jorge trocavam olhares. Ora imaginando como evitar os encontros, descartando todos os planos, ora lembrando de como a ruivinha ajudava eles com seus encontros.

- Você não gosta da Fleur. – disse Gui, achando que tinha um ponto. – Sempre deixou isso bem claro.

- Você tem razão. – disse Gina. – Eu não gostava da Fleur. Ouviu bem, gostava. Caos me contou alguns detalhes que as pessoas negligenciam sobre as veelas. Ainda estou revendo meus conceitos sobre ela. Desculpa Fleur, acho que agora eu posso te conhecer melhor.

O ponto de Gui acabou se virando contra ele. Carlinhos não seria de grande ajuda. Eles dois davam a desculpa de sair com a menina para poder se encontrar com alguma menina. Eles já esqueceram Gina na casa de uma amiga, e a ruiva não contou para os pais.

Ninguém mais falou nada.

E foi assim que Harry e Molly os encontraram.

- Eu disse que não precisava se preocupar. – disse Harry para Gina. – Sua mãe fez um serviço muito bom da primeira vez.

Algo na voz dele, fez com que Gina percebesse que ele sabia o que tinha acontecido ali.

- Como você pode ter sobrevivido a um ataque de Fogo Maldito? – perguntou Mione. – Não há relatos disso nos livros.

- Nem tudo está nos livros. – disse Harry. – Gina já me disse que você já teve algumas experiências com isso. Bom, o feitiço se torna realmente letal depois de algum tempo, quando se propaga. E como um feitiço de duelo o seu poder de derrotar o adversário depende do nível dos dois. E poder do dinheiro não vale muito em uma arena.

- Aquele...  – disse Rony, mas ao olhar para mãe decidiu não completar. – andava pelo castelo como o dono. Com aqueles dois capangas.

- Ele andava com os capangas por medo. – disse Harry. – Medo principalmente de pessoas de cabelos ruivos.

Com essa ele ganhou os gêmeos e Rony.

Aos poucos eles foram conversando, e se sentindo mais confortáveis.

Gui ainda estava receoso, mas quando percebeu que Fleur não afetava Harry, como tinha afetado os irmãos no começo do relacionamento, ele deu um voto de confiança para o futuro cunhado.

Os Marotos e Lilian chegaram até a sala de Dumbledore. Rabicho estava em uma gaiola, na sua forma animaga, de forma que não pudesse sair dali, já que estava enfeitiçada para não quebrar, nem mesmo ouvisse algo.

- Devo supor que os Weasley estejam de luto. – disse o diretor.

- Muito antes pelo contrário. – disse Sirius, sem nenhum humor na voz. – Chegamos lá é ela estava muito feliz porque sua filhinha estava em casa.

Isso deixou Dumbledore perplexo.

- Gina Weasley está viva? – perguntou ele.

- Viva, inteira e feliz. – disse Tiago.

- O que?

Lilian contou a historia de como ela foi capturada e salva pelo Anjo do Caos. Claro que sem revelar a identidade de Harry. Dumbledore não acreditou.

- Eu vi eles de relance no jogo das Harpias e Gaviões. – disse Tiago. – Claro que não reconheci na hora. Ainda não conheci a Gina. Eles têm fotos de lá, com as jogadoras.

- Então, o comensal mais poderoso abandonou Voldemort. – disse ele.

- Ele não é um comensal. – disse Remo, que estava calado até então. – E antes que diga algo. Era realmente Gina, senti o seu cheiro. Essa é uma das desvantagens da Polissuco.

- Não. Mesmo. – disse Sirius. – Ele não tem a marca negra.

- Poderemos usar ele, já que se ele se deu ao trabalho de fugir. – disse Dumbledore.

- Não é uma boa ideia. – disse Lilian. – Pelo que a menina Weasley me disse, ele não me parece alguém que poderia fazer isso. Se for para destruir Voldemort, será por ele mesmo.

Na verdade Gina não tinha falado nada, mas Lilian não queria mais o filho naquela guerra.

- Mas esse não foi o que nos trouxe aqui. – disse Tiago. – Se menos pessoas souberem que os dois sobreviveram, melhor para eles e para gente. Viemos por causa disso.

Tiago colocou a gaiola sobre a mesa.

- Ironicamente, esse rato é um traidor. – disse Sirius com o maior nojo.

- Esse ai, é o Pedro Pettigrew. – disse Remo. – Aquele que dizia ser nosso amigo.

- Tem certeza? – perguntou o diretor.

- Assim que o desmascaramos ele tentou fugir. Trouxemos para você o interrogar. – disse Tiago. – Se fosse a gente, não sobraria rato nem para um chaveiro.

- Recomendo que ele seja mantido assim. – disse Lilian para surpresa de Dumbledore. – para não corremos o risco dele fugir.

- Farei isso. – disse Dumbledore, sabendo que os marotos não acusariam um amigo sem uma razão.

- Espero que ele ainda esteja ai quando essa loucura acabar. – disse Tiago. – Ele ainda precisa pagar pelo que fez ao meu filho.


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